GENTE tóxica na Constelação Familiar

 Existe a chamada Terapia alternativa intitulada Constelação Familiar. Não importa a corrente dos cientistas e profissionais com rigor aos métodos científicos, os que dissentem dessa modalidade terapêutica. Mas, nessa questão, por vezes se discute, e com toda similitude de verdade real e factual, sobre a capacidade ou efeito do chamado aliciamento ideológico ou psicológico, denominado por alguns consteladores de danos psicopatológicos do envenenamento psíquico. Este fenômeno se estabelece pelos contatos continuados com as chamadas pessoas tóxicas, relacionamento tóxico. Pode ser pessoas classificadas como “amigas”, conjugais, parentais.

Para alguns estudiosos da questão, o processo vai muito além da patologia social, das disformes relações sociais, porque o epifenômeno surge a partir de uma chamada pós verdade. Qual seja, a partir de um fato real, pequeno, concreto, provado de todas as maneiras. O que faz a pessoa envenenadora? Ela faz uma maquiagem desse fato e faz dele um factoide, uma mentira com ares de realidade. Tome o exemplo de um senhor que ao cumprimentar uma jovem, uma senhora, ele o faz com demorado aperto de mão e abraça no padrão social essa jovem, essa senhora. Alguma pessoa inamistosa desse senhor, movida por um sentimento de antipatia, de intolerância a esse homem, cria uma fabulação de que ele cometeu uma investida, uma importunação sexual, um desrespeito àquela jovem mulher. E passa a divulgar essa mentira, essa invencionice.

Ora, está aqui a se criar uma narrativa tóxica, uma fabulação de alta rejeição ética e social. Uma falsificação e toxidez a respeito dessa pessoa. E o fato vai se repicando de boca a boca, de mensagens em mensagens. Em um mecanismo idêntico a uma endemia, virótica, o vírus da fofoca, do factoide, da mentira, das fabulações. Essa é a gênese da chamada lavagem cerebral. De um fato real, pequeno, concreto, vem sua maquiagem e desvirtuamento total. Fábrica de pós verdades. De uma cena inócua, habitual e despercebida, cria-se um factoide.

No outro polo da intoxicação social, do aliciamento venenoso, estão as pessoas que acreditam, que tomam como real, as ilações, as seguidas fofocas e comunicações. O fato embrião, originário e real e pequeno, vai se impregnando na mente dessas pessoas comunicadas, tomam aquela característica antissocial, reprochável, recriminada dirigida à vítima-alvo desse envenenamento social. Com efeitos e repercussões difíceis de reparação.

E para mais concreção e entendimento demos três exemplos atuais. Todo brasileiro lembra e/ou foi vítima de covid-19. Uma pandemia que dizimou só no Brasil quase 800 mil pessoas. Para o presidente da época, Jair Bolsonaro, era uma gripezinha. Ele disseminou mentiras e inverdades sobre a gravidade da doença e das vacinas anti-covid-19. Milhões de pessoas acreditaram e não desfizeram dessa maligna crença de letalidade da covid-19 e da ineficácia das vacinas.

O presidente Donald Trump. Grande negacionista, grande mentiroso, grande criador de fabulações, fake News, narrativas falsas e factoides, pós verdades. Com todo seu estilo de gente tóxica e de envenenar seguidores e apoiadores, se torna reeleito presidente dos EUA. E por que? Tem-se aí um legitimo efeito do envenenamento social. E como pegaram esses efeitos, por que? Ele é um líder misógino, racista, nagacionista, preconceituoso e xenófobo. E foi reeleito porque criou esse poderoso instrumento do envenenamento psíquico, social e emocional das pessoas, através de poder verbal, retórico e autoritário.

Por último, este exemplo comum e por vez familiar a muitas pessoas. Uma pessoa se torna inamistosa, rival, antipatizante e inimiga de outra. Fato que pode até ser dissimulado pelo autor (a) da recriminada atitude de fofoca e envenenamento social. A pessoa alvo dessa narrativa, comete um pequeno ato, simples, corriqueiro de se comunicar via Messenger, whatsApp, Instagram com outra. A pessoa inimiga tem acesso a essa mensagem, simples e anódina desestudada. Pronto! É o quanto basta para que essa inimiga e intriguista crie uma narrativa, um factoide, uma inventiva. E as comunicações vão tomando ares de verdade real e recriminável. Entre os familiares da vítima. Nesse contexto e objetivo, o fofoqueiro (a), consegue efeitos malignos difíceis e impossíveis de retratação e reparo. É como se jogassem gotas de veneno em uma caixa d’água. Como descontaminar essa água?

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