sábado, 30 de setembro de 2023

glotões e glotonarias

 Em tempos digitais, de comunicação veloz e instantânea, de inúmeras fontes cientificas confiáveis, tornou-se muito prática e eficaz a pesquisa em qualquer área do conhecimento. Entre tantas informações, recomenda-se cautela e filtro na sua qualidade Porque além de muito charlatanismo, de pós verdades, de factoides e invectivas existem – quando a questão é medicina e saúde- existem muitos trabalhos elaborados por encomenda, com vieses que favoreçam esse e aquele grupo, essa e aquela indústria farmacêutica, aquele comércio desses e tantos insumos propagados.

Nessa hora, uma boa recomendação é avaliar quem disse o quê, quem está dizendo, qual a Instituição onde ocorreu o estudo, os métodos empregados, as credenciais de quem pesquisou. E muito importante para credibilidade:  quantos foram os voluntários e participantes do estudo, dos ensaios, o consentimento e aprovação do comitê bioético. Aí, sim, dá para acreditar nas informações.

Nesse ponto é que certos tratamentos, terapia de plantas, as chamadas medicinas alternativas, a homeopatia, a acupuntura, a medicina ortomolecular, os florais de bach, a reflexologia, ondas magnéticas, constelação familiar etc. etc. Nesse ponto então é que esses tratamentos não resistem a nenhum estudo sério, ensaios clínicos, seguimento de casos-controle, comparação com placebo e tratamento tradicional. Vamos ver? Testar a verdade das propostas? Elaborar os ensaios, os comparativos, os métodos, etc.

Com efeito, com robustas provas de que nem tudo é perfeito e deixando gente, muita gente contrafeita, lá na Rússia e Estônia foi empreendido curioso estudo com ensaios clínicos, psicológicos e sociais no que concerne aos hábitos digestórios das pessoas viciadas (dependentes) de comidas e beberagens. Ou seja, a dependência gustativa e olfativa de alimentos. Cerca de 2000 voluntários participantes, trabalho bem conduzido, científico; aprovado por dois centros de bioética, de Rússia e Estônia.

Pontos nevrálgicos, o cerne e conclusivos do estudo e os ensaios clínicos, psíquicos e sociais e culturais e metabólicos e neurocientíficos dos analistas e meta-análise da pesquisa. A maioria das pessoas viciadas em orgias, em esbórnias, em festins gastronômicos e libações de todo gênero padece de atributos neuropsíquicos e sensoriais para outras satisfações. Independe essa predisposição, essa idiossincrasia do grau escolar e instrutivo das pessoas adictas de comidas, bebidas, da mesa e beberagens.

 Nao importa se formou em engenharia, medicina, direito, administração. Enfim, a glutonaria, a hiperfagia (comum em obesos e mórbidos) tem deficiência sensorial na busca de satisfação para as artes, a literatura, a cultura geral e especializada. Muitos se comprazem, se realizam, se satisfazem predominantemente no gozo do comer e beber, desbragadamente, viciosamente. Arre, triste, não? Os comilões e glutões comem como um expediente único e sem esforço, não crítico e menos cognitivo, de buscar outras opções de cultura e ocupação da consciência e da inteligência como humanos. São animicamente ingestores (glutões e glutonas) de comida, instintivamente. Muitos desses indivíduos padecem do que chama o estudo de deficientes noéticos). Não se comprazendo da contemplação de outras artes e belezas naturais.  Curiosa e convincente essa pesquisa científica.

Nenhum comentário:

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...