PETROPOLUIÇÃO
O PETRÓLEO E A POLUIÇÃO DO
PLANETA
João Joaquim
Aqueles que preocupam com ecologia, com a
natureza, com a saúde do planeta devem estar preocupados. Preocupados e tristes
com as últimas notícias sobre os investimentos propostos pela nossa maior
petroleira, a Petrobras. Não bastasse a roubalheira que abateu sobre a empresa
agora tem mais estas. Nos seus planos de desenvolvimento estratégico consta que
ela continuará investindo maciçamente na exploração de combustível fóssil
(petróleo). Não lemos ou vimos nos noticiários dela própria ou de outros
jornais menção a qualquer investimento nas chamadas energias limpas. Eólica ,
hidrelétricas e energia solar como exemplos. Ou se fala em manter o
meio ambiente limpo e saudável , são intenções muito tímidas .
Causa estranheza a mim e a tantos outros
naturófilos esse planejamento de exploração do combustível fóssil do meio
ambiente( minas de petróleo , pré-sal), sem a preocupação com os mares e rios,
com a saúde da terra. Vale lembrar que tais questões de sustentabilidade, de
poluição da atmosfera e do planeta vêm sendo motivo de acirrados debates pelas
potências mundiais, aquelas nações que mais gases poluentes lançam no planeta,
Estados Unidos , Japão e China como exemplos. Para informações mais
substanciais eu recomendo ler as atas e relatórios do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), o chamado painel do clima, do qual participam
vários países poluidores. Aliás, as nações mais sujonas são as que mais
entraves e polêmicas criam quando as premissas propostas são no sentido de
estratégias que preservem a saúde de nossa terra. Novamente, os U.S.A são um
daqueles sujismundos e porcalhões que mais poluem nossa atmosfera e mais
emperram as políticas para menos produção de gases de efeito estufa e outros
poluidores gasosos ou sólidos.
Para melhor contextualizar os riscos da exploração
de combustíveis fósseis é oportuno que se lembre de dois grandes e graves
acidentes com vazamento de petróleo. Desses o mais impactante foi da empresa
anglo-holandesa Shell, no golfo do México em março de 2010. Foram milhares de
barris de petróleo lançados ao mar com uma mortandade de um sem-número de
espécie animais e vegetais. Foram várias regiões dos EUA afetadas nessa
tragédia ecológica.
Um outro acidente também calamitoso para a
flora e fauna, já aqui no Brasil, foi o da petroleira americana Chevron,
no campo de Frade, na Bacia de Campos RJ, ocorrido em novembro de 2011. Foram
mais de 3000 barris de óleo vazados para as águas da região com efeitos
devastadores na vida marinha e terrestre . Atualmente , nem se fala mais nesse
acidente, que estranho , não ? Só por que é mais uma bilionária do ramo ?
O alerta e as críticas que se fazem aos projetos de
expansão dessas multinacionais não é no sentido de condenar ou demonizar a
extração de combustíveis fósseis. São fontes, é bom que se diga , não
infinitas de energia a exemplo do petróleo de nosso pré-natal. O
que preocupa ao mundo, sobretudo aos ecologistas e ambientalistas, é a falta de
estudos e estratégias das indústrias na prevenção de acidentes e medidas de
saúde e sustentabilidade para o planeta. Como minimizar as toneladas de Co2
lançadas na atmosfera , de outros gases de efeito estufa, a redução e
destinação dos resíduos sólidos?
Tem sido noticiário que a Shell tem projetos
de exploração de petróleo no Ártico. Uma região ainda preservada da qual não se
sabe ainda quais seriam as consequências desse tipo de atividade. As
turmas do clima, ambientalista e do “Greenpeace” já estão encabuladas com esse
plano da petroleira americana. Sejam a Petrobras, Shell ou Chevron; o que essas
empresas tinham que planejar seria a produção de energia limpa, perene e
sem poluição. As usinas eólica e solar por exemplo. Assim ganham o planeta e a
humanidade Que assim seja! Será ? Tomara! Jul/15 .
João Joaquim
de Oliveira médico e articulista do DM
joaomedicina.ufg@gmail.com