ALIENAÇAO DA INTERNET

ALIENAÇÃO SOCIOCULTURAL DOS RECURSOS DE MÍDIA


Um dos grandes sonhos da humanidade sempre foi a velocidade . Hoje, este sonho se concretiza quando pode-se vencer as enormes distâncias, chegar a pontos longínquos , mesmo em outros planetas através de naves espaciais. Outra grande conquista é a pronta e instantânea comunicação . A internet e a telefonia móvel são exemplos bem nítidos da eficiência e celeridade destes meios de contato.
Com os instrumentos de mídia, hoje popularizados no mercado, muitos outros serviços também se massificaram e se tornaram acessíveis a todas as classes sociais. Caso dos Ipod (mídia player) para radio FM e música, câmeras digitais(fotografias) e o próprio celular de múltiplas funções.
São estas tecnologias, avanços significativos de ramos das Ciências (Química, Física quântica). Mas, qual o real e substancial sentido dos equipamentos e recursos destas conquistas no tocante ao lado social, educativo, e cultural do ser humano, sobretudo de crianças e jovens? Será que num país com índices tão assombrosos de analfabetismo absoluto e funcional estes recursos de mídia contribuem para melhorar a educação e a cultura das pessoas ? De minha parte e modesta interpretação, responderia às duas indagações de forma negativa. O convívio com as diversas camadas sociais, a observação diária das relações interpessoais levam-me a concluir que os instrumentos de mídia mais alienam, mais desumanizam, mais isolam, mais embrutecem e mais desvirtuam do que adicionam valores construtivos às pessoas. Nesta perspectiva e análise, nossas crianças e adolescentes são as grandes vitimas da vilania e sanha das indústrias e mercado destes gêneros de consumo aliciadores e tão propagados no nosso dia-a-dia.
Para ilustrar essas assertivas tomo como exemplos os celulares, os ipod e Internet. Neste contexto, bastar ter em conta as mesmas inteligências, os mesmos desígnios dos inventores da faca de cozinha, da foice ou do avião . Criados para o bem , para ajudar nas ações humanas, no trabalho, podem se tornar instrumentos de destruição, de agressão e morticínio. Tudo vai depender do espírito dos usuários, das mentes e intentos das pessoas que os empregam.
Os aparelhos de mídia ilustram como eu posso distorcer o lado útil e construtivo das invenções . As pessoas em geral, com poucas e saudáveis exceções, têm banalizado o emprego, sobretudo de celular e da Internet. Há como que uma neura, uma aderência pernóstica , daninha e fútil no manuseio dessas mídias. Tornou-se um vicio, uma futilidade, um apego obsessivo-compulsivo a forma como jovens e adultos fazem uso desses recursos. O individuo se isola, se enjaula, na dependência ferrenha e sem limites no emprego de seu celular, de seu Ipod e na conexão da Internet. Não há mais diálogo com palavras entre as pessoas. Elas vivem grudadas aos celulares , aos fones para audição de suas músicas ou no mundo virtual da Internet. As relações pessoais se tornaram frias, desinteressadas e maquinais .
Parece injustificável e pura maluquice o individuo que até numa missa, num confessionário, numa consulta médica, não possa desvencilhar-se por alguns minutos que seja de seu celular. Criados para o bem , para o conforto, para nossos contatos de boas relações , o celular, os aparelhos de mídia e a Internet vêm cada vez mais distanciando e desumanizando as relações humanas. Tendências estas que pais, educadores e órgãos educativos precisam urgentemente repensar e buscar o uso mais pedagógico e racional, pelos riscos de danos maiores e sem retorno às nossas crianças e adolescentes.

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