segunda-feira, 9 de maio de 2022

PROGRESSO

 Muito interessante, mas ao mesmo tempo melancólico é o ponto evolutivo em que nos encontramos como humanidade. Muitos são os saltos tecnológicos; e a revolução continua acelerada. Em todos os braços científicos temos recursos nunca imaginados. O que temos a lamentar é a não melhora, o crescimento em qualidade e virtude do caráter humano! Quantos são os caracteres (índoles)  separando as pessoas em isto e aquilo. O cenário, em se tratando de índole, da falta de honestidade das pessoas, o cenário é tão feio que o senso comum, o vulgo, o conhecimento folclórico classifica muitos dos indivíduos como o sem caráter.

No que eu até intervenho, na intenção de melhor classificação. Eu penso que sempre sobra alguma coisa, algum farrapo de virtude nos classificados “sem caráter”.

O cenário social da humanidade é de fato de merecer preocupações. Há circunstâncias tão esquisitas e escusas que muitos feitos e atitudes tidas e havidas como ilícitas e desonestas vão sofrendo um processo de naturalização e normalização.

Temos, assim, uma fábrica do que se pode chamar de naturalização e normalidade das coisas e comportamentos. Assim pensando, temos os chamados catalisadores desse processo. Na política por exemplo. Criaram por o chamado gabinete do ódio, a central de fake News, as escolas de curandeirismo, os profissionais do charlatanismo. Alguns desses falsos e fraudadores doutores em Medicina e outras ramos profissionais. Os piores charlatas porque portam diplomas de curso superior e tem inscrição nos conselhos; um CRM por exemplo como chancela de suas práticas infundadas e pseudocientíficas. Alguns exibem nos murais de trabalho emoldurados, encaixilhados esses certificados, uma espécie até de troféu, dos méritos profissionais. Observem bem quando passarem por esses cenários.

A pandemia da covid 19 se tornou um exemplo expressivo e robusto de como várias atividades e expedientes humanos, sempre considerados pseudociências e charlatanismo ganharam vez e voz até decretos presidenciais com portarias, aplicativos de saúde pública etc., foram os casos do emprego e importação dos medicamentos e kits, sem eficácia, administrados a doentes de covid 19.

Mesmo com a intervenção da Justiça, da vigilância da imprensa, da atuação da CPI, milhões de pessoas, milhares de profissionais, muitos médicos continuam acreditando que cloroquina e ivermectina curam a covid 19. Após exaustivos ensaios e p esquinas clínicas essa legião de pessoas (muitas) continuam acreditando em remédios para covid 19 e desconfiando das Ciências e das Vacinas. Temos aqui o que se pode chamar de naturalização e normalização da ignorância.

Um outro cenário que intriga e desperta a atenção de sociólogos e humanistas diz respeito às relações comerciais, financeiras e fiscais de muita gente. São aqueles indivíduos com a inclinação à mandriice (mandriões e mandrionas). A falta de compostura, o ócio, a improdutividade e dependência financeira do Estado e outras pessoas parentais vêm se tornando uma realidade encontradiça e metediça nas relações familiares, parentais, com graves e disruptivas desarmonias na qualidade de vida das pessoas vítimas desses tais e quejandos sujeitos e sujeitas.

O lema “o mar é um cérebro em laboração” deixou de ser pronunciado. O trabalho produtivo, cooperativo e solidário tem se tornado um projeto retrogrado e obsoleto. O ócio improdutivo, as moratórias nos compromissos fiscais se tornaram regras. Ninguém mais se peja, se cora, se ânsia ou se amofina em praticar inadimplência. Nome este chique e erudito para calote e caloteiros. Porque esse passou a ser praticado contra quem quer que for ingênuo, está presente nas relações humanas. não importa o vínculo, se amistoso ou genético. Até o calote parental tem sofrido um processo de naturalização e normalidade. Evoluíram-se as Ciências e as tecnologias. Degradaram-se as relações sociais e familiares.

Elisiário Vilarinho e Nadágio Vilarinho eram irmãos de 4 irmãos. Os quejandos ex ofício deveriam repartir ônus e bônus no mister de mantença da função doméstica do ascendente paterno. Necas de pitibiribas para 2 ou 3. Ocorreu que na divisão do espolio do de cujus matriarcal, dois dos três, três de quatro tinham olhos metálicos aureolados quando envolviam dinares aramados e ativos fiscais. Mas, nos cuidados patriarcais genéticos, no esfalfar cotidiano de compras do domus que mais similitude tinha com domus de orates, dois de três ou três de quatro pouco ou necas importavam do quanto era custoso aqueles labores e orçamentários. Laboremos. Labores e aquisições com pecúnias não eram com dois ou três de quatro. Calote, estelionato familiar, familiar, familiar nas relações parentais. Pérfidos e irmanados. Naturalização ancestral e no descenso. Antinatural.

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