escroques e sem qualidade

 E qual é a literatura que o senhor faz? Quase sempre o que escrevo é sobre os estranhos, as pessoas estranhas. Esse é o meu povo. Os estrangeiros. E a que lugar pertencem nesse tipo de cenário político... Os estrangeiros. E a que lugar pertencem nesse tipo de cenário político. Mas continuo pensando que num mundo feio, onde há muitas coisas ruins acontecendo o tempo todo, uma literatura pura ajuda.

Ao acompanhar sua trajetória, de tantas mudanças, está certo dizer, então, que “escrever pode salvar vidas”, como afirmou no discurso de aceitação do Nobel? Comecei a escrever aos 12 anos.

 Leia mais em: https://veja.abril.com.br/cultura/escrita-e-musica-diz-jon-fosse-nobel-de-literatura-de-2023/

 Quem mergulha e lê boa Literatura sabe o quanto esse hábito tem além de imenso valor cultural, um sentido e efeito terapêutico. Muitos são os autores referenciais de uma boa leitura, boa Literatura. São autores tidos e havidos como verdadeiros luminares nessa arte da criação. É admirável como autores que não tiveram vida fácil e mesmo assim produziram textos e livros encantadores. Alguns exigem folego, paciência, dedicação, reflexão, análise detida e interessada. Mas, vale o esforço da leitura.

Nesse panteão dos clássicos, não se pode deixar de ler um Machado de Assis: grande intérprete da alma humana, das questões sociais e políticas de seu tempo. Machado foi desses que fez sucesso ainda em vida, tinha uma leva imensa de admiradores e leitores. Fenômeno que escapa a outros. Willian Shakespeare foi outro que também fez fama em vida e se tornou mais notável postumamente. Outro autor, esta obra, Imagine O Homem Sem Qualidades e/ou O Jovem Torless –do escritor austríaco  Robert Musil.

Um leitor de bom gosto e de bom cabedal cultural não pode deixar de ler e reler O Homem Sem Qualidades e/ou O Jovem Torless - de Robert Musil. Trata-se de uma obra monumental, longa, complexa, profunda, um tipo de anti-romance. Porque descreve com agudeza e sarcasmo os labéus, os vícios, a natureza de um indivíduo pouco aficionado a tributos e atributos virtuosos do homo sapiens.

Por falar no homo sapiens, está carecendo de uma nova classificação, porque com ulteriores e aprofundados estudos sobre a espécie, ressumam evidências de ensaios e seguimentos verticais e horizontais que muitos indivíduos (homens e mulheres) fogem a essa tipologia sapiens.

 Porquanto, é de se ver que muitos espécimes (indivíduos) expressam uma cognição seletiva, própria à sua satisfação pessoal e incremental e material. Notadamente tem em consideração os homens das searas política, geopolítica, de administração estatal e estamental, os gestores públicos, os governantes, os autocratas, os tiranos, os todo-poderosos desse anão planeta Terra.

Interessante que se fala do homem como gênero. Agora basta avaliar quando se trata do sexo homem e do sexo mulher. O quanto há de mulheres ditadoras no planeta? Nenhuma. Esse modesto escrita desconhece alguma pelas beiradas do planeta, tendo em conta e certo que a Terra é redonda, nem plana, nem quadrada, portanto só tem bordas e beiradas e costas e oceanos.

Ao se referir ao homo sapiens sapiens (ops, é assim mesmo a descrição completa, sapiens sapiens). Seria de bom alvedrio e mais coerência que uma reclassificação fosse empreendida através de estudos psicóticos, psicopatológicos, sociais e antropológicos. Tipo assim: todos são homo; isto é, hominídeos. Muitos e muitos são sapiens, porque detém grau elevado de inteligência e raciocínio lógico para o bem, predominantemente. Vários e vários são homo sapiens demens; porque esses tais e quais e iguais detém alto grau de inteligência, todavia em proveito próprio ou para produzir e infligir o mal e a desgraça em outras pessoas. Seria muito mais aceitável e creditável essa nominação. Basta considerar: imagine um Vladimir Putin, um Victor Orban, um Nicolas Maduro, um Fidel Castro. Tiranos sanguinários. Sapiens demens.

E cá entreouvidos e de truz, quantos e quantos individuozinhos vivem por aí, tidos e havidos e protegidos de papai e mamãe que matam inocentes no trânsito com ou sem porsche. Quantos e quantos mandatários contribuíram para um morticínio de covid19 de milhares, milhões de pessoas; e eles continuam por aí, falantes, arrogantes, faceiros e festeiros e nada de reprimenda lhes são cominadas ou atribuídas. Todos mantidos com dinheiro do erário, do povo.

E assim, na vidinha ordinária e rotineira de muitos sujeitos e sujeitas. Muitos vivem como hóspedes e arrimados pelos pais e avós, comida farta, empregada doméstica, roupinha lavada, cama arrumada, privilégios, sem nenhum trabalho formal, filhinho para lá, maninho para cá, com desfrutes de bona-chira, casa luxuosa com dinheiro alheio, mercancias de calotas de carro, folgança, patuscadas, caradurismo, comensalismo. Típicos sapiens sevandijas! Arre!

Muitos sãos os indivíduos (homens e mulheres) sem qualidades. Daí ler O Homem Sem Qualidades e/ou O Jovem Torless de Robert Musil se torna chave para a compreensão, não justificação, de pessoas que em vez de formar para servir a outras e serem generosas e compartilhar direitos e regalias, deveres e dispêndio para viver, esses tais e folgados indivíduos no lugar de servir aos outros tornam-nos servis. Noutros termos, são pessoas que vão pari passu se apossando da ingenuidade, da subserviência, da boa-fé e fragilidade emocional e moral de outras pessoas do convívio. E quanto mais próximas essas vítimas, mas facilmente elas são enganadas, cooptadas e esbulhadas. Tanto nas suas energias físicas com favores, trabalho, mimos doados, presentes; como surrupiadas em suas economias e recursos financeiros.

Fica então recomendado O Homem Sem Qualidades e/ou O Jovem Torless - Robert Musil. Leiam-no e aspirem bons ensinamentos e compreensão no que sejam muitas pessoas à nossa volta, os sem qualidades, os pouco dados a suar a camisa, a fatigar, a laborar, a esfalfar quando precisa e vivem de golpes e falsidades!

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