Imagens de nosssos tempos

Imagens e visões de nossa sociedade e de nosso estágio cultural e civilizatório. Vale a pena ou atenção, com detida reflexão, para aqueles e elas que se dão ao esse exercício cognitivo e pensante! Para quem não só vê celular, futilidades de redes sociais como face, Instagram, e likes de gente de mesmo jaez e quilates, nem precisa ler.

 “As pessoas com transtorno de personalidade anancástica tentam manter o controle das tarefas prestando muita atenção aos detalhes, regras e protocolos, o que acaba influenciando na realização da tarefa em si, aumentando desnecessariamente o tempo de realização da tarefa ou mesmo não a executando. Repetem e verificam diversas vezes os possíveis erros e se distanciam do objetivo real da tarefa”

São perfeccionistas e exigentes consigo mesmas, o que torna difícil para elas terminar algo já que entram em conflito com a possibilidade de que não fique perfeito. Esse tipo de personalidade verte dificuldade e ojeriza no convívio com gente frívola e desocupada, como tantas gentes por aí.

·         Dedicam-se excessivamente ao trabalho e à produtividade e deixam de lado as amizades e os momentos de lazer fútil . Podem levar trabalho para um final de semana na praia para se sentirem produtivas, por exemplo. Costumam preferir atividades organizadas e focam-se mais em desempenhá-las corretamente do que em aproveitá-las.

·         São um tanto inflexíveis em relação à moral e aos valores. Também são rígidas com as normas e não as quebram nem em circunstâncias extraordinárias. Além disso, querem que todos ajam como elas”. Este sumário, este descrito, resume o distanciamento de gentes e mulheres digitais.

·          Ah, quanta diferença!

As cenas mais triviais e ordinárias das pessoas nos dão a exata dimensão de sua formação, o que elas pensam, e como agem nas interações umas com as outras. No compartilhamento de muitos gestos. Todos simples e repetitivos. A jovem, que se intitula parente, muito aderente, contente dessa relação e persistentemente, periclitantemente estima, adora a anfitriã. Esta sempre muito afável, acolhedora e generosa. Como conviva e mensal, essa estimada e amada se regala, se repimpa, se compraz com tudo a ela servida. E sempre na mesma cara sem peroba, nada faz. Sequer, retira a baixela por ela conspurcada e usada, na satisfação de seus instintos digestórios! Bom demais, não é mesmo?

A visita, homem ou mulher, jovem ou veterana do celular e redes sociais. Chega em sua casa. Sequer desliga o celular, ou deixa no silencioso. Fica a sensação da intitulada adicção digital. A pessoa, em um gesto incivilizado, sequer despluga  ou mesmo o trabalho de ficar off da mídia, para uma interação física, pessoal, olho no olho, um sorriso, um chiste relaxante, uma história construtiva, uma troca de vida. De vida hein!

Outra hipótese, essa visita, já se encontra com déficit cognitivo induzido pelo celular, que a maquininha se torna uma escora, uma muleta para sua fuga do contato social humano olho no olho. Com os fantasminhas e nuvens de elétrons se torna mais fácil e necas de laborativo. Não se pode dizer timidez ou fobia social. Porque algumas detém até escolaridade “superior”. Superior hein!

Das ocupações diárias de muitas gentes, quid, que tais e quais. Todos e todas iguais. Prestemos atenção de modo analítico no que rebanhos e levas de gente empreendem como diário de bordo ou esborda. Tanto faz no estibordo das esbórnias da vida ou faina improdutiva. Acordar, tomar do celular, os likes, as respostas, se deleitar com as frivolidades e fúteis notificações. Ah, que tédio, ah que preguiça. Macunaíma genuína.  Essas tais e quejandas personagens sub-jazem e sobrevivem no império da futilocracia, ditada pela frivolocracia!

Algumas ocupações, como em um ritmo de tira polia. Gira aqui, ali, algures e alhures. Toma da coleira, anda com o pet. É o máximo que lhe compete. E volta. Mas nem sequer desgruda do gêmeo celular. Sempre no mesmo calcular! Os likes, os regalos. Deixe ver quem me ligou. Oh, sicrana, fulana. Que linda, lindinha! As Ciências, o dizem os smartphones tornaram-se peças anatômicas. Vou ao banho. Oh, meu celular! Vou no wc! Eh, meu celular!  

Dia desses um amigo contou-me que namorou, casou, passava o tempo e foi se revelando de como havia entrado em tremenda enrascada e enrosco. A cara-metade nada fazia, sempre no bem-bom. Alegria, comida farta, repimpada de tudo farto, foi se virando em lídima baranga. Aditado ao que já vinha ruim, houve piora. Desmazelo, esbórnia, higiene e arranjos pessoais precários. Déficit higiênico. Metamorfoseou em baranga irredutível. Não deu outra. Separação!

É o espírito nordestino. Não se trata de determinismo ou destino. Porque esse vem traçado e prolatado pelo calibre e diapasão familiar. São as infalíveis duas heranças: a criação e instrução familiar (1ª herança); somada a outra de enorme influência, as escolas, que não aboliram as palmadas, quando estas se fazem indicadas (2ª herança). Arre!

 Joao Dhoria Vijle

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