FILHOTE ANIMAL COMO MIMO E ADORNO INFANTIL-
Ao se falar da vida animal (os irracionais) nunca devemos esquecer da sociedade protetora dos bichos. Dos defensores da vida selvagem, dos departamentos de Bioética Animal de Muitas Universidades Públicas, dos Cursos de Biologia (USP, Unifesp, UFRS, como exemplos). Nossa admiração e louvores a esses abnegados profissionais dedicados à fauna em todas as suas dimensões. O estudo de cada família, cada espécie, gênero, filos de vida. Para quem não está afeito com a vida animal, existe no âmbito oficial dos governos, a Constituição dos Animais, o direito dos animais. Uma legislação tipo código penal para quem maltrata os animais.
Feitas estas considerações prefaciais, falemos particularmente da relação que muitas gentes, pais e mães estabelecem com duas espécies de bichos. Gatos e cachorros, mais concentradamente, na posse de um cachorro. Porque há muitas vezes essa falta de previsão e planejamento; como se fosse planejamento de filhos. Quantas e quantas pessoas, adquirem um cachorro filhote, como se o bichinho fosse um bibelô, um brinco, um objeto decorativo, na pura e única satisfação de um adorno, um capricho para um filho (a).
O que se quer aqui, de forma didática e como alerta é mostrar os característicos e resultados sociais, educativos, familiares, biossegurança, higiene, custo mensal e ocupação de tempo em ter um animal. São diretrizes mostradas, não pelo mercado/mercancias ou marketing de cachorros, mas por profissionais isentos, de departamentos científicos/biologia, veterinária; de entidades e universidades, sem fins mercantis ou financeiros, com isenção, Ciência e Bioética. Exatamente não contramão do que fazem os negocistas e vendedores de filhotes de animais, gente que visam lucro e meio de vida, venda cara desses bichinhos encantadores.
Dos custos e despesas com o cachorro. Esses custos podem se dividir em gasto material, com dinheiro, cartão de crédito; na aquisição de todos os insumos com ração e utensílios, medicamentos, vacinas, consultas em Clínicas Veterinárias. Além do orçamento financeiro, existem, o custo social e afetivo na guarda, passeios e tempo do tutor dispendido ao animal. Questão aqui de direito dos bichos (legislação animal).
Da Higiene e Biossegurança na convivência pessoas da casa/animal. É indesculpável essa costumeira negligência que os tutores estabelecem com os cachorros. Grosso modo, um cachorro gera alergias nas pessoas, é vetor de vários agentes patológicos, de forma silenciosa: toxoplasma, coliformes, bactérias diversas, vírus. Agentes esses presentes no bicho e que podem de forma silenciosa, paulatina e cronicamente gerar doenças nos adultos e crianças do convívio com o pet.
Neste quesito, ainda da Biossegurança, estão contidos o custo social e financeiro com a higiene deste cachorro (a), a retirada e o seguro destino de sua urina e fezes, a lavagem e sanitização da casa, porque o animal é irracional, como “irracional” se tornam os donos no convívio com o pet. Portanto, só no item higiene já existe um enorme dispêndio de tempo, paciência e material.
E para finalizar, quantos tutores desses mimosos bichos, seja para si ou filhos, tratam os pets como de estimação. Mas, sequer cuidam e passeiam regularmente com os animais. Porque dá trabalho mesmo. Muitos pets vivem como presidiários em estreitos apartamentos. Uma maldade com os bichos!
Apresentemos um caso Clínico/Social, constante de prontuário de pesquisa de pertinente matéria, feito por uma Universidade Pública. O casal AAS e LCM tinha dois filhos menores de idade, já no ensino fundamental. Como agrado aos filhos, e muito mais à filha, deram-lhes um pet filhote/cachorrinho. No objetivo de um mimo, um brinco/brinquedo, porque de fato filhote traz esse atrativo/encantamento. De início como crítica pedagógica, que acréscimo instrucional, de ensinamento, aprendizado trará um filhote animal para uma criança de baixa idade, além dos gravames apontados nos parágrafos acima. O quanto tempo dissipado dessas crianças, quando poderiam ser feitos com objetos pedagógicas, um objeto/brinquedo lúdico, um livro infantil? Quanto de desvio funcional trará os tempos perdidos dessa (s) criança no convívio com esse bichinho! O quanto se deixará essa criança de outros ganhos de leitura, de escrita, de desenho, de folheio de atrativo livro de seu gosto! Ou seja, que discernimento, de valores, que interesse portam essa mãe e esse pai, na falta dessa previsão e orientação para com seus filhos menores! Herança!