Insanos os humanos que escravisam pets

 Acácio Botelho, renomado conferencista sobre utilitários humanos. Discorria sobre o conceito de futistrupicidade. Dentre os trambolhos ou estorvos mais comezinhos agregados pelos humanos temos os chamados pets. Os animais pelos tutores nomeados bichos de estimação. Qual venha ser a utilidade de um cão, por exemplo, para certas pessoas? Faz sentido esta reflexão, porque esse decisum contempla aspectos neurocientíficos; os mecanismos psicanalíticos, psíquicos e afetivos. Entretanto busquemos, nos informes do Neurolinquista Botelho, renomado especialista em Nietzsche e Kierkegaard, sobre uma subdivisão da Filosofia; do Finalismo das coisas e seres.

Tome-se como definição simples, a compreensão da finalidade de tudo quanto existe no Universo. Mas, detenhamos no Planeta Terra e nos humanos, para maior interesse. A finalidade de uma gramínea: perpetuar a espécie e cumprir seu desígnio de alimento e nutrição aos seres vivos e à própria Terra, e principalmente, aos humanos. Finalidade de uma vassoura: limpar e varrer nosso lixo doméstico, higienizar nosso espaço familiar. Finalidade de uma fruta: alimentar todo vivente que dela tenha acesso.

Finalidade da água: manutenção da vida, hidratar toda forma de vida, inclusive os vegetais e a própria Terra. Compreendamos o que seja a terra: um organismo vivo, cuja maior finalidade é sustentar todos os biomas com sua fauna e flora. E aqui um adendo: a Terra encontra-se doente, prenhe de rejeitos e gases tóxicos. Ela vem repetidamente pedindo socorro, um SOS que ecoa e reverbera por todas as suas beiradas, nos céus e nos mares. E os homens poderosos nada fazem; morrerão todos e por isso serão cobrados severamente. Qual a finalidade desses homens de Estado, cujo status de momento é manterem-se no comando?

Ah, não fugindo do assunto fulcral, a finalidades de muitos pets, para grupos imensos de gente. Um cachorro tem n finalidades, vigilância, cão-guia de deficiente visual, cão policial na detecção de drogas criminosas, guarda de propriedades como alarme e imposição de medo a invasores, companhia para pessoas viventes sozinhas ou idosas etc, E fiquemos nessas principais.

Agora, qual a finalidade de um cão, grande ou pequeno, pior ainda se a pessoa possui mais de um bicho, em um confinado apartamento? Mostre para o neurocientista Botelho, a finalidade de um bicho para uma pessoa, homem ou mulher, na plenitude da vida ativa, produtiva, que precise de ralar, trabalhar, estudar, responder pelas suas lides profissionais, atualizar no mister que exerce?

Temos assim, o conceito sem preconceito de futistrupicidade. Nada se compara à inutilidade de um bicho nessas circunstâncias. Imaginemos o cortejo evolutivo de um animal confinado, maltratado, preso em um cubículo residencial, sem companhias de sua espécie. “Ainda o chamam de animal de estimação”. Impõem a ele restrição de liberdade, de mobilidade e prisioneiro; imagine se não fosse de estimação” Palavras do expositor, Acácio Botelho. No que há de se concordar os defensores dos animais pela degradação e maus-tratos aos bichinhos. Tudo em nome do gosto, do apelo, do charme, do status social, imposto por quem quer ter um bichinho, um bibelô, um adorno semovente, vivente, sofredor. Os humanos somos mesmo, na filosofia nietzschiana animais de manada, com os pets por nós escravizados! Cruz Credo!

João Dhoria Vijle - Crítico Social e Escritor 

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