terça-feira, 29 de junho de 2021

JEITO SOCIAL

 

JEITO DE CADA QUAL

João Joaquim  BG

   Nesta que chamo de Súmula ou breviário falo de estilo de vida. Por estilo de vida podemos definir o jeito, o modo que cada criatura humana possui de levar a sua vida. Por singelo que pareça, mas reescrevamos aqui de como se dá a organização ou estada da pessoa no mundo. O indivíduo nasce, e temos os gerúndios. Ele vai crescendo, vai sendo educado, sendo instruído, sendo ensinado, se construindo como sujeito autônomo e independente, vai sofrendo os revezes da vida, vai exercendo sua profissão escolhida, envelhecendo e vai morrendo aos poucos, até o final e morre de fato e de concreto.

   Esta é a trajetória normal e padrão que cada pessoa está programada a cumprir. De forma sintética: nascimento> crescimento> formação social e profissional> produção laborativa >envelhecimento > morte. O estilo de vida é estudado em vários ramos do conhecimento. Na sociologia, na Psicologia e até na Medicina. A Psicologia comportamental se ocupa muito em compreender e descrever a índole, as perturbações psíquicas e as maneiras das relações da pessoa dentro e extrafamiliar.

   A sociologia em muitos de seus braços de estudo se ocupa na compreensão do estar do indivíduo na sociedade, no ambiente e no mundo. Como exemplos: as interações do sujeito com os outros indivíduos do grupo, com a sociedade e com o planeta (“meio ambiente”), o seu papel dentro da família, se arrimo, de ativo, de produtivo, se cooperativo, se do grupo cestoide ou duodenal, etc.

   Os vários campos da Medicina também se dedicam à compreensão e estudo das relações do Estilo de vida com as doenças. Neste contexto tomemos como exemplos alguns mais encontradiços, adquiridos pelas pessoas.

Sedentarismo: trata-se de um grande fator de risco para um sem-número de doenças como as cardiovasculares, o infarto, a hipertensão, a obesidade, o câncer e morte prematura.

Alimentação: as ciências médicas conhecem e explicam muito bem a intima relação entre uma alimentação desbalanceada e hipercalórica com muitas doenças metabólicas e cardiovasculares.

Os vícios: os vícios do alcoolismo e tabagismo constituem causas de uma lista enorme de doenças com altos índices de morbidade, incapacidade e morte; entre essas, a cirrose, as doenças pulmonares, o infarto do miocárdio e câncer.

   No campo da Sociologia e da Psicologia do comportamento temos os estilos de vida do sujeito se colocar na sociedade, na família e em face do Estado, da sua participação como cidadão. Essa condição do sujeito como cidadão merece uma definição histórica. Reportemos à cultura do antigo Império Romano ou Grécia Antiga. Em Roma, cidadania era o título que cada habitante da polis ou cidade recebia (polis ou civilitá= cidade). Não era para todos. Exigiam-se alguns qualificativos. Dentre esses qualificados estavam a exigência de um trabalho produtivo, a honestidade, a honradez e um comportamento civilizado compatível com a vida em comunidade ou convivência humana.

   Agora, pensemos com nossos botões e cadarços, quanta diferença quando se fala em estilo de vida social no Brasil. Em nossas terras de tabajaras e tupiniquins basta que qualquer um ou uma tenha RG e CPF e ele ou ela detém o título de cidadão como outro qualquer que trabalha, que rala, que esfalfa dia e noite para produzir, para ter uma renda e viver dignamente, sem depender de mesada, de pensão ou benefício de alguém ou de previdência social. Quanta diferença! Qualquer  bisbórrias, biltre ou troca- tintas, mesmo sem uma CTPS é classificado de cidadão. Que que é isso companheiro!

DIFÍCEIS

 

RELAÇÕES SOCIAIS

João Joaquim  BG

Muitas são as naturezas ou características das relações humanas. Algumas estão no vulgo, no senso comum das pessoas. Como exemplos as relações mercantis, as profissionais, as relações educativas, as amorosas e conjugais. Estas, então, em tempos modernos e de amplos Direitos Humanos, se fazem de toda ordem, são muitos os gêneros e com os mais diversos arranjos.

Ainda em se falando das relações conjugais. Com os avanços e ampliação dos Direitos Humanos; basta uma comparação com o que é possível se fazer hoje com o que era aceitável ou padrão legal ali nos anos 1970/80. Hoje todas as combinações são possíveis. Inclusive na geração de filhos. As uniões homoafetivas foram sendo estendidas e na dependência do gosto se junta mulher com mulher, homem com homem. E mais: mulher + mulher + homem, homem + homem + mulher. Alguns leitores mais afoitos e acelerados podem parar e perguntar. Mas, como assim?

   De forma sincrética, mas também objetiva fica aqui explicado. Evoluíram os Direitos das pessoas à opção sexual, das relações homoafetivas, da união estável, do casamento homoafetivo. Estas são conquistas individuais e sociais já contempladas no novo código civil e nas varas de família, são cláusulas plúmbeas. Plúmbeas ou pétreas? Entretanto, o que não mudaram são as leis da Biologia, como por exemplo a Biologia da Reprodução. As ciências possuem também as chamadas leis pétreas, aquelas tradicionais, intangíveis e eternas. Tendo em conta, portanto, a geração de filhos, ela só se faz pela união tradicional espermatozoide + óvulo.

Daqui resulta a explicação de nas relações homoafetivas, elas se socorrerem a uma terceira pessoa (homem ou mulher) para o encontro ou casamento de um gameta masculino (espermatozoide) com um gameta feminino (óvulo da mulher). É admirável de como a natureza é imune a mudanças. Imagine se ela se deixasse levar pela intervenção do homem. Tipo aquele prefeito de baixa escolaridade que um certo dia, num certo contexto, propôs revogar a lei da gravidade para fazer chegar até a sua propriedade um fluxo de água.

 A esta altura algum leitor (a) mais ansiado, ou alguém meio apedeuta ou hebetado, mal-informado sobre ciências biológicas ou Medicina da reprodução, sobre inseminação artificial, fertilização in vivo e in vitro poderia ainda negar ou duvidar. Mas, com o aprimoramento científico, das técnicas de citologia e engenharia genética, etc e tal; não seria possível um engravidar do outro? “Quoth the Raven, Never More” (palavras do Corvo de Alan Poe).

   As ciências, a Biologia e a Genética, possuem leis rígidas, matemáticas, intangíveis. Dizer ou se arvorar em contrário torna-se um argumento inelutável, inexpugnável. “Never More”. Daí o provérbio “Lé com Lé, Cré com Cré”.

OBRA HUMANA

 

A OBRA ARTÍSTICA DA GESTAÇÃO E FORMAÇÃO DE UMA PESSOA

João Joaquim  

 

   Nenhuma obra, nenhuma arte, nenhum engenho são mais nobres e dignificantes do que a construção de uma pessoa. Em outras palavras e definição, a geração, a criação e formação de uma pessoa é a maior das criações a que um homem e mulher podem se dedicar. Algumas ideias e definições vão melhorar essa missão da criação, sob a inspiração e responsabilidade do homem e da mulher. Bem compreendido que se trata de um empreendimento solidário, entre o homem e a mulher.

   Para a nobreza e magnitude dessa tarefa partimos dos seguintes conceitos: gestação do ser humano, nascimento, crescimento, criação biológica. Estas etapas da construção humana são idênticas, semelhantes à criação de outros animais irracionais. A diferença maior se dá na chamada dignidade da pessoa humana, onde se destacam a higiene, os cuidados sanitários, os itens de assistência nutricional, acompanhamento médico, proteção, segurança e moradia digna.

   O grande diferencial dessa nobre criação, nessa dignificante e complexa obra de arte, de incumbência do casal, homem e mulher, está na formação integral deste filho, que deixou de ser um infante, uma criança de tenra idade, que passou pelo desmame, e vai-se fazer e ser feito (responsabilidade ainda dos pais) como gente, como um ser racional, superior, dotado de uma inteligência sui generis, só auferida por humanos.

A magnífica e quase divina obra de arte da criação humana pode ser equiparada a de outro artista. Que seja um Oleiro, um poteiro, um marcheteiro ou um artista mais genial e criativo como o foram um Michel Ângelo, um Leonardo Da Vinci ou Vila Lobos. Basta lembrar que esses gênios da humanidade, a partir da matéria bruta, primária, disforme, construíram obras como modelos da mais alta perfeição, harmonia e beleza. Do barro, da argila, de óleo, de telas rudimentares, de tintas; solitários em suas oficinas, em um ateliê chegaram a feitos artísticos que a todos extasiam e causam profunda admiração e pasmo.

   De igual forma, de igual cuidado, zelo, pertinácia e responsabilidade deve ser a arte da formação e educação de um filho, a partir do processo de criação biológica desse filho. Basta ter em conta, com a necessária lucidez e conhecimento que toda criança nasce sem nenhuma informação sensorial. Ela vem ao mundo após a concepção na condição de uma cria, um filhote, analfabeta absoluta, seja para ética, para honestidade, para qualquer conhecimento. A família, os pais, o meio ambiente, o seu entorno é que iniciarão a sua informação, educação e formação, dos atributos mais básicos até a sua maturidade nos quesitos éticos, sociais, de relações humanas civilizadas, no comportamento, na sua educação e qualificação profissional.

   Os principais artistas e criadores dessa obra de arte só devem se considerar realizados nessa engenhosa criação quando este filho, essa filha, esse sujeito se constituírem em alguém independente, participante e produtivo de seu meio social e realizado como pessoa, como um ser construtivo e feliz em todas as esferas da vida. Ou não? Deixo com o leitor. Basta refletir sobre o papel de cada um no mundo.

sábado, 26 de junho de 2021

Escola Sofista

 

A DIFÍCIL ARTE DE MENTIR


João Joaquim  


Nada honesto, nada sério e verossímil, imagine esse cenário. Uma personalidade é oficiada (ex ofício) para certa missão. Ele, o sujeito, não está sozinho, mas com. O ambiente é mais para lamentar do que queria nossa personagem. Mesmo quem não queira, se pudesse, gostaria de iniciada a palestra ali estar. Os presentes ajuntados; quem capitaneia o sarau lê seu texto do que gostaria e deveria ser falado. São regras. Trata-se como aqui está posto de um ambiente austero, protocolar e muito rito moral e litúrgico. O script e natureza da missão já dizem por si da seriedade das temáticas e inquirições que vão ocorrer. Estamos aqui a descrever sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito/CPI sob a responsabilidade do Senado do Brasil, presidida pelo senador Omar Aziz e Relatoria do também senador Renan Calheiro.

   Os destaques até então vistos foram a cargo do general Eduardo Pazuello, ex ministro da Saúde, e do ex ministro Ernesto Araújo, Relações exteriores. Estes dois com doutorado em artes cênicas da Mitologia Brasileira; Escola superior Sofista que funciona no interior e dependências do Palácio do Governo e Cercanias e recônditos do Congresso Nacional.

Vejamos agora o contraste. Do lado das ciências e da verdade foi oportuno e alentador assistir às apresentações do presidente da Anvisa, Barra Torres, do Dr. Dimas Covas, do Instituto Butantan e Dra. Luana Araújo, infectologista.

   Só para lembrar, essa CPI tem por objetivo investigar como foram as atitudes e inIciativas do governo do presidente Jair Bolsonaro, em face da pandemia da Covid 19. Ao se referir investigar, significa apurar as culpas dos agentes públicos em tamanho drama e tragédia por que passa o pais, com tantas mortes, doentes, mutilados e inválidos. Tudo isso! As omissões; propaganda de Kit anticovid; uma Panaceia sem nenhuma comprovação de eficácia, etc.

   Mais grave do que o incentivo ao consumo desses produtos ineficazes, a não adesão às medidas e comportamentos sanitários. Como já comprovados, o uso de máscara, higiene de mãos, distanciamento social e evitar aglomerações. São medidas simples e que desde o início da pandemia foram prescritas pelas autoridades e órgãos de saúde como OMS e ministérios de saúde de países mais sérios e que seguem os ditames da Saúde e Ciências. Esta tão agora citada e recitada CPI da Covid 19 tem mostrado além dos crimes dos gestores do país e da saúde, outras faces de cunho moral. Menos relevantes de momento, mas não menos significantes para a sociedade.

   A CPI vem mostrando duas artes cênicas: a da mentira, muito complexa, laboriosa e que exige aptidão individual e treinamento. Mentir artisticamente, engenhosamente não é tarefa para amadores. Exige vocação, habilidade, maneirismo e meneios muito bem executados. De forma que aos ouvintes e presentes, tudo ressoa e transparece como verdadeiro.

   Ao contrário da mentira a verdade é uma tarefa que pode ser praticada por qualquer sujeito. O indivíduo que profere a verdade não faz nenhum artificialismo, ardil vocálico, falsa retórica ou trejeitos serpentinos. Ele fica sereno, firme, assertivo, sem piscamento de olhos, com mimicas naturais. Tudo é expresso de plano, sem gaguejo, sem circunlóquios, sem evasivas ou rodeios. Simples!

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...