DOS PRAZERES GUSTATIVO E DIGESTÓRIO
Olha que interessante e instigante esse trabalho recém colocado a lume, pela liga de Psicologia da Bélgica/Universidade Católica de Leuven (UCLouvain). Esses pesquisadores, em conclave com pares da Universidade de Antuérpia ( Educação nos Flanders /Bélgica). Acompanharam durante 5 anos, cerca de 5 mil voluntários, divididos em 2 grupos. Foi um estudo duplo cego, e de casos-controle. Resultados de grande relevo e credibilidade pelo tempo estendido, número de participantes, e staff de pesquisadores. A equipe envolvida no estudo era integrada por Psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, profissionais de estatística, religiosos, filósofos e tabuladores dos resultados.
Pontos fulcrais e instigantes dos achados e fontes de mestrados de formandos nessas citadas universidades. www.uclouvain.com/nlb.bg ). A grande marca do estudo foi o cabedal intelectual e cognitivo dos titulados comilões e comilonas, sendo estas as traduções idiomáticas livres do Francês, a relação inferencial entre a predileção do indivíduo por comida, os glutões e glutonas, com o seu diferencial cognitivo e intelectual.
Há de se registrar que tratando de um estudo duplo-cego, ele obedeceu rigorosamente aos postulados bioéticos das Ligas de Psicologia das citadas Universidades. Noutros termos e combinados deontológicos, tais nominações não foram transcritas e tornadas públicas. Os nomes são para dar mais ênfase, a essa relação, em uma tradução livre e fiel às ideias do Estudo.
A conclusão final e magistral do estudo entre outros pareceres e particularidades é esta: quanto mais preferente é o indivíduo, pela centralidade de sua vida em prazeres digestórios, menos assertivo e fragilizado é o seu potencial cognitivo e intelectivo. Em tradução mais jornalística: a indivíduo que tem na comida e bebidas/alcoólicas ou não, o ponto gravitacional de sua realização pessoal e social, menos propenso ele é a incremento de sua vida cultural, profissional e técnica ou científica. Enfim, pouco traduzível, mas seria como um cupressus sempervirens.
É o aprimoramento de seus neurônios e sinapses talâmicas e pré-frontais especializadas nos sensos instintivos ínfero-primários. Restos ancestrais, que somados ao legado ético social e civilizacional faz dele um prazenteiro ao gesto de mastigar, comer, sem necessidade nutricional, pelo simples gesto automático da satisfação gustativa e digestória. São buscas sociais, influenciadas do meio familiar onde criado e engordado. E tal cultura o torna esse sujeito com esse diferencial como muitos outros de iguais potenciais, filo e ontogenéticos. É a Ciência no deslinde desse animal multifacetário e multitudinário, o homem.
João Dhoria Vijle - Crítico Social e Escritor