quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Clãs e Guetos

É bem conhecida a natureza gregária ou grupal dos humanos. Isto já era bem descrito por grandes pensadores como Aristóteles e coetâneos rivais de sua época. Está a se referir aqui à Sociologia Comportamental desde remotos tempos. Correu o tempo e os estudos nessa área científica não se estagnaram.

A Ciência é inesgotável de perguntas e os cientistas e pesquisadores (os que usam a mente, o raciocínio abstrato) insaciáveis em sua curiosidade e compreensão da natureza das coisas e dos habitantes desse Planeta, sejam os racionais ou os animais ainda tipificados como irracionais. Há de se chegar um tempo de reeditar essa categorização dos humanos como racionais e os outros bichos de irracionais. Porque é inaceitável chamar a muitos humanos de racionais e dotados de inteligência acima dos outros animais. Alguém já assistiu a algum animal cometer pedofilia, dizer fakenews, falsidade ideológica, corrupção, estupro, feminicídio?

A Sociologia Comportamental dos animais nos dá diversas características dos bichos que em parte poderiam servir aos humanos. Entretanto entram como empecilhos os chamados atributos éticos, bioéticos, deontológicos no cumprimento dessa natureza. Algumas características são compartilhadas porque bem aceitas tanta lá como cá, de irracionais e racionais. A condição gregária dos bichos. Nós a compartilhamos. Nossa condição de sedentários? Alguns animais também não gostam muito de ralar, de transpirar, de esfalfar, de fatigar. Os felinos por exemplo. Eles só vão à luta na hora da fome, de defesa de território e ameaça. Só!

Algumas outras características que os animais trazem, nós humanos não compartilhamos. Uma dessas vale a pena citar. Na criação dos filhotes e filhos! A maioria da mães e/ou pais no reino animal cuidam das crias até uma certa idade. Vem o desmame e logo são enxotados a se virarem e cuidarem da própria vida. Se bem que há certos pais humanos que até criam (só criam os filhos). Então ou os abandonam à própria sorte ou não completam o trabalho, porque não os educam e não os instruem como humanos bons, éticos, sociais, laborais e produtivos. O quanto de malandro, desocupados e ociosos há em nosso redor! Faltou o que? Educação familiar! Só isso.

Quer um outro característico dos animais que nós humanos excedemos nesse paralelo? Aquele atributo da proteção dos membros do grupo e parentais. Existem certas espécies animais que seguem comportamento e regras de convivência. Um exemplo é a hierarquia por idade, os mais velhos têm prioridades em muitas coisas. Em certos grupos a quebra dessa tradição e instintos é duramente castigada! Certas espécies servem de modelos nesses estudos: babuínos, elefantes, aves de rapina como as águias, golfinhos, baleias etc.

Quanto aos humanos. Bom se houvesse essa melhor observância e cópia da natureza. Entram para ajudar ou atrapalhar, nossa consciência de proteção excessiva aos filhos e filhas, a uma educação tolerante e sem imposição de limites, aos mimos e reclusão dos filhos e educandos. Nesse pacote de causas perdidas entra o instituto dos Direitos Humanos. Bom, útil e construtivo seria como contraponto o instituto dos deveres humanos. A cada privilégio ou direito deveria corresponder um dever. Filhos e alunos se criam, se instruem se educam, se forma com disciplina, ensinamento ético, respeitoso e científico. Diferente de cria animal, ração e veterinário!

Nessa seara da Sociologia Comportamental, chega-se por exemplo às características da proteção grupal, ao amparo, à proteção dos filhos e filhas e outros parentais. Movidos por sentimentos de proteção, de fraternidade (sentimento de irmãos), de se tornar cúmplices e lenientes (forma ética ou ilícita, legal ou ilegal), existem certas famílias que se tornam acumpliciadas e arrimadas (escoras de proteção) de certos parentais que desviaram das condutas sociais aceitas como padrões e humanas. São os populares malas-sem-alças, os malas-artes, os folgados, os trambiqueiros, os folgados, os preguiçosos, os desonestos, os sevandijas, os caloteiros e exploradores da ingenuidade e boa-fé de membros do clã.

Há os absurdos de grupos, de famílias nos moldes de uma dinastia, de guetos e grupos parentais aficionados e instruídos aos golpes, à contrafação, às falsidades de todo gênero e outros feitos delitivos e antissociais. E sempre sobrando para alguns parentais e contraparentes (eufemisticamente chamados de bonzinhos e cordatos) em suportar tais e quejandos frívolos e folgados! E fazendo essa compilação com o mundo animal. Vê lá se no reino dos irracionais há esse tipo de leniência, cumplicidade e tolerância. Zero chance! São os clãs e guetos de gente folgada e caloteiros.

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