quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Pessoas ineptas e inaptas

 Interessante estudo, esse que saiu não faz tanto tempo, sobre a desadaptação de tantas gentes pelo mundo. Quando se refere desadaptação diz respeito a toda forma de relação social, seja social entre os humanos, seja com outros indivíduos irracionais, e mesmo os indivíduos botânicos. Quantas não são as pessoas, que frutos que são de uma educação mambembe e canhestra, passam o resto de suas vidas mal adaptadas a todos os expedientes vivenciais. Noutros termos, são aqueles indivíduos que se mostram fracalhões e frágeis para um sem-número de atitudes, de expedientes, de iniciativas e sem autonomia para uma vida a sós. Improdutivos. Para quase tudo na vida (trabalhos) se mostram inaptos, ineptos, imprestáveis.

Se retrocedermos à liga ou corrente dos empiristas, Filosofia originária irlandesa, vamos ter mais substratos e fulcros a essa tese. E para mais substância, buscando confluência com Donald Winicott, Ilan Brenman. Não desprezível de igual forma o que teorizou e deu muita ênfase Rousseau. Cada pessoa é o corolário e dividendo do que foram os pais: em seus valores, sua cultura, crenças, convicções, formação ética, social e escolar. Imaginemos pessoas originarias de uma casa, onde há uma mãe semianalfabeta ou analfabeta funcional, que sequer compreende um parágrafo de um bom texto literário., um pai cuja foco maior e central é patuscadas e orgias do comer e beber! Que padrão cultural, social e moral terão esses filhos? Alto risco de antissociais, improdutivos, ociosos, irresponsáveis, carentes de ajudas fraternais. 

Diplomas e certificados, graduação nessa e noutra profissão não significam aptidão e autonomia social, vivencial, ética e produtiva! Quantos sujeitos e sujeitas que frequentaram boas escolas secundárias, chegam a uma graduação qualquer: administração, direito (finalizado de modo direito ou torto, base do copia e cola), gestão de tal atividade, etc etc. E nada, nada mesmo produz, sequer para si, para a própria subsistência. E esse indivíduo passa a viver arrimado (a) por terceiros! Inumeráveis. Arrimados por cônjuge, pais, irmãos, avós, heranças (parcas e minguadas), Estado, previdência. E, à mingua, passa uma estendida vida. Sem se corar, sem se vexar! Essas pessoas não têm culpa! Mulheres. Homens, foram instruídos assim. São deficitários hereditários em tudo.

Os Estudos, como o aqui motivador desta resenha, mostram que ser detentor de algum diploma, um certificado de certo curso terciário, Direito, Engenharia, Administração e até trepar a bom e rentável emprego não significa conhecimento e formação social, ética e técnica em humanidades, cultura construtiva! Não! Muitos são os amanuenses (ops, termo obsoleto), servidores de órgãos federais, tribunais, casas de leis. Esses tais e quejandos indivíduos, ali chegaram porque, à moda de um ENEM secundarista, foram adestrados, treinados, condicionados às provas a que submeteram e passaram. Passados 3 anos dessas provas, seriam reprovados, assim mostram estudos, sobre esses concurseiros!

E para assunção das funções nesses empregos? Fizeram um treinamento no sistema de um algoritmo funcional. Tabelas de isto pode e isto não pode! Treinam a operar os softwares do trabalho. Se erram, o próprio sistema operacional corrige e se explica de como corrigir. Detalhe: sói ocorrer de ser funções comissionadas, muito bem pagas. Assim, fica fácil, fácil, não é! À moda de um ENEM secundarista, passados 3 anos, se fizer nova avaliação daquela formação diplomada, serão todos reprovados! Tipo atleta que encerrou a carreira. Perde-se o condicionamento: reflexo condicionado da tecnicalidade do emprego!

Uma educação mambembe e de serendipidade, tipo meu filho não pode fazer tal coisa, chegue aqui no colo de mamãe (10 anos, 12 anos de idade). E vai na mesma esparrela e necedade (são Néscios hereditários) incutidas nos recônditos memoriais do filho; tal estilo pedagógico e de espelhamento, vai ter um dividendo e corolário! Inclusive no que concerne à formação moral, social, vivencial. E até, assim dizem os estudos, no pendor e pendão sexual do indivíduo. São reforços intrínsecos e recônditos, nos recessos e vias sensórias, e de formação personalíssima da pessoa quando ela se fizer adulta. O que foi de torto e canhestro, permanecerá!

Imagine um exemplo de sujeito, já tosco e originário, que teve cultura carvoária, Minas de tudo quanto é bom. Fez conúbio com pessoa de ancestralidade gentílica nórdica. E desse corrilho, surgiram novos sujeitos. Criados nesse mistifório de desadaptações. O que esperar? Transitabilidades e animosidades paupérrimas em todas as ondas da vida. Arre”. Vade retro! Sem admonia! Muito menos eudaimonia. 

João Dhoria Vijle - escritor e crítico social

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