Dos glutões e Comilões de Natal/Ano Novo

 Datas festivas, feriados, férias, aniversários; são por assim dizer, as oportunidades que os comilões, os glutões e pantagruélicos têm em atingirem suas sensações e desejos digestórios e de libações de toda ordem. De preferência, olhem aí os preferentes; de preferência se tudo sair às expensas, com as energias e monetização de terceiros. Porque sempre há gente disposta a servir um quid ou qual bom gourmet. Ao que parece ele fica na espreita a escolher quem for melhor lhe servir. Ah, isto é fato. Servir, servido, serviçal. Não misture ser vil do vilarejo, parte da tribo dos servidos e dos servir a outro.

Entretanto, não há melhores datas festivas e natalinas (de nascimento) do que o próprio Natal e Ano Novo. Ah, é batata, como se diz na cultura nordestina. Povo predestinado. A proximidade dessas datas, vão como que açulando, afiando os corpúsculos gustativos desses tais e quais comensais e sevandijas visitantes. Na certa e sem nenhum alerta, muitos são os indivíduos (homens e mulheres) cuja centralidade e centro de gravidade de suas vidas estão na pura e orgíaca satisfação da boca e do buxo. Não basta alimentar, a ingestão do alimento como meio de nutrição e energia fisiológica fica bem aquém da cognição! Até no ritmo de mastigar e engolir, a criatura vai se ingurgitando, como se não houvesse comido no dia de amanhã. Há casos até de mortes por engasgo. Horrores.

As panelas, os cardápios, as iguarias apetitosas e capitosas, representam para muitas pessoas, nomeadamente, para os glutões e glutonas obesos e obesas. Quem fique bem acertado. Representam fonte/cenário de uma satisfação orgástica. Muito mais e além que os gozos das sensações genitais. Humano sou e nada dos humanos me espanta – Somos capazes de, ao caminhar pelas ruas, desviar sem problema de fezes caninas ou felinas; contudo encontrar fezes humanas é motivo de asco ou distanciamento – Mário Sérgio Cortella “Nada do que é humano me é estranho – Terêncio-  poeta latino. Esses glutões e viciados em comida, são os cativos por exemplo da Coca-Cola, da indústria Sadia, e tantas outras. Se pudessem eles comiam pelo sistema de gavagem. Arre! Oxé!

João Dhoria Vijle - Crítico Social e Escritor    

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