sábado, 4 de novembro de 2023

Rubustos e fornidos

 É muito bom o indivíduo se colocar no mundo e bem exercer o seu papel. Não importa o que ele faça ou produza, desde que esse fazer, e essa produção estejam no honesto, no ético, no licito e legal. Porque, não se pode descurar dessa premissa fulcral. Muitos são os habitantes terráqueos. Muitos e variados. E nem vamos usar o classificatório cidadão, porque, este se analisado na origem, tem outros qualificativos. Cidadão Romano, por exemplo, não bastava RG e CPF. No brasil, ser cidadão basta esses dois quesitos! Santa Edivirgem!

Então! Muitos são os terráqueos que nada produzem em termos honestos e contributivos, orçamentários. São indivíduos que vivem às expensas, às custas de entidades físicas ou jurídicas, públicas ou privadas. Tendo em análise que esses (in) qualificados reúnem condições orgânicas, mentais e intelectuais para o labor diário, ergonomia que poderia entrar nos adjutórios e divisionais de um custo doméstico com contas diversas. Viver não anda fácil, o arroz, o feijão, a carne, as massas e mocotós custam trabalho e ralação de quem paga. Ou se está falando algum truísmo ou heterismo? A ver.  

Há estudos sociais e laborais, e nem de tanto carece nessa matéria! Existem as estatísticas no que concernem e pertinentes aos legatários e herdeiros de certas famílias. Quantas não são certos membros familiares que não dão continuidade e mantença dos bens e haveres trabalhados, laborados, ganhados pelos pais. E aos poucos esses membros, lídimos perdulários e esbulhadores das energias e módicas receitas da família; aos poucos - reitera-se aqui- vão promovendo os deságios daqueles modestos bens e ativos de pais e mães. Em vez de arrimos, se tornam arrimados, são notações de nosso eficiente Instituto.

Referida e reprochável estatística, mostra o próprio Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística. Existem regiões onde o fenômeno se mostra mais prevalente e consuetudinário. São questões de ancestralidade e cultura. Todavia, registrados em todos os Estados, Minas Gerais, Goiás, Bahia etc. etc.

Além das mostras e pesquisas do próprio IBGE, entram nesses dados, teses e pareceres de Sociologia, da Pedagogia do comportamento laboral e índole cooperativa e produtiva do indivíduo. Tenhamos em conta que somos animais de rebanho, de manada, de educação, de treinamento e marcados por duas heranças como determinantes do que vamos ser como cidadãos (queira ler em Aristóteles e Nietzsche). A herança genética, pouco mutável; e a herança social familiar do que nos legaram o pai e mãe como modelos de vida e ensinamentos por toda a vida. Missão nobilíssima e contínua, a que muitos renegam.

Ao se estudar e compilar esses dados, essa lastimável estatística, assim o diz o eficiente e produtivo IBGE, fica uma questão e conclusão bem candente: como esse país poderia estar bem à frente de muitos outros, não fosse esse caráter coletivo e individual de nosso povo. Somos, de teoria e de fato, personagens como o Macunaíma de Mário de Andrade. “Ai que preguiça”. É o princípio, regalar e gaudiar; muitos são os convivas, mas ralar e produzir, Ai que preguiça!

Portanto, leitores (as), não se espantem ao se deparar com muitos sujeitos e sujeitas que vivem no reverso do que deveriam ser a normalidade e naturalidade das coisas. A quantas andam as suas estatísticas pessoais nesses tipos ao seu redor? Quantos não são esses tais e quejandos indivíduos, na higidez física e robustez orgânica, que no lugar de ser um arrimo de um ascendente, se torna beneficiário e atendido por um pai, uma mãe, avós, obreiros já idosos que deram energias e rendas para uma senectude assistida e protegida, no social, alimentício e médico. Mas, não. E agora! Ah, agora, vivem em socorro, como arrimos de guapos e corados descensos; os fornidos arrimados descendentes.

Como se diz aqui em terras nor-destinas e destinadas, predestinadas, muitos em desatino, ainda gastam suas minguadas energias. E pior, tem que dar seus jabaculés e dobrões para cabra forte e todo fornido.

Joao Dhoria Vijle 

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