Xexo fortuito e intencional
XEXO fortuito e intencional
Aqui na Paraíba, como de todo o Nordeste existem os repentistas, os poetas populares, os bardos das praças comuns, os contadores de causos ou casos verídicos ou anedóticos. O que importa é que todos trazem um valor moralista, um ensinamento. Estamos aqui a referir à cultura popular, aquela do povileu, da populaça, de gentes amiudadas, ou como expressado em certos lugarejos a arraia-miúda. E dessa gente, pessoas comuns, operosas e laborais vêm muitos ensinamentos que se aplicam em todos os estratos sociais.
PAGO, NÃO NEGO. VIVO QUANDO PUDER: ENDIVIDAMENTO E MAGISTÉRIO ESTADUAL GAÚCHO .Dissertação de mestrado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e
Institucional da Universidade Federal do Rio. Grande do Sul como requisito parcial para a obtenção do título de mestre em Psicologia Social e Institucional. Orientadora: Profª. Drª. Inês Hennigent- UFRGS-
Lá para as bandas do Sudeste e outros rincões não nordestinos, chamam às pessoas golpistas, as que passam mantam ou capote em outras pessoas de mercadores de calotas, ou caloteiros. Existem esses tais e quais de várias categorias. Grosso modo são dois grandes grupos: grupo A: dos caloteiros por falência pecuniária ou patrimonial; grupo B: caloteiros por defraudação intencional, os integrantes desse grupo, ao deixar de cumprir uma promessa (falso promissário), o faz de forma imoral, desonesta, cavilosa, e de pérfida e falaciosa ideologia, noutro termo, um praticante de falsidade ideológica (tipificado no Código Penal).
De forma mais objetiva e inteligível, para quem nos lê, porque são variadas as formações culturais e técnicas e profissionais. O caloteiro falimentar, pode ser um indivíduo honesto, quando não tinha o intento, o objetivo de fraudar, de dar o calote ou manta no credor. Pode-se tornar um caloteiro contingencial, por algum revés de negócios, carreira, perda de emprego e renda.
Ainda no grupo dos caloteiros, o sujeito pode deliberadamente ser um desonesto, um negocista, ou lambareiro e trapaceio nos negócios e tratativas financeiras. Caloteiro intencional. Esses são os mais daninhos, nocivos e tóxicos às pessoas. E as vítimas mais comuns são parentes próximos e amigos. Muito amigo! Muito mais amigo urso ou da onça do que de o caçador!
Então da banda podre e putrescível, os caloteiros ou defraudadores premeditados, os que detém certa expertise técnica e profissional que os qualifica para essas negociatas e falsas promessas. O caloteiro premeditado emprega sempre a chamada pérfida promessa, uma elaborada retórica persuasiva. Para tanto age ao estilo dos sábios sofistas, no estilo Górgias: "O Elogio de Helena": apresenta um discurso elogioso sobre Helena de Troia, buscando reabilitar sua reputação manchada pela mitologia. Ele utiliza sua habilidade retórica para recontar a história de Helena, destacando aspectos positivos e desafiando interpretações tradicionais”. Aqui o exemplo do maior sofista e retórico refinado, o sofista Górgias. A filosofia ou argumento dos sofismas, o enganador, o folgado, o trapaceiro e trambiqueiro.
O caloteiro intencional, traz essas características sociais, não cívicas ou incivilizadas, altamente contagiosa e pernóstica porque emprega subterfúgios, termos sensibilizantes para vítima, costumam não gostar de firmar de forma documental os promissórios e prometidos empréstimos patrimoniais ou fiscais. O que já demonstra indícios ímprobos e réprobos. Trata-se do caloteiro mais nocivo e deletério, tendo em análise que esses tais e indigitados indivíduos, dão o capote, passam manta e prejuízo, tendo esses inqualificáveis cidadãos, condições fiscais e patrimônio para não o fazer. A dica é esta, fuga e distância dos tais, quid, e quejandos folgados e trapaceiros. Existem inclusive os de pretexto esfarrapado, se dizendo com apertura por gastos inopinados e contingenciais com imprevistos e achaques de si e dependentes genéticos. Arre!
João
Dhoria Vijle - escritor e crítico social