terça-feira, 30 de janeiro de 2024

TAPIRES E ESTRÓINAS

Muitas são as gentes e pessoas que se encontram em tanta disfunção social e de convívio, que para regenerá-las seria necessária uma regressão ao estágio intrauterino. É o que pensava também Lino Lineu, irmão pouco conhecido de Justo Marlim, filósofo das horas vagas, porque seu diletantismo maior eram escavações antropológicas. Tais estados desadaptativos e disfóricos vemo-los descritos por diversos renomados psicanalistas como Michael Balint.  

“Demonstração de dor, deficiência etc também estão relacionadas à regressão. Quando a regressão se torna a pedra angular de uma personalidade e a estratégia de vida para superar problemas, ela leva a uma personalidade infantil”. São informes de trabalhos sociopsíquicos de Michael Balint. A obra mais representativa de Balint foi “ O médico, o paciente e a doença”. Vale o trabalho da leitura.

A Internet, o telefone celular e redes sociais trouxeram tanta gente adicta desses recursos virtuais e digitais que de virtudes e ganhos vitais não trouxeram nada. A maioria dos adictos dessas tecnologias encontra-se em um estado decíduo e putrefaciente em termos de aprimoramento cognitivo, intelectual e produtivo. É suficiente ter os critérios de autonomia e independência para essa avaliação. Vejam: quantos brasileiros e brasileiras, estando no acme do vigor físico e mental são capazes de prover sua própria existência? Fútil existir, porque muitos não passam desse mero e tacanho convergir.

Existem para esses tais (os Nem, Nem do IBGE) os arrimos mantenedores e fideicomissos, cônjuge, pais, avós, irmãos, outros! Esses guapos e fornidos indivíduos, erados, vigorosos vão envelhecer. Alguns já meio idosos que nada laboram. Vivem como zangões da praça, e não se pejam de serem tidos e julgados como envilecidos! As famílias, o social os fizeram assim! Constituem como demonstrativos das teorias do franco-suíço Rousseau. Nascimento>família>gueto sociofamiliar>criação>maturidade biopsicossocial. Apenas!

Ao se trazer à baila o expediente da regressão, não é de todo inoportuno e sem contexto. A analogia e homologia são perfectíveis, no intento e empresa de os melhorar. E quem sabe até a completa salvação. Nada fácil. Grande parte da sociedade, aqueles indivíduos afeitos e cativos dos objetos digitais, dos recursos de internet e redes sociais. Assim, o demonstram vários estudos neurobiológicos, sofrem de um declínio, uma hipotrofia do córtex mesocefálico, porque esse tecido neuronal não é estimulado pelo raciocínio lógico, pela criação, apto a esse exercício da inteligência. Isto é grave, gravíssimo! 

Ao reler os autores John Stuart Mill e Michel Foucault, temos noção do quão importante é buscar fontes confiáveis e notáveis de saber. Fica essa instigação, ler sobre o liberalismo de John Mill e sobre a obra -Vigiar e Punir, de Foucault-  

Em uma psicanálise da formação e arquitetura social e moral do indivíduo. Pode-se, quem o faz, se fundamentar nos trabalhos de Piaget, de Thomas Carlyle, de Carl Jung, de Charcot e Anna Freud. Como reflexo de homologia, há-se lá nos recônditos ancestrais mais próximos (liames parentais de pais e avós). E ver como foram os cabedais, os jaezes perpassados por essa ascendência genômica. Tudo ligante e propagante. Não há o que confrontar e contestar. Não importa qual o sestro, qual o característico, qual a balda, o vesgo, o vício, o modelo de vida. Haverá sempre um fundamento inexpugnável e inelutável nesse paciente e escarafunchar de etiologias, de homologias e analogias. Vade retro! E retrocederá com mais lumes nessa questão social e personalista.  Pouco entendeu? Estude mais. Analfas!

Joao Dhoria vijle

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