quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Triguista e Minimalista Digital

  Imagine aqueles rebanhos de gente, de pessoas de variados graus de escolaridade, que seguem certos influenciadores. E aqui pode-se dividir esses missionários de algum estilo de vida ou adesão a uma ideologia, a uma política, a uma doutrina, etc., em tradicionais e digitais. Ou seja, pode-se apresentar esse indigitado e seguido líder influenciando grupos, séquitos, hordas e rebanhos de pessoas de forma presencial, física; ou se valendo dos recursos de Internet, redes sociais e ainda rádio e televisão. Já imaginaram os efeitos!

E é assim que muitos líderes e midiáticos fazem sucesso. Porque o espetáculo só se estabelece, o sucesso do influenciador só se fomenta e recrudesce com a adesão dos sem-número dos seguidores e fieis. O êxito em qualquer dessas condições se dá dessa maneira, na retórica, na fala, nas ideias e expedientes, especialmente ideias fora da ordem do dia, fora do comum e do já estabelecido e gasto. O espetáculo e seus efeitos se fazem da boca e das ideias de quem fala e na cega crença e acreditação do expectador. Simples e Direito. Não há espetáculo sem os expectadores!

Quem já leu, pouco que seja, Aristóteles, Kierkegaard e Nietzsche vai se lembrar; os humanos somos animais de rebanho ou manada, seguimos quase sempre um cabeça, um capitão, um líder ou o grupo. Se os primeiros caírem no precipício, os primeiros da manada vão juntos. Conforme a cognição, todos se espatifam. Alguns por infiéis e covardes se safam, se notarem que a vaca foi para o brejo.

Essas asserções e glosas introdutórias, servem para trazer à baila, o quanto de gente, pessoas já eradas, robustas e fornidas de bons boletins escolares, sejam de grau médio ou superior. Antes um adento.  Porque boas notas e diplomas nada significam. Copiar e colar se fazem dos primórdios de bancos escolares, em se tratando de certos caracteres! Enfim, o quanto de gente faz parte da manada dos manietados pelos impérios do mundo de operadoras de telefonia móvel, dos fabricantes de celulares, dos provedores de Internet, de mídias e redes sociais.

Como esses ditadores e déspotas do capitalismo digital e de internet, tiveram o exato insight em escravizar, em imbecilizar, em hebetar e tornar os usuários, grandes levas e rebanhos de gente, de escravos e idiotas dos smartphones, do celular! Apropriadamente, cravou Michel Desmurget em sua obra: “A Fábrica de Cretinos Digitais” (Instituto de Saúde, Paris – França). Essa predição vale muito para os pais de filhos menores. Porque aqueles marmanjos, diplomados ou não, esses se cronificaram, tornaram-se higienizados do intelecto, e não há recuperação.

Temos assim os denominados tribalistas digitais ou niilistas digitais. A psicóloga Anna Lucia Spear King e o psiquiatra Antônio Egídio Nard os descrevem bem. Esses pesquisadores, adeptos das diretrizes de Michel Desmurget (França) falam em uníssono sobre os indivíduos adictos das futilidades e imbecilidades de aplicativos, internet e redes sociais. O que há de certo e concernido é que esses marmanjos sujeitos, muitos formados em cursos superiores, integram os chamados tribalistas (mesma tribo) dos imbecis digitais. Muitos nada fazem, nada produzem, nada estudam, nada sabem do meio social e mundo onde vivem, além da cultura compartilhada nas telinhas do celular (nem, nem IBGE).

Um interessante estudo francês (instituto saúde mental e intelectual de Paris), mediado por ensaios e estatística de sanidade mental, conclui que esse perfil de indivíduos, entram em suas bolhas de frivolidades de redes sociais. Todas essas pessoas (muitas ociosas e improdutivas) atingem um estágio ou estagnação cognitiva e mental. Porque nada dominam além de suas bolhas digitais de vulgaridades e inocuidades. Tornam-se no que chamam de estéreis cognitivos. Porque até o que aprenderam de trivial e elementar nos bancos escolares entram no esquecimento. Estéreis e assépticos, técnica e cientificamente, mas que fazem adeptos e instruem e adestram até os filhos e outros ao seu redor. Oh céus, oh vida, oh azar (de quem com eles convivem) Lippy e Hard.

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