quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Acepipes e Ágapes do Sujeito

 “O desejo é para o Filósofo e Cientista René Descartes uma paixão dinâmica, visto que é por seu intermédio que as outras quatro paixões fundamentais: o amor, o ódio, a alegria e a tristeza podem se manifestar! Muito se erra em matéria de desejo, por não se distinguir claramente as coisas que dependem inteiramente desse sentimento, intrínseco aos humanos, mas que pode degenerar e as que não dependem de desejos gozosos.

O desejo esclarecido é o que possibilita ao indivíduo a desejar apenas aquilo que depende do livre-arbítrio. Mas, responsável, racionalizado e sentido. Para Descartes, a moral tem por utilidade reger o desejo. A generosidade desempenha o papel de purificadora e guia do desejo. Não literalmente, mas postulados desse grande sábio.

Jean Buridan (1301-1359), foi aquele filósofo francês e religioso que teve enorme influência em seu tempo. Tão impactantes os seus trabalhos que discorreu também no entendimento da Física, em Cosmologia. Mas, discorreu muito sobre moral, ética e comportamento humano. É bem conhecido nos estudos de Filosofia o chamado paradoxo ou dilema de Buridan, de nome asno de Buridan. Queira ler sobre.

Ao se debruçar sobre a Natureza humana e suas convergências, fica nítido o quanto é vário o afeto de cada um, no que concerne a sua gratidão e preitos meritórios aos ancestrais genéticos, notadamente os de 1º e 2º graus. Arthur Schopenhauer, e Michael Polan, nos dão de igual forma e substância a compreensão de muitos sujeitos no que a ele tem de inerência quando a questão e sentimentos do cuidado com pessoa de sua aliança ancestral. Alguns o fazem no estrito seguimento de uma força moral e impositiva social. Não se dá tal préstimo por vocação ou generosidade.

Ler e estudar com pertinácia e interesse os personagens de François Rabelais (Renascença) e Sterne, nos põe em melhor avaliação dessa natureza de muitos filhos e filhos, nos liames sociais com renegados pais (por esses filhos, bem esclarecido). Nilson Gastão, em minuciosa descrição dessas relações parentais e contra parentais, usa metáfora reversa do asno de Buridan.

Há-se ver como se dá essa digressão. O indivíduo entre duas opções, vai conforme delineia o livre-arbítrio, tomar sua decisão, assim no algoritmo. Em certo ponto há manjares, quitutes, chocolates e demais alimentos por assim titular bastantes capitosos. Somado a esse cenário, há à disposição uma anfitrite, com Nereu e algum adjutório de lambada. Em outro ponto, a opção de voluntário e gratidão; alguém em carência multitudinária. O nexo é mais que genético. Eis que no direito da livre escolha, vou para banda da anfitrite e sua energia, pecúnias e ergonomia. Prova-se assim, as teses do asno de Buridan, e o Buridan reverso. Arre! Vade Retro sevandija.

Nenhum comentário:

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...