O mercador de seixos e rodas de carro

 Aqui pelas bandas das Paraíbas, há muita gente pirangueira ou amarrada. Contrário do encontrado no Centro Oeste, onde se vê muito xexeiro. O mercador de calotas é muito encontradiço em Goiás, por exemplo. Questão cultural. Quer outro tipo aqui da Paraíba? O pirangueiro ou amarrado, aquele que não cai nas vãs promessas do mercador ou barganhador de seixos.

Viajando pelos “States”, pude perceber o quanto se rechaçam, falando assim bem entreouvidos, o quanto eles rechaçam o tal do xexeiro ou trapacista de seixos. Não importa o tamanho dessas tratativas, aqui tituladas de golpes tupiniquins! Há como que uma naturalização e normalidade nessas tratativas golpistas e folgadas. De gente que não precisa desse jeitinho sinistro e canhestro de viver no bem-bom, no luxo, no laissez-faire, no far-niente. 

“Escuse-me, don’t i do default. Yes! Never swindle! "swindle"; este termo tem um sentido que "default" não costuma ter, que é o de "trapaça". "Default", seria apenas "não pagar o que se deve", ao passo que "swindle" seria "armar um esquema ilegal para não pagar". Coisitas típicas de brasucas. Não é mesmo! Excesso de caradurismo. Tudo feito sem corar a cara, sem besuntar o rosto de óleo de peroba! Este o parecer de um americano e brasilianista! John Lince Bent.

O Brasil, porta os seus regionalismos! Há um termo nacional entendido de toda a sociedade. Mas, os regionalismos são uma cultura peculiar do País. Em tempos de cartão de crédito e pix. Surgiram os golpistas dessa modalidade transacional. Quando se retrata o tema golpe. Ele se dá de forma criminosa, prevista no código penal, com suas cominações próprias.

Termos equivalentes a golpes, os eufemismos: capote, manta, rasteira, trapaça, esperteza. O Nordeste é rico nesses termos. Entretanto, há formas ditas mais civilizadas para os golpes. Segundo esse indigitado brasilianista John Bent, Em se falando em Português; o calote, pode se dar de dois modais: por falência financeira, quando o caloteiro, chega ao estado falimentar de insuficientes recursos para quitar o que se deve. Compreensível, e nada a fazer.

E existe o calote intencional ou premeditado. Este tipo social e trapaceiro, em geral, explora a boa-fé de outra pessoa, que nele, caloteiro, deu um voto de fé e credibilidade. Não importa este vínculo: boa amizade, parental, conjugal até. Já imaginou! Esse inclassificado golpista, é de igual forma agente e tão repelente de mesma iguala dos golpistas do pix, do cartão de crédito, dos estelionatários do INSS, da Previdência Social. A diferença é que ele age dissimuladamente, adrede em seus intentos de promover capotes, mantas, trapaças e exploração de outros e outras de boa-fé e ingenuidade. Brasil afora, esse país anda  infestado desses tais. Tanto para lá como aqui em Nordeste, sueste, sudeste, noroeste. Jabuticabas do Brasil! Ao deparar com um caloteiro, preveja a sua intenção! Pode ser com murmúrio bovino; hum! Entendo! Um empréstimo ou donativo! Hum. Entendo!

 

João Dhoria vijle.

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