sábado, 24 de outubro de 2020

Largado MONItor

 

                     

         O ciclo das coisas, a metamorfose da vida


 Insigne representante/leitor e não leitor/eleitor/tutor e tutorado e tutelado.

Tudo no mundo tem seus ciclos, seja um ser animado ou não . Vede os seres vivos, nós humanos, os astros , as estrelas. Na condição de médico e humano , também sou cíclico. Não me sinto estrela. Sou um medíocre tarráqueo. Talvez um asteróide ou sombra de um astro maior, iluminado por ele , por um nume ou outro portento qualquer ..

O que isto significa para vós , igualmente ínfimos representantes de poderosos holdings,?? – Não me vades fazer interpretações aleivosas ou ilações outras !! Remoto a isto. É que extingue-se aqui, ad infinitum , nosso ciclo de recepção de visitas .

Quero estar convosco em vossos ideais, no escopo incansável em fazer da vida esta magia tão bela e alvissareira. Viver em ciclos, num contínuo buscar de novos ideais e novas luzes. Numa lide virtuosa de atalaia altiva e sedenta do ignoto. Neste universo ainda incognoscível , inesgotável e prodigioso. Foi proveitoso o convívio entre vós ! Mas, era meu projeto de cerrar meu consultório para esta atividade que além de frutífera, deixa no recôndito de meu peito e memória, reminiscências salutares e saudosas. .

Cada um de vós plantou uma semente que germina um broto, uma muda, uma árvore cujos frutos refletem o desígnio do semeador e da semente ..

Que boas estrelas iluminem vossos passos, vossos desígnios .

 

 

LGBTS

 EXPLICANDO O GRUPO  LGBTS 


João Joaquim  


Como de hábito, após o café da manhã, saí para o meu jogging diário! Desculpe o pedantismo de linguagem! É que estou na terra do tio Sam (Flórida) e me veio o insight de usar um termo local. Nos States também se usa um outro termo já bem familiar dos brasileiros, cooper. Se deve ao seu idealizador, o fisiologista e médico Dr. Kenneth  Cooper. O risco é ao termino do exercício, se alguém disser já estar com o dever feito. Aí vira um tremendo cacófato. As praias de Miami são muito propícias para a prática de caminhadas e corridas. E o bom é o ambiente ecumênico, se vê gente de todo o planeta.
Aquela manhã de outubro era um chamarisco para os amantes do exercício ao ar livre, céu de um azul anil, sol meio regalado, nuvens esparsas nos horizontes que lembravam gigantescos chumaços de algodão. A roupa com que tinha me vestido (de corrida) não era das muito costumeiras. Passados uns dez minuto, já na minha cadência de treinamento começo a perceber um e outro olhar mais curioso e dirigido a mim. Verifico se todas as minhas peças estão alinhadas, se vesti a camiseta ao avesso, se o calção estava devidamente amarrado etc;  e continuo a minha jornada cooperista. Praias lindas, algumas gaivotas com seus trinados e chilreios estridentes, barcos e lanchas na periferia  do mar em suas idas e vindas. Mas, entre tantos tipos destintos e coloridos um corredor chamou-me a atenção. Ele se vestia igual a mim, foi aí que minha ficha caiu. Estávamos uniformes na indumentária esportiva. Calção vermelho, camisa tijolo e tênis cor-de-rosa. Juntos parecíamos um arco-íris, tão irisado parecia o nosso uniforme naquela manhã de sol. E continuamos nossa marcha, só que em sentido oposto, embora na mesma orla e  direção . De  repetente, entre o marulho  vindo do oceano e o burburinho  de pessoas  ouço bem em bom português a expressão ou melhor o acrônimo Lgbts. Aí foi que a ficha ficou bem caída. E comecei então a repetir comigo de forma escandida, a decompor o pacote Lgbts. Fiz como que uma análise sintética ( de síntese) , de forma subjetiva, a decodificação da sigla.   O L. Buscando uma ajuda da química, porque como sujeito sou também substância. Levógiro ou dextrógiro? Tanto faz; se os raios solares incidem em mim, eles se  reverberam para um ou outro lado. O G. Gato ou lebre? Prefiro ser gato. Sem prepotências, predador tem mais chance de sobrevivência. O B. Bambabã ou berimbau? Prefiro a primeira opção a  só levar pau. O T. Tanto faz como  tanto fez? Eu ainda sou mais o presente, busco ser aquele que age aqui e agora . O S.  Simpatizante a todas as opções? Ainda sou bem definido. Escolho uma opção e sigo a vida em frente.
Eis que a uma certa altura daquela praia avisto um magote de pessoas que miravam em direção ao céu. Aproximo mais e me junto naquela contemplação. Havia razão para toda aquele êxtase, naquela admiração. Havia um chafariz artificial montado com a água do mar. Das gotículas dispersas  pelo ar nascia um lindo arco-íris. A luz do sol não era mais invisível . Ela se irisava e mostrava todo o seu encantamento para aqueles amantes do mar, da praia, do azul do céu, do passeio ao ar livre em terras do tio Sam.

Já de regresso para o hotel e desaquecendo daquela inaudita e distante caminhada, ouço bem limpo um vocativo familiar, Bis! Não dou muita bola ao chamado, por imaginar algum assédio. Mas ainda rumino a decomposição da sigla. De novo escuto mais próximo, bis   ( de Bismarck Gaioso)! me espere! Quando vejo,  era meu amigo e conterrâneo, o carioca  Michell das Rosas, que passava férias naquela cosmopolita e bela Miami . E assim entre cores, sol, areia, arco-íris  e mar ficou registrada em minhas retinas, a caminhada mais pitoresca e picaresca de minha vida pelas terras do tio Obama .   


Nota do desenvolvedor e autor- Esta uma crônica republicada - tida e havida como das mais criativas- Se alguém assim não entender- ficam as nossas escusas. ex corde, ex officio

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

SEMINAL

 filhos e jovens...

 

O projeto intelectual do filósofo teve a finalidade de testar maneiras de pensar que escapassem do caminho da erudição e da aplicação de ideias alheias. Quando se recolheu para escrever os Ensaios, sua decisão era voltar-se para si mesmo e reconstruir a própria história por intermédio de temas escolhidos ao acaso. Em Montaigne, o processo formativo coincide com o conhecimento de si, lançar-se nas experiências e tomar posição perante os acontecimentos da vida, informa Maria Cristina.

Ao mergulhar em assuntos tão díspares quanto a perseverança e os odores, o autor realizou investigações que misturam experiências de vida a conhecimentos adquiridos por todos os meios, dos formais (tratados e clássicos literários) aos informais (conversas, leituras ligeiras, lendas populares). A primeira pergunta é que sei eu?, para começar com uma grande dúvida e não com uma grande certeza – nem mesmo a certeza de não saber nada.

Como cronista, Montaigne invariavelmente se declara ignorante e inculto, embora seus ensaios estejam recheados de citações gregas e latinas - uma das muitas contradições propositais que os tornam tão ricos.

Leitor devoto da tradição filosófica cética, Montaigne foi partidário da ideia de que a razão por si mesma não garante a existência de nada nem sustenta argumento algum. O homem, para ele, não era o centro do universo, como queriam os renascentistas, mas um elemento ínfimo e ignorante de um todo misterioso e muito mais próximo dos animais e das plantas do que de Deus. A escrita amena e ponderada dos Ensaios muitas vezes impede que, numa primeira leitura, se perceba seu potencial demolidor – tanto que a obra só foi proibida pela Igreja mais de80 anos após a morte do autor. Não que ele fosse ateu. Considerava-se cristão, mas não aceitava dogmas nem, sobretudo, a lógica que a religião costuma imputar aos desígnios divinos. Daí que só resta ao homem voltar-se para si porque as únicas certezas que tem de antemão se referem aos limites do corpo e à inevitabilidade da morte. Sobre o mundo exterior, a melhor atitude é comportar-se como um estrangeiro no primeiro dia numa terra estranha - pelo menos evitam-se as ideias preconcebidas e legitimadas pela tradição

Montaigne  em essência 

Não a pura opinião do blogueiro

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Nau a deriva

 

NÁUFRAGO DA EXISTÊNCIA

 

Eu tenho uma admiração enorme por aqueles escritores polímatas, polissêmicos, multiculturais como o foram os nossos representantes do romantismo, do realismo, do parnasianismo, do concretismo e modernismo. Admiro por exemplo o poder que tiveram uma Machado de Assis, um José de Alencar, um Lima Barreto, um Nelson Rodrigues. Dos cronistas são 3, os Rubens; Alves, Braga e Fonseca. Desses aqui, o Braga e o Fonseca então, dá gosto de lê-los. O Rodrigues, teve uma qualidade ímpar, a de dramaturgo. Ele retratava a vida como ela é. Na sua Crueza, agudeza, em toda a sua nudez. Poucos retrataram tão bem o caráter das pessoas como ele. João do Rio também foi outro baluarte da crônica. Ao escrever me inspiro muito neles. E olha que viveram em tempos difíceis, em se versando sobre liberdade de imprensa e opinião.

Fico a imaginar se esses luminares da Literatura vivessem hoje, nesses tempos da aclamada Hipermodernidade, época digital, das redes sociais. Será que eles iam ter, ser usuários das redes antissociais? Não se sabe. Eu não fui dos últimos a entrar, pode ser que integre dos primeiros a sair. Não que elas sejam inúteis. São muito parecidas com caldo de limão e veneno de cascavel. Depende a que fim nós as destinamos.

Há mais de 4 anos eu resolvi criar minhas páginas na Internet. Facebook pessoal, Fonpage, Whatsapp, um site e email tipo corporativo, profissional. O objetivo era incrementar minha clientela, ter mais canais de interação e contato com meus pacientes. Investi em março de 2016, cerca de U$ 3 mil. Na minha fonpage tinha mais de 10 mil contatos (chamam de amigos, seguidores). Será?  Curioso para mim, sem ser messias ou apóstolo. Consegui um aditamento em minha rede de clientes, pacientes. Já tinham me criado um blog, trabalho de desenvolvedor, desde 2007, no qual posto meu artigos, crônicas, textos opinativos, entre outros. Este blog.

Veio a pandemia, com ela a quarentena, passei quase um mês sem acessar minhas páginas do facebook( profissional e pessoal). Pacientes e contatos começaram me perguntar via email, sobre meus posts, a falta de respostas a mensagens e pedidos de consultas. Foi quando então, na retomada de minhas atividades não mais consegui acessar minhas páginas virtuais. Mês de julho/2020. Tinham-nas me roubado. São fenômenos ou epifenômenos da Internet, algum internauta ou náufrago(a) da existência, ardilosamente, inteligentemente apoderou-se delas. Curioso é que procurei uma delegacia de crimes cibernéticas, da possibilidade de recuperação. Never, deixei passar do tempo. Foi essa a resposta. Adeus páginas profissionais. A resposta quando busco tentar recuperar as páginas é essa: O email inserido não corresponde a nenhuma conta. Passou tanto do tempo que o hacker, invasor, conseguiu até trocar o email de acesso. O meu consolo é que o náufrago(a) ladrão, se decepcionou, se achava que ia deparar com alguma ilicitude ou confidências impublicáveis de minha parte.

 

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...