sexta-feira, 29 de abril de 2022

MOSSOS

 REMANESCENTES E

 O filósofo Platão foi o autor de A República e da Teoria das Ideias. Segundo essa sua teoria, tudo que temos, as coisas, objetos, toda criação vêm de cópias do modelo ideal. A realidade está nas ideias que fazemos das coisas. Se tenho uma cadeira por exemplo, ela é uma cópia da cadeira ideal.

Revisitando então algumas de suas teses e proposições filosóficas, vieram-me à memória as etapas da produção da cachaça, do vinho e outras bebidas. No processo de alambicagem da cachaça, nosso whisky brasileiro. O Brasil é pioneiro e campeão na produção e venda da aguardente de cana-de-açúcar (água ardente). A tão gostada e consumida bebida feita da destilação do melaço da cana-de-açúcar.

Agora, não pensem que ao misturar Platão e cachaça eu possa ter tomado alguma. Não. Mas, há alguma coisa, alguma semelhança e vamos a ela, a semelhança. Platão, lá na obra A República, idealizou de como se deveria dar a formação de um governo ideal e organizado. Ele não fala tanto em democracia, uma forma de governo. A democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais - Winston Churchill

E então ele, Platão, chega a classificar os homens. Conforme a aptidão, a capacidade laborativa, participativa, de preparo intelectual, de trabalho e tino administrativo, houve uma proposta dessa divisão. Assim, havia os homens de ouro, de prata, de bronze e de ferro. Dá para imaginar por exemplo do porquê dessa nominação. Ouro, seria o homem sábio, apto a governar a República. De prata, seriam os corajosos; de bronze, seriam os produtivos e artífices; ‘de ferro, os trabalhadores e que pegavam no batente e no pesado.

Quando se fala em produção de vinho. Há aqueles com uma hierarquia pela qualidade das bebidas. E muito dessa qualidade vem das etapas de produção. Existem os vinhos de extrema nobreza pelo paladar e valor nutricional e até pela origem das parreiras das uvas, a terra, como foram colhidas. Lembram que há aqueles vinhos mequetrefes, seriam as borras dos vinhos, os restos, as sobras, os rebotalhos da produção. Eco!  O asco faz sentido.

Quando se produz também uma cachaça. Existe aquela de excelente qualidade, a depender da cana, da terra, e das etapas, qualidade da produção. Lá na fase de pré- fermentação, tem-se por exemplo o mosto, aquele melaço, o caldo ainda não fermentado.

Fazendo então um paralelo, entre o processo de construção, de criação, de educação de uma pessoa, não difere tanto com a produção de bebidas. O vinho, o whisky, a cachaça. Conforme a educação recebida (a fermentação da pessoa), suas etapas de ensino, ética, escolas, aquisição de cultura e ciências, o sujeito vai se tornar ou uma cachaça muito palatável, bebível e saborosa; ou ao contrário um vinho chinfrim, mequetrefe, um rega-bofe de péssima qualidade.

Gestou bem a mulher o filho, bem educou, foi para boas escolas, teve bons ensinamentos éticos dentro da família? Sim. Essa pessoa será gostável, palatável, sociável, produtiva, benfazeja, útil à família e ao Estado. Faltaram essas etapas da produção? Candidato a ser um sujeito ou sujeita (homem ou mulher, não importa) como um piruá de pipoca, um restolho de milho, uma paçoca, um piegas, maricas, uma borra ou borra-botas, um rebotalho humano, imprestável para tudo; inclusive para si próprio porque vai depender de alguém ou do Estado para sua sobrevivência. Ou seja, se se equipara sequer aos homens ferro, imaginados pelo sábio Platão.


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