terça-feira, 26 de dezembro de 2023

As Ciências interpretam os comilões

 Artigo Científico

Em julho de 2023 saiu um impactante estudo realizado por biólogos, psicólogos, neurocientistas e médicos nutrólogos nos EEUU, no que diz respeito aos hábitos alimentares e obesidade. E o mais importante, levando em conta o porquê de pessoas com sobrepeso e obesidade comerem tanto, mesmo elas atingindo o seu limiar nutricional e saciedade. Ou por outras palavras, mesmo elas eliminando a fome e a carência alimentar daquele momento. Foram mais de 10 mil participantes, voluntários, pesquisa essa aprovada por comitê de Bioética.

Essa referida fome e carência alimentar, dizem respeito a por exemplo a um jejum de mais de 4horas, onde a depender do gasto energético e metabolismo laboral ou de esforço, o indivíduo pode estar com baixos níveis de glicose. Embora, o organismo tenha mecanismo de estoque para essas necessidades fisiológicas. Mas há variações, onde essa carência se faz presente, uma vez que a fonte externa desse nutriente, e seguindo a dinâmica do ciclo de Krebs, via oxidativa, trifosfato de adenosina (ATP) fazem diferença e preferência, pelo imediatismo do suprimento carencial.  

A maioria dos alimentos têm glicose. Os carboidratos são a principal fonte. Açúcares e doces encerram-se em glicose. O organismo estoca a glicose sob o nome de glicogênio (amido animal) no fígado e músculos, principalmente. A liberação de glicogênio para glicose se faz pelo hormônio glucagon.

O que dizem esse estudo e seus pesquisadores (biólogos, nutricionistas, neurocientistas)? São ensaios e pesquisas que vão à gênese do comportamento social e individual dos chamados “instintos e incitação” na busca ansiosa e viciante de alimentos e bebidas. Na etiopatogenia (gênese da disfunção alimentar) jazem dois fatores determinantes e viciantes; a saber, um fator sociocultural familiar; e um fator neurofisiológico de treinamento memorial ou mnemônico. Como explicado a seguir:

O fator sociocultural familiar se dá a partir do período lactante, da relação da mãe na amamentação e pós desmame da criança. Muitas são as mães que procuram estabelecer a chamada recompensa à criança com as mais diversas satisfações da sensibilidade oral do lactente. É a fase oral, da chupeta, dos petiscos, dos doces, das balinhas. E esses ciclos, choro ou birra>recompensa com a satisfação do sentido do paladar vão se tornando um hábito, um vício, uma perpétua recompensa. A qualquer frustração, irritação, insônia, choro, a criança memoriza, que ganhará a recompensa com qualquer alimento, doce, chocolate. Muitos adultos obesos e glutões mantiveram a fase oral da 1ª infância. É um resquício da chamada fase oral (qv, Sigmund Freud).

Conforme teoria psicanalítica de Freud, o bebê pode ter a chamada fixação da fase oral a se manifestar quando adulto. A criança como que sublima essas percepções, ela se comporta nas outras fases de forma “pseudonormal”. Quando adulta poderá sofrer com os vícios e compulsão de boca, do comer instintivamente, sem um objeto maior nutricional, mas acima de tudo de forma orgíaca, orgástica e prazenteira. Essa também uma teoria para os hábitos etílicos de muitos alcoólatras. O porquê de se tornar um dependente de álcool.

O fator neurofisiológico ou memorial se estabelece nos hábitos familiares. São chefes de famílias (pai e mãe) que consideram o hábito e exagero na ingestão de comidas e beberagens, libações de bebidas, alcoólicas ou não, refrigerantes (Coca-Cola como exemplo). Essas famílias consideram o comer e beber a fonte maior ou única de prazer, gozo e felicidade. Trata-se de um mecanismo neuronal, a exemplo de muitos outros valores, cultura, atributos éticos e morais. A criança, o adolescente, o jovem que é instruído, formado (ou deformado) nesse ambiente, traz muitas chances de copiar, de simular, de imitar os hábitos e vícios alimentares e glutões dos pais, em um chamado efeito de espelhamento. Filhos de ignorantes e cascas-grossas, têm todos os ingredientes para de igual forma sê-los de futuro. Os verbetes aqui usados são pesados, populares e disfônicos, mas valem como significados e significantes da questão. E está falado! Qv https.eats.endfats.com. https://www.nih.gov/

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