sexta-feira, 28 de maio de 2021

Quem Disse

 

DOS SURGIMENTO DAS COISAS

João Joaquim  

   Muito se busca de como se deu a formação das coisas, dos seres, do homem, dos componentes do universo (ou dos multiversos, porque não parece haver só um). Como se deu o surgimento do cosmo. Há que indagar, perguntar como surgiu Deus. Se ele é infinito, não dá para imaginar que Ele teve um começo. E faz sentido considerando que não terá fim (infinito, sem início e sem fim).

   Nesse sentido se seguirmos o que diz a teoria criacionista, existia o caos (teoria mitológica) e Deus pairava sobre esse amontoado de coisas, em meio a esse entulho de coisas. Até que percebeu ser bom separar o dia da noite, água, ar. A teoria cientifica do big bang nos fala diferente. Como se deu? Havia como que um monte de coisas, não se sabe bem de que natureza. E então houve uma big explosão, e tudo se organizou, astros, estrelas, planetas, cometas, buracos negros, forças gravitacionais. E como essa harmonia se deu. Ao acaso não foi, então um ente supremo o fez, Deus. Tudo isso teria ocorrido segundo tratativas da Física Newtoniana e Quântica, há cerca de 14 bilhões de anos.

 Estas notas introdutórias foram no sentido de abrir um pórtico, uma vazão ao presente tema, também de como se deu outra formação ou construção, a do homem. A partir então da concepção, como se dá a construção do indivíduo? Pode-se ter essa avaliação até aquém porque as Ciências, a Medicina e a Obstetrícia nos provam que o nascituro (criança a nascer), mesmo na vida intrauterina já faz conexões com a mãe, com o meio ambiente. Para simplificar a nossa exposição, eis como se faz essa sequência.

   Vamos considerar a formação do indivíduo a partir do nascimento. Para tanto eu vou buscar a influência e auxilio de alguns filósofos. Primeiro os empiristas como John Locke e David Hume. Segundo Locke, todos nós nascemos absolutamente desinformados, analfabetos e sem nenhum registro sensorial. Teoria da tabula rasa (lousa em branco). A partir desta folha de papel alva e virgem é que a criança vai criando a sua memória, os seus registros internos através de suas percepções sensoriais. Das meios à sua volta e ambiente.

   Para dar mais consistência à teoria da tabula rosa, tememos um exemplo, defendido até pela Pediatria Cientifica no seu capítulo da puericultura; Disciplina esta que busca o mais saudável desenvolvimento físico e mental da criança até a puberdade, através da orientação alimentar e nutricional. Como exemplo prático, inicia-se pela percepção sensorial do paladar. Uma criança não deveria nunca, mas nunca mesmo receber açucares, sal e sabores artificiais até os 5 anos de idade. Seria como que uma adulteração de seu paladar nativo, natural e provido pela natureza. Porque se assim fizer essa criança criará dependência ao sabor do doce (açúcar), do chocolate, do sal, como os verdadeiros e melhores. E definitivamente não são os melhores alimentos para o ser humano em desenvolvimento.  

   Vou buscar o auxílio de outro filosofo, JJ Rousseau com a sua teoria do Bom Selvagem. “Todo o homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe”. Vamos dissecar e analisar esta tese para o contexto atual. Tomando o sentido original, toda pessoa nas suas necessidades, nas suas ambições ou inclinações internas e inatas não precisa de tantas coisas, objetos, recursos, tecnologias e matéria para ser feliz, boa e honesta.

No mundo tecnológico, competitivo, materialista e consumista da era digital, o que torna as pessoas infelizes, nevrálgicas, melancólicas, ansiosas e depressivas? O apelo desmedido e coercitivo ao consumo e posse de tudo quanto é fútil, efêmero e frívolo. Fruto de que? Da teoria do bem selvagem? Da família consumista e materialista como a primeira e decisiva sociedade-escola, do meio de convivência social, das novas diretrizes pedagógicas da TV, da Internet, das Redes Sociais. E isto não têm retorno.  Eterno retorno, sim, conforme já previa Nietzsche.

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