TESTE VOCACIONAL AO TRABALHO

Quando se trata de falar sobre trabalhismo e produção de ativos, de receitas e provimentos, ótimas fontes de referências são os estudos oriundos de algumas nações como as nórdicas e o Japão. E o porquê ter essas fontes? Estudos sociais (Sociologia) e Psicologia Social, nos dão conta de haver dois fatores fundamentais na disposição e iniciativa do indivíduo ao trabalho: 1º- uma herança educacional imprimida pela cultura familiar, a chamada Educação de Berço, oferecida pelos pais. 2º - o bojo (numa tradução livre) da herança genética. Nesse quesito, não remanescem dúvidas, porque são estudos e pesquisas consistentes, verticais, de seguimento de longo prazo.

No Brasil, não há estudos nesse cenário. Ou seja, o sentimento, a vocação, o compromisso de pais e mães, de famílias, não a totalidade; em educar os filhos e filhas a essa dedicação ao trabalho (daí o termo trabalhismo), à produção, ao provimento, básico que seja, de recursos à própria manutenção da existência. São existências puras e simples. Porque os indivíduos buscam os itens primários de subsistência. Dormir, comer, mobilizar, se festar, de refestelar de farináceos, gorduras, churrascos, bebidas. Nas palavras do pensador e dândi Wilde, “A maioria das pessoas não vive, apenas existe”

Quando se coteja essas diferenças, esse comportamento de tantos brasileiros e brasileiras, é de se ver o quanto são robustas as teses e estudos dessas nações nórdicas e Japão, nessas cláusulas do compromisso de certas pessoas com o trabalho, emprego, produção de receitas para fazer face à sua módica e mera estada na sociedade, na família, no mundo.

Curiosos são os termos desses estudos vindos de Islândia, Noruega, Japão, nações com IDH máxime e referências para o mundo. O interessante que alguns desses estudos tomam como laboratório o próprio Brasil e outros países latinos. Surgem desses pesquisadores a ideia que somos uma divisão de etnia. Não empregam o termo infra ou sub, mas, uma etnia à parte. São cuidadosos nessa classificação para não sugerir discrimine ou desrespeito. Vê-se o quanto são éticos e respeitosos nesse tratamento.

Entretanto, cá entreouvidos, falando aqui, sem muito melindre e de forma reta ao ponto. Aqui pelas bandas de certas regiões de Pindorama ou Terras Brasis, seja Norte, Nordeste ou Centro-oeste. Ao que sugerem as estatísticas de nossos órgãos estatísticos- IBGE- PNAD, PNUD; como imperam a malandragem e a vagabundagem neste pais continental. Basta revisitar o chamado trio de gente, os classificados como nem. Quem são? Não estudam, não trabalham, nem vontade de fazê-lo.

Assim, para finalizar esse registro e mini resenha desses estudos temos os sujeitos que podemos tipificar como indivíduos restolhos ou rebotalhos. E nesse bojo de gente, encontramos os desocupados e improdutivos. E numa denominação técnica e científica chamados sevandijas. Que tipo de gente é esse grupo? Se contentam essas pessoas com meras bolsas de governo, de familiares. Porque há esses tais e quejandos caras. Vivem às expensas de um bem deixado pela família, do espolio de um pai, de mãe. E mesmo de benefícios da previdência social. Um salário miséria de desamparados, etc, etc.

Tome um quid e/ou os valdevinos. Muitos são os valdevinos e rebotalhos dessas famílias. Norte, Nordeste, Destinados ou Não Destinados. Manauaras e potiguares. Não importa. São criados, engordados, pouco escolados e educados a uma vida de autonomia e produtiva. Na origem, aquela mãe tigrinha e não tigresa, porque complacente e passiva. Um pai por vezes dependente químico etílico, toda a vida, a vida inteira. Não, você, filho formou em Ciências Jurisdicionais.

Não vai trabalhar ganhando esse tanto. E vai, e volta, mantença. Não; esse aluguel aqui é para seu sustento. É seu, tá! Ninguém tasca. Maninha, vamos lá hoje naquele boteco. Comida de prima, tá. Vamos. Vontade de comer trem bom, carne da boa. Né. Sabe aquele rodízio popular! A gente paga tanto e come até estufar! Hum cara melada, sobremesa!

 

João Dhoria Vijle - Crítico Social e Escritor 

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