terça-feira, 31 de março de 2015

NÃO ERAM TRÊS MORTOS

QUE ME CORRIJA A POLÍCIA, MAS NÃO  ERAM TRÊS MORTOS

 João Joaquim


 O acidente conforme presenciei dos escombros, não as cenas em si, ocorrera assim: grosso modo, o motorista trafegava pela avenida marginal  em desabalada velocidade a cerca de 160km/h e colidiu com uma árvore. Os três ocupantes do carro,  segundo a Polícia Militar,  tiveram morte súbita. Ou melhor foi mais do que súbita, porque infere-se, pelo impacto, que a subitaneidade dos óbitos se deu em segundos, tal a crueza e severidade do sinistro.
Para dar mais um pouco da visão da tragédia, ou dos rescaldos do evento sinistroso pós mortem havia um carro que não era mais carro porque o antes automóvel estava absoluta e inertemente imoto e perenemente imóvel. Sua deformação se resumia a uma rodilha de ferros retorcidos e mal acabados. Seu aproveitamento poderia ser pensado ,se promovesse ao que lhe restou, na fundição das ferragens no fabrico de uma panela velha. E velha porque tal utensílio culinário seria fruto de matéria não prima mas de segundo uso. A identificação de tal desastrado e mofino veículo só foi possível pelo número do chassis porque a placa do antes automóvel tinha se transformado em migalhas e a numeração tinha se esfarelado pelo asfalto.
De pronto uma guarnição da Polícia Militar chegou no cenário do ocidente. Afinal para que  tanta agilidade? Todos já estavam mortos e nada havia o que fazer. Com as vítimas, bem entendido. Desnecessário dizer, mas eu confirmo que muito antes da Polícia o ajuntamento de pessoas era enorme. Todos se encontravam estupefatos! Não com mais um acidente de trânsito que mata 60.000 por ano mais os mutilados e sequelados. O aturdimento e pasmo dos circunstantes eram com a violência, o impacto e virulência daquela colisão carro-árvore. Os efeitos de compaixão e no coração eram visíveis nos olhos, nos rostos e expressões das pessoas.
Quanto às vítimas. A polícia militar afirma categoricamente que eram em número de três. Os resultados do IML e perícia criminalística foi previsto ser publicado  em 30 dias. O tempo é necessário, afinal trata-se de uma profissão que usa o raciocínio lógico, esmeradas técnicas científicas para se chegar a verdade real, aquela irrefutável, insofismável e que não deixa margens às dúvidas.
Entretanto, eu que estive naquele cenário macabro acabo por me divergir de nossas sempre prestimosas Polícias Civil e Militar. Não foram apenas três vítimas e três mortos. Reafirmo tal dissenso com base no que vi com os meus próprios olhos e com os de dezenas de transeuntes que se detiveram ali antes e durante as diligências dos referidos agentes da lei. Mas, ainda haverá a pronúncia final do IML e Polícia Científica. Eu, de mim para mim e para quem me lê , continuo recalcitrante, não eram três os mortos.
Por fim eu não posso me furtar a um resultado que também me despertou alguma condolência. Falo dos destroços vegetais da árvore, partícipe, mas não culpada daqueles danos humanos e materiais. Eu não sei que nome dar àquela espécie vegetal. Posso afirmar que, pelos restos, era um vegetal com plena vitalidade, certamente de porte médio, próximo de uns 10 metros de altura e copa frondosa. O tronco sofrera várias fraturas. Havia muitas folhas verdes e flores desabrochadas e em botões espalhados pelo chão. Todas ainda com as cores e viço da primavera. Digno também de registro era a fauna que se abrigava e vivia em simbiose com aquele agora sinistrado ser vegetal. Na verdade ali vivia de forma pacífica e muito operosa um mini ecossistema com insetos multicoloridos como vespas, formigas, besouros e joaninhas. Não perdendo de consideração que a copa do imponente vegetal era a casa de pasto e pousada de uma admirável  diversidade passeriforme. Todos esses registros e comunicados ficam aqui consignados não por uma aposta ou ilação achadiça deste tacanho e modesto escriba, mas por testemunhos verídicos  dos passantes,  de moradores da  vizinhança que ouviram e viram aquela  indigitada e funesta ocorrência. Nos frangalhos botânicos, no asfalto estirados, eram notórios a diversidade cadavérica de muitas vidas e convivas   daquela espécie verde. Em meio a essa carnificina microbiótica , notavam-se mutilados, sequelados e muitos insetos em pânico. Eu não entendo a linguagem dos insetos como o fazia Gulliver com os Houyhnhnms(cavalinhos falantes) , mas suponho que o grito de dor e medo daqueles bichinhos eram de despertar muito dó e compaixão.
Por isso e em nome da natureza,  em respeito e memória de outras vidas, do reino animal como um todo, e acima de tudo da botânica e do reino vegetal eu me arvoro e me animo a fazer esses reparos. De pronto e incontinenti faço desse relato um ofício às nossas Polícias Militar e Civil . O número de vítimas nesse ominoso acidente não era de apenas três humanos! Necessário e justo que se corrija a estatística (ou estadística) de também um morto vegetal e dezenas de outros micro e pequenos mortos que ali conviviam de forma pacífica, produtiva e muito ordeira.  

       
João Joaquim  - médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com

UM VOO SUICIDA 150 MORTOS

VOANDO OU DE PERTO TODOS OS PILOTOS PARECEM NORMAIS
 João Joaquim


 O mundo todo vem se perguntando sobre a tragédia com o avião da Germanwings( ligada a Lufthansa)  que se espatifou nos Alpes Franceses em 24/03/15. Foram 150 mortos. Estremece-nos a causa do acidente. Segundo as autoridades que apuram a ocorrência, o copiloto, que se encontrava sozinho na cabine teve um surto suicida, baixou a avião para que este se chocasse nas montanhas geladas dos Alpes. O piloto tinha se ausentado para ir ao banheiro. Que fatalidade, justamente num momento  de um imperativo fisiológico como este imprevisto do comandante titular (urgência gastrointestinal).
 Como medida de segurança contra ação terrorista, essa porta de acesso à cabine de comando das aeronaves abre sob o controle  de uma senha de 4 dígitos. Digita-se o código, tem-se 5 segundos para puxar a porta, abrir  e ela se fechar novamente, ficando não responsiva  por vários segundos. Assim ocorreu nessa fatídica viagem: o piloto estava fora do comando do avião, o copiloto ficou a sós e responsável no controle do voo, quando num surto suicida fez com que houvesse perda de altitude e a aeronave se chocasse nas cordilheiras alpinas  da França.
Tragédia é tragédia e o que se pode tirar dela é alguma conduta ou estratégia para evitar outras de igual natureza ou causa. Eu penso que esta será mais uma para questionamentos, perguntas de como, do porquê  que ela se repetiu. As próprias autoridades aeronáuticas já fizeram uma retrospectiva estatística de outras tragédias aéreas por causa de surtos suicidas de pilotos. O que fazer para evitar a próxima? Há um princípio ou axioma que preconiza: “Quem não conhece bem a história está fadado a repeti-la”. Parece que é o que se passa  com os órgãos e autoridades da aviação civil no presente episódio. Dada a magnitude e crueza desse desastre com o voo da Germanwings nos Alpes Franceses, as agências reguladoras da Alemanha e outros países europeus já tomaram uma primeira medida. De ora avante, todo voo tem que ter na cabine de comando 2 pessoas. Piloto mais copiloto. Supõe-se que necessariamente haverá no mínimo 2 copilotos na tripulação . Desses três comandantes, vez ou outra um deles terá uma imprevisível urgência fisiológica gastrointestinal, como no presente caso. Urgência evacuatória não tem hora para ocorrer. Uma outra saída mais simples e barata seria piloto e copiloto usarem fraldas. Assim, numa premência intestinal faz-se a necessidade  na fralda e ninguém perceberá .
As autoridades da aviação civil europeia estão chamando essa medida preventiva de princípio dos 4 olhos no comando do avião. Seria o cúmulo do azar pensar em dois suicidas  numa tripulação de 5 ou 6 pessoas. Outra questão que trago à baila são as informações que nos chegam  sobre a sanidade mental do copiloto, Andreas Lubitz . Segundo consta, ele padecia de depressão, já tinha expressado ideias suicidas e tinha omitido ou rasgado atestado médico de sua inaptidão para a função. Seu histórico psiquiátrico era de longa data, como o atestam uma ex-namorada e prontuário clínico apreendido em sua residência .
Sabemos que tais doenças  # depressão, transtorno de ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, tendência suicida#  são enfermidades  que geram um grande estigma social, discriminação e muita rejeição ,seja no ambiente familiar ou funcional. Disto resulta casos de omissão pelo paciente ou mesmo familiares.
Sabe-se que no âmbito médico existe o chamado sigilo ou confidencialidade profissional. Aqui no Brasil é assim,  o que expressam os normativos e código de ética médica?  O paciente tem o direito ao sigilo ou resguardo do seu diagnóstico. Nenhuma empresa ou patrão tem o direito de saber o diagnóstico expresso nominalmente ou em  código internacional de doença (CID) do funcionário. Se ela assim o fizer, está cometendo uma infração ética e legal contra aquele empregado. E atenção: tais garantias individuais ao sigilo do seu estado de saúde é quebrado diariamente , por médicos que são co-autores dessas infrações ético-legais, de forma intencional (dolosa) ou por  desconhecimento de decisão já antiga do Conselho Federal de Medicina.
Todavia, nas atividades profissionais de risco, caso por exemplo de motoristas, operadores de máquina pesada, policiais, piloto e mesmo o médicos; deveria haver uma exceção. Numa avaliação pré-admissional( medicina do trabalho) ou periódica desses profissionais, que fosse lícito e medida compulsória  o médico atestador  comunicar diretamente à empresa sobre a incapacidade e proibição daquele funcionário de  exercer a sua atividade. Se assim tivesse sido feito, essa tragédia inominável com o voo Germanwings teria sido evitado. Quantas vidas e danos materiais se pouparia com um simples comunicado à direção dessa empresa de aviação sobre o veto desse copiloto em estar na direção de uma aeronave desse porte  .
Deixo portanto, essa sugestão ao nosso Conselho Federal de Medicina. Dessa forma poderemos evitar muitas outras tragédias por doenças psiquiátricas tão encontradiças, aqui, na Alemanha e no mundo! Nossos gestores e guardiões da profissão médica aqui no Brasil poderiam ser os primeiros com uma medida tão simples, mas altamente salutar na prevenção de tragédias tão impactantes para muitas familias e a sociedade.   


   
    #JoãoJoaquim médico articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com  www.jjoaquim.blogspot.com

sábado, 28 de fevereiro de 2015

ILUDIR E MENTIR...

A ARTE DA ILUSÃO E DA MENTIRA
  João Joaquim

 É interessante como o mal, o perverso, o ruim, o que é destrutivo se aprende de forma natural, sem o mínimo de esforço. Aliás, digo melhor, que exija até algum esforço ou sacrifício mas o indivíduo aprende facilmente. Não importa a idade. É notório e evidente que quanto mais criança e mais jovem mais rápido é o aprendizado. No foco dessa tese e abstração vamos pinçar aqui alguns exemplos do cotidiano social. Todos os grandes pensadores (Aristóteles, Platão, Santo Agostinho) são uníssonos em que ética e virtude não são inatas na pessoa humana. Elas são valores que devem ser ensinados desde tenra idade. Ninguém nasce com as inscrições da verdade e da justiça no cérebro, na consciência e memória. O argumento da tabula rasa foi usado pelo filósofo inglês John Locke( 1632-1704)  considerado como o protagonista do empirismo. Para ele, todas as pessoas nascem sem conhecimento algum (i.e. a mente é, inicialmente, como uma "folha em branco"), e todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido através do ensino e  da experiência . A mesma tese de Jean J. Rousseau, para quem todo homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe. Ou por dedução também o constrói , o educa e o torna um verdadeiro agente do bem e de virtudes.
A vida humana, mal comparada, se equipara a um balanço. São duas pontas de uma grande haste da madeira (um pau). Num polo tem-se o vício, no outro a virtude. O ideal seria o que? Que o lado da virtude, do bem pesasse em absoluto e jogasse o mal para o alto. Mas, estamos a viver e contemplar um mundo, uma sociedade onde prevalece, toda sorte do nocivo, do antissocial, do embuste, do engano, da maldade e da mentira. Melancolicamente os piores  exemplos são os gestores da república, ou das coisas públicas( políticos ).
E aqui poderíamos pegar exemplos e mais exemplos de comportamentos, de condutas e expedientes voltados para todos os resultados daninhos e nocivos à sociedade, ao país, enfim ao outro, não importa se esse outro é meu próximo ou meu distante. Em meio a tanta perversidade que vimos e  vivemos, eu sou uma inelutável criatura que acredito e confio na vocação do ser humano para o bem. Nós não fomos idealizados e concebidos para maltratar e aniquilar quem quer que seja, independentemente desse outro representar  um animal de outra espécie, ser meu semelhante ou ser meu diferente, ou a própria natureza, a terra , a ecologia, etc.
Agora, na prática, em nossa convivência diária, ao que assistimos, o que presenciamos? Justamente intenções, cenas e fatos com a finalidade do engodo, da burla, da mentira, da trapaça, de enganar as pessoas e levar vantagem ( de forma antiética e desonesta) em tudo. Há de se registrar, contudo, que deparamos também com legiões de cidadãos (ãs) honrados, probos, honestos;  não importando, o seu status sócio-econômico. Aliás, vou até um pouco além, parece-me que nas classes mais pobres presenciamos as maiores e melhores práticas do bem e da virtude do que entre as pessoas mais ricas e mais abastadas. Ou será que é uma constatação ilusória de minha parte?
 Mas, afinal, no frigir dos ovos e das batatas o que temos no mundo é o incessante embate, na expressão do velho chavão, “a luta entre o bem e o mal”. Decorrente dessa verdade atemporal e universal  foram criadas as leis, o código penal, os códigos de ética profissional. São todos no sentido de disciplinar, reprimir e punir os desvios de função e de conduta daqueles que trafegam na contramão do bem e da honestidade. No caso do Brasil temos outros vícios e outros males. São leis e normais demais . Aí criaram o que ? Os antídotos das leis e as contra-regras. Têm-se muitos inquéritos , muitos processos , mas eles não chegam ao fim. Viram pretéritos e retrocessos. Só mesmo no Brasil.
Agora eu pego esta deixa de constituição, código penal, e normas de conduta e reporto-me ao múnus público. Desnecessário seria dizer, mas, eu repriso que um funcionário público tem por função servir ao povo, à coletividade. Não interessa se ele ocupa esse cargo por concurso ou eleito por voto popular.   
Entretanto, me apego a esta função de um agente público, um gestor, um parlamentar, um governante eleito pelo povo. Ao que sugere, esse funcionário  público deveria se revestir de grande  responsabilidade, de senso ético , de compromisso com o exercício do bem. Simples! Ele ascendeu àquele cargo não por obrigação, mas por opção própria. E mais, o povo, a sociedade delegou-lhe essa função através de um voto de confiança. Confiança gerada por promessas de bem administrar as coisas que são públicas ( do povo), de atender às necessidades mais básicas e urgentes de uma sociedade como saúde pública (SUS) de qualidade, segurança e educação.
 E novamente, pegando a bola da vez, no caso do Brasil dos mandatários do momento, do ex-presidente Lula da Silva e da tratanta (trata, mas não cumpre) presidenta Dilma Rousseff. Nossa atual chefa de Estado em conluio com o Sr. Lula e outros partidários do PT fizeram o que ? Para reeleger a Dra. Dilma, mentiram, mentiram, difamaram, difamaram  os adversários do PSDB, iludiram o povo brasileiro, usaram o engodo de vários programas  sociais. Uma vez re-en-cas-te-la-dos em Brasília fizeram justamente o contrário de todas as falsas promessas. Eu, a nação inteira, e até muitos eleitores(as) do Sr. Lula da Silva e dona Dilma, perguntamos, o que merecem esses nossos indignos gestores e executivos das coisas públicas de nosso Brasil? Com a resposta os meus leitores e eleitores de nossos governantes, estes de agora , que em campanhas demagógicas andaram por todo o país , mas eleitos, andam mudos e moucos cercados de segurança, conforto, muita água e belos palácios lá em Brasília .   Eu não tenho nenhuma inveja, prefiro continuar sem pompas, pobre , mas honesto e honrado.   

 João Joaquim -médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com  


FALAR E ESCUTAR...

A ARTE DA ORATÓRIA E DA ESCUTATÓRIA

João Joaquim
 Se tem uma estratégia importante na vida de qualquer ser animal se chama comunicação. Vamos imaginar por exemplo as relações humanas. Já imaginou se na nossa concepção, não fôssemos dotados de fala e audição. Basta imaginar como seria a vida de um surdo-mudo se não houvesse quem lhe ensinasse a linguagem cênica dos sinais (libras). Vamos pensar no que seria a existência de uma pessoa sem som.
Não! Não é pouca coisa. A capacidade de se comunicar bem é tão relevante na vida humana que há profissões estritamente dedicadas a tal atividade. Daí temos por exemplo os porta-vozes das empresas, dos órgãos de governo e assim por diante. A arte de bem falar tem até um nome pomposo, oratória. A História está repleta de grandes oradores. Na antiga Grécia houve notáveis na arte da oratória. Cícero e Marco Aurélio por exemplo. No Brasil tivemos por exemplo o Pe  Antonio Vieira, Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, entre outros.
Expressar bem oralmente os pensamentos e raciocínio é questão de vocação natural e treinamento.  Claro que uma bagagem cultural e prodigiosa memória vão fazer muita diferença. Isto porque se num discurso o orador começa a falar abobrinhas, os ouvintes ou vão embora, ou dormem, ou não entendem patavinas.
Agora, pena que não sou político ! Mas, se eu fosse parlamentar iria através de um projeto de lei suplementar (PLS) propor  o curso de escutatória. Este curso seria útil , por exemplo,  a funcionários públicos, delegados de polícia, juízes de direito, governadores, presidentes da República; mas se tornaria muito recomendado para profissionais de saúde. Para aqueles médicos que mal olham na cara do paciente e lhes entregam uma lista de exames complementares. Olha quanta utilidade. Passaria a constar como infração ética. O médico que não escutasse direito as queixas do doente estaria sujeito a alguma advertência por escrito e seria obrigado a fazer uma reciclagem na arte de saber ouvir o seu cliente. A escutatória é considerada a irmã siamesa da oratória. Há quem assevere e filosofa que ouvir é mais importante do que falar. Não é sem razão que os animais, inclusive os humanos, têm dois ouvidos e uma boca.
Outra evidência da importância da arte de se comunicar é o próprio ministério das comunicações. Se bem que nos dias atuais (vigência dos escândalos da Petrobras) os porta-vozes do palácio do governo (PT de Lula e Dilma) andam mudos e moucos. Eles não ouvem e nem falam nada. Há como quê um pacto  de silêncio os membros do PT.
Nada no mundo evoluiu tanto como as comunicações. Basta observar o quanto de empresas teles temos no Brasil e no mundo. É tanto cruzamento de informações que há dia e local que os celulares e as teles entram em colapso. Mas, imagina! São mais de 7 bilhões de terráqueos  fazendo comunicação. Aí o sistema não suporta. Nunca o mundo se comunicou tanto como agora na era digital. A internet, o celular e as redes sociais estão aí na crista da onda para ilustrar esta realidade. E ainda vai melhorar. Agora, algumas criaturas me intrigam; e não só a mim, mas a toda humanidade. Os ETs por exemplo, como eles se comunicam entre si? E não digo nem conosco aqui na terra. Eu fico encafifado é mesmo com a fala deles. Seria uma espécie de metalinguagem,  paracomunicação , códigos, letras ? Sinceramente nem imagino.
Outra seara que me deixa atrapalhado é a comunicação mediúnica que algumas pessoas espíritas fazem com os mortos, no caso com a alma desses falecidos. Nesse campo eu continuo mais ignorante do que cético. Eu sigo aquele conselho de Sócrates “ Ajuizado serás não supondo que sabes o que ignoras “.
Dia desses eu estava a espera de uma consulta num movimentado hospital de ortopedia de Goiânia. Do lado, uma senhorinha que igualmente consultava por questões de juntas. Aí juntamos a falar de coisas triviais da vida. Ela contou-me por exemplo que tinha como terapia cuidar de algumas plantas. Todos os dias sua terapia era regar e podar as criaturas verdes. Eu então inquiri dela:  a senhora fala com suas plantas? Mais que depressa ela me disse que não só falava com suas plantinhas, mas que trocava carinhos e afagos com elas. E disse mais, que as plantas têm sentimentos, tristeza e depressão. Do  outro lado, outra senhora olhou para mim e para a mãe das plantas com olhos incrédulos e de escárnio. E para arrematar eu disse para essa terceira senhora: não duvide! Tudo isso que ela diz é verídico e até científico. Eu disse mais, as flores falam conosco através de sua beleza e de seu perfume. Podemos falar e comunicar até com a lua e com as estrelas. Basta saber ouvir e entreter-se com elas como bem testemunhou o grande poeta Olavo Bilac. “ E eu vos direi/Amai para entende-las/Pois só quem ama pode ter ouvido / Capaz de ouvir e de entender estrelas” .  


 João Joaquim  - médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com



BEM versus MAL, QUEM VENCERÁ ?




João Joaquim

 Há um lugar-comum muito conhecido e repetido do folclore e do senso vulgar que afirma ser “eterna a luta entre o bem e o mal”. O interessante de observar é o quanto este lapidar adágio popular anda em voga nos dias de hoje de nosso Brasil do Petrolão, da gestão do lulopetismo, da mitomania e da cleptocracia, que só de pensar dá aquela indigestão . E aqui vou-me permitir usar este verbete mal  ora como expressão substantiva ora como advérbio. O que dá na mesma porque se causo algum dano ou justiça a alguém provoco-lhe um grande mal e dessa maneira imoral e indecorosa estou agindo mal e muito mal mesmo, porque nós não fomos concebidos para destruir ou tratar mal quem quer que seja.
Para bem ilustrar esse eterno embate vamos tomar como exemplos a pior  dessas lutas a que o mundo todo tem assistido. Falamos do que as mídias noticiam todos os dias que é a crescente ação terrorista perpetrada pelos extremistas do estado islâmico (isis) e Boko Haram(Nigéria). O mal que esses fanáticos têm causado à humanidade é algo inaudito nos tempos modernos. Claro que a História relata barbaridades e atrocidades de mesmo teor de malignidade e torpeza, mas com uma diferença, não havia imagens tão vivas e a cores quase instantâneas dos fatos criminosos. Basta lembrar aqui de um desses macabros e dantescos martírios de inocentes que foi a noite de são Bartolomeu na França, em 1572. Nesse tenebroso massacre,  Catarina de Médicis (1519-1589) determinou que milhares de Huguenotes fossem executados por questões político-religiosas. O choque para a humanidade não foi tanto porque não havia sequer fotografias.
As ações terroristas desses fanáticos religiosos de hoje, caso do atentado ao Charlie Hebdo , em Paris,  ou decapitações do estado islâmico, a morte de um piloto jordaniano queimado vivo em uma jaula,  têm se dado quase em tempo real. São fatos tão agressivos e impactantes que há uma mobilização multiestatal para conter tais violações aos direitos humanos. E então o mundo civilizado como um todo pergunta perplexo e estupefato: até quando os EUA e aliados vão deixar tais atrocidades ocorrerem?  Cadê os guardiões da democracia e dos direitos humanos ?
Agora vamos deixar o mundo lá fora e falemos de nosso mundão e submundo aqui no Brasil. Não tem como falar dessa luta do mal versus bem aqui no Brasil sem entrar na seara política. Esta é a pura realidade. Ao que parece, até a própria natureza anda aborrecida e contrariada com quem manda e desmanda, com quem finge que governa e desgoverna este país. Basta lembrar as catástrofes de secas ou enchentes , a escassez de água aqui e acolá, que vêm assolando o povo brasileiro em várias regiões . A terra e o tempo parecem enfurecidos com nossos governantes.
Eu não sou engajado politicamente. Não negaria meu voto num candidato só porque ele pertence ao partido X ou Y.  Todavia, não podemos ser cegos ou surdos  ao que vêm fazendo os petralhas do atual governo (PT de Lula e Dilma). O partido já está no seu 4º mandato, no trono e no poder como se o Estado fosse da sigla petista, e temos assistido às piores administrações dos tempos republicanos. O que a nação tem visto e ao que se assiste nos tempos do petismo se tornam desalentador e desesperante para qualquer brasileiro(a) de bem e honesto.
Para dar um certo relevo ao embate deste   mal contra o bem do Brasil , não tem como fugir ao rebarbativo imbróglio do mensalão. Às vezes, as pessoas comuns esquecem os primórdios do que foi essa quadrilha, cujos mentores e chefes eram mandatários do PT (partido do governo). Qual eram os objetivos do conluio e camarilha governista? O suborno e compra de parlamentares para apoiar os projetos do governo (à época de  Lula da Silva, presidente).
No furor e espetacularização televisiva das sentenças e prisões dos condenados mensaleiros  o povo brasileiro teve a sensação e lenitivo de justiça. Hoje, em 2015, há uma sensação de meia justiça, visto que os principais criminosos petistas já estão em casa e até fazendo articulações políticas. Aqui fica a percepção do domínio do mal sobre o bem. É  um autêntico nocaute da  virtude pela maldade, pelo mal.
Agora outro  mal a corroer as economias e esperança do brasileiro têm sido  as roubalheiras bilionárias da Petrobras(operação lava-jato da Policia Federal). Um escândalo nunca antes havido no mundo. Parece que desde os tempos de Hamurabi nunca se roubou tanto. O que temos visto e ouvido nos cheira a um governo da mitomania  e da  cleptocracia, mentira e roubo parecem ter sido institucionalizados no País.  Quando numa campanha à reeleição se diz uma coisa, passado o pleito e reeleita a presidente Dilma Rousseff  faz tudo ao contrário, justamente o que os petistas aterrorizaram o povo brasileiro que faria o adversário, se ele fosse presidente, o candidato Aécio neves , fica oficializada a prática da mentira.
 Quando um presidente ou presidenta diz não saber o que ocorre nos porões do planalto em termos de corrupção ou defende presos e condenados do mensalão  , fica também evidente que roubar é prática normal e republicana. Já imaginou se a moda generaliza.
Lamentavelmente o que tem predominado na esfera governamental tem sido a cultura do mal. Mal este que vem se expressando em toda forma de mentira, da falácia, da arrogância, de ministros mal preparados para o cargo e com ficha-suja e de absoluto engodo e enganação do povo brasileiro.
Nesses termos e nesse estágio que nos encontramos eu indago: cadê a oposição? Cadê os segmentos civis deste país como OAB, CNBB, transparência Brasil e até os militares. Aonde vamos com tanto mal, mentira, roubo, inépcia e incompetência daqueles que  no momento governam o Brasil  ?  Eu confesso que estou cansado desse lero-lero. Até quando ?



João Joaquim  - médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com

PORTADORES DE NECESSIDADES, NÃO.. DE

OS PORTADORES DE VAGABUNDAGEM ESPECIAL

 João Joaquim

 Dias desses, eu e outro amigo,  falávamos sobre a relação do homem com o trabalho. Aqui no sentido o mais amplo possível. Trabalho como esforço físico, mental, intelectual, criação artística. Enfim, qualquer empenho no sentido de produzir algum resultado, quer físico ou abstrato.
Nesta tacanha resenha tenho por objetivo fazer uma digressão pela relação de duas classes de gente com o trabalho. Estas duas categorias referem-se às pessoas denominadas normais e aquelas classificadas por órgãos do governo como “portadoras de necessidades especiais”. Aliás , uma terminologia que não diz nada. Coisas de nosso governo atual .  Dentre os normais temos um subgrupo, os portadores de vagabundagem geral( ou especial como gostam certos gestores da coisa pública ).  
Primeiro discorro então sobre o trabalho para as pessoas normais. Trabalhar deriva da “ultima-flor do Lácio”(Latim), como poetou o príncipe da poesia Olavo Bilac. Tripaliare em latim significa martirizar com o tripalium, instrumento de tortura. Trabalho (tripalium). Observem bem  o que é a semântica de um idioma. Na origem o verbete tinha o significado de sofrimento físico, de martírio, de tortura. Não é sem razão que em algumas nações tirânicas ainda existe a pena (condenação) a trabalhos forçados. Tal punição, aflitiva e muito infamante, é comum por exemplo na Coréia do Norte e na China. Fica evidente que tais condenações são com os labores os mais exaustivos e humilhantes como a lavoura, manuseio de equipamentos pesados, limpeza de pocilgas e estábulos de animais etc. O objetivo é a humilhação e indignidade do ser humano. Quando se fala da relação de pessoas normais com o trabalho é interessante se reportar à chamada vocação profissional. Muitas vezes o indivíduo tem uma aptidão congênita para este ou aquele ofício. São os chamados habilidosos inatos. Quando tais inclinações não são muito perceptíveis pode-se fazer o chamado teste vocacional, feito e aplicado por psicólogos que atuam com seleção de pessoas  e recursos humanos. É bom lembrar que nas habilidades de nascimento , elas podem ser aprimoradas com treinamento e boas escolas. Exemplos temos um  futebolista , um poeta, um escritor, um médico etc.
Agora digno de nota no grupo das pessoas normais estão aquelas que podem ser classificadas como “normais portadoras de deficiências especiais ou normais portadoras de vagabundagem geral  ”. Por estranho que pareça elas existem e num percentual muito significativo. São aqueles indivíduos que são deficientes para qualquer trabalho produtivo. Eles não têm vocação para qualquer tipo de esforço, inclusive o mental . Aliás, nosso glorioso IBGE já os catalogou e os classificou de nem, nem, nem. Ou seja, eles nem trabalham, nem estudam e nem têm interesse em nenhuma das duas opções. Tais categorias de pessoas podem também ser chamadas de nem fedem, nem cheiram. Essa classe de gente existe, especialmente nos tempos do lulopetismo de Lula e Dilma, com seus programas sociais  demagógicos. Agora criaram até bolsas para travestis e gays( nada conta o prefeito de São Paulo , Fernando Haddad , nem contra o grupo LGBTs)).
Muitas vezes temos também uma legião de  jovens que têm até um curso superior, mas optam pela “ociosidade improdutiva”, levam uma vida de futilidades e vivem, às custas dos pais. Para esses o trabalho, mesmo intelectual ou mental tem aquele sentido original do tripalium, suplício, martírio. São autênticos vagabundos, um peso negativo e fardo para as famílias. Muitos desse desocupados subsistem às custas de pais e mães aposentados, avós; dos quais muitos até doentes, inválidos e que sequer são amparados ou cuidados por esses filhos , netos e outros parentes. É algo de dar um tremendo  dó.
Quanto à relação das pessoas portadoras de necessidades especiais com o trabalho - Nesse grupo, sim, podemos tirar os melhores exemplos de vida no que se refere às relações humanas com o conceito o mais amplo de trabalho. Claro que temos também os maus exemplos de malandragem, de mau caráter. O indivíduo , às vezes, tem  um déficit físico ou psíquico mínimo  e se julga incapaz. Muitos  tentam burlar a previdência social ou uma seguradora para obter benefício de aposentadoria ou indenização. São casos encontradiços. Não é ,à toa, que a previdência social ( INSS) está falida.  Além da corrupção e roubalheira que há no órgão pelos companheiros petistas  .
Entre os belos exemplos temos pessoas que com tantas limitações físicas, com dificuldade de mobilidade ou amputadas são altamente produtivas; nunca auto-consideradas deficientes. Desses belos exemplos( que vergonha para os normais) basta observar e assistir às competições paralímpicas. São paratletas cegos, amputados, paraplégicos com desempenho e trabalho físico de dar inveja e canseira em qualquer pessoa classificada como  normal, tipo aqueles nem, nem, nem.
Enfim, o que temos no Brasil é a cultura da malandragem, da vagabundagem e muita preguiça, onde levas e levas de gente querem levar vantagem em tudo, enganar este e aquele outro sistema; e produzir e trabalhar mesmo que é digno e honesto fica relegado em plano secundário. Que triste 
.                                                                                      
 João Joaquim  - médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com    www.jjoaquim.blogspot.com

BENDITAS PALMADAS...

AS BENDITAS  PALMADAS DO PAPA FRANCISCO

João Joaquim

 É curioso, risível para não dizer ridículo e fútil como certas opiniões provocam tanta polêmica e blábláblá. Não por toda a humanidade, mas por alguns grupos ou organizações que representam pontos fora da abscissa ou da curva como se referiu o ministro Luiz Roberto  Barroso do STF, quando do julgamento do mensalão. A figura da vez, e mais uma vez, é o nosso pacífico e admirável papa Francisco. Numa cerimônia pública ele exortava sobre os rumos da  família. Disse então o sumo pontífice ser favorável às palmadas, quando necessárias, na educação dos filhos. Ele foi bem enfático e demonstrativo de que tal expediente como corretivo de um filho fosse feito com amor, sem o objetivo de ofender a dignidade da criança. Que tal reprimenda nunca fosse desferida no rosto do filho por exemplo.
Pronto, isto bastou para despertar protestos  de alguns grupos defensores dos direitos humanos, até de algumas autoridades da ONU. Nós, aqui do Brasil, aqueles a favor de uma educação plena (não apenas escolarização) perguntamos: o que de errado disse o papa? No fecho da matéria eu retorno ao conselho da chefe da igreja católica sobre a educação de filhos.
O que é educação? Vamos partir da seguinte premissa ou definição: ninguém ou nenhum animal nasce pronto. Que bom seria se cada pessoa já nascesse com todas as habilidades gravadas e aprendidas em seu cérebro, em sua memória. Todos nascemos como uma tábula rasa ou lousa em branco( teoria do empirismo de John Locke).
Não é absurdo compararmos a educação de uma criança humana a uma criança de outra espécie. Criança deriva do latim creantia, um ser em criação, que está em processo de desenvolvimento, em formação de todas as suas potencialidades, quer orgânicas, quer psíquicas.
Vamos imaginar dois cãezinhos irmãos, um desses irmãos receberia um processo educacional (adestramento) padrão, o outro criado à revelia, à solta, sem imposição de qualquer limite ou disciplina referente a alimentação, interação com os humanos e destino inclusive de seus dejetos. Torna-se de conclusão acaciana afirmar que o cão que recebeu limites, disciplina e repreensões resultará em melhor criatura. Isto porque seus instintos e impulsos selvagens foram condicionados por uma imposição (corretivo) educacional. Simples! Os humanos também temos instintos e impulsos irracionais  .
O mesmo resultado se aplica a uma criança humana, com uma grande diferença contra ou a favor desta, dotada que é de razão e inteligência superior. Imaginemos por analogia dois irmãos, cada um recebendo tratamento semelhante aos dois filhotes de cães. Claro que teremos resultados similares. Aquele que receber uma educação mais rígida , criteriosa, com o estabelecimento de regras de convivência, direitos e deveres, inclusive algum castigo ou palmada, naturalmente resultará em um adulto mais polido, mais politizado, mais ético; enfim nos melhores conceitos de cidadão .
As famílias dos tempos digitais, da informática e da internet parecem a cada dia perderem o real senso e significado do que seja educação. Não custa repisar que criação, educação e escolarização são conceitos distintos. Criar um filho e um cachorro não tem muita distinção. A educação (boa ou má) quem dá são os país e a família. A educação escolar (alfabetização e aquisição de conhecimento) é uma pequena fração na educação global do indivíduo, administrada pelos pais e família. Na maioria das vezes eu sou o corolário, o produto, a manufatura do meio onde eu vivo; e este ambiente principal é a família, as pessoas com quem eu convivo. Jean Jacques Rousseau, na teoria do bom selvagem,  exprimiu bem esta tese: todo homem nasce bom, a sociedade ( a começar pela família ) é que o corrompe. Conclusão elementar.
Hoje, vemos cada vez mais uma sistemática crença de que educação de filhos seja feita pelas escolas. As escolas devem ser parceiras das famílias no aprimoramento educacional das crianças e adolescentes. Há correntes de educadores e psicólogos nestes tempos modernos contrários a toda atitude e prática mais rígidas no processo educacional dos filhos. E as famílias, sobretudo os pais mais jovens, têm embarcado nessas orientações. Os filhos dos tempos digitais vêm sendo educados com excesso de liberdade que cheira a libertinagem. Os pequenos têm muitos direitos e poucos deveres. A permissividade com que a garotada vem acessando e utilizando a internet e redes sociais é uma demonstração cristalina, do quanto os pais , cuidadores e professores estão distraídos e equivocados com os rumos de nossa educação das crianças e adolescentes.  Imagina uma criança de 8anos a 12 anos fazer uso irrestrito de um telefone celular, de um smartphone, de um iPad, das redes sociais! Este excesso de liberdade, a pretexto de inclusão na modernidade beira a uma sandice e insanidade mental das famílias.
Por isso em torno à frase do papo e penso com ele em uníssono. A criança deve ser educada sim, com disciplina, com  limites e regras, enquanto ela for criança. Uma vez apenas criada( sem regras e limites), e crescida ela já está pronta e não tem volta. Por isso eu endosso que algum castigo, diálogo firme e até palmadas vão lhe trazer aprimoramento físico, intelectual e moral de forma permanente. Se alguém discorda dessa tese, que me prove o contrário com resultados e casos concretos.   


João Joaquim  - médico e articulista do DM joaomedicina.ufg@gmail.com



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