sexta-feira, 29 de abril de 2022

PERGUNTA E

 

COM CERTEZA

Jean Dhoria vijle

Quando se fala em segurança e conhecimento das coisas, tornou-se um lugar-comum as expressões, é verdade e com certeza. A gente diz uma coisa para a outra e ela irrefletidamente vem com as respostas “verdade” ou “com certeza. Dia desses eu para testar, aproximei de uma pessoa que não via há muito e lhe tasquei a locução e aí “você continua o Inan Dimple?”. E ele sem titubear, retorquiu, com certeza! E então a surpresa porque trata-se de um sujeito dos mais probos, escorreito e lidimo cidadão. Tão rico de probidades e virtudes, que nem cartão de crédito ele gosta de possuir. Tudo ali em espécie, quando muito ainda usa notas promissórias, já obsoleta e cheques datados de hora.

E para confrontar esse lídimo e leal amigo, eu repeti a pergunta. Uai. Mas, se degenerou em caráter, porque nunca constatei você cometendo qualquer inadimplemento! Inadimplir para ele era um verbo corrente e penteado, tendo em conta que ele trabalhou por longos anos no setor habitacional da Caixa. Ao que ele me perguntou, você me disse o que mesmo? Repeti a pergunta. Ao que ele, fora essa! Nunca dos nuncas. Então . Você quis antecipar a resposta. Nada de calote, então? – Nada, nadica, nunca em minha jornada privada e de amanuense de Instituição financeira. Nem de quem quer que tenha alguma aliança parental.

Em se tratando de certezas o melhor conselho vem do filósofo e matemático, e escritor e pensador polissêmico. Renê Descartes. O homem era tão correto que as pessoas, vizinhos em geral, acertavam os relógios pelo horário que ele levantava e saia pelas ruas.

Outro dia, eu também fiz uma outra indagação, também com amigo de quem sou íntimo e com grande lealdade. Dele disse, ou melhor a ele me dirigi em um encontro de caminhada e pronunciei meio como ventrículo ou ventríloquo. E testei. E aí, seu traidor da conjuração maior, foi bom seu feriado? Ao que ele retorquiu, foi ótimo. E a viadagem da saúde boa. E ele, ótima também. A esse eu até deixei passar a interpelação, por questões de foro idiossincrásico.

São laivos, são ressaibos, são atos e reações que ressumam o quanto as transeuntes, os pedestres, passantes e quejandos respondem de forma impensada, de forma insensata, sem se dar conta do significado de dadas respostas, do real signo e símbolos das palavras, de nossos pensamentos e locuções substantivas, adjetivas e assim pari passu.

JDV

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