JEITO DE CADA QUAL
João Joaquim BG
Nesta que chamo de Súmula ou breviário falo de estilo de vida. Por estilo de vida podemos definir o jeito, o modo que cada criatura humana possui de levar a sua vida. Por singelo que pareça, mas reescrevamos aqui de como se dá a organização ou estada da pessoa no mundo. O indivíduo nasce, e temos os gerúndios. Ele vai crescendo, vai sendo educado, sendo instruído, sendo ensinado, se construindo como sujeito autônomo e independente, vai sofrendo os revezes da vida, vai exercendo sua profissão escolhida, envelhecendo e vai morrendo aos poucos, até o final e morre de fato e de concreto.
Esta é a trajetória normal e padrão que cada pessoa está programada a cumprir. De forma sintética: nascimento> crescimento> formação social e profissional> produção laborativa >envelhecimento > morte. O estilo de vida é estudado em vários ramos do conhecimento. Na sociologia, na Psicologia e até na Medicina. A Psicologia comportamental se ocupa muito em compreender e descrever a índole, as perturbações psíquicas e as maneiras das relações da pessoa dentro e extrafamiliar.
A sociologia em muitos de seus braços de estudo se ocupa na compreensão do estar do indivíduo na sociedade, no ambiente e no mundo. Como exemplos: as interações do sujeito com os outros indivíduos do grupo, com a sociedade e com o planeta (“meio ambiente”), o seu papel dentro da família, se arrimo, de ativo, de produtivo, se cooperativo, se do grupo cestoide ou duodenal, etc.
Os vários campos da Medicina também se dedicam à compreensão e estudo das relações do Estilo de vida com as doenças. Neste contexto tomemos como exemplos alguns mais encontradiços, adquiridos pelas pessoas.
Sedentarismo: trata-se de um grande fator de risco para um sem-número de doenças como as cardiovasculares, o infarto, a hipertensão, a obesidade, o câncer e morte prematura.
Alimentação: as ciências médicas conhecem e explicam muito bem a intima relação entre uma alimentação desbalanceada e hipercalórica com muitas doenças metabólicas e cardiovasculares.
Os vícios: os vícios do alcoolismo e tabagismo constituem causas de uma lista enorme de doenças com altos índices de morbidade, incapacidade e morte; entre essas, a cirrose, as doenças pulmonares, o infarto do miocárdio e câncer.
No campo da Sociologia e da Psicologia do comportamento temos os estilos de vida do sujeito se colocar na sociedade, na família e em face do Estado, da sua participação como cidadão. Essa condição do sujeito como cidadão merece uma definição histórica. Reportemos à cultura do antigo Império Romano ou Grécia Antiga. Em Roma, cidadania era o título que cada habitante da polis ou cidade recebia (polis ou civilitá= cidade). Não era para todos. Exigiam-se alguns qualificativos. Dentre esses qualificados estavam a exigência de um trabalho produtivo, a honestidade, a honradez e um comportamento civilizado compatível com a vida em comunidade ou convivência humana.
Agora, pensemos com nossos botões e cadarços, quanta diferença quando se fala em estilo de vida social no Brasil. Em nossas terras de tabajaras e tupiniquins basta que qualquer um ou uma tenha RG e CPF e ele ou ela detém o título de cidadão como outro qualquer que trabalha, que rala, que esfalfa dia e noite para produzir, para ter uma renda e viver dignamente, sem depender de mesada, de pensão ou benefício de alguém ou de previdência social. Quanta diferença! Qualquer bisbórrias, biltre ou troca- tintas, mesmo sem uma CTPS é classificado de cidadão. Que que é isso companheiro!