quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

formiginhas-doceiras...


CORA CORALINA E AS FORMIGHINHAS-DOCEIRAS DE VILA BOA 

                                       
João Joaquim 

 O dia foi 31 de dezembro de 2013. Eu me hospedava no hotel Vila Boa, na cidade de Goiás. Aqui pelos rincões de Goiás o povo chama a antiga capital do estado de  Goiás Velho. Faz sentido porque ela foi fundada há cerca de 300 anos.  Terra da doceira mais famosa e poeta (ou poetisa) Cora Coralina. Eu tive o privilégio de conhecer Cora em vida, em 1982. Comprei-lhe um livro de poesias e como agrado ela me agraciou com melífluos doces de sua culinária. Este exórdio foi apenas para situar os meus leitores de data e localização do que vos escrevo.
Ao acomodar as malas no apartamento( Hotel Vila Boa), cerca de 17 horas, fui para a sacada do quarto contemplar uma bela paisagem da cidade. Aos fundos do hotel uma montanha verdejante de cerca de um km de subida, que circunda toda minha visão lateral dos dois lados. O sol ainda era brilhante, mas com nuvens cinzentas com prenúncio de chuvas.
Em toda essa paisagem magnífica, com um  verde abacate daquela montanha, os raios crepusculares do sol eram muito belos, nimbos se formavam no céu. Diante desse enorme cenário natural,  um espetáculo  minúsculo prendeu-me a atenção. Não, não! Eu faço um reparo. Na verdade eu e  minha filha tínhamos um cenário microscópico, um microcosmo  da natureza.   Esse evento começou a se passar a um palmo de nossos olhos. E esse ínfimo dos mundos prendeu-nos sofregamente a atenção e nossa admiração. Não eram fenômenos físicos, químicos, meteorológicos. Não! Ali, bem à frente de nossos olhos, de nosso nariz desfilava a vida. A vida no seu máximo afã, na sua produção incessante e acelerada. Aquelas microformigas cruzavam de forma frenética a soleira de nossa janela. Todas pareciam participar de uma olimpíada, de uma corrida olímpica. Mas não, com o passar dos minutos fomos percebendo que aquela era uma atividade habitual delas. Elas carregavam provisões de tudo para suas colônias. Formigas e abelhas nunca mudaram seu sistema de governo. Vivem em colônias, e são governadas por uma rainha. Uma fêminocracia. Sempre foi assim desde quando são formigas. Trata-se de uma forma de organização muito eficiente, sem corrupção.
Começamos então uma reflexão. Uma análise física e metafísica. Cada formiguinha devia pesar uma fração de grama. Talvez uns  50 mg, se muito. Um detalhe curioso era a velocidade dessas formiguinhas .  Dada a pequenez daqueles insetinhos, eles eram muito velozes. Quantos passos elas tinham que dar por minuto para alcançar aquela velocidade? Não, fica difícil mensurar com os olhos. Precisaríamos de um nanovelocímetro. Mas, de novo o  tamanho. Aqui entramos no campo da nanometria, quando pensamos nos  órgãos, pernas, aparelho digestivo e  circulação daqueles himenópteros tão pequenos .

Outros detalhes não menos relevantes me intrigavam naquele vai-e-vem das formiguinhas. Elas colidiam umas com as outras em seus trajetos. Eram trombadas, súbitas, sem nenhum dano, um “pit stop” rápido,  e continuavam na mesma direção. Outro detalhe curioso: o que elas se comunicavam com as outras nas súbitas  paradinhas? O que elas levavam no aparelho bucal? Seriam microalimentos para suas crias ou para a rainha imperial ?
Eis que de repente começa o tempo a se fechar. Repentina mudança de temperatura. Pingos fortes na passarela daquelas formiguinhas. Imagina um pingo de chuva sobre uma criaturinha daquele porte. Tsunami para nós.
Todas elas, de pronto, se recolheram às suas tocas do hotel. Era o começo de outro espalhafatoso espetáculo vindo dos céus. Reboliço da natureza, vento e chuva. Era o fim, ou a cessação provisória de um espetáculo da vida bem em frente de frente de meus olhos. A correição das formiguinhas- doceiras no Hotel Vila Boa,  na cidade de Goiás , terra da doceira e escritora goiana mais famosa, a Cora  Coralina. 
 
Cidade de Goiás GO - 31.12.2013

  João Joaquim médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com  



terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

  ÊTA MUNDO!  NÃO TRÊS,  MAS  MULTILOUCADO
 
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                                                                                  João Joaquim


 Nossos tempos andam desvairados, tresloucados. Nós olhamos as manchetes internacionais e estão lá os fatos não tres, mas, quadri ou pentaloucados. É guerra aqui, conflitos acolá, golpes de Estado, guerras tribais (África), o Brasil financiador de porto para ditadores ( irmãos Castro- Cuba), perdão de dívidas a ditadores facínoras da África pelo governo petista do Brasil,  execuções a mando de ditador (Coréia do Norte), atentados suicidas e tudo mais de ruim e desumano.
Há dois conflitos no mundo que me chamam a atenção pelo difícil encontro de uma solução. As guerras civis da Síria e do Sudão contra o Sudão do Sul. A guerra civil da Síria já matou mais de 130.000 pessoas. Isto em três anos. A questão trágica de qualquer guerra além dos mortos, são os refugiados, os mutilados e órfãos. Fora a destruição da infra-estrutura de muitos serviços públicos essenciais.
O conflito envolvendo o Sudão e Sudão do Sul representa hoje uma das maiores tragédias humanitárias. São  mais de 200.000 mortos e 2 milhões de refugiados.   As pessoas morrem por execução, de fome e doentes. A ONU e a  cruz vermelha pouco têm feito por essas vítimas. Os doentes e famintos são muitos e o socorro não dá para todos. A região de Darfur (Sudão ) é  emblemática do que é uma tragédia de guerra. São milhares de crianças e adultos morrendo à míngua ou sendo executados.
A mim que sou leigo em geopolítica e relações internacionais causa muita perplexidade e curiosidade. Fico espantado do porque da ONU em pouco se envolver na solução dessas carnificinas e extermínios étnicos no continente africano. Será que não há uma solução diplomática para tanto sofrimento, dor e extermínio daquele povo?
Vamos deixar as guerras de lado e analisar o país mais civilizado do planeta, os EUA. Ali cada cidadão pode ter uma arma de fogo. Está na lei. Volta e meia temos os massacres. Algum aloprado, tresloucado,  num surto psicótico descarrega suas crises e fúrias em escolas, shopping e contra pessoas inocentes. E o país não tem controle sobre a  venda livre de armas de fogo a qualquer maluco que possa comprá-las. Isto porque eles são os modelos para o mundo em democracia, liberdade e direitos humanos.
Vamos voltar aqui para o Brasil! Uma tragédia que a mídia voltou a dar destaque estes dias foi o incêndio na boate Kiss em  Santa Maria (RS). Foram 242 mortos. Completou um ano e poucos punidos. As autoridades gaúchas andam trocando acusações. Corpo de bombeiros,  prefeitura, vigilância sanitária e outros órgãos são os culpados e pelo andar da carruagem  ficarão impunes “ad infinitum”.
Vamos repisar a estatística da guerra na Síria. Lá trata-se de uma guerra de um ditador carniceiro, Bashar Al-assad, com emprego de aviões, tanques, gases letais (sarim) e um exército estatal. Do outro lado temos xiitas, Al-qaed e muitos rebeldes apoiados por países inimigos do regime sírio. Balanço de 130.000 mortos em três anos.
Tornamos às páginas do Brasil. Aqui temos uma guerra que já nos entorpecemos pela sua natureza sórdida, trágica e impune. Todos, pela repetição, já estamos atordoados e anestesiados pela seu cotidiano de impunidade. Eu estou a falar de uma violência que mata por ano três vezes mais que  do que a guerra da Síria. Trata-se das mortes violentas por armas brancas, de fogo e do trânsito. São 120.000 mortos  por ano. A exemplo da tragédia da boate Kiss, e da guerra na Síria, quase ninguém é punido. O mundo anda, mesmo não tres mas,   multiloucado. Que barbaridade! Onde vamos parar com tanta loucura? Eu nem imagino. 


     
João Joaquim  - médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

TRANSFORMAÇAO SEXUAL



A TRANSFORMAÇAO BIOTÍPICO-SEXUAL


João Joaquim 

  O mundo evoluiu muito. Seja no campo do conhecimento, da tecnologia, de entretenimento; quantas mudanças e avanços nos últimos 50 anos. Já se tem uma estimativa de que o que conquistamos em meio século (após 1960) é superior ao que se conquistou pela humanidade, em toda a sua história. Agora, um campo que precisa ser repensado e merece uma reflexão mais zelosa da sociedade envolve a cultura e as relações humanas. A cultura após a descoberta da informática e internet ganhou em quantidade, mas perdeu em qualidade. Na seara das relações humanas nos tornamos muito maniqueístas e frios. Trata-se de um fenômeno da internet, da tecnologia digital e da virtualidade.
  Os recursos digitais e da internet tornaram as pessoas frias e empedernidas. Apesar de tanta evolução , teimamos em ser preconceituosos, intolerantes quanto aos direitos de escolhas do outro. Somos muito egoístas. Eu quero ir direto a um ponto que é o motivo maior deste artigo. Trata-se da opção sexual do indivíduo. Aliás, falar de forma sincera e sem rodeios sobre questões de  homoafetividade, de transformação sexual é como furar uma casa de marimbondos. O risco de ser picado e atacado é muito grande.
  Neste janeiro de 2014 foi muito noticiada no Brasil a mudança de identidade física e sexual de um ex-agente da polícia civil de Goiás. A agora delegada Laura de Castro Teixeira ( ex Thiago) através de tratamento hormonal (sic) e cirurgia se metamorfoseou em uma vistosa, elegante, bela e feliz mulher. O feliz aqui, corrijo-me, é uma expressão da própria agora delegada de nossa polícia civil.
Digno de louvor e encômios  foi o clima de acolhimento e de normalidade com que foi tratada a decisão corajosa e pública daquela servidora pública. Colegas da nova delegada e imprensa, com tais gestos, demonstram como devemos respeitar, ver e apreciar os direitos e modos de vida de nosso próximo e semelhante. O outro é apenas outro, nunca um estranho e nosso inimigo. Tenho a minha subjetividade e personalidade, mas sempre devo respeitar a diferença e alteridade de meu próximo e meu irmão.
  Eu retomo as minhas palavras iniciais no sentido de que evoluímos muito. Mas, ainda precisamos de melhorar nossas relações interpessoais quando se trata de respeitar as escolhas das pessoas à nossa volta.
 Por isso numa esperança futurística, e para ficar apenas neste exemplo singular,  eu acredito que a ciência e a medicina irão ajudar as pessoas a se tratar de suas diferentes formas de   infelicidade , as suas frustrações e  muitas insatisfações congênitas (geradas com as pessoas). Toda infelicidade é uma forma de doença. As ciências humanas, entre elas o Direito, as especialidades médicas estão aí para isto,  ajudar as pessoas a serem mais realizadas e felizes.
  Assim, oxalá, que no futuro, todos aqueles(as) mais carentes, possam ter na medicina do SUS um tratamento equânime para mudança de sexo, cura da obesidade, correção de deformidades físicas e outros desvios anatômicos que trazem muita discriminação, angústia e sofrimento psíquico e social para os seus portadores.   

João Joaquim  médico e cronista do DM  joaomedicina.ufg@gmail.com
WWW.jjoaquim.blogspot.com



sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

VIRTUAL E SEM VIRTUDES



                                VIRTUAL E SEM VIRTUDES
                                                                                                         João Joaquim  



Geração virtual e sem virtudes. É proibido proibir! Tudo pode!  As  famílias não têm mais o direito e o dever de impor limites e exercer sua autoridade sobre os filhos sem a contestação e rebeldia dos menores.
As assertivas e expressões no preâmbulo  desta matéria são truísmos ou verdades banais que se podem constatar nas relações de nosso dia-a-dia . Sejam uma relação intra-familiar de pais e filhos ou de alunos e professores.
Eu prenuncio que estamos caminhando para um estágio perigoso e degradante das relações dos pais com seus filhos, das escolas com os alunos( professor/aluno), notadamente no ensino fundamental de 1º e 2º graus. Considerando que a educação é a base de toda forma de relação entre os humanos; e  isto vai desaguar em todas as formas do exercício de cidadania e civilidade.
Vejo tudo como questões sérias, de causa multifatorial. Todavia , penso que as famílias têm dívidas e mais dívidas nos cartórios de meu protesto sobre as origens de tantos descaminhos pelos quais vêm trafegando nossas crianças e jovens. E não são poucos estes desvios. O mundo e a vida vêm se constituindo em verdadeiros labirintos do mal, pelos quais estamos todos nos perdendo. Ainda não estamos perdidos, mas à beira do precipício.
Pais e educadores estão passando por um processo de distração . A maioria das pessoas se esforçam, gastam , ralam na pura e simples criação dos filhos. Criação e maturação se procede com a cria de qualquer animal não humano. Cachorro, macaco, bezerro, gato por exemplo. Com estes fica até mais fácil porque eles não exigem smartphones, tablets, shoppings, comida cara, roupas de grife e mesadas. 
Qual tem sido o sonho de consumo de muitos casais de hoje? Ter filhos. Muitos pais têm até múltiplos filhos; realidade comum pela carência de planejamento familiar. Fruto também  da irresponsabilidade dos próprios casais ou namorados  e omissão do Estado com políticas de orientação sobre gestação e ônus na educação dos filhos.  Trata-se de matéria séria a exigir uma crônica específica.
Como afirmado , criação e educação  são termos bem distintos. Como vem se caracterizando a “educação” que os pais têm dado aos filhos desde a idade das fraldas e chupetas ? Reproduzo  minhas afirmativas iniciais: tudo pode,  é proibido proibir, não se pode dizer não. Os pequenos não parecem ter mais limites que tinham os pais e avós. O medo e reserva dos nãos e dos limites têm sido a marca na criação dos filhos destes tempos pós-modernos. Educar vai muito além da pura e simples satisfação instintiva e material dos  pequenos.
Tomo de empréstimo palavras da psicanalista Luciene Godoy ( seguidora das teorias de Lacan). Estamos vivendo a era do gozo. Noutros termos , todos , inclusive crianças e adolescentes, precisamos de fruir e ter acesso a tudo que a tribo global nos oferece. Aqui entra tudo mesmo. Desde a liberdade ( ou libertinagem) de ação e comportamento até a aquisição que  o mundo midiático e consumista-capitalista nos indicar como a bola da vez.
Cultura, boa formação escolar, ética , moral e cidadania construtiva e participativa têm sido bens bregas e obsoletos. São coisas da época pré-digital e pré-internet.
Entre os bens descartáveis e alienantes do momento temos os objetos digitais e de informática. Todos têm que estar conectados ao que recomenda a galera, a tribo global, o oceano de futilidades e fofocas do dia.
As crianças desde cedo já têm sido apresentadas a essas coisas das telinhas mágicas. Muito cedo, muito antes de ir para as escolas elas já são inseridas e conectadas às mídias digitais. Calcula-se que uma crianças de 6 ou 7 anos , antes  de iniciar a alfabetização de fato, já tenha assistido cerca de 5000 horas de televisão, videogames e internet. Já imaginou o choque cultural quando esta criança tiver que manusear, o lápis de cor, o papel, os primeiros livros ? Dá trabalho, não ?
A internet é um mundo visual e virtual sem volta. Todos estão plugados e on-line. Ninguém mais fala com ninguém. Repiso os termos:  as famílias, os pais, os educadores e responsáveis pelas nossas crianças estão distraídos. Onde isso vai parar não se sabe. 


  
João Joaquim  médico e cronista DM – joaomedicina.ufg@gmail.com

MACONHA INOFENSIVA



A MACONHA   EM SI É   INOFENSIVA     


                                                                      
  
                                                                                    João Joaquim 


 Eu queria! Eu  imploro! Imploro a quem de saber e detentor  de conhecimentos biológicos e de fisiologia sobre um, unzinho que seja! Apenas isto, um beneficiozinho  do uso da maconha no organismo humano.
Quero aqui ressalvar também apenas e tão somente, assim mesmo sob controvérsias, o uso desta droga em casos muito seletivos, com estritos critérios, em pacientes terminais. Atentem bem para o verbete. Pacientes terminais. A indicação médica seria para  pacientes com dores intratáveis, excruciantes, para os quais já falharam todos os analgésicos opióides (morfina) de última geração.A questão aqui envolve dar a um paciente incurável  uma vida final  mais digna, sem muita dor em seus últimos dias. Na verdade uma “boa morte”, a eutanásia ou ortotanásia.
O desafio que ora lanço àqueles adeptos do uso da maconha, não deve se fundar na ciência do “achismo”, do princípio do “eu defendo porque experimentei e gostei”. Não, esta defesa deve ser fulcrada em trabalhos sérios, de pessoas sérias, em instituições  científicas de renome, chefiados por pessoas não usuárias da “cannabis sativa”( nome botânico da maconha).
Com uma trajetória de três décadas de profissão médica, eu sou um profissional que  somo experiência de  casos clínicos de adictos de maconha e outras drogas , acrescida de metanálise de literatura pertinente aos efeitos de vários entorpecentes.
Tudo que vi, que estudei e  aprendi; encoraja-me, autoriza-me a bradar e recitar em alto e bom som! A maconha, inexpugnavelmente, diabolicamente conduz o seu usuário aos danos os mais destrutivos como um ser social. Ela o aliena, o apequena, o atrofia, o degenera em todas as suas dimensões. Seja na dimensão  biológica, física, psíquica e social. Há um agravante para o uso,  ainda que recreativo, eventual ,  ou esporádico de qualquer droga com potencial menos ofensivos como a maconha. Que agravante ?  Ela se torna um engodo, a senha para o experimento de drogas mais pesadas. Caso de cocaína, crack, merla  e êxtase.
Recentemente o mundo tomou ciência da legalização da maconha pelo Uruguai e no estado do colorado (EUA). A mim e a muitos, causa perplexidade, pessimismo e preocupação a liberação do uso recreativo da droga. No Brasil, ainda não há participação direta do governo na oficialização para o consumo de maconha.
 O que temos de legal e sem punição, em nosso país,  é a condição de usuário. Portar algumas gramas e baseados para o próprio uso não é crime. Tráfico de maconha é crime! O que gera um contra-senso. O adicto, o dependente químico adquire o entorpecente (qualquer) de quem? A droga não vem do inferno. Ela é cultivada, colhida e acondicionada para venda. Para tanto existe o traficante. Que ironia do Estado!
  Na certeza de que  qualquer droga tem efeitos altamente destrutivos e diabólicos para o ser humano eu continuo do lado do bem e contrário a qualquer excesso de liberdade para o comércio, uso recreacional ou descriminalização de qualquer bagulho, inclusive a enganosa e pseudo-inofensiva marijuana, maconha ou cannabis sativa.  Aliás, faço um reparo, a maconha se compara a uma cascavel, a uma jararaca, a um veneno qualquer como estricnina e cianureto. Cada um desses exemplos são neutros em si . Se alguém não toca ou molesta um animal peçonhento ele não lhe fará mal algum . A maconha é inofensiva, não faz mal a ninguém , desde que ela não seja introduzida em nosso organismo, por algum usuário. Fui claro ou não ?


  
João Joaquim médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com









                                 

Necedade especial

  Sejam resultados e produtos de genomas ancestrais ou educacionais, não é incomum deparar-se com um grupo de pessoas (homens e mulheres), m...