sábado, 11 de fevereiro de 2012

EXAME DE ORDEM PARA MÉDICOS....

É NECESSPARIO PÓS-GRADUAÇÃO E EXAME DE ORDEM PARA MÉDICOS
João Joaquim de Oliveira


http://www.opopular.com.br/cmlink/o-popular/editorias/opiniao/exame-de-ordem-para-m%C3%A9dicos-1.53350




O mundo digital e informatizado como o que temos hoje exige cada vez mais capacitação e qualificação em qualquer setor profissional. O público consumidor se torna cada vez mais cobrador e não dá chance para o profissional amador, inexperiente ou negligente em seu ofício. Esta exigência vai desde um agente de portaria, jardineiro ou até profissões mais elitizadas com médico, arquiteto ou engenheiro.

Esta aferição da competência profissional se tornou fácil pelos próprios meios de comunicação como a internet, ou mesmo nas entidades classistas, sindicatos ou conselhos da categoria profissional. Mas, a melhor fonte de informação de cada profissional são os próprios clientes, a informação que corre de boca em boca .

Uma realidade com a qual nos deparamos no Brasil se refere à baixa qualidade (despreparo) da formação profissional. Esta má qualificação surge como conseqüência do baixo nível educacional e técnico das escolas e faculdades em geral. Trata-se de uma constatação que nasce lá no ensino fundamental e de roldão passa por todas as escolas de nível médio ou técnico e reflete nas universidades. Um fenômeno que tem entre as causas o sucateamento das escolas públicas, a baixa remuneração e formação de professores, e por que não o descaso do governo e sociedade com a cultura e educação?

Todos os índices e métodos de avaliação de desempenho escolar colocam o Brasil entre os piores países da América Latina. Que sétima economia é esta que tem os estudantes entre os medíocres do mundo? Paralelo ao nível de nossa educação, há uma tese de que o brasileiro tem uma personalidade indolente, preguiçosa e desleixada quando a questão é estudo, qualificação profissional e ascensão social( que o diga o herói sem caráter - Macunaíma, Mário de Andrade)

Todos sabemos o quanto é difícil quando temos que contratar um pedreiro, um pintor, um marceneiro etc, quanta negligência e ineficiência existem nos serviços desses profissionais. Haja paciência em lidar com esta classe!
Mas, se existe algum consolo para estes profissionais de nível escolar fundamental ou médio é o fato de que a má prática profissional não é exclusiva deles. Esta constatação está presente também nas profissões de nível superior como odontologia, advogados e médicos.
Na área de saúde, onde eu milito, posso falar de carteirinha. O que há de médicos ruins por formação e falta de vocação no mercado, a sociedade não faz idéia. Aqui pesam dois fatores: o fator faculdade e o fator aluno. Muitas faculdades pela falta de estrutura técnica e corpo docente qualificado em oferecer uma boa formação. Muitos formandos fazem o curso sem o perfil pessoal que recomenda a profissão . Os alunos que buscam estas escolas sem muita credibilidade técnica trazem em mente a profissão que ainda tem um certo glamour e fazem da medicina uma oficio para status social e ganhar dinheiro.
Existem muitas faculdades no Brasil, que precisariam ser proibidas de funcionar pelo Governo. E não é só na área médica. Elas não oferecem os requisitos básicos para uma boa formação acadêmica. Então não poderiam existir fatores piores para maus advogados, maus dentistas e médicos ruins: escolas e faculdades sem estrutura para uma boa formação técnica-científica e estudantes muito mais preocupados com o título de doutor que de fato vocação para o curso em que formam .
Trata-se de um cenário cuja tendência é piorar. São questões que envolvem mudanças na política educacional em todos os níveis, critérios mais rígidos do MEC na abertura de novas faculdades, interdição de muitas já existentes e mais rigor e fiscalização do exercício profissional de todas as classes.

Um bom modelo já temos com o exame da OAB para os advogados. Que tal se criar por exemplo o exame de ordem pré-exercício profissional para médicos, dentistas, engenheiros, e assim por diante . Este exame de admissão no mercado de trabalho deveria ser exigido pelos conselhos de cada profissão , com revalidação(novo exame de capacitação profissional ) a cada 5 anos.
Seria um bom expediente para reduzir muitos erros em todas estas categorias profissionais, e dar mais segurança à sociedade que buscam os serviços desses doutores. .

João Joaquim de Oliveira médico – joaomedicina.ufg@gmail.com

OS ERROS MÉDICOS.. M .JACKSON,, BRASIL

A MORTE DE MICHAEL JACKSON E OS ERROS DE TODOS OS MÉDICOS
João Joaquim de Oliveira
Todas as profissões estão sujeitas a graves falhas, erros ou desvio de conduta de seus profissionais. Entre estas profissões o Direito, a Medicina e a própria Justiça nas pessoas de seus juízes, em primeira ou última instância. Os chamados erros médicos e de justiça são os mais rumorosos e impactantes! Afinal está se lidando com saúde, vida, dignidade e direitos do ser humano.
Nos EUA um caso que vem despertando o foco da mídia e interesse da sociedade é a culpa do médico Conrad Murray pela morte do popstar Michael Jackson ( assim entendeu a Justiça americana). Pelo que se sabe da imprensa, o cantor era dependente dentre outras substâncias químicas do potente anestésico propofol. Trata-se de uma droga de uso exclusivo em anestesia geral, por anestesistas, em ambiente hospitalar. Para pessoas não médicas entenderem, este medicamento ao ser injetado no sistema circulatório, ele produz um estado de coma. Com esta indução ao estado de inconsciência todos os nossos reflexos são abolidos, inclusive a respiração. A dose capaz de provocar apenas um sono profundo ou coma é variável de individuo para individuo. Daí o risco de uso do medicamento sem um respirador artificial ao lado. Aliás é uma exigência formal para o emprego de qualquer anestésico geral, seja uso venoso ou por inalação .
Os erros médicos de negligência, imperícia e imprudência no caso Michael Jackson foram flagrantes e bisonhos. É básico e elementar:- todo médico deve saber dos benefícios e riscos de uma droga prescrita. Mais importante que as indicações ,os danos e efeitos colaterais de cada substância devem ser sabidos e colocados em jogo na hora de cada prescrição. Os crassos erros do dr Conrad Murray deveriam servir de um alerta para a classe médica do Brasil, país onde a aquisição e acesso a medicamentos é muito fácil. Trata-se de uma questão onde além de legislação permissiva, a maioria dos médicos têm culpa.
A julgar por tantos psicotrópicos que as pessoas usam, pode-se considerar a sociedade como depressiva, neurastênica e muito doente. Tem sido exceção encontrar um paciente de consultório que não saia com receita de um sedativo, sonífero ou antidepressivo. O médico tem participação ? Claro que tem e muita! Qualquer Rivotril, Diazepan, Lexotan ou o Propofol do Michael Jackson só se compra com prescrição médica. São medicamentos de tarja preta ou vermelha, sinalizando os graves riscos de dependência ou efeitos tóxicos. A presença da tarja preta indica que se trata de remédios que oferecem alto risco para o paciente, pois ativam o sistema nervoso central (SNC) ou provocam ação sedativa e, por este motivo, podem causar dependência física ou psíquica
É de importância capital lembrar que as diferenças entre veneno e remédio estão na dose, no organismo do hospedeiro e no tempo de uso da substância. Vivemos em uma era de muitas neuroses. Para aliviar tantos males, crises existenciais e angústias as pessoas buscam alívio em todos os tipos de drogas. Entre estas drogas estão as lícitas compradas com receitas médicas em farmácia de cada esquina .
Como médicos e promotores da saúde e da vida, não podemos ser meros prescritores ou trocadores de receitas de tranqüilizantes. Do contrário estaremos incursos nos mesmos erros do médico pessoal de Michael Jackson e em pequenas doses diárias praticando a complacência, a imprudência e a negligencia, o que significa tornar as pessoas adictas de psicotrópicos, intoxicar, envenenar e matá-las lentamente.
Por último não custa lembrar que um hábito perverso que têm os brasileiros chama-se automedicação. Psicotrópicos associados a qualquer outra substância, sobretudo o álcool, são capazes de causar graves efeitos colaterais, inclusive parada cardiorrespiratória e morte súbita. Médicos tem o seu papel, no uso abusivo de muitos remédios. Papel aqui em seus múltiplos sentidos.
João Joaquim de Oliveira médico – joaomedicina . ufg@gmail.com

CRISES ..FAMILIA .. SOCIEDADE

CRISES SOCIO-FAMILIAR E ECONÔMICA
João Joaquim de Oliveira
Ao assistirmos como um seriado a crise econômica que vive a Europa, sobretudo a Grécia, berço da filosofia e sabedoria ocidental , é natural indagar do porquê de tamanha atrapalhada e confusão financeira a que chegamos em plena era iluminista da comunicação e da informação!
E vejam que trata-se de um fato que iniciou em 2008 nos EUA, teve lampejos de solução em 2009 e 2010, se fez como rastilho de pólvora atingindo outros países, passou por períodos de calmaria e agora coloca a Grécia novamente no turbilhão da crise . E de roldão ameaça enredar outras nações da Europa.
Não sou economista. Mas, será que equilibrar receitas e despesas , déficits e superávits, produção e consumo é tão difícil assim para os sábios economistas e tecnocratas de cada Estado? Meu Deus! aonde esse mundo pode chegar?
Na obscuridade de tão grande turbulência das finanças global , evoco aqui outras crises que queiramos ou não guardam alguma relação com esse furação que teima envolver países de outros continentes, mesmo regiões não atreladas ao Euro.
Crise tem sido um termo na rotina da sociedade. Nesta rasa digressão gostaria de rememorar algumas delas. A crise da família parece representar hoje a célula-máter de muitas outras que o mundo enfrenta. Cada vez mais somos obrigados a conviver com padrões de comportamento e vínculos entre as pessoas que deixam em segundo plano o amor, o afeto e a generosidade mútua. A virtude, a moral e o respeito nas relações familiares e esponsalícias foram trocadas por prazer, culto ao materialismo e ao consumo. O lema é consumir, consumir e paga-se quando der . E a irresponsabilidade das uniões, Hoje casa-se até pela internet e procuração .
Crise de cidadania e educação. A omissão que o estado e a família têm com a educação dos filhos coloca nossa juventude em risco de perdição total. As manchetes dos jornais nos alertam para isto. As crises ou os excessos de liberdade e da tolerância fazem com que nossos adolescentes e jovens se descambem para o ambiente sem limites do sexo, das drogas, do uso indiscriminado de coisas supérfluas e perda total de reverência aos pais, a professores e a valores éticos e morais que devem permear e nortear as relações sociais em todos os níveis.
Na temática dos deveres e direitos, mesmo na esfera familiar, tem-se dado grande ênfase aos direitos de filhos e aos adolescentes. Tornou-se careta e proibido corrigir filhos e alunos nas escolas. Professores que corrigem com mais rigor um aluno correm o risco de ser processados pelos pais. Um absurdo!
Parece que aos poucos pais, escolas e a própria psicologia moderna vêm percebendo que o ensino e a pedagogia dos limites e deveres devem vir antes da concessão dos direitos e liberdade. É muito racional que o gozo destes decorram do correto exercício de limites e obrigações nas relações interpessoais. Essa inversão de ensinamento é um equivoco e perigosa na educação dos filhos .
O mundo atual tem um campo minado que vem esgarçando os atributos de humanidade e de moralidade das pessoas. Trata-se do mundo virtual e sem lei da internet. Pais e educadores precisam acordar para esse monstro que vem aterrorizando e pervertendo as famílias. Sites da internet têm sido um cenário para práticas anônimas e sem punição de tráfico de drogas, racismo e pedofilia e outros crimes contra a honra e a vida das pessoas.
São crises que parecem menores frente à desordem econômica de que falamos. Mas, somadas colocam-nos todos em risco. Ou a sociedade acorda para estas ameaças que vêm solapando as famílias e a sociedade ou estaremos todos perdidos.

João Joaquim de Oliveira Médico - joaomedicina.ufg@gmail.com

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...