O Caso enganoso do sutiã, da noiva e casada
Em 2015, o Deputado Gilmar Fernandes Quintanilha (DEM-RJ) apresentou à comissão de constituição e justiça da câmara dos deputados, em Brasília, um projeto extremamente polêmico, e evidente reprovado. O projeto contra a comercialização e utilização do sutiã com bojo no Brasil.
Segundo o deputado este acessório promoveria o crime da propaganda enganosa na medida em que sugeria que o busto da mulher fosse rígido como se mostrava pelo sustentáculo íntimo das mamas.
Afirmava ainda que “o jogo da sedução se dá numa relação de oferta e procura. As mulheres se valem de adereços desonestos para publicitar seus corpos e potencializar sua possibilidade de seduzir. Usar elementos que driblam a percepção plena do produto que o consumidor do atributo irá consumir é crime”.
“É deveras frustrante para o homem ao desabotoar o sutiã e perceber o seio da sua desejada desabar abruptamente. Perdemos a excitação e somos abatidos pela frustração de termos sido enganados por este truque infame”. Afirmava Quintanilha. E mais: “Do ponto de vista legal a publicidade enganosa é compreendida como aquela que mente sobre produtos ou serviços ou deixa de dar informações básicas ao consumidor”. Obs, esse relato aqui posto consta nos projetos de lei do então deputado, no site da Câmara, mídias e internet.
Ler um projeto de lei desse então deputado, soa ao menos hilário e risível, para não dizer frívolo e de uma idiotia pantagruélica. Ou seja, sendo mais civilizado, é muita falta do que fazer e criar em mente de um representante das necessidades e aspirações dos eleitores e leitores de um parlamentar.
De igual natureza e estultice é “para lamentar” a ideia de nosso presidente Lula, com a volta do horário de verão. Porque provado já foi, em se falando das regiões, onde implantado, trazer mais danos e sofrimento que a desprezível e questionada economia. Tipo a fruta jabuticaba, que dá no pau da árvore; e se não exclusiva, mas bem típica de Brasil. Há outras jabuticabas como tais.
Em se tratando e discorrendo sobre propaganda enganosa falsa, vale esse caso social concreto e bem reto. Lembro bem do relato intimista de um amigo que me contou do porquê ter se divorciado tão precocemente da mulher, com a qual teve um filho. O Sr. JSP, 45 anos, engenheiro florestal e trabalhador, metódico e disciplinado, casara aos 34 com uma linda jovem de 30. Conheceu-a em um sarau. Bela jovem, vistosa, bem penteada, perfumada, atrativa de físico e comunicação. Namorou e noivou durante 12 meses, casou e logo a mulher engravidou. De namoro e noivado a moça trabalhava de auxiliar contabilista com um tio. Uma vez casada não quis mais trabalhar de contadora. Estava cansada.
E aqui, conta-me de forma bem-humorada o engenheiro amigo. Ao que ressuma o relato, ele foi surpreendido no enredo do “Me engana que eu gosto”. Ou em um paralelo do conto do vigário. A mulher que de solteira aparentava com notas esverdeadas de dólares ou esmeralda, transcorrido o registro conubial, voltou às suas inclinações naturais ou educacionais de lambona e sugismunda.
Quem era o personagem de quadrinhos sujismundo? Quem era esse tal? basta revisitar o personagem em quadrinho de 1972, de Ruy Peirotti (1937-2005). Sujismunda! Aquela figura que não gostava de tomar banho, de lavar mãos antes de refeições e pós micções, de andar desgrenhada, se em casa estivesse todos os dias, que pouco se importava com o próprio lixo produzido. Lambona, lambona, porcalhona! Se tem os homens há também as mulheres!
O marido engenheiro foi criado e formado com disciplina e higiene em tudo. Não suportou, dela se desvencilhou. Trabalhosamente, burocraticamente! Filho menor de 8 anos. Adivinhem com o quem quis ficar o filho! Com o pai. Surpresa?
Moral dessa história: assim caem muitos homens ou mulheres na chamada esparrela. O que vem a ser. De solteiro ou solteira, o homem ou muito comum, a mulher. Vaidosa, perfumosa, limpinha para o cinema, sarau, comes e bebes, pizzas e churrascos. Faz até academia e mostra-se vaidosa e magra. Casada e garantida, se torna sedentária, feia, obesa, estilo baranga, desmazelo e porcalhona. E há homens e mulheres que aguentam! Tolerância, toleima, complacência e dó? Ou vem a solução plano B, separação, cessação!