quinta-feira, 22 de maio de 2014

O PAPA INFALÍVEL ?




A IGREJA CATÓLICA É SANTA E INFALÍVEL PARA SANTIFICAR ALGUÉM ?

João Joaquim                     


No mês de abril/2014 tomamos conhecimento da santificação de dois papas pela igreja católica. Foram elevados à condição de santos os já falecidos João Paulo II e João XXIII.
Foi então mais uma oportunidade onde eu pus-me a refletir com meus botões e cadarços sobre essa prática milenar da igreja católica. E aqui quero até puxar uma outra prática já de alguns séculos abolida que era a “venda” de indulgências.
 Esse instituto do negócio da venda de indulgências funcionava mais ou menos assim: quem estava disposto a  pagar podia comprar o perdão ou indulto dos seus pecados e ter a garantia de salvação da alma. Uma espécie de passa-porte para o céu. Agora pelo pouco que pude apurar, não era aquisição para qualquer um. Em geral era negócio de gente rica. Os clientes citados na história eram nobres, reis e rainhas. Na aquisição dessas indulgências havia permuta de vastidão de terras, jóias e muito ouro. Não é sem razão que a igreja acumulou um patrimônio invejável que dura até hoje. Basta imaginar o patrimônio do Vaticano que supera o PIB de muitos países. Só em relíquias, obras de arte e imóveis etc, imaginem  o quanto de riqueza tem a nossa gloriosa e operante igreja católica. Não é pouca coisa não. Ela não paga imposto de renda , o que é outro mimo e benesse do Estado.
Na época da venda de indulgências ( vigorou até o século XV) havia uma espécie de “cartel” ou coalizão entre igreja e Estado. Havia uma influência de reciprocidade muito grande. Houve momentos políticos na História  em que o pêndulo da balança inclinava muito para o lado da igreja. A influência política dela nas decisões dos estadistas( reis e rainhas) era muito incisiva.
Torno eu ao tema maior, a santificação de pessoas. Fico eu a inquirir a quem pudesse me responder. Se existe alguém com tal aptidão e ciência ou força mística, por favor que ilumine as trevas de minha ignorância.
As perguntas que evolam de minha curiosidade e insciência  são: pode uma instituição humana, na caso, uma seita religiosa (ex igreja católica) conceder a santidade a alguém? Noutras palavras, uma igreja ou seita religiosa qualquer (católica ou protestante), na(s) pessoa(s) de seus dirigentes (pastores, papas) têm o condão, poder ou capacidade para conceder esse mérito ou status de santidade a uma pessoa? Em termos religiosos e de Teologia, onde se encontra nas sagradas escrituras essa missão de instituições, de pastores, sacerdotes e dirigentes religiosos ? questão de minha ignorância . Eu nunca li nada a respeito.
 Discorro na minha assumida ignorância, das minhas impressões e o que eu penso. A mim me parece que beatificar uma pessoa, torná-la santa é uma função sobre-humana, uma atribuição divina. Por mais pura, proba, reta e ética que seja uma entidade religiosa, nas pessoas de seus dirigentes, sacerdotes e pastores não teria ela esta divina missão de conceder a santidade ao um ser humano.
Algum leitor deste modesto artigo poderá ter uma comichão interrogativa sobre mim, como um tacanho articulista que sou,   e supor ser eu um agnóstico ou até ateu. De plano, já assevero. Não! Fui criado e educado numa igreja evangélica, de familiares protestantes e católicos. Hoje, considero-me católico e nenhuma divergência carrego  com igrejas que creem em Jesus como nosso messias e salvador e em  um Deus uno criador de tudo e de todos.
Para não ampliar polêmica sobre este instituto tão nevrálgico, aliás me parece , esta prática , exclusiva da igreja católica, na pessoa do papa, em conceder a santidade a alguém;  eu vou já arrematando com uma consideração. Refiro-me às condições ou exigências do candidato a santo.
Está lá no direito canônico: Entre os atributos maiores há de se comprovar milagres do futuro santo. E então eu expresso minhas dúvidas, incertezas e desconhecimento. O que é milagre? Eu creio em milagres, que é um atributo divino. Aliás, a vida já encerra um milagre, o nascimento é um milagre. Algumas pessoas sobreviver a alguns fatos sinistros e outras não, sugere milagre. Crer em tudo isso encerra-se em questão mística e de pura fé.
Havendo apresentação de milagre, continuam os códigos  canônicos,   este é examinado numa reunião de peritos; e se se trata de curas, passa  por um  Conselho de médicos, depois é submetido a um Congresso especial de teólogos, e por fim à Congregação dos cardeais e bispos. O parecer final destes é comunicado ao Papa, a quem compete o direito de decretar o culto público eclesiástico que se há de tributar aos Servos de Deus. A beatificação  portanto, só pode ocorrer após o decreto das virtudes heroicas e da verificação de um milagre atribuído à intercessão daquele venerável.
O milagre deve ser uma cura inexplicável à luz da ciência e Medicina , consultando inclusive médicos ou cientistas de outras religiões e ateus. Deve ser uma cura perfeita. Comprovado o milagre é expedido um decreto, a partir do qual pode ser marcada a cerimônia de beatificação , que pode ser presidida pelo papa ou por algum bispo ou cardeal  delegado por ele.
Caso a pessoa em causa já tenha o estatuto de beato e seja comprovado mais um milagre pela igreja católica , em missa solene o Santo Padre ou um Cardeal por ele delegado declarará aquela pessoa como Santa e digna de ser levada aos altares e receber a mesma veneração  em todo o mundo, concluindo assim o processo de Canonização.
Milagres e mistérios . Como estas coisas sucedem com uns e com outros não, resvalam puramente para as questões  do sobrenatural, do paranormal .
Deus é tão puro, magnânimo, excelso e prodigioso que continuará sendo um milagre, para nós. Uma realidade que escapa á nosso ínfima condição de racionais e pecadores.
Assim eu, como pequeno , pecador e mortal,  não consigo conceber que alguém do gênero humano possa ser investido dessa suprema glória que é reconhecer e conceder a outra pessoa a divina atribuição de santidade.              

João Joaquim médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com

quinta-feira, 17 de abril de 2014

VOCÊ SABE QUEM SOU

Quem é você, quem sou eu?

Diário da Manhã
João Joaquim
 
A polêmica da origem da vida, acredito dificilmente será dirimida. As correntes dos céticos de uma e outra teoria estão fadadas a eternidade. A exemplo de muitas coisas deste universo, como surgiram os seres permanece recheada de mistérios. Nosso próprio universo já é um mistério. Quando digo nosso não soa impróprio porque admite-se que não seja um mas multiversos (vários cosmos). O infinito é algo que escapa ao nosso entendimento, à nossa inteligência. Penso que a espécie humana será extinta sem entender bulhufas de toda esta maravilha, que só pode ser uma obra divina.
Como de muitos sabido há duas teorias para o surgimento dos seres vivos, o criacionismo (ação divina) e o  evolucionismo( evolução das espécies segundo Darwin e Lamarck).
Eu sou dos que acreditam no criacionismo. A tese evolucionista é muito lógica e coerente para explicar mutações e adaptações de cada espécie conforme as condições do meio ambiente. Mas, daí a imaginar que tudo adveio de uma geração espontânea parece meio fosfórico e cheira ao impossível.
 Toda forma de vida é muito complexa e prodigiosa para pensar que a vida foi fortuita ou um fenômeno acidental neste planeta. Vamos deixar  à margem a discussão de como nós terráqueos racionais e os outros animais  viemos, á luz,  na terra. 0  mais importante é nos encantar, nos maravilhar, nos admirar e nos espantar com tudo que há em termos de  beleza, de prodígio e mistério neste planetinha que habitamos.
Segundo teoria científica (astronomia, cosmologia) nosso universo surgiu há cerca de 15 bilhões de anos. No princípio é como se tudo estivesse sob forma de uma bola em compressão (força elástica). Houve uma grande explosão (big bang), com a liberação desta energia cinética, o universo entrou em expansão, que continua até os dias de hoje. Desse big fenômeno surgiram 200 bilhões de galáxias e 9 planetas (talvez 8).  Atualmente a Nasa tem divulgado já ter descoberto ao todo 1700 planetas em torno de outros sóis(estrelas).  Mas fiquemos com os nossos 8 mais conhecidos.
Destas galáxias, a mais vizinha da terra é a via láctea com 100 bilhões de estrelas. O nosso sol pertence à via láctea; ele é um astro de 5º grandeza. Dos planetas, o que se tem certeza é que a nossa querida terra é o único com seres vivos.
Estima-se que somos 30 milhões  de espécies animais, com apenas 3 milhões classificadas. Nós humanos racionais ( homo sapiens )  somos uma destas já cadastradas e conhecidas.
Agora, uma observação e crítica; a comunidade científica não conhece ao certo e ao todo o que temos de vida na terra e fica bisbilhotando se há vida em outros planetas.
Mas, você leitor e leitora deve estar se perguntando o porquê desta breve digressão sobre a origem da vida, surgimento de nosso universo, nosso planeta e nossas galáxias e estrelas. Simples e objetivo, para lembrar o quanto somos um nada, uma nulidade, uma ínfima  subuniddade  do micro, neste planetinha, iluminado por essa estrelinha que é o sol.
Então para que orgulho, vaidade, arrogância, preconceito ou racismo contra quem quer que seja? Cada pessoa que se julga importante, acima do bem e do mal,  é um reles indivíduo dentre os 7 bilhões de homo sapiens, dentre as outras 3 milhões de vida já catalogadas. Só isso!  
  
(João Joaquim, médico, cronista DM - joaomedicina.ufg@gmail.com)

E A JUSTIÇA...



             A Justiça sub judice
                                                           http://www.dm.com.br/jornal/#!/view?e=20130307&p=24

                                                                                                                    João Joaquim de Oliveira 

Embora pós-graduado em Medicina, sempre fui um fã do Direito, notadamente a função jurídica, a judicatura. Volta e meia, aqueles julgamentos bombásticos, com shows da mídia televisiva nos atiçam a imaginação sobre certos conceitos, princípios, código penal e a própria definição de justiça. Não tem como alhear-se a questões tão importantes .
 Mas , afinal o que é justiça ? Acredito que seja uma das perguntas com a mais difícil e complexa resposta. Basta lembrar que este conceito e resposta sofrem influências culturais, religiosas e étnicas. Para  rememorar  vejam a    apenação que é dada a cada crime em diversos países. Não há uma normalização  universal. Vamos  exemplificar com o aborto, e a eutanásia que em muitos países não constituem crime.
Já li muitas definições de justiça. Uma que me parece muito coerente e sábia é esta: “justiça é dar a cada um o que é seu”. Dissecando melhor esta idéia seria o seguinte: fazer justiça ou ser justo é atribuir a cada pessoa o que lhe pertence, seja lhe atribuindo direitos, ônus, bônus ou deveres e responsabilidade, na exata medida de seu papel como agente ativo ou  vítima de um fato. Dentro deste conceito, nós brasileiros, aprendemos até uma palavra nova quando do julgamento da ação penal 470 ou mensalão, dosimetria. Ou seja diante da condenação de um réu por um júri ou tribunal caberá a este dosar a pena do condenado conforme a gravidade de sua culpa. Num paralelo com a farmacologia, a dose pode ser leve se um pequeno achaque( delito leve), plena se a lesão é muito virulenta( crime hediondo), mas não tóxica para não matar o paciente ( óbito, ou pena de morte do réu).
Voltando á noção de justiça no contexto brasileiro. Quando a sociedade assiste certos julgamentos de alguns ricos ou famosos no Brasil, temos o ímpeto de indagar; mas, o que é justiça? Aqui parece que ela é faticamente  contaminada pelo poder aquisitivo, pelo status social do acusado e capacidade oratória e argumentos dos advogados de defesa.
Todos lembram bem do jornalista Pimenta Neves. Mais recente, o caso  Gil Rugai,  condenado por duplo assassinato (pai/ madrasta). Este condenado obteve o direito de recorrer em liberdade. Até quando? Direito semelhante a de outros ricos e famosos.
 Eu tenho como opinião pessoal que para que a justiça fosse justa (desculpe a redundância) igualmente para todos, os advogados de defesa e acusação deveriam ser dativos  ou seja, promotoria, acusação e defesa seriam às expensas do Estado. A promotoria sempre foi a mesma  para todos, do Estado . Ao rico ou poderoso seria vetado contratar os melhores advogados. Ressalte-se que aqui em geral são contratados ex-ministros de tribunais, ex-desembargadores etc. Com isto evitaria a influência do status econômico do réu e a capacidade de persuasão da figura do advogado particular, e seu tráfico de contaminação nos jurados.
Se é para retirar a venda dos olhos de Themis ,  deusa da justiça,  que ela então enxergue todos, ricos e pobres de forma equânime . Que o fiel da balança também  seja igual para todos, e nenhum de seus pratos penda apenas em prol dos mais poderosos.
Certa vez eu conversava com dois juristas sobre nosso ordenamento jurídico.  Disseram-me que no Brasil há um entendimento de que código penal foi criado para pobres e anônimos, o código civil para ricos e abastados, uma vez que este trata muito de patrimônio, sucessões, heranças etc.  De fato parece que isto se dá mesmo na dinâmica e rotina da Justiça brasileira. Muitos pobres nos presídios e ricos e famosos recorrendo em liberdade.   


 João Joaquim de Oliveira  médico – joaomedicina.ufg@gmail.com

ABUTRES DA...



OS ABUTRES DA PETROBRÁS 



JOAO Joaquim                     

Há 2 anos eu escrevi um artigo publicado neste jornal sobre a comissão nacional da verdade (CNV). Eu relembro que esta comissão foi criada sob os auspícios do ex-presidente Lula e da atual presidente Dilma Rousseff, com o propósito de apurar os crimes do golpe militar de 1964. Aliás, o título de minha matéria era comissão nacional da mentira (CNM). A mim essa comissão terá o mesmo resultado de uma CPI ou CPMI (comissão parlamentar mista de inquérito). Alguém já viu algum resultado prático, responsabilização de alguma CPI no Brasil? Eu não tenho conhecimento de resultado concreto ou apenação  de alguém investigado em  nenhuma CPI.

Por falar em CPI veio a minha lembrança a CPI do Carlinhos Cachoeira. Todos lembramos bem dos estrépitos e alaridos durante as oitivas dos personagens envolvidos. Algum político ou quem de direito poderia me informar sobre tantos depoimentos, documentos e outros dados em que vão dar?
Agora estão querendo instaurar a CPI da Petrobrás para apurar a responsabilidade da presidente na compra desastrada da refinaria de Pasadena, Texas, USA.
Se de fato prosperar e vingar, tal CPI servirá apenas como púlpito e arena de debates políticos, uma vez que estamos em pleno ano eleitoral. Eleições gerais em outubro/2014, para presidente da república e outros cargos.
Para quem não sabe detalhes vamos recapitular o que foi o escândalo ou roubo da Petrobrás com a compra da refinaria do Texas.
Em 2005 a empresa belga Astra OIL comprou à refinaria de Pasadena por US$ 42,5 milhões. Em 2006 a nossa Petrobrás comprou 50% dessa empresa por US$ 360 milhões (8,5 vezes a mais). Tal negócio foi concretizado quando Dilma Rousseff era presidente da Petrobrás. Ao jornal O Estado de São Paulo, a agora presidente da república, Dilma Rousseff, declarou que autorizou a superfaturada compra baseada em um relatório-resumo executivo “ técnica e juridicamente falho”. Declarações de outros executivos de nossa empresa petroleira dão conta de que à época a presidente do conselho administrativo( Dilma Rousseff) tinha documentos completos sobre a refinaria de Pesadena. 
Como desgraça pouca é bobagem, mais desastres estavam por vir. Os magnatas e gangsters da empresa belga mancomunadas com nossos corruptos petistas o que fizeram? No contrato da compra de Pasadena estabeleceram uma cláusula que obrigava o Brasil a comprar a outra metade da sucateada refinaria do Texas, no caso de conflito de interesse dos empresários espertalhões belgas. Adivinhem o que aconteceu? Houve processo na justiça americana e o Brasil perdeu a ação.
Resumo de todo o imbróglio: foram negócios e roubalheiras as mais calamitosas;  gestão no mínimo temerária e nebulosa;  explicações nada convincentes de ministros e aliados políticos e nada mais.Tudo até agora por parte dos politicos com culpa no cartório não passou de discursos e explicações esdrúxulas.  
Sumário do prejuízo até agora 1,320 bilhões de dólares ou R$ 2,9 bilhões. Para se ter uma ideia, este montante daria para comprar 600.000 casas populares, ou uns 250 hospitais de porte médio. Já imaginou que tragédia, sem precedentes!
Uma CPI a esta altura depois de mais esta tragédia financeira para a já combalida Petrobrás sob o governo petista de Lula e Dilma é muito pouco. Inaugura-se a CPI e aponta todos os culpados e o montante do prejuízos bilionários. E daí, os culpados vão ressarcir o Brasil? Os fraudadores, corruptos e larápios serão presos? Pelos vultosos prejuízos torna-se impossível acreditar nesses reparos e retratações.
O que eu sugiro, à semelhança do que critiquei sobre a comissão nacional da verdade é criar mais uma comissão da mentira. Quem sabe assim não se passe a limpo tantas mentiras, omissões e outros desmandos da sra presidenta  Dilma Rousseff, do ex-presidente Lula e todo o seu staff de ministros, assessores e apaniguados políticos!        
                   
    
João Joaquim médico- cronista DM  joaomedicina.ufg@gmail.com

COMICHÃO DE VINGANÇA...



                       COM UMA COMICHÃO DE VINGANÇA 


João Joaquim    

Abril de 2014 é uma data histórica para o Brasil. Há exatos 50 anos a nação acordava com o ronco de motores dos tanques de guerra, o tropel  de cavalaria do exército e todo o alarido das forças armadas. Sucedia-se em todo o país o golpe militar de 1964 que depôs o presidente João Goulart  (Jango) e todo o seu séquito de assessores e ministros.
Trata-se de uma face amarga de nossa história política que muitas pessoas querem esquecer mas não conseguem fazê-lo. Outras tantas [ ex ou enrustido(a)s comunistas ] que   deveriam, mas fazem questão de repisar os tormentosos fatos que marcaram cicatricialmente muitos brasileiros(as). De plano já antecipo que não tenho partidarismo e nada contra petistas e comunistas. Tenho muita coisa contra aqueles que estão no poder travestidos de democratas, mas têm sangue e ideologia marxista leninista. Credo em cruz para estes ! “ vade retro satanás”.
 Eu tenho tido a oportunidade de ler várias matérias alusivas ao governo militar (1964-1985). Têm sido artigos, documentários, depoimentos e vídeos daquele regime de exceção. Para as gerações pós regime militar é bom,  antes de emitir opinião,  fazer-se uma resenha sumária da atmosfera política reinante naquela época. Jango sucedera a Jânio Quadros que renunciara à presidência em 1961. Entre outras explicações, Jânio disse que forças ocultas e estranhas o levaram à decisão da renúncia. Justiça seja feita, mas  parece que tais forças esquisitas voltaram a rondar o palácio do planalto. Há fatos tão escabrosos e medonhos com nossos políticos de Brasília que mais parecem coisas do demo. Mas não demo povo, demo de demônio mesmo.

João Goulart ,na ocasião da renúncia do excêntrico e imprevisível Jânio Quadros, se encontrava em viagem à China. Goulart era admirador dos regimes socialistas. Ele era alinhado com a esquerda comunista. Com seu retorno ao Brasil, vários segmentos políticos e parte das forças armadas foram contra a sua posse como presidente. No vai-e-vem dos prós e contras houve um arranjo, fez-se um regime parlamentarista e constitucionalmente ele foi empossado na chefia do executivo. Tancredo Neves foi nomeado primeiro ministro.

Os adversários políticos de Jango (Magalhães Pinto, Carlos Lacerda, Ademar de Barros  ) e as forças armadas temiam um golpe de esquerda por parte de Jango. Fato inconteste é que Goulart nutria simpatia pelo comunismo e  com movimentos sindicalistas; ele vinha prometendo reformas agrárias entre outras reivindicações socialistas de esquerda. Ele mostrava-se hesitante e sem autoridade com movimentos classistas como a revolta dos marinheiros. Havia um temor nacional com a possibilidade de um governo  tipo ditadura comunista.
Vale ressaltar que Jânio Quadras e Jango tinham explicitamente simpatia por Fidel Castro e Che Guevara. Che chegou a ser condecorado por Jânio Quadras. Foi  este um motivo imediato de sua renúncia. Um autêntico acinte e deboche à vocação democrática do Brasil. Na verdade havia uma baderna generalizada pelo país afora.
Havia muito temor e insegurança pela postura frouxa e pusilânime de Jango. Os militares então assumem o poder. Foram 21 anos de ditadura, com uma política de terror de Estado, repressão, censura, cassação de mandatos políticos e execuções. Hoje, as pessoas que protestam e condenam a postura dos militares não o fazem sem razão. Famílias e parentes de mortos e desaparecidos têm absoluta razão dos reclames contra os militares e órgãos de repressão como o Dops e dói-codi e casas de morte e de tortura. Eram instrumentos de agressão, sevicias  e intimidação (terror). Todavia, a bem da justiça dos dois lados temos que ter em mente que muitas torturas e mortes não foram contra mocinhos e mocinhas inocentes e do bem. Aqueles que opuseram ao regime também agiram como guerrilheiros, bandidos e terroristas armados. Foram assaltos a bancos, sequestros de embaixadores e muita violência. Entre tantos desses terroristas e guerrilheiros contra o regime estavam Dilma Rousseff, José Genoíno e José Dirceu. Menos sorte tiveram Mariguella e  o capitão Lamarca mortos em confronto com o exército e política federal.
Por fim uma pincelada sobre a comissão da verdade criada pela presidente Dilma Rousseff. O que esta comissão poderá mostrar é a verdade mais desnuda e real da ditadura. Penso nada além disso e já será uma contribuição para nossa História.
Agora, o nosso governo petista querer fazer da comissão da verdade um instrumento de vingança e revanchismo parece-me extemporâneo e uma pretensão sem eficácia. Para começar todos os generais do regime ou estão mortos, ou  esclerosados ou  dementes. Vale lembrar que foi promulgada pelo congresso nacional a lei de anistia em 1979( era presidente do Brasil João Figueiredo), ou seja um compromisso de não punição e revide aos integrantes do regime  e aos contrários ao governo militar( membros da esquerda ou comunistas)
 Nossa justiça, cá entre nós,  não dá conta de punir eficazmente os crimes políticos do presente e fica querendo exumar crimes do regime militar para quê. Não, não, isto é viajar demais na maionese. Ajudem-me ai uai!   

 Em 10 de abril de 2014 09:01, Marcus Fleury Jr. <ateliedeinteligencia@gmail.com> escreveu:
Dr, João, me chamo Marcus Fleury Junior , tenho uma série de artigos escritos no Diário da Manhã, e hoje ao lê-lo, fiquei impressionado com a interpretação histórica imparcial e corajosa. 
 Meus efusivos cumprimentos,
Marcus Antonio Brito de Fleury Junior

 Psicólogo 
                

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...