quinta-feira, 2 de novembro de 2023

HONESTIDADE PRIVADA E PÚBLICA

 Na Coréia do Sul foi confeccionado instigante ensaio social. A matéria de fundo foi na compreensão e deslinde dos sentimentos de solidariedade e cooperação dos humanos, do cuidado oferecido ao outro; cuidado esse feito por pessoas nas suas mais variadas esferas da vida. Em especial em se falando de cuidado de quem tem genética e vínculo familiar com essa pessoa carente, sejam idosos, inválidos etc. E mais, concernindo sobre os sentimentos de altruísmo, generosidade, de empatia pelo outro carente de cuidados especiais. Frágil.

 Seja na ambiência de trabalho e produtiva, seja nos ajuntamentos sociais festivos, seja nos recônditos da família. E pode parecer tão ordinário, tão comezinho esse ambiente. Entretanto, é justamente o interno do convívio da casa, onde focou o estudo, dando destaque a esse microcosmo social e familiar como se um laboratório fosse. E de fato o é, bem pensando, tendo em conta que esse convívio é mais intenso, frequente, com desprendimento, sem censura.

A família, o convívio entre os seus integrantes, grosso modo, é tido e havido como esse minimundo social que espelha o que é o todo social lá fora, nas mais diversas esferas da vida, nas corporações laborativas, nas agremiações de entretenimento, nos encontros recreativos, em celebrações de qualquer natureza. De modo majoritário, o sujeito é fora de casa o que ele representa em família, junto aos seus membros genéticos, parentais, agregados etc.

Curiosos, ao fazer as traduções livres, são os verbetes, os conceitos, as definições das características individuais e grupais desse representativo trabalho, randômico, de fôlego e seriedade, são mais de 10 mil participantes, gente de raças e etnias várias. Trata-se de uma estatística por demais representativa, porque ela abrange várias regiões do país (Coreia do Sul), e uma miscelânea de humanos, sem o discrimine de que atributos tenham os voluntários e colaboradores.  http://lattes.cnpq.br

Em se falando de caráter e qualificativos cívicos e morais por exemplo. Existem aqueles indivíduos (os dois sexos) que sob a condição de monitoração humana ou artificial eles obtêm o mesmo escore de qualquer pessoa honesta. Entretanto, não fosse esse radar monitor, seja do Estado, ente público ou privado, eles não se importam da prática de variados ilícitos e delitos. De natureza vária: contra o patrimônio material, abstrato ou moral de outra pessoa. É a chamada ética de ação por coerção; porque esse indivíduo age mais pelo temor que pelo amor aos bens públicos e de outrem e pela atitude ética e honradez. É a sua índole interna de esbulhar, de parasitar, de sugar energia e bens, objetivos e recurso alheio.

Não foi sem motivos que as empresas, órgãos, tribunais superiores e instâncias primárias, criaram os códigos de ética, as “compliances”, os ajustes de conduta. Esses códigos e termos de postura foram criados para quem tem índole desonesta e antiética. O sujeito honesto e ético por vocação dispensa códigos de conduta. Ser honesto na vigilância de olhos e câmaras e ser bom, ético e honesto quando só, sem o olhar alheiro, sem câmaras e vídeos.

No quesito solidariedade e cooperação; o estudo é bastante rígido e peremptório nessa análise. Por que? Simples! Nesses quesitos entra como laboratório o microcosmo de orates, ou o domicílio da pessoa que apresenta certas desadaptações sociais disfuncionais e disformes. Muitos são os integrantes da mesma família que apresentam os estados bordelenses de convivência (alguns até borderlines). São termos até curiosos do estudo. Por exemplo impudence. Em versão livre seria a desfaçatez, o caradurismo, a folgança, a patusca.     Ao se ler com interessada diligência esse estudo, fica a sensação de que cada família de per si e per todos, traz algum desses desajustados, cívicos e sociais; honestos e morais. É o sujeito que nunca coopera nas divisões compulsórias na manutenção de uma casa, de um idoso nos cuidados sanitários, higiênicos e alimentícios, na divisão equânime do trabalho e casa que esse mesmo idoso exige. São termos contusos e convincentes do estudo coreano. Ciência e Estatística contra a qual não se argumenta.  É a realidade mais cristalina e retumbante de quantas e tantas famílias e integrantes de nossa informação existem à nossa volta, lídimos e gibraltares modelos do estudo, assim, os chamam os ensaístas.

E concluindo.  Arre! Também ninguém é igual! Para que não é! Se em cada família existem também as pacóvias e os papalvos da corte. Sem corte. Não é! E vamos tocando a vida, como nos deram . Assim, nos trazem esses informes por demais instigantes e de alertas!

forum brasil-coreia de conteúdos. 2018. (trabalho/comunicação).  m, y. j.; kim, m. j. ; girao, l. c. . ficção juvenil coreana: tendências e perspectivas. in: deize crespim pereira; gabriel steinberg schvartzman. (org.). estudos da ásia: vozes múltiplas do oriente. 1ed.são paulo: fflch/usp, 2022, v. 3, p. 65-88


 

 

 

 

 

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