segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

UFC CORRUPTOS X...

O UFC DO   JUDICIÁRIO CONTRA OS CORRUPTOS DO PARLAMENTO
João Joaquim  

 Eu penso como muitas pessoas ,  nunca dos nuncas, neste país, houve tanto acirramento de ânimos entre autoridades. A melhor afirmação aqui  seria entre os poderes (executivo, legislativo e judiciário). E autoridades, bem entendido, são aquelas do judiciário, porque na verdade eu tenho os titulares e membros do congresso como representantes do povo.
Congressistas  exercem funções mais administrativas, em tomar decisões, executar obras e feitos no sentido do bem público, do bem comum. Assim, entendo que o poder de autoridade, aquele de guardião das leis, da constituição e de punição a qualquer delito, esse, sim, é do judiciário, com  todas as instâncias, dos juizados especiais federais (1ª  instância) até ao supremo tribunal federal (STF), nossa última etapa  de Justiça.
Quando se fala em acirramento de ânimos não se trata de força de expressão.  Porque  é ao que a sociedade vem assistindo há cerca de dois anos com a instauração da maior operação de investigação de políticos, diretores de estatais, e empreiteiros que prestam serviços de infraestrutura para o governo. Referida operação, como já do domínio público e popular é a tão temida lava-jato. A denominação Lava-Jato( lava sujeiras e lama) tem fundamento. O nome se deve ao fato de as primeiras investigações ter tido  início num lava-jato de Brasília. Lá era um dos ambientes e “escurinhos” onde se davam as tramoias e tratativas delituosas de nossos executivos, políticos e empreiteiros. Coisas terríveis de se ouvir e relatar, conforme desgravações por peritos de nossa operosa polícia federal (PF).
O país parece estar de ponta-cabeça com tanta confusão e conflagração dos poderes. Em 4 meses tivemos impedimento da presidente Dilma Rousseff, a cassação e prisão do presidente da Câmara , Eduardo Cunha; a prisão de senadores, de deputados;  o afastamento do presidente do Senado Renan Calheiros, a briga de ministros do governo Temer, o bloqueio de bens do  ministro da ativa, caso do Eliseu Padilha. Ou seja, nunca dos nuncas, tivemos tantas escaramuças entre nossos governantes. No momento, eles se ocupam de uma única coisa: a defesa de seus mandatos e patrimônio material, porque o moral eles nem fazem questão , já se  acha perdido há anos.
 É bom ser dito sempre, o Ministério Pública e Polícia Federal, ainda são instituições acreditáveis pela sociedade. A classe médica também tem tido a credibilidade do povo. Apesar de existirem também as chamadas máfias de branco. Também pudera, médicos são homens e corrompíveis . Não deveriam ser , mas há muitos operadores da Medicina, que operam do lado criminoso.
O interessante e muito esperançoso é que a justiça brasileira, a exemplo do que é feito nos EEUU e na Itália, criou o instituto da delação premiada. No mundo ou submundo do crime seria o popular alcaguete ou dedo-duro. Por definição, delação premiada é aquela redução que o condenado tem em sua pena por revelar os crimes e participações de outros comparsas. E é através desse instrumento que a operação lava-jato tem colocado diversos figurões-empresários, diretores de estatais (Petrobras) e ex políticos na cadeia, além de bilhões de dólares já devolvidos e repatriados de paraísos fiscais (Suíça como exemplo).
A maior empresa privada  hoje envolvida no pagamento de propinas a políticos é a Odebrecht. São cerca de 200 denunciados, em negociação de delação premiada. Alguns donos e executivos já foram condenados e outros em vias de sê-lo, daí a redução de penas dos ainda indiciados e réus pela cooperação com a justiça. Há muita esperança de justiça, ainda que tardia , mas  justiça, para esses malfeitores da humanidade. 
Tratando-se então da questão central na chamada desta matéria, do confronto entre membros do executivo e legislativo versus ministério público e judiciário. Até onde se sabe trata-se de um embate inaudito, sem precedentes na história do Brasil e do mundo. Não apenas pelas cifras bilionárias desviadas e surrupiadas dos cofres públicos e das estatais, mas de igual impacto do número de agentes públicos, de todos os níveis, flagrados em desvios de dinheiro público  e corrupção.
O curioso e instigante em todos os embates dos homens públicos versus ministério público, isto é, justiça contra indiciados e réus é que estes perderam o que o ser humano tem de mais nobre, que são a vergonha e a  honra. Todos os malfeitores e criminosos falam como se o roubo, a trapaça, as falsidades ideológicas, o peculato já tivessem sido inseridos em suas normas de conduta ou nos regimentos internos do órgãos e casas que representam. No caso órgãos públicos e congresso.
Os fatos transcorrem assim : a polícia federal apresenta uma gravação do parlamentar em franca tratativa delituosa. Inquirido sobre aquele diálogo, ele com a caradura e de forma cínica tem a acrimônia, a desfaçatez de dar outra versão e justificar que aquelas palavras e termos foram ditos com outro significado. Eles têm outro dicionário, o corruptês, um glossário com novos significados da Língua Portuguesa.
Outros achaques ou defeitos morais de nossos membros do executivo e legislativo são as tentativas de legalizar o que é ilegal e imoral. Assim temos os que defendem o caixa 2 como normal;  e a corrente daqueles que tentam aprovar uma emenda constitucional de paralisar os chamados “crimes por abuso de autoridade”. Enfim e para resumir, com esta última emenda o que nossos indiciados e réus da lava-jato querem é mais imunidade e um aniquilamento das investigações contra si próprios.

 E assim, com esse reco-reco quem vem se sucedendo desde a inauguração da Lava-Jato,  a sociedade e a imprensa não hão de calar. Com que finalidade ?  Para o mal e a ruina dos  criminosos de colarinho-branco, aqueles bem vestidos e bem endinheirados que confeccionam mais as leis deles do que as nossas, pelo menos é isto o que todos os nossos representantes pretendem. Que feio, que vergonha!  Dezembro/2016.

SEM ÉTICA E SEM LEI

E SE NÃO HOUVESSE CÓDIGOS  DE ÉTICA E LEIS
João Joaquim  

 Eu fico a imaginar se na convivência humana, nas relações sociais e civis não existissem regras, leis, códigos, normas de conduta; enfim as convenções e cláusulas daquilo que pode e não pode. E foi a partir do conflito do que se deve, pode e deseja fazer cada pessoa, cada grupo e cada civilização que surgiram as organizações político-administrativas chamadas Estados, que foram se aprimorando de acordo com as exigências de cada povo, sociedade e cultura. E não podem parar nunca essas evoluções porque tudo tem que ser revisto; os valores e a cultura de cada época.
É admirável (no mau sentido) e surpreendente como o bicho homem tem a propensão e iniciativa praticante em quebrar regras, leis e códigos de conduta e postura. E referida inclinação não está restrita a uma classe ou estrato social menos esclarecido, de menor poder aquisitivo ou menos escolado. Aliás, parece que muito ao contrário. Temos visto e assistido a  tais comportamentos justamente advindos das categorias de cima. De todos aqueles(as) da classe A (A1,A2,A3---). E assim por efeito manada ou dominó se contaminam todos os cidadãos (ãs) dos estratos sociais classe B, C, D..etc.
Assim posto, é natural que cada pessoa que tenha uma conduta honesta faça a oportuna pergunta: e se não houvesse constituição, códigos civil e penal? Como seria a convivência entre as pessoas entre si, com o mundo, com a natureza e os espaços do meio ambiente e urbanos. E é assim mesmo que deve ser dito com letras em caixas-altas, de forma destacada. Parece que a honestidade, a “ ética do bem” passaram a ser exceções na conduta, no comportamento das pessoas.
Valem a pena e o reprise: existem pessoas que a despeito de convenções, regras e normas de conduta têm sempre uma vida, uma conduta de convivência as mais retas, puras e probas. Algumas , de vez em quando são condecoradas por achar algum pacote de dinheiro e entregar `a Polícia, ou devolver uma carteira com dinheiro e documentos. São exemplos de genuína honestidade que destoam de todo o rebanho.
Esta constatação traz uma ponta de otimismo e convicção de que todos nascemos destinados ao bem, com vocação para o que é honesto e virtuoso. Talvez o meio social, a família, os inimigos das relações são os fatores que levam o indivíduo para a banda podre e corruptível da sociedade. É bom deixar enfático que a boa ética, a virtude, a generosidade não são inatas da pessoa, elas devem ser ensinadas à criança e estimuladas em todas as etapas da educação . 
Como referido nos parágrafos acima as atitudes e ações desonestas e ilegais não guardam relação com essa ou aquela classe social. E esse fato tem se verificado aqui no Brasil justamente numa casta de homens públicos que deveriam ser modelos e padrões para a sociedade que eles representam. A bola da vez são os nossos parlamentares que entre outras medidas querem legalizar a prática do caixa 2 no financiamento de campanhas eleitoreiras. Eles estão pouco preocupados com a saúde pública, com a educação brasileira ou desemprego! Eles querem normalizar e legalizar uma prática criminosa corporativista, que beneficia e inocenta apenas eles, da classe política. Quanta insensatez!
E nesse diapasão da violação das convenções, das leis e dos códigos de conduta vai grande parte das pessoas e  da sociedade. São atitudes e práticas as mais repetitivas e comezinhas, nas quais existe uma sistemática quebra das normas de boa postura e de uma convivência saudável, generosa e solidária. 
Muitas vezes começam nos próprios condomínios. Nos elevadores e garagens poucos coabitantes  esperam o vizinho e se cumprimentam. O trânsito mais parece pistas de competição de automóveis. As placas de trânsito e urbanas são letras mortas e sem significado algum. As vagas de estacionamento ou vez preferencial para idosos e deficientes físicos são constantemente ignoradas pelos infratores, que ainda zombam se inquiridos da atitude. Enfim, daí a provocação e pasmo inicial, e se não houvesse leis, regras e códigos de postura e de ética profissional, o que seria da convivência das pessoas entre si, com o meio ambiente e com os órgãos públicos.

Agora o que é instigante e melancólico: imaginar que os péssimos exemplos e tipos vêm de cima, lá de Brasília, do parlamento. São presidentes de casas legislativas buscando mais imunidade e impunidade, são manobras com projetos de leis no sentido de intimidar investigações de Polícia Federal e Ministério Público  de malfeitos de si próprios e de pares da Política. Enfim, são eles os representantes do povo, que de povo mesmo querem distância. Que horrível! Dezembro/2016.      

zero-esquerdo

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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

RELIGIÕES....

            AS CRUZADAS RELIGIOSAS DOS TEMPOS DIGITAIS

” Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”. Este foi o tema da redação do ENEM 2016. Explicando para a posteridade, Enem é o exame nacional do ensino médio. Através da nota do ENEM é que se classifica para o ingresso nos cursos universitários. Trata-se de um avanço do Brasil. Nada mais que um tipo de teste de suficiência  como meio de o jovem ter acesso ao ensino superior, tanto nas universidades públicas como nas privadas, nestas que tem convênio com o fundo de financiamento para o ensino superior-  FIES.
Caminhos contra a intolerância religiosa. Os caminhos e formas de discriminar, criminalizar e rejeitar outras religiões fazem parte da história do próprio homem. Sempre se tratou de uma autêntica piração( ops, perdoe-me a gíria) . Eu como pessoa e indivíduo, ou  um grupo, uma comunidade, uma  organização, até mesmo um Estado achar que a religião certa e  única é a minha parece uma concepção esquizofrênica . Bem assim esse grupo, organização ou Estado encampar e admitir tal expediente.
 E tomando o estado oficial como exemplo temos os Estados teocráticos. A república democrática (leia-se teocrática) do Irã dos Aiatolás faz parte dessa classe de governos que impõem uma religião ao cidadão . Um exemplo de um estado bandido, o islâmico, instalado no Iraque e Síria, cujos membros e terroristas sequestram, torturam, matam e morrem em nome de uma deturpação do Islamismo. Que fique bem claro, trata-se esse grupo de terroristas, numa degeneração do que prega o alcorão. Todas essas torpezas e atrocidades são perpetradas e motivadas por um fundamentalismo religioso.
 O primeiro bom caminho no combate a intolerância religiosa no Brasil vem do nosso estado democrático de direto. De nossa constituição cidadã temos a premissa da laicidade do Estado Brasileiro. Isto se traduz em que além de liberdade de imprensa, expressão e opinião temos a de religião. Ninguém poderá ser criticado, vexado, diminuído ou desdenhado por celebrar, professar e praticar qualquer que seja essa ou aquela religião. Inclusive não ter nenhuma religião . 
Ora, esse caminho da livre crença, da fé, de  se tornar sectário, adepto e membro de um ritual religioso se dá pelo exemplo e norma constitucional do Estado (Brasil). E assim é dever legal, ético, moral e de consciência de cada brasileiro. A nação se compõe de seus filhos e cidadãos , e o melhor exemplo começa de cada um de nós, das famílias e sociedade como um todo.
Temos que ter cada vez mais a clara noção e ciência de que não estamos mais nos tempos das cruzadas, quando cristãos e muçulmanos  foram torturados e mortos em nome de uma crença, uma religião. Não estamos mais nos tempos medievais da “santa” inquisição, da época do inquisidor mais sanguinário ,  Tomás Torquemada,  quando toda verdade e fé eram impostas pela igreja católica. Vale lembrar que nos tempos da inquisição havia inclusive um intolerância científica. Que o diga o físico Galileu Galilei(1564-1642) com sua reafirmação  e comprovação do sol como o centro do universo (heliocentrismo). Se ele não se retratasse em público teria sido cremado vivo, como o foram muitos outros naqueles tenebrosos tempos de absoluta censura ao livre pensamento e à religião.
Os caminhos para abrandar a intolerância religiosa no Brasil seria criminalizá-la como outro preconceito,  o racial ou de gênero por exemplo. Eliminar de todo essa forma de intolerância, a exemplo do preconceito étnico ou de orientação sexual, é quase impossível porque ao que parece trata-se de um sentimento, ou “falso orgulho” do senso coletivo , sentimento nocivo este que se acha  entranhado na memória e DNA de muitas pessoas.
Outras formas de abrandar tão graves reações e menosprezo de parte da sociedade seria no incremento de campanhas de boa convivência, respeito à livre manifestação do outro inclusive na sua fé e rito religioso. As iniciativas nesse sentido de um convívio fraterno e generoso poderiam se dar pelo próprio Estado e divulgadas pelas redes de jornais e televisão, que são as grandes formadoras de opinião.
Enfim, são  muitas as religiões consideradas monoteístas. O que importa se os muçulmanos têm Deus como Alá e Maomé o seu profeta?  O que importa se os cristão também acreditam num mesmo Deus e Jesus Cristo como enviado a essa terra a  se sacrificar na cruz para nos salvar? Afinal, todos não queremos e buscamos o mesmo paraíso (céu)! 

Se o alvo final é a suprema felicidade e bem-aventurança que diferença faz ir de avião, de ônibus, de moto ou bicicleta. Assim são as religiões. São veículos que fazem nossa conexão com Deus e o paraíso. Então,  mais parece uma alienação mental daqueles que acham que a única religião certa e verdadeira é a deles e não a minha.  Novembro/2016.  

Valdevinos...



                                          OS VALDEVINOS DO BRASIL
João Joaquim

Nesses dias do exame nacional do ensino médico (ENEM), vieram-me, de permeio, algumas reflexões sobre a humanidade. A brasileira como modelo porque o Enem é uma exclusividade nossa. O adjetivo médio de nosso ensino é bem ilustrativo visto tratar-se daquela encruzilhada na vida de cada pessoa que almeja ser alguma coisa ou alguém nessa passagem pelo planeta.
Se pegarmos a nossa juventude, pode-se dividi-la   em duas classes de pessoas. Isso grosso modo. Porque há estudiosos e pesquisadores que a subdividem em várias subclasses. Uma como exemplo, a dos chamados três nens.  Quais sejam os jovens que nem trabalham, nem estudam, nem vontade têm para ambas as ocupações. Ou seja, essa 3a subclasse, como se diz no vulgo são os valdevinos  por vocação.
Mas, tornando ao mote central, duas classes de pessoas. A turma que produz alguma coisa e a que nada faz ou produz. Se falamos aqui dos jovens, ela é extensiva às pessoas de todas as idades. Afinal o jovem amadurece e ele será o adulto e idoso de amanhã. Adultos que, independentemente do gênero e sexo nada fazem, nada produzem e se pudessem já nasceriam com uma aposentadoria vitalícia, pensão, mesada e outras benesses, vindas de onde viessem. O  que importa para essa classe de gente seria isso: uma vida fútil, vazia e sem nada acrescentar à família, aos pais, ao meio social onde inseridos, dos quais dependem para cama , mesa e banho .
Melancolicamente, sofrivelmente, o Brasil está infestado desse tipo de pessoas. Classe de gente que começa em idade precoce, na infância, adolescência e juventude. E de plano, como instigante que é tal triste realidade, poderiam ser apontadas as causas dessa trágica constatação de nossa vida brasileira.
Esse contexto se inicia na infância no processo educacional da criança. E aqui têm culpa o Estado( Brasil) com suas políticas precárias na educação pública, tem culpa o nível de escolaridade das famílias de baixa renda, tem culpa a  falta de planejamento familiar e controle de natalidade oferecidos pelo SUS. Alguém menos avisado poderia indagar, mas o que têm a ver planejamento familiar e controle de natalidade com analfabetismo, pobreza, desocupação, desemprego e ociosidade improdutiva das pessoas? As realidades da educação brasileira, da saúde pública e da previdência social respondem por si. São esferas e setores vitais intimamente imbricados. Melhor educação gera melhor saúde pública e previdência social sem déficit . Estes dois fatores  respondem a questão . São esferas e setores vitais intimamente imbricados. Melhor educação gera mais saúde, que gera mão-de-obra mais eficaz, maior qualificação profissional, menos desemprego e uma previdência social mais superavitária e mais segura e protetora para os seus afiliados.
Adicional a todos os fatores enumerados temos a índole latina do povo brasileiro. Ao que sugerem muitos pareceres e obras de sociologia;  a ociosidade, a preguiça, a malandragem, a vagabundagem compõem o espectro da natureza e da índole de boa parcela da humanidade de brasileiros. Além do espírito de porco, muitos têm o espírito macunaímico. Sugiro ler a magistral obra de Mário de Andrade, Macunaíma.
Enfim, são essas duas classes de gente. Uma composta daqueles(as) que vivem na ociosidade, que nada produz. Falar em previdência social. Esta é uma prova viva e irrefutável dessa casta de pessoas. Não é sem razão que essa seguradora estatal está à beira da falência, da insolvência, tamanho o seu déficit. Culpa da corrupção de seus gestores e de tantos benefícios e aposentadorias fraudulentas obtidas por usuários e segurados desonestos.
Contudo, não subsiste só desesperança e fim de mundo. Existe uma classe de jovens, adultos e brasileiros que salva o país e traz muito alento. Todos assistimos a uma parcela de jovens (o Enem como exemplo) que sonham, que pensam, que estudam, que criam. Independentemente de condição sócio-econômica dos pais, de assistência do Estado, dos abrolhos impostos pelo meio social, das dificuldade até de abrigo e mobilidade urbana. Esses jovens são exemplos a ser seguidos e imitados num modelo da cópia do bem. Eles são os adultos e brasileiros que nos orgulham e nos trazem a certeza e a segurança de um país melhor. Com igualdade de educação, justiça e saúde para todos. Que assim seja o futuro para todos.                    Novembro/2016.      


PIF E PIB

 PRODUTO INTERNO DA FELICIDADE-PIF
João Joaquim  


Todos os países têm o seu pib (produto interno bruto). Nada mais é do que a soma de tudo produzido por uma nação em termos de riqueza e economia. Há uma nação no entanto que é singular porque além do pib tradicional ela tem o pif, ou seja, o produto interno da felicidade. Estamos a falar de Butão.  Lá também se chama felicidade interna bruta(fib). E não é pouca coisa porque o povo lá esbanja felicidade. E não pensem porque se deve ao alto pib daquele país singular, que aliás não é nada rico de bens materiais. Ele fica entre as cordilheiras do Himalaia, e muitos seguem o Budismo. A qualidade de vida e o pif ali têm sido motivo de teses e mais teses ,e ao que parece é um sentimento próprio daquela gente.
 Conta-se também que o povo grego de antigamente era tido como o mais feliz do planeta. Um contraste com a Grécia de agora, depois da crise econômica e política recentes( 2008 para cá). Não se pode dizer que são as pessoas mais infelizes de momento, notadamente se olharmos outras crises e infelicidade por que passam os chamados países bolivarianos da América do Sul e Latina, sem excluir o Brasil.
Nós sabemos da felicidade dos helenos antigos até mesmo pelo que deixaram escrito os filósofos gregos. Entre eles Platão, Aristóteles, Tales de Mileto e os pitagóricos.
Entre esses lendários filósofos, um é digno de menção pelo seu peculiar comportamento,  Diógenes.  Conta-se que ele era tão feliz que ridicularizava e desdenhava de todo bem material. Tanto assim que ele levava uma vida de andarilho e morava num tonel. Mas, era admirado pela sabedoria e por suas ideias. Seus biógrafos contam que de certa feita o imperador Alexandre, o grande, quis conhecê-lo. E assim dirigiu-se até ao seu aposento, um simples tonel. Ali chegando com toda a sua comitiva de assessores e segurança, se acercou dele e se apresentou: 
- Eu sou o comandante do império (grego) e coloco-me as suas ordens, o que quer que lhe faça? Ao que respondeu o notável sábio que contemplava a natureza e tomava um bronze natural: 
-que não atrapalhe o meu sol. Não queira me tirar o que não pode me dar( no caso o sol e todas as outras dádivas da natureza).  Ou seja, coisas e reações de filósofo mesmo, que parece ter alguns neurônios diferenciados em relação às pessoas comuns .
Esse filósofo a que referi , Diógenes, foi aquele que certa vez saiu com uma lamparina pelas ruas de Atenas em pleno dia. Perguntado de por que daquele gesto ele respondeu: estou à procura de um homem honesto. Enfim, Diógenes, ele era o mais eremita dos sábios, o mais sarcástico e muito feliz. Agora, fico imaginando se ele pudesse renascer e dar uma passadinha aqui pelo Brasil,  iriam-lhe faltar holofotes e mais holofotes na procura de homens honestos. Isto em se tratando de homens públicos. 
 Já faz alguns anos que li em algum jornal sobre um político brasileiro que tinha uma proposta de emenda constitucional (pec) sobre o direito do brasileiro à felicidade. Não deixa de ser uma ideia feliz, mas daí à pratica vai uma enorme distância. Muitos itens de nossa constituição se fossem cumpridos já seriam meio caminho andado para a felicidade de nossos compatrícios. Eu destacaria três: o direito à educação, a saúde e ao trabalho. O acesso a essas três condições traz dignidade, segurança, qualidade de vida e felicidade ao ser humano.
Hoje vivemos em um mundo de tanta competitividade e de tanta tecnologia que o sentido de felicidade e qualidade de vida passam pelas lei que regem todo o sistema de produção e de trabalho. E não tem como fugir a essas tendências que normalizam( criação de normas e regras) as relações sociais, trabalhistas e afetivas como o sistema econômico em que vivemos. A que pontos chegamos , até para o amor criaram regras. Quanto custa por exemplo uma cerimônia de casamento, as custas cartoriais, o vestido de noiva, a recepção aos convidados , enfim , o mercado do amor? Depende do gosto e desejo de cada um, mas que custa muito caro custa. 
Com todos os avanços das ciências e das tecnologias, notadamente das tecnologias da informação e da internet, o que se aconselha às pessoas é buscar um equilíbrio com todo esse aparato e pensar também na felicidade. Nesse desígnio da conquista da felicidade uma boa receita é aquela de não se perder os bons e construtivos vínculos sociais, familiares e afetivos. Como já advertia Aristóteles o homem é um animal social. Duas alianças devemos ter na busca de nosso produto interno da felicidade (PIF), uma com a natureza, outra com as pessoas a nossa volta. Os bens materiais e as tecnologias podem ser acessórios. Mas, a melhor energia e força para nossa felicidade está em nossos laços afetivos que construímos com a natureza e com as pessoas.  Nós não fomos concebidos e designados para o egoísmo e para o isolamento. Somos animais sociais , fraternos e amorosos. Nov/2016.

Cérebro..

O CÉREBRO COMO A MAIS PRODIGIOSA OU TORPE DAS MÁQUINAS 
João Joaquim  

 Eu começo esta matéria com uma propriedade de meu mais nobre órgão, meu cérebro. É de senso comum que ele é o computador mais complexo e mais perfeito. No que de pronto eu já contesto fazendo algumas ressalvas. Eu afirmaria que ele pode ser a máquina mais perfeita, quando de fato não tiver nenhuma imperfeição. É uma assertiva simples, redundante, de entendimento primário mas que reflete o espírito dessa tese: o cérebro humano se mostrará um sistema prodigioso e inteligente quando não apresentar nenhuma avaria em seus circuitos, conexões, bioquímica e sinapses. Do contrário ele se tornará no instrumento o mais nocivo, no mais desvairado agente do mal e infinitas torpezas  e atrocidades. 
Vamos imaginar inicialmente as atribuições orgânicas do cérebro. Ele é a central de regulação de inúmeras funções como força muscular, reflexos, todas as nossas sensibilidades, órgãos dos sentidos, hormônios neurais de muitas sensações como alegria, prazer e felicidade, entre  outras virtudes. Tudo  em perfeita harmonia com glândulas centrais e periféricas e órgãos vitais como pulmão e coração. É bom lembrar que nosso coração e pulmões são autônomos até um certo ponto. Eles sofrem profunda influência dos comandos cerebrais, através de conexões neurais e de  hormônios, os chamados neurotransmissores. No cérebro estão os chamados centros de comandos de muitas atividades periféricas . 
Fugindo  dessas funções orgânicas vitais passemos às suas atividades abstratas que são o motivo maior desse artigo. Falar das atividades abstratas do cérebro nos traz à discussão o que é uma mente (psiquismo) normal e a doente (loucura ou psicopatia). Um sem-número de artigos já discorreu sobre os limites ou interfaces do que sejam a loucura e a plena sanidade mental.
Quando se fala em saúde psíquica entra os fatores constitucionais e genéticas e as influências dos meios social e familiar. Entre estes contribui o processo educacional da pessoa. Basta lembrar um comportamento antissocial ou uma personalidade voltada à prática de crimes. Tal conduta pode se dever ao processo educacional adquirido da família. Delinquentes por profissão, em geral vão educar filhos delinquentes. Assim demonstram a criminologia e as estatísticas. O homem é muito fruto do meio. É uma tese defendida por sociólogos , antropólogos e filósofos. 
O que seria o cérebro como a mais perfeita máquina de pensar e processar informações? Seria então aquele perfeito órgão em que o seu dono e portador praticasse atos e atitudes voltadas para o bem, para a virtude, para a fraternidade e generosidade. Seria aquela pessoa com uma aptidão para esses e muitos outros sentimentos construtivos e inclinados ao bem. Vamos imaginar um indivíduo capaz de amar o outro (cônjuge ou não), de amar toda forma de vida e a natureza, com o sentido e a predisposição  de se condoer com o sofrimento alheio, de se solidarizar com a carência e fome alheia, com a capacidade de  perdoar ao seu ofensor. 
Esse cérebro,  sim, pode ser considerado o mais perfeito maquinário  ou computador. Sempre almejado de imitação pela criatividade artificial do homem. Quão admirável, um cérebro humano( um cientista por exemplo) na tentativa de sua própria imitação. Um inelutável e inatingível desejo. O homem em seu engenho criador pode até fazer uma aproximada imitação do cérebro, mas nunca algo semelhante. Até porque sentimentos, virtudes, os gestos de amor são atributos naturais da mente e de nossos centros de comandos  cerebrais.  Máquinas não pensam e não têm sentimentos. 
Dos cérebros como máquinas imperfeitas ou avariadas temos uma lista extensa de tipos e gradações( ou de degradações). Os casos mais mórbidos e característicos são os de inúmeras psicopatias estudadas e tratadas pela psicologia e psiquiatria. A Associação de Psiquiatria Americana tem um manual profissional onde de tempos em tempos são incluídos comportamentos e personalidades doentes. Já consta por exemplo desse DSM (manual estatístico e diagnóstico) a webdependência. Tal distúrbio ou cérebro imperfeito é o clássico exemplo referido como induzido pelo processo educacional da criança e adolescente. Trata-se de uma herança do meio familiar. O vício da Internet e redes sociais se caracteriza quando o indivíduo não vive mais desconectado e prefere esta prática ao convívio familiar e com os amigos. 
 A criança de qualquer idade deve ter acesso a internet e mídias sociais com rigoroso critério e controle dos pais e educadores, mesmo assim nunca de forma precoce. Primeiro, deveria ensinar as habilidades de leitura, de aritmética, do raciocínio lógico, do processo criativo, do discernimento , do pensamento crítico, etc. Depois a iniciação na informática e na Internet. Aqui temos uma demonstração cristalina de como o meio, o processo educacional são determinantes do que vai ser aquele cérebro.
Eu proponho que seja incluída no DSM a corrupção. Como admitir que um político que rouba dinheiro da saúde pública e da educação tenha um cérebro perfeito? Seu cérebro, sua mente, seu coração, sua consciência, suas sinapses neurais são órgãos os mais atarantados e atrapalhados de que se tem notícia. Como não é psicopata um ditador sanguinário que usa bomba atômica ou armas químicas para eliminar os seus próprios compatriotas, civis e inocentes ? Qualquer intitulado estadista que se dá a esse expediente é portador do cérebro o mais virulento, o mais patológico imaginado no meio humano. E eles existem pelo mundo a fora. São máquinas humanas as mais mortíferas e torpes de que se tem notícia. Deus nos livre dessas mentes e desses mentecaptos.   Nov./2016.  
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Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...