sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Far-Nientes

PESSOAS FAR-NIENTES
João Joaquim 

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Vida Bandida

A VULGARIZAÇÃO DA VIDA PELAS REDES SOCIAIS  
João Joaquim 
Algumas preocupações com as quais a maioria das pessoas deveria se dedicar ou ocupar ou mesmo pré(ocupar) seriam algumas indagações sobre a vida. Muitas dessas interrogações poderiam ser sobre a própria vida. Seriam perguntas diretas e óbvias como esta : o que é a vida? O que tem sido a minha vida? O que eu tenho feito da minha vida? A humanidade, representada por mais de 90% das pessoas, leva a vida como um barco ou uma nau ao sabor de suas velas, que se dirige ou se deixa dirigir pelos ventos que a (nau) conduz. Trazendo tais questões para o nosso meio, onde  vivemos e podemos melhor testemunhar, fica a impressão de que a cada passo do progresso científico e tecnológico, mais e mais nos mergulhamos( a grande maioria das pessoas) nas banalidades que o mundo nos oferece. Assim deve ser dito porque nos cenários mercadológicos acha-se de tudo. E então existem  os mercadores de todas espécie de banalidade, de futilidades e contracultura.
A internet e suas ubíquas redes sociais como o facebook, twitter e whatsApp vem permitindo , de fato e de direito, a que todos se mostrem o que são, o que fazem, o que não são, o que não fazem, e o mais importante: o que fingem ser. Quantas pessoas são o que elas mostram nas redes sociais? Luxo, glamour, alto poder aquisitivo, joias, corpos turbinados e torneados de silicone e outras matérias tóxicas como o botox, etc. E o mais falso:  felicidade perene. Ninguém mostra tristeza, depressão, enxaqueca, cólicas, tédio, conflitos pessoais, infelicidade. A felicidade permanente se tornou uma marca dos nadadores da Internet, muitos são náufragos desse perigoso mundo, sem controle de qualidade, sem limites do que pode e não pode circular. 
Nos idos tempos pré-digitais existiam alguns princípios e valores dos quais a maioria das pessoas não abria mão. Entre muitos desses quesitos pessoais se falava de privacidade, de recato, de sobriedade, de respeito recíproco, de vergonha mesmo, como referido no popular. Acabaram-se, esses valores como bens  pessoais e tudo se banalizou.
Recato e privacidade são ou eram atributos e virtudes que agora  parecem extintos porque não fazem mais parte das cláusulas de convivência e respeito nas relações sociais. Toda essa tendência tem uma explicação: a sociedade, maciçamente, está vivendo sob a égide e os auspícios de um mercado de consumo sem os crivos da ética e da moralidade. Exibicionismo e libertinagem vêm se tornando os apelos da felicidade. “Mostre o que o você não é, exiba o que não tem “. Eis  o slogam de uma nova vida libertária e sem limites. É a modernidade líquida conforme teoria do filósofo polonês Zigmunt Bauman.
Muitas são as marcas ou muitos os sintomas dessa nova vida opcional das pessoas. Para tanto abra-se a página de cada um nas redes sociais e lá estão as cenas sociais do usuário (a). O começo se dá pelas vestes sumárias, ou nenhuma roupa. Não basta mostrar o rosto em esfuziantes risos e gargalhadas. O mais importante é mostrar o que o vestuário deveria cobrir. São pregas e peitos estufados de silicone, glúteos e rostos estufados de tudo quanto há de enxertos, peles esticadas a custo de botox. 
Botox para endireitar as linhas de expressão; tudo é mostrado numa irreprimível  descontração. O exemplo do  requinte do que se tornou a vida em sociedade é que tudo começa na vida intra útero. As mulheres se engravidam sem a mínima noção dos rigores e critérios da criação e educação dos filhos. As barrigas desnudas são despudoradamente exibidas virtual e publicamente, os partos são gravados e circulados livremente nas redes antissociais. As crianças ao nascer são mostradas e filmadas sem nenhum pudor, como se troféus fossem de seus pais.
E para não falar da banalidade de males maiores, como os da violência, conforme teorizou a filosofia Hannah Arendt (1906- 1975) algumas pitadas sobre a banalização das pessoas com os alimentos. O exibicionismo ou exóticos hábitos alimentares da sociedade chegaram ao grotesco e ao ridículo de primeiro as fotos e posts dos coloridos pratos, depois o gesto grotesco de se refestelar de comida. De uma primitiva  cultura ou costume simples, humilde e frugal e até de comunhão com o divino chegou-se ao banal e ao  frívolo. Quanta banalidade e imbecilidade assistimos em nossa pós modernidade.   Algumas nos dão nojo e engulhos. Nov/2019.

SupraDesacreditado

ESTA É A MINHA PRESUNÇÃO
João Joaquim  
 Com uma só palavra eu inicio esta crônica. Chama-se presunção. Eu presumo que muitos já a conhecem. E certamente aqueles menos afeiçoados ao termo, ou já deduziram ou foram logo nos dicionários, no google ou wikipídia. Bonito vocábulo porque também significa vaidade. Sua origem é o latim vulgar e traz o sentido de ideia antecipada, de conhecimento prévio, suposição ou hipótese. Por exemplo, se eu vou testemunhar a favor de uma pessoa ou defendê-la em determinada demanda, independentemente de seu crime, se doloso ou culposo, eu tenho a presunção de ela ser gente boa, etc e tal. Defendo-a convictamente.
Nesses termos foi o que fizeram os nossos notáveis juízes do STF. Ops! Tenho que ater-me ao protocolo de tratamento. São ministros. E atenção! Não no sentido originário do verbete (latim). Ministru, servo, criado e servidor. Na Roma antiga, o ministro era um servidor como outros funcionários públicos. Eles trabalhavam como outros colegas e podiam até ser chamados por você. Os tempos são outros.
Mas, evoluímos e novas significações foram sendo atribuídas em nosso rico Português. Tem até um nome, semiótica. Na semiótica a semântica trouxe novos signos e definições. É o caso de mini-stros. Hoje, não importam  os cargos que exerçam , têm eles muitos atributos, distinções honoríficas, poderes , prerrogativas, regalias. Eles são os mais iguais entre os outros desiguais.
Chamá-los de você, senhor, doutor enseja reprimendas vexatórias. O protocolo é sua (vossa) excelência, digníssimos, ínclitos, colendos, excelsos.
Um outro significado ganhou a palavra presunção. Entre eles: certeza, convicção, benesse, beneplácito, graça, perdão, liberdade. Com a presunção, isto é, a graça concedida, todos os presos condenados em 2ª  instância (tribunal colegiado), serão soltos. Imagine a festa, as orgias etílicas e gastronômicas em outros horrendos tribunais, os do crime organizado, de corrupção, de lavagem de dinheiro, de peculato, de improbidade administrativa. Os primeiros agraciados estão sendo os ex políticos, ex autoridades e empresários da corrupção. Um festival da profanação.
O concreto é que nosso Egrégio STF deu uma nova exegese à justiça, às leis, ao código penal para criminosos recalcitrantes e  contumazes. O sujeito foi eleito para algum cargo eletivo; ou se ministro e empresário;  pode roubar, traficar, desviar  dinheiro e receber propinas, à vontade.
Terão  inquéritos, processos? Terão . Mas, aí entram os escritórios milionários de criminalistas. Protelações, postergações, recursos, blábláblá, sessões e julgamentos nos tribunais superiores. Passam 10 anos, os crimes caducam, prescrevem. Esculacho e escárnio no mais requinte de desfaçatez.
As coortes(grupelhos) de bandidos estão em polvorosa, em festa. Comemorem infamantes, apodrecidos e recalcitrantes brasileiros do crime. Homicidas, estupradores, estelionatários, latrocidas, feminicidas, caluniadores, traficantes, difamadores, divulgadores de sigilos de autoridades. Todas as vossas excrecências voltarão ao ofício do crime. Livres, leves e soltos. Serão julgados, talvez no dia de São nunca ou em data das calendas brasileiras.
A presunção que tenho é que a decisão vergonhosa e repugnante  de nossa suprema Corte de Justiça, Guardiã maior da Constituição e das Leis, foi  para proteger Gente Amiga e Graúda. Estes tais precisam de voltar aos ofícios onde possuem toda expertise: Roubo e corrupção. Novembro/2019. 

Contra-cultura

 NOSSAS ANTI-ESCOLAS PÚBLICAS
João Joaquim  
Quando se fala em escola ou ensino público, qualquer pessoa, não importa o seu grau de instrução, sabe de cor e debulhado. Ensino público é aquele a que todos têm direito. E aí vem a incoerência, nem todos estão incluídos no todo. Não há vagas para todos. Em se tratando de ensino superior então, nem se fala. Quantos jovens  têm acesso? A maioria se constitui de pessoas ricas e abastadas porque pagam cursinhos treineiros e adestradores para passar no ENEM ou vestibulares. Apesar das cotas, há muita gente rica nas universidades públicas.
Muito curioso e intrigante é quando se faz um escrutínio, uma análise da qualidade do que é apreendido e aprendido pelos nossos alunos e educadores. Não que o que é ensinado seja ruim ou sofrível. Basta ver as pautas das escolas, das universidades. Mas, eis que pode até surgir uma impactante pergunta : e como os alunos são aprovados? Para isto basta lembrar que ser aprovado ao final de cada semestre e ano exige-se apenas uma nota mínima, 50% ou nota 5(de 0-10).
E aqui vem o que soa depressivo ou horrível. Um aluno que não consegue uma nota 5, daquele conteúdo básico que é ensinado, reiterado e reverberado em sua cabeça o tempo todo, deve ter outras razões, interferências e desvios para ser tão deficitário, como o demonstram seu boletim e notas de aprendizado.
E, assim, eu dou vazão ao tema maior deste artigo: interferências e desvios na formação cultural, escolar e profissional das crianças, adolescentes e jovens. Quando se fala em cultura, formação técnica e até mesmo em ética e cidadania, temos as crianças e jovens como foco e preocupação.
Em se tratando de ensino público, temos hoje no Brasil duas referências de aprendizagem, públicas de fato porque todos, literalmente todos, têm acesso irrestritamente, diuturnamente. Todo conteúdo grátis .  A inscrição é fácil e de acesso imediato. O conteúdo de aprendizagem atende ao estilo, gosto e preferência de todos. Mas, que escolas são essas? Indagam logo os leitores.
Alguns já deduziram e é isto mesmo: as redes de televisão e as redes sociais. Nome até sugestivo, rede. Aos poucos, os alunos desses ensinos vão sendo enredados. E aqui vêm as razões porque de nas escolas oficiais irem tão mal e tudo saber do que se passa nas redes sociais.
A principal pauta ou grade de exibição da TV brasileira se resume aos reality shows e big brother. O que se assiste nesses e outros programas de auditório, usando aqui um idioleto do submundo cultural são apenas patifarias, putaria (“amor e sexo”), abobrinhas e platitudes de complexidade infanto-juvenil, enfim, são frivolidades e inutilidades públicas.
O segundo ensino público, expressão máxima do febeapá-festival de besteiras que assola o país chama-se internet. Suas afiliadas são as redes sociais tipo face, whatsApp e YouTube. Com essas duas formas de ensino público, que todos têm no controle remoto e nas pontas dos dedos, os quesitos ou padrão cultural dos jovens desandaram. De forma incontestável pode-se cravar que evoluímos sobremaneira nas ciências, nas tecnologias da informação, nos recursos e dispositivos digitais. Todavia, desandamos, estamos de marcha à ré em questões de escolaridade, de formação cultural, em ética e cidadania. Tudo isto explicado pelas interferências e desvios de outro ensino público. Gratuito e acessível a todas as crianças e jovens. As redes de televisão, e as redes sociais. E nesse ponto não há volta, avante as futilidades e baixarias da TV e da internet. Novembro/2019. 

De bom coração viver

 QUEM CAMINHA OU CORRE DO CORAÇÃO NÃO MORRE
João Joaquim  
Tem sido provado cientificamente que muitas pessoas que se dedicam a exercícios físicos padecem n mínimo de dois tipos de fobias. São elas a nosofobia e a tanatofobia. Explicando: nósos, do grego significa doença, daí nosocômio, hospital. Tánatos, do grego, morte. Medo de doença e da morte. Eis duas razões de muitas pessoas se ralar, se esfalfar em fatigantes exercícios;  sejam eles funcionais, aeróbicos ou isométricos. Uma ressalva se faz: nem todo exercitador o faz por essas duas fobias. Há aqueles que têm a atividade física como profissão, são os atletas e esportistas em geral.
Alguém mais afobado poderia até redarguir, mas como assim ou assado? Seja mais transparente!
O aqui já engajado escriba, pode falar de carteirinha, e sem carteirada. Eu sou um inveterado, veterano e recalcitrante praticante de atividades físicas. Nas modalidades isotônicos e resistidos (musculação). O exercício físico, gera muitos benefícios para a saúde global e cardiovascular, se feito de forma continuada. E cada pessoa conforme sua aptidão e adaptação ao esforço que melhor lhe aprouver e convier. Nenhum exercício é prazeroso e agradável na sua execução. Por isso a adaptação individual.
E atenção! Ninguém, não importa a idade, deve começar os exercícios físicos sem uma prévia avaliação com um cardiologista. Há diversos casos de morte súbita, induzida por atividade física , feita deliberadamente sem exames médicos.
De forma confessional  , eu afirmo que se fosse imortal e imune a todas as doenças não faria nenhuma atividade física. Então faço por essas duas fobias. E quem não tem? Então que não faça nada. Seja sedentário, mas com dois riscos: se tornar um grabatário (doente crônico no leito) ou morte prematura.
O habito de atividade não traz garantia absoluta de morte cardiovascular ou de outra causa, mas minimiza grandemente os riscos de um infarto, de um derrame cerebral e morte prematura. Comparativamente o infarto em pessoa fisicamente ativa é muito menos grave do que em quem é sedentário. O exercício , em especial o aeróbico ,  revigora o coração e cria novos vasos.
A atividade física traz inúmeros benefícios, do início ao fim de sua prática. Existem ganhos qualitativos e quantitativos. Em resumo, se consegue longevidade com vida de qualidade. Uma relação já provada é a redução da incidência de câncer com exercícios físicos. A explicação é pelo aumento da imunidade.
É evidente que a própria adesão ao hábito de exercitar exige trabalho, um pequeno esforço na sua disciplina e algum investimento. E tudo se inicia com alguns exames de laboratório solicitados na avaliação de habilitação. Hoje existe uma popularização de academias. A ANVISA, recomenda que todas as academias de ginástica exijam, atestado do cardiologista .
Mas, nem de tanto investimento precisa. A melhor opção ainda são os exercícios aeróbicos. O mais popular deles é a caminhada. Para tanto basta um par de tênis adequado, roupas leves e transpirar a camiseta. Existe uma tríade da boa saúde com a garantia de vida longa com boa vitalidade: atividade física(1), alimentação equilibrada (2) e sono reparador (3). Com isso muitos podem viver quase como um Adão ou  Matusalém.    Novembro/2019. 

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Animalização ou Humanização, QUEM ?

 IDIOTIA na relação pessoa/animal
 
Quando o assunto se refere aos animais, nossos irmãos irracionais, eu sou um ardoroso e entusiasta defensor de todos os bichos. Eu evito eliminar até mesmo as formigas-doceiras, aquelas que compartilham o nosso açúcar de mesa. Já morei em uma casa onde existiam dezenas de caramujos, aqueles moluscos da espécie escargô. Sempre que chovia eles saiam de caracol às costas, iam para a rua e eu tinha que devolvê-los ao jardim, de onde eclodiam da terra, eram um de meus animais de estimação. Muitos riam de mim! Pelo simples fato de declarar os gosmentos caramujos de animais de minha estima e proteção. Quando mudei desse sobrado dos moluscos, possuía também uma cadela e uma gata. Aí surgiu um impasse porque fui morar em apartamento. Uma condição logo foi imposta: não dá para ter os dois animais em apartamento. Não combina e não orna, diria algum filósofo. Depois de algumas ponderações conformamos em viver com o gato, que se adapta bem em confinamento e doamos a cadela para nossa passadeira. Ela mora em uma mini chácara com muito espaço. E lá a megue (a cadela) vive na maior alegria e felicidade.

Essa breve resenha foi no estrito sentido de me declarar um ferrenho e perpétuo defensor de qualquer espécie animal, da vida, da natureza, da ecologia, do planeta, enfim, como um organismo vivo, sensível e que tudo nos provê.

Duas outras questões de grande estridência trago à apreciação no concernente à relação do homem com os animais. A primeira diz respeito aos maus tratos. E aqui poder-se-ia abrir páginas e páginas sobre tal comportamento. Grosso modo, temos aqueles indivíduos que graciosamente não se comove nem se move com o sofrimento de qualquer bicho. Seja em seu domicilio ou nas vias públicas ou natureza. Pior do que isso: existem pessoas que escravizam e exploram o trabalho e sofrimento de animais; um bom exemplo são os animais de tração: cavalos, muares e bois.

Um outro exemplo, aqui em grande escala refere-se à exploração industrial do animais nos chamados frigoríficos e abatedouros. E o que é mais estarrecedor, tudo sob o pálio e condescendência das leis. A forma como muitos animais são criados e sacrificados para consumo nesses grandes frigoríficos e abatedores nos rememora as cenas do homem do nazismo. Todos esses  crimes para justificar os fins da ganância de lucros desses mercadores de animais. E na ponta final está a última razão de toda essa sanha dantesca, os consumidores das carnes desses animais ou seja, quase a humanidade toda. 
A segunda consideração da relação com os bichos diz respeito à humanização dos animais. É dar atributos de gente aos intitulados pets. Na prática como se dá esse processo de conferir faculdades humanas a qualquer animal doméstico. Massivamente ocorre  com os cães. E por demais frequente os donos e donas dos cães chamá-los de meus filhos, e a eles dirigir-se como o pai e a mãe. Muitos desses pets vivem em franca intimidade com as famílias. Eles recebem tratamento alimentar, médico e festas de aniversário como se tudo compreendessem racionalmente. E aqui chega-se ao cúmulo de muitos bichos usar os mesmos aposentos e cama dos donos(“pais”). Eu vejo diuturnamente muitos desses animais sendo carregados em carrinhos de bebê. Muitos torturantemente viajam em longos distâncias de carro ou de avião. 
Para fecho de tanta perversão ou idiotia, imaginemos a cena de um dia, a mãe gestante vai parir seu filho no hospital, hoje é comum , os partos só ocorrem aqui. E na maternidade no fecho da cesariana, em vez de choro um latido de um cãozinho. O pavor seria tamanho que até o obstetra vai desmaiar. Menos, talvez,  o pai ao lado e mãe. Por que? Eles já não tem em casa uns  filhos 4 patas? A quem chamam de filhos e deles consideram pai e mãe? Foi apenas mais um que nasceu. Deu-se a mesma relação de inteligência e racionalidade. Ter um cachorro como filho e a ele se dirigir como seu pai ou mãe.   Outubro/2019.  

o Pior cego...

 CEGUEIRA VOLUNTÁRIA

Eu dou de começar esta matéria por um provérbio popular que afirma: o pior cego é aquele que não quer ver. Estendendo este ditado temos: o pior cego é o que não quer ver, ouvir nem acreditar. Aí também já é ser um néscio e ignorante num alto grau. Assim, vamos em frente fundado nesse princípio. Inúmeros são os cenários da vida onde cada pessoa de per si (por sua conta e deliberação) faz uma coisa quando deveria fazer outra. E atenção! Não que essa pessoa faça o errado por simples engano, displicência ou cochilo. Ela faz com a absoluta lucidez de que aquela decisão, atitude ou procedimento está errado, torto e contrário aos costumes, ao convívio social, às leis da natureza e das ciências. Daí a semelhança com a cegueira ou surdez voluntária.
Abstraindo da retórica e teoria, alguns exemplos encontradiços tornam bastantes ilustrativos. Os exemplos de saúde são useiros e vezeiros. À luz das ciências da saúde, conforme informações encontradas por todos na internet (ex. Dr. Google), o planeta inteiro e todos, sabemos quais são os alimentos mais nocivos para o corpo, o cérebro e o coração. Como tais, as carnes vermelhas contaminadas com anabolizantes e nitrosaminas, os carboidratos e açucares de toda ordem. O mundo inteiro sabe da nocividade e envenenamento que esses alimentos trazem para a saúde humana. Quantas pessoas vão deixar de refestelarem-se com os seus churrascos, com a mandioca, macarronadas e apetitosos doces de sobremesa? E os temperos com os chamados xenobióticos e conservantes, aqueles produtos com odor fétido, estragados e tóxicos para nossas células?
 Poucos são os que abstêm de suas libações e prazeres instintivos da boca e do estômago. Uma minoria opta pelo vegetarismo ou veganismo. Uma outra minoria o faz quando perde entes queridos ou são sobreviventes dos mortíferos e paralisantes infartos ou derrames cerebrais. Certamente pensam :  antes enxergar tarde do que nunca. A maioria esmagadora dos casos de infarto, derrame cerebral e diabetes decorre dos hábitos alimentares podres e nocivos ensinados pelos pais, escolas, sociedade e indústria alimentícia.  O pior alimento que ingerimos é aquele industrializado e processado.
A vida moderna, mecanizada e digitalizada trouxe o que de conforto? Imobilismo total, automóvel para ir até  na padaria, para deslocar meio ou um km. Chego na porta do prédio, tenho o elevador e reclamo de subir um andar a pé. Consequências dessas tecnologias: obesidade, colesterol alto, artrose, hipertensão, limitação física, doenças metabólicas como o diabetes e morte prematura. Todos têm consciência dos danos do sedentarismo e deles são vítimas. Cegueira voluntária absoluta.
Uma outra cegueira voluntária imbecil refere-se aos vícios de toda natureza. O sujeito sabe que alcoolismo provoca neuropatias, cirrose ,pancreatite, e bebe até morrer. Sabe que o tabagismo causa câncer de pulmão, de rins e aparelho digestivo e fuma até depois do diagnóstico, da quimio e radioterapia do câncer;  ou seja, é cegueira na sua quintessência.
Agora, essa eu descrevo de forma ocular e de carteirinha porque de alguns sou rodeado, na categoria cegueira com dolo intencional. Alude-se aos tipos humanos que têm a clarividência    de que o melhor provimento da subsistência são  os víveres e utensílios produzidos e custeados  com o próprio labor (labour party). Entretanto, temos muitos indivíduos que se equiparam a ociosos, perdulários, vagabundos e quejandos. Eles não se coram nem se vexam de parasitar familiares, bens herdados até os esfanicar, e gostam de todas as futilidades do mundo virtual. Tudo sem nenhum pudor. O pior vagabundo, como alguns cegos, são os que não querem trabalhar. Desocupados por oção.  Outubro/2019.    

Assassínios (as) de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...