MARGARÍSSIMA DERRETIDA

Margaríssima Aveiro, Margô, na intimidade; e Lélio Selito, formam um par que no estilo social e recreativo pertencente à geração Y (millennials). Essa leva de gente, de jovens, porque nascidos entre 1985-1999, trazem características muito abstratas, supositícias pelos pesquisadores de tendências ao trabalho, aos estudos, ao engrandecimento profissional e cultural. Não se quer aqui abstrair e divagar pelo que são grande maioria nessa faixa natal. Entrementes, para quem não mente, porque é assunto sujeito a contraditórios e insatisfação. Vale outras reflexões, outros representantes.

Vem de primevos tempos, começando por Aristóteles, o Filósofo Grego, a descrição do animal humano como racional, social e político. Também gregário, porque não vive isolado. E pensando como Platão, que dava ênfase à ginástica. Verbete que vem de ginásio (Gymnum); Gymnásium, nu, porque era sem roupas que muitos atletas de antiga Ática exercitavam. Platão dava ênfase ao movimento, aos exercícios como promotores da saúde do corpo e da alma. “Mente sã em corpo são”! Tanto que hoje é uma verdade, homem moderno e sedentário acaba por se tornar também grabatário, doente, acamado, institucionalizado, hospitalizado e um cadáver antecipado. Porque costuma ter morte social, antes da biológica. Lei dos vícios e exageros gastrocnêmicos e libatórios.

Imagine a visão de Blaise Pascal com esta citação: "O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante. Já Fernando Pessoa, foi mais direto: o homem é um cadáver adiado. Mas, gosto de outra expressão de Pessoa: Há tanta suavidade/Em nada se dizer/E tudo se entender. Será que essa geração millennials, entende o que se diz e escreve hoje? Eu duvido! Porque vivem de celulares na mão.

Margô, é que se pode caracterizar como o legítimo legado do padrão hereditário/genético aditado à herança social e cultural de uma mãe, tabaroa e xucra, a popular baranga, para quem a centralidade da vida se resume às futilidades de um Instagram, de um WhatsApp. Nessas ubíquas redes da putrescente tendência reinante, é de se ver os qualificativos dessa gente! São tipos anatômicos e requebros que logo se revelam quem são. Ou para quem comida e cerveja, são as maiores empresas da vida. Levantar, espreguiçar, esticar, se repimpar de farináceos, leite com café, amidos, e outros pós de mandioca e araruta.  

O marido não teve escolha. Foi-se na mesma esparrela e caudal. Caudatário e chauvinista que se tornou da baranga e cetácea mulher. Fútil, feia, falastrona por vezes facciosa! E assim sofrem certos determinismos, certos homens de mulheres arrivistas, expeditas, finórias. As quais e tais até se tornam ternais, maternais, com alguma prole, não com ideias proletárias. Mas, de se arrumarem na vida! Arre, irra!

Margô era esse tipo social, nas mais comezinhas relações diárias. Como visita, nunca lavava sequer o copo servido, não tirava os talheres e xicaras em que repimpava. Deixavam resto de comida no prato servido. Na maior caradura. Sem se vexar! Sem se enrubescer ou igual reação eritrocitária. Chegada de visita, logo punha-se de fitar suas telinhas celulares. Afixada, fixação emocional, emoji. Hum, que lindo! Fofinho o bichinho, o cachorrinho. Olha só! Quantas futilidades. Suas vitrines frequentadas eram o que titula de futilarias. Hajam fúteis e frívolos objetos.

Margô, para muitas amigas, a margaríssima derramada e derretida, tinha a quem puxar! A baranga da mãe, o xucro e pele- espessa pai. Retrato que era da família. Sem quizila. Ao que tudo indicava o enamorado ia se caindo e decaindo na mesma esparrela. Loquela, sem sequela! Que triste fim! 

João Dhoria Vijle- Crítico Social e Jornalista

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