A Ontogenia repete a filogenia

É bem cristalina a noção de que para tudo neste mundo existem o fabricado e o fabricante, o produto e o produtor, o invento e o inventor, a cria e o criador. Nessa concepção, o maior exemplo é vindo e bem-vindo de Deus, o Criador, o Supremo Criador do Universo e do homem. E assim são todos os seres e entidades da sociedade, da Terra, do Universo. Sabido e certo é que a Maior das Criações é o próprio Universo e suas subunidades criadas, como todas as espécies animais. As irracionais e o homem, classificado como racional.

Uma ressalva há de se fazer para melhor compreensão de matéria aqui expressa. O homem foi a maior das criações Divinas. Porque a ele foi atribuída a faculdade de subunidades criativas, e o livre-arbítrio da criação. Porque imagine, se tudo fosse responsabilidade de Deus. Trabalheira pura. Foi então que Deus, deu essa prerrogativa à maior de sua criação, a prerrogativa da liberdade, da escolha livre e deliberada.

Entrementes, nesse atributo de também ser criador, nem tudo poderia sair perfeito, dado que muitas mentes são corruptíveis. Aquelas inteligências propícias ao feio, ao indecoroso, ao antissocial, ao ilícito, ao antiético, ao desonesto, ao exploratório do outro, ao parasitismo, à folgança e negligência e outros vícios e desvio do padrão civilizatório e cooperativo. Basta imaginar a que culminância de despropósito e sandice pode chegar a inteligência de alguns de se tornar explorador do outro, assassino do outro, assassino coletivo de outros como o fazem os ditadores e autocratas: Vladimir Putin, Benjamim Netanyahu, Nicolás Maduro, Daniel Ortega, como exemplos maiores de agora.

Um aspecto e característicos que ainda intrigam as Ciências e Cientistas é a propensão subjacente na mente de uma criança, adolescente e jovem em aprender o feio e errado mais rápida e facilmente que o construtivo e civilizador. Para substanciar essa tese e proposta, tem-se a ideia de como criar os vilões e xucros. Aqueles indivíduos, que vindo de pai ou mãe de mesma tipificação, se tornam arremedos e repetições dos genitores. Daí vem o provérbio popular, o filho é o pai esculpido e encarnado. Por corruptela, “cuspido e escarrado”.  Existem famílias ou dinastias de delinquentes. Pai criminoso, filho criminoso!(O filho se torna o pai esculpido e encarnado).

Nessa conspícua e ponderada análise, imaginemos aquele pai ou mãe, que nos qualificativos sociais e de civilidade sejam indivíduos de baixo cabedal cultural e social. Os ditos xucros e pouco instruídos. Formação técnica e cultural sofrível. O filho ou filha, vai ser instruído e formado com os piores qualificativos civis e sociais. Porque esses futuros cidadãos não têm outra referência de aprendizado. Esses filhos quando pegos na posse do alheio, deveriam ser presos, primeiro, os pais. Porque esses, indiretamente, são também culpados. São os criadores dessas más criaturas!

Assim, há esse modelo hipotético, encontradiço, não raro. Um pai cuja centralidade da vida é o digestório. Levantar, cumprir as tarefas laborais, comer, beber, fumar algum bagulho, ficar lelé da cuca, dormir de novo. E sempre no mesmo reco-reco, o mesmo ramerrão.  Eterno retorno. Pai tabaréu, dependente de alguma substância química, álcool, maconha, tabaco. A mãe, aquela palerma e pateta. Consumidora de telenovelas, escolas de televisão. Filhos e filhas, copiando e gravando tudo em seus arquivos morais e de civilidade. Ali antenados nas redes sociais, Instagram, Tik Tok e muitas frivolidades. Como a mãe. Difícil esperar coisa melhor e mais edificante.

E mais, aquele pai ou mãe, para os quais a criação de filhos sejam, a engorda e crescimento desses filhos e filhas, mandá-los para escolas, e nada de limites a esses já marmanjos. A mãe ali sempre cordata, tolerante, leniente, complacente. O pai: aquele antissocial, displicente, sequer sabe o que fazem os filhos e filhas. E sempre sob efeito de cachaças e cervejas. Fedorento e andrajoso.

As Ciências o afirmam, é de se ver na prática. O filho ou filha vai mimetizar o pai ou mãe, um dos dois, o que for mais protetor e tolerante com os desvios dos filhos. Um pai como tipo que é displicente, dependente de alguma droga/tabaco, álcool, maconha, mau pagador, irresponsável. Em quem o filho ou filha vai se espelhar como cidadão ou cidadã?  Fica fácil entender como se produz um indivíduo (homem ou mulher) xucro ou vilão. A natureza não dá saltos! Ela segue a regra geral das coisas! Vilões e xucros ou vilãs e xucras decorrem de pai ou mãe de mesmos qualificativos. Não se pode de um corvo ou pato esperar filhotes águias. Impossível. Vão imperar na mente e moral desses cidadãos, a xucrice, a vilania, o mau-caratismo, os expedientes caloteiros e exploratórios de outros ingênuos amigos e parentais. Espelhamento de pai e/ou mãe, tolerantes que foram na engorda, criação e carência de instrução aos filhos, quando estes tinham disposição e sensibilidade do aprendizado. Não aprenderam de novo, se tornam como recovas, récuas de gente inútil, fútil e parasitas.

João Dhoria Vijle - Crítico Social e Escritor  

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