quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Elogio da Desonestidade

 

João Dhoria Vijle 

Interessante e instigante! Foram esses os qualificativos dados pelos avaliadores sobre aquela redação, daquele candidato a um concurso de relações humanas. O tema era a vantagem da desonestidade. E não é de ver que o inscrito e concursando obteve nota máxima; e somada aos outros quesitos foi aprovado com louvor. Mas, como esse redator com uma questão tão sensível e aguilhoada pode persuadir os corretores a recomendar sua aprovação? Alguns pontos nevrálgicos e seus antídotos.

E começa pela definição. A desonestidade ou perfídia, porque ambas perfilam muitos atributos e tributos de interseção é na certa e no suposto um dos mais refinados indícios de habilidade e inteligência humana. São dados concretos e incontestes do talento de quem a pratica em parecer uma personalidade de dúplice comportamento e tendenciosidade. Poucos indivíduos desse desvalor praticante vertem tanta expertise em artes cênicas e dramáticas.

Por que da expertise cênica e dramaturgia? Porque, o indivíduo vive duas faces, ora a cara ora a coroa. Não que essas duas faces sejam jogadas ao leu, para apreciação de certo povileu. Em geral, além dessas duas faculdades, o sujeito praticante, sem ser usuário de graxa de peroba, exorbita no talento e capacitância da persuasão e convencimento. E em se tratando de vencimento promissório, ninguém mais hábil do que os tais e quejandos. Dados o sucesso obtido em suas tratativas e negociatas.

  João Dhoria Vijle


Outra faculdade exibida pelos desonestos ou pérfidos é a tão decantada e propalada qualidade de vida a módicos custos do auto orçamento. Explica-se. Como dito no país ianque, qualif. Life. Qualidade de vida é o que interessa, o resto eu tomo de empréstimo com a angélica Lessa; provedora de todos os quereres, para todos os gostos meus e não os seus, agrade ou não a nanico ou Zaqueu, como eu. Porque em casas de honestos e Fidelis eu sou rei.

A exemplo do cleptomaníaco, os pérfidos e ímprobos, os falsários e caloteiros, muitas e muitas vezes, e muitos e muitos deles não trazem a carência da inadimplência. Eles, assim o são, isto é, folgados e golpistas por deformação de caradura ou donatários. Este resto de assertiva, ficou meio anacoluto e dissoluto. Explica-se: desonestos e falsos ideológicos assim o são por uma arquitetura mental, cultura e formatação familiar hereditária. E assim, existirão e morrerão como tais e quais. Que acautelem-se os honestos e fieis nos seus compromissos e tratativas sociais. Apenas este o conselho dado.

Joao Dhoria Vijle

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