segunda-feira, 28 de setembro de 2020

criar SE Cria um cão

 

EDUCAÇÃO É MUITO DIFERENTE DE CRIAÇÃO

João Joaquim  

 

Quando se analisa certas questões significativas para a sociedade mundial e de cada país per si, por exemplo a Educação, guarda muitas conexões com outros valores e natureza. Tal interface surge porque cada povo, cada nação guarda suas peculiaridades, sua cultura, seus valores, seus princípios morais, o seu senso coletivo. A educação é um processo complexo, mesmo além desses aspectos e questões; ela vai ter influência de que mais? De etnia, de genética, a influência dos ancestrais, e mesma geográfica e geopolítica. Assim, temos que fazer algumas correlações e suas linhas com outros valores, nomeadamente valores adquiridos.

No caso aqui em pauta, analisa-se as questões dos direitos humanos e a educação e formação ou transformação do ser humano, a partir de seu nascimento. O Instituto dos direitos humanos somado aos tantos avanços sociais, guardam uma correlação com a educação, lato sensu, nesta chamada era da hipermodernidade? Esta é a grande pergunta que se faz nos dias de hoje.

As famílias da era moderna, será que estão cumprindo o seu papel de educar e formar os seus filhos?  Porque a um filho não basta apenas criar. Criação se aplica bem a uma criação, animal irracional e bruto. E essa criação vai depender a que fim se destina esse animal. Será um animal para abate e produzir proteína animal? Então, nem precisa de adestramento. Ele cresce bronco, bruto, animalesco mesmo e será abatido para consumo. Será um animal para auxílio no trabalho? para entretenimento? guarda de patrimônio, de domicílio? Então, esse animal, vai precisar de um adestramento, de ser domado para esse fim, temos assim a chamada educação animal.

Ao se falar na Educação do animal humano, ela guarda alguma similitude com a doma, o adestramento, a correção e corretivos de qualquer outro bicho, contanto que este animal tenha alguma organização neuronal um pouco mais diferenciada. Como exemplos os mamíferos, muitas aves, etc. Ninguém vai querer domar, adestrar e corrigir um réptil, uma serpente, um lagarto, um crocodilo, porque seu cérebro é muito primitivo e indiferenciado. Muito abaixo de um cérebro humano que tem um neocórtex, lobos frontais e parietais e ainda um sistema límbico, ligado às emoções e sentimentos que nos caracterizam e distanciam dos outros irracionais.

Ao se conceituar e conceber a Educação humana, basta lembrar o modesto princípio de que todos nascemos analfabetos e ignaros. Ninguém nasce pronto. A família, a sociedade, as escolas, as interconexões sociais, as mais abrangentes e variadas ligações é que vão construir esse sujeito, como uma pessoa autônoma, produtiva, benfazeja, operosa, trabalhadeira e responsável, no mínimo pela sua sobrevivência.

Diante de todos esses fatores influenciadores e balizadores da conduta, da formação e construção do indivíduo, ficam muitas perguntas nesta era intitulada hipermodernidade ou era digital. A família, as escolas, a sociedade como um todo será que estão cumprindo esse tão nobre e responsável papel? Primeiro no quesito controle da natalidade e planejamento familiar. Depois em, de fato e de concreto trazer uma educação aos filhos como pais, aos alunos como escolas, aos cidadãos como Estado e Políticas de Educação.

Pelo cheiro da brilhantina, pelo andar dos bondes e da carruagem, fica a sensação de que primeiro: as famílias, as mulheres e homens criam filhos como criam um cachorrinho, um burrinho, um porquinho. Depois sequer preocupam se podem ou não prover aos filhos os quesitos básicos de uma educação ética e humanizada. Parece que todos, literalmente todos, se tornaram embevecidos, embriagados e entretidos com os objetos (melhor seria abjetos) da modernidade. Todos os filhos, adolescentes e jovens se transformando em um bando de nerds , desocupados e imbecis. Ninguém mais pensa, ninguém mais constrói, ninguém mais trabalha ou produz. Uma legião de indivíduos que nem estudam, nem trabalham, e nem querem saber de tais atividades.

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