Oh, Vida Vazia!
Quando adolescente e mesmo jovem e já maduro, lembro-me bem de certas advertências incisivas de minha mãe e pai. Sempre que ia a alguma festa, um passeio, participar de alguma diversão, vinha logo um conselho em forma de admoestação: cuidado com as más companhias! Era assim de forma muito preocupada! E o que caracterizava, para meus pais e avós, essas chamadas más companhias? Moços e moças de vida chamada meio ou toda torta. A tortuosidade aqui envolvia vícios do álcool e do tabaco e até outros aditivos ilícitos, quem não tinha trabalho, caso de ociosos e vagabundos dependentes de sustento de pais e familiares, indivíduos sem ocupação produtiva etc.
E assim, eram as consideradas más companhias. Passados esses idos tempos, dá de se ver que a mãe, principalmente, tinha razão. São verdades atemporais. Válidas em qualquer época. Más companhias são capazes de trazer influências malignas de fato e de efeito. Porque esta é uma inclinação e tendência do chamado bicho humano. Não inteiramente compreendido pelas Ciências que debruçam sobre tais e quais questões das relações sociais: quais sejam: por que a pessoa, desde pequena tem uma facilidade de assimilar, de aprender, pronta e rapidamente, o que é ruim, nocivo, pernicioso; tudo fora das regras sociais? Na expressão do ministro Luiz Roberto Barroso, do STF, gente tipo ponto fora da curva. E muito fora do compasso! Originalão, diferentão!
Porque é aquele princípio: no mundo e nas relações sociais, o ideal é que se faça ou se junte lé com lé e cré com cré. Diferente da Física ou da Química onde os opostos se atraem. Mas, existe uma corrente que pensa nos modelos e princípios da Físico-química. De uma pessoa má companhia, a depender da convivência torna a companhia boa e cordata em má companhia, em gente má e angustiada, conflituosa, destemperada., atormentada. Há o chamado efeito da companhia alfa ou da síndrome de Estocolmo. Queiram ver e ler sobre.
Assim em comento, devemos retroagir e reconsiderar o que diziam nossos ancestrais, e mesmo pessoas já calejadas pelos reveses da vida. Imagine aquela pessoa vivente desde os tempos pré Internet e celular e redes sociais. Trata-se de pessoa reflexiva, com aptidão e preparo ao diálogo, ao olho no olho, capaz de estabelecer uma conversa produtiva, benfazeja e leal.
Agora, encontre uma pessoa, mesma já na madureza da vida, já calejada de ficar à toa, ou mesmo trabalha por uma imposição de sobrevivência. Porque há essa consideração: há gente que trabalha em muitas funções porque há uma premência de produzir, de fazer face ao almoço e jantar, às roupas de vestir, ao sustento basilar. Muitos se dão ao caradurismo de viver às expensas de algum arrimo familiar, social, bolsa miséria, previdência social! Ah, existem tais!
Existe um outro conselho interessante que recomenda manter relações e amizade com pessoas melhores do que nós. Verte razão e sincericídio esse princípio, porque devemos buscar sempre sermos melhores do que somos, evolução, progresso, pensar alto e produtivo. Essa busca de melhores companhias do que nós, faz todo sentido, na medida em que tivermos o anseio e sede de melhorar como pessoas, como cidadão e gente civilizada.
Porque, e já finalizando, porque existem gentes, tipos sociais e antissociais que sentam na chamada zona de conforto. São tipos humanos que não passam de sua simples, medíocre e miserável condição existencial. Nunca buscam ir além do simples e tacanho existir. Oh, vida, oh, céus, oh, azar!