CRIAR PORCO ou GENTE É DIFERENTE

 Quando se busca as diferenças produtivas dos indivíduos, sejam estas no campo intelectual, profissional ou técnico e material, necessário que se balize estas diferenças com o auxílio teórico (filosófico) e cientifico. Como suportes: um Baruch Espinosa, um Renê Descartes entre outros luminares do conhecimento humano. De igual relevo e contributo as teorias de um Sigmund Freud (ou sectário deste), um Charcot, um Isaac Newton. E até para místicos e doutrinários, um José Herculano, um Bezerra de Menezes; discípulos e acólitos de Allan Kardec. São mentes paradigmáticas, na seara da chamada personalidade laboral e intelectual.


Freud, Carl Jung e Charcot, defendiam por exemplo o espectro denominado neurastenia. Na certa e bem descrita, uma síndrome, cuja característica é aquela pessoa que, em que pese gozar de sanidade mental, psíquica, intelectual e biológica; é pouco aficionada a alguma ambição de produção laboral e instrumental, em vida toda.  São indivíduos que aditados a esse perfil, trazem outros legados e contributos educacionais de família. É a tese do meio social na construção da personalidade e perfil elucubratório da pessoa humana (sugestão de ler o contrato social de Rousseau).

Para Baruch Espinosa, existe a chamada energia vital, titulada como Conatus. Equivalente ao Eros grego, cupido latino. Espinoza, com seu determinismo, acreditava que o homem e a natureza devem ser unificados sob um conjunto consistente de leis; Deus e a natureza são um só. Contrário à maioria dos filósofos de seu tempo e em acordo com a maioria dos filósofos atuais, rejeitava a hipótese dualística de que mente, intencionalidade, ética, e liberdade devem ser tratadas como coisas separadas do mundo natural dos eventos e objetos físicos. Não é e não pode.

Leibniz foi outro grande pensador que discorria sobre essa energia vital. Não a titulou energia psíquica. Aristóteles, cognominado “O Filósofo” afirmava peremptoriamente que a prática do trabalho, da produção, o labor, a ética; são valores morais que devem ser ensinados e treinados pelos membros parentais diretamente responsáveis pela construção integral do filho, futuro cidadão, porque se pretende civilizado e urbano; profícuo e utilitário a si, à família, aos ancestrais e sociedade como um todo.

Esses princípios listados e nominados, oriundos desses luminares, desses pensadores de Humanidades, desses cientistas e grandes doutrinadores nunca estiveram tão atuais. Porque uma coisa é certa e se fundando na Teoria do Bom Selvagem rousseauniana. A mini sociedade familiar mal ou bem termina a gestação integral da pessoa. Criar e engordar se faz com um porco! Agora, com gente exige-se investimento amoroso, moral e laboral.

 

João Dhoria Vijle - Crítico Social e Escritor   

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