segunda-feira, 25 de maio de 2020

Robôs Humanos

A DESUMANIZAÇÃO DO HOMEM PELA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
JOÃO Joaquim
Mesmo antes da era industrial foi pensado na criação de robôs humanos. Tipo alguma engenhoca, um humanoide que pudesse ter algum expediente que mimetizasse as ações, falas, movimentos, ordens e respostas específicas dos seres humanos. E assim foi passando o tempo, décadas, dois séculos. E nem de humanoides máquinas não mais precisamos. Verdade que para materializar tamanha criação do engenho humano, bonecos homomórficos(humanoides) os encontramos também por aí nas grandes corporações e laboratórios de robótica.
Desses humanoides robóticos nem mais precisamos  porque eles foram superados pelos computadores com seus eficientes sistemas, softwares que tudo fazem em nome dos humanos. Trata-se da chamada Inteligência Artificial.
Prova dos avanços dessa criação, como demonstrações bem práticas  são as tantas transações que se processam pela internet e aplicativos, baixados dos sites das empresas, bancos, magazines, comércio e indústria de todo gênero. Tudo feito de forma virtual. Cédulas de papel, moedas, serão objetos de museu. Só aguardar.
Um outro demonstrativo da tão em voga inteligência artificial. Na verdade vários ,mas, dois exemplos useiros e vezeiros em nossas vidas. O caso do cadastro virtual e do GPS.
Para tantas finalidades. Um dos itens inquisitivos desses dados refere-se em saber se o requerente é ou não um robô. “ Você é robô”? Outro serviço online, facultativo e muito buscado pelos terráqueos, pedestres, motoristas e viajantes são os GPS. São multiutilitários porque além da localização urbana e geográfica se prestam a outros serviços como distâncias, serviços e comércio em geral. Os robôs humanos são isso. Máquinas, sistemas, computadores, “softwares” com funções humanas em lugar dos humanos. Há como que uma humanização das máquinas e desumanização das pessoas. Cada cidadão não tem nome. Tem um RG, um cpf, um protocolo, um número de usuário, um prontuário. Estes dias por exemplo nosso presidente Bolsonaro, fez um exame de covid , não com seu nome, mas  como 05 .   
E volto então no tempo e lembram-me agora as cenas de um filme, o ano é 1936, produção estilo comédia romântica, dramática, do cineasta e genial ator Charles Chaplin. O filme é uma forte crítica ao capitalismo e aos regimes políticos de exceção como o nazifascismo. Uma mensagem que a produção passa desde aqueles tempos são os maus-tratos, a indignidade e condições adversas por que passam operários e trabalhadores em geral. As críticas, em forma satírica, se deram no início do século XX, nos caminhos da industrialização e modernização. Passado quase um século, quantas mudanças científicas e tecnológicas. O então agora século XXI, era de um mundo digital, da informática e internet. No concernente às críticas explícitas do filme tempos modernos, de Chaplin, fica a pergunta: as coisas, os sistemas de exploração humana mudaram de alguma forma?
É bem notável que na sua natureza nada mudou. Porque a exploração do trabalhador , as precárias condições e ambiente de trabalho, em muitos cenários e empresas são as mesmas.
Muitos são os ramos de atividade humana em que as relações empregado/empregador se assemelham, se aproximam às de uma forma disfarçada de escravidão. São as atividades extenuantes, as de muito esforço laborativo, sob condições insalubres, inseguras, com vários agravos à saúde e com um agravante adicional, salários aviltantes pagos a esses operários, empregados e serviçais em geral.
Muitos são os cenários de hoje, indústrias, linhas de produção e montagem, comércio e prestação de serviços em geral; ambientes e frentes de trabalho onde todos os colaboradores (eufemismo) mais parecem máquinas com suas tarefas repetitivas, num moto-contínuo. Todos enfileirados ou não. Cenas e expedientes que transformam esses homens ou mulheres em humanos robôs.
São cenas e imagens, pessoas e operários em plenos tempos modernos do século XXI, e que bem profetizou o genial Charles Chaplin, no filme Tempos Modernos .

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