terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Infer-Net

A BANDA PODRE E PUTRESCÍVEL DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇAO

João Joaquim  


Eu tenho para mim que em toda a história da humanidade nenhuma invenção, descoberta ou tecnologia provocou tanto fascínio nas pessoas como as tecnologias da informação(ti). Aqui entendidas como os equipamentos de informática, a internet e os recursos digitais.
 Todos esses inventos vieram para o bem e para o mal. E já explico. Em principio, lá na origem de cada uma dessas tecnologias, os seus criadores pensaram apenas no bem de cada coisa.
 É o mesmo raciocínio que poderíamos fazer para a foice, o machado e a faca de cozinha. Qual foi o desiderato ou desígnio de cada uma destas ferramentas? Cristalinamente, para servir ás pessoas no seu labor e faina diária, no trabalho, enfim. Mas, eis que de vez em quando surge lá um sacripanta, em abestalhado e comete desatinos, violência, mortes; desviando o fim utilitário desses instrumentos.
 Ninguém, nenhum cientista da computação imaginou um dia criar um computador, a internet ou o celular para armazenar cenas de pedofília, comércio de drogas, prostituição virtual, fofocas, difusão de boatos e mentiras e práticas desonestas e criminosas. Nenhum inventor ou cientista teve tais concepções em seu estro criador, em suas invenções. O desígnio primordial foi apenas o bem. O projeto original foi  trazer qualidade de vida, bem-estar, baixo custo  nos contatos entre as pessoas, bem assim  na aquisição de cultura, informação e entretenimento.
Vamos então fazer uma dissecção, um escrutínio do que os humanos pós tais TI têm feito delas; seja lá para o bem e para o mal. Nessa análise poderíamos então dividir a humanidade em dois braços ou faixas, a exemplo do que se faz em ensaios científicos. Em termos mais técnicos poderíamos nominá-los (tais braços) em o grupo putrescível e o grupo sazonado ou frutífero da sociedade. Por uma questão de ventura da humanidade a banda podre dos usuários dessas tecnologias sugere ser menos numerosa. Dentre esses adeptos e praticantes temos por exemplo os cibercriminosos, os pedófilos, os difamadores, os traficantes de drogas “lícitas e proibidas”, os mercadores de medicamentos piratas e de risco para a saúde, etc. Aliás, em tempo, sem falar nos boateiros, nós pós-verdadeiros, nos fofoqueiros e bisbilhoteiros da vida alheia. Ainda no grupo putrescível dos internautas podem-se destacar um subgrupo, aqueles (as) dados ás frivofutilidades que são veiculadas a jorros pela grande rede.
 De tudo fútil, de sexo e sem nexo se acham na internet. Depende do gosto do consumidor. Fugindo da seriedade e expressando mais ameno. No concernente ao grupo sazonado ou produtivo das TI. Na certa o que temos hoje é um novo padrão de cultura. A instantaneidade e velocidade da comunicação virtual trouxeram uma outra cultura, aquela que se expressa por sons, sinais e imagens. Os recursos dos áudios e vídeos têm sido o modo predominante da comunicação entre as novas gerações, aquelas nascidas e educadas pós internet e tendo essas mídias inclusive  nas grades de ensino.
A literatura escrita ou tradicional como tínhamos até os anos de 1990 vem “pari passu”  se constituindo em guetos restritos de pessoas. É obvio que o valor dos autores clássicos da literatura continua, sendo lidos e procurados mas agora com os recursos do livro eletrônico, dos e-books, dos tabletes e notebooks. São formas de cultura dos novos tempos, da era digital.

Um outro vasto campo onde tem sido empregadas as TI tem se tornado nas esferas dos inquéritos policiais e nas provas desses crimes na justiça, inclusive nos chamados crimes do colarinho branco. Quantos crimes têm sido desvendados e punidos graças apenas às imagens obtidas das ações dos autores. Por isso tudo, podemos aclamar: santas e benditas tecnologias digitais, ou TI.  Fevereiro/2017

Medicina em dois tempos

A MEDICINA PRÉ  INDUSTRIAL E PÓS INTERNET
João Joaquim  


Em tempos mais antigos, até meados do século XIX ou período de início industrial ( 1830), a qualidade de vida era muito precária. Pelo menos para 90% ou mais das pessoas. Basta lembrar algumas atividades. Locomover por exemplo. Quando se podia viajar por mares ou rios, havia até algum  conforto e bem estar. Quando a viagem era para o interior de um país, aqui a coisa se tornava mais árdua. Podia-se ir de transporte ferroviário, onde houvesse, por carruagem puxada por animais (caleça, jarretes, tilburi), no lombo de burros ou a pé.
A comunicação é outro exemplo do atraso e penúria daqueles idos tempos, até por exemplo a chegada do telégrafo ( 1832, Samuel Morse)  e do rádio( Nicola Tesla, Marconi, 1906). Uma carta, uma encomenda por exemplo podia demorar 10 dias, até um mês.
Uma questão que trago à pauta refere-se à saúde, seara onde milito e posso falar um pouco melhor até pelo interesse que o tema me desperta. Vamos imaginar a saúde, as doenças enfim, ali no início do século XIX. Parece nem ser bom imaginar como era a saúde pública, a higiene, as doenças que acometiam as pessoas naqueles tempos.
 Os cuidados da saúde bucal quando a família real chega para o Brasil em 1806, são exemplos do primitivismo e precariedade em tudo. Conta-se por exemplo que nesses tenebrosos  tempos algum nobre ou rico chegava a comprar os dentes de algum escravo para colocar em sua boca. O fidalgo membro da realeza ficava sem um dente, porque as doenças periodontais levavam a essa perda no indivíduo ainda jovem. O que ele fazia? Obtinha esses dentes de um escravo ou plebeu e os fixava em sua boca. Na certa durava muito pouco o processo. Isto é uma mostra do que era a precariedade da saúde naqueles tempos.
No sentido estrito de saúde e qualidade de vida pode-se começar pela própria expectativa de vida que era baixa. O brasileiro vivia em média 60 anos. Com 50 anos o indivíduo já era considerado idoso. As condições de saneamento básico, mesmo no meio urbano, eram sofríveis. Poucas pessoas tinham água tratada, não havia tratamento de esgoto, lixos se acumulavam pelas ruas e fezes eram lançadas a céu aberto. Não havia aterros sanitários.
De forma pitoresca, num humor amarelo ou negro, conta-se que a pessoa se aliviava num urinol ou penico e arremessava o conteúdo para onde o nariz lhe apontasse. Imagine quem estivesse passando pelas ruas. 
 Doenças como tuberculose, varíola, febre amarela, tifo, sarampo matavam grande parcela das pessoas e crianças porque não havia vacinas e nem antibióticos. Não se tinha estatística de morte por câncer. Primeiro porque, sendo uma doença mais comum nos idosos, o indivíduo morria ainda jovem de outras doenças. Segundo porque havia poucos diagnósticos. Os casos existentes eram subnotificados até pela falta de conhecimentos da medicina na área de oncologia.
A própria palavra câncer sempre despertava repulsa, superstição e segregação social. Ao invés de se pronunciar câncer, se referia aquela doença. Fobia e cultura que vigoram até hoje.
Enfim saltamos dois séculos e chegamos na era das luzes em todos os ramos das ciências. Nesses tempos da informática e da internet, com tantos recursos digitais e cibernéticos, a medicina tem plenos poderes em fazer uma análise de cada pessoa e apresentar-lhe os fatores de risco para cada doença. E o mais promissor: os meios confiáveis e provados de se evitar cada doença, ao menos aquelas causadoras das principais mortes naturais no mundo. São os casos das vasculares, da hipertensão, dos vários tipos de câncer, do diabetes etc.
Agora , o mais melancólico e surpreendente é constatar que em plena era do conhecimento , do domínio das comunicações , dos recursos digitais e da internet, haja tanto charlatão, curandeiro, aventureiro e falsos profetas da saúde.
E eles só fazem sucesso e ganham fama porque sempre existiram também os idiotas, os néscios, os imbecis , os que acreditam até em histórias da carocha e da mãe do ouro  Para visitar essas práticas basta ligar o rádio, ligar a tv, conectar a internet e têm-se lá remédios e curas para tudo, desde calvície, gagueira, espinhela caída, à cura do câncer e da impotência sexual. Até faculdades e  escolas de amor se veem. São os  falsos terapeutas de casais, e das relações humanas por algum canal televiso concorrente da rica e próspera Rede Globo. Só no brasil mesmo.
Mas, enfim que prevaleçam as conquistas das Ciências Médicas e da Saúde em prol da Humanidade. Nesse cenário de tantos avanços basta recordar que muitas doenças antes mortais, hoje nem existem mais. Como  exemplos a varíola, a febre tifoide e a poliomielite. Os vários tipos de  câncer, antes muito estigmatizantes, social e emocionalmente, agora são  plenamente compreensíveis, preveníveis e curáveis. Não é sem razão que a expectativa média de vida é de quase 80 anos. Como exemplo e reforço dos avanços da medicina temos hoje um sem-número de pessoas com 100 anos, saudáveis e com plena lucidez.
Vivam as ciências! Viva a medicina! Mas, repito, tem que se precaver dos curandeiros e charlatões de toda ordem. Eles continuam enganando as pessoas. Como último aviso, se recomenda: os charlatões mais nefastos e perigosos são os diplomados, os que ostentam os títulos de doutor e têm inscrições nos conselhos da categoria. De novo, só mesmo no brasil e em outras republiquetas das bananas.   fevereiro/2017.  

PPPs

AS   PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS(PPPs)  DO MAL
João Joaquim 


Não faz muito que tomei ciência de uma cooperação que fora assinada entre uma iniciativa oficial e uma privada. Privada aqui no sentido particular e não local de depósito de excrementos e sujeiras humanas. Se bem que elas se coincidem aqui no brasil.  As  famosas PPPs.
 Até onde sei o convênio funciona assim: o sujeito tem uma ideia, imagina e engendra uma atividade produtiva que lhe seja bom e útil, mas que também possa trazer alguma utilidade para o governo e para a comunidade. Pronto, aí nessas circunstâncias, a União, o Estado ou município entra com o seu quinhão de participação.
 Por exemplo as organizações não governamentais (ONGs). Elas podem ser tachadas de PPP. Porque embora sejam de gestão privada têm incentivos e subsídios dos governos. De uns anos para cá, mais escrachadamente de quando o partido dos trabalhadores (PT) assumiu o governo, a nação, a sociedade brasileira, o mundo inteiro tomaram conhecimento, de novo, de uma moderna  parceria público-privada. Para quem lembrou é isto mesmo , a propinagem  público-privada, que diga-se de passagem, não é  exclusiva do Brasil, mas tem nele seu máximo representante.
Mas, vamos à história, aos primórdios dessa relação de homens de Estado com pessoas privadas. Tudo começou com os navegadores, nas grandes navegações, quando as diligências em suas naus e caravelas singraram os oceanos em busca de terras, riquezas, ouro e especiarias. No caso das especiarias o desiderato era a Índia. No caso do Brasil, ao que sugerem as narrativas foi uma descoberta incidental, não confundir com acidental. Se buscava um território e achou-se outro. Grande Pedro Alvares Cabral. Aqui aportando, nosso primeiro Pedrão fez-se comunicar ao rei de Portugal. Pero Vaz de Caminha, o escrivão da esquadra cabralina,  não se fez de rogado. Mão na pena (literalmente se escrevia com uma pena de galinha embebida em tinta) e fez minucioso relato ao rei português, Dom Manuel I ,  falando de  nossas terras de pau-brasil, araras coloridas, muito verde e mares. Tudo ainda de muita cor, sem poluição e selvagem. Ah, e índios;  muitos índios. Alguns até canibais e antropófagos. Só de pensar dá repelões e arrepios.
 Aqui, se chamava Pindorama, terra de muitos índios, tudo muito virgem e selvagem(natural).  A carta de Caminha, preservada no original, é considerada a certidão de nascimento do Brasil.  
Eis que surge uma intrincada questão para a coroa. Como administrar terras selvagens, bravias, pertencentes aos nativos habitantes, às diversas famílias indígenas? Como fazer? E há ideias que só podiam nascer nas mentes de portugueses.
 - Fácil, Majestade, a gente (eles os ministros da época) faz uma parceria público-privada. Quem para lá se dispuser a  ir, damos a eles uma boas léguas de terras, algumas sesmarias.
Eram formas de recompensa pelo enfrentamento de feras, doenças e índios bravos. Foi nesse propósito que se criaram as donatarias e os donatários de então. É exatamente ai o nascedouro da relação espúria e de propinagem, subornos e corrupção  entre as coisas do Estado e as coisas privadas.
Ficam então aqui consignadas e bem lembradas as raízes e primórdios da mistura, do mix, das relações que hoje existem entre aquilo que é público com o privado e particular. Tudo que temos de bom nas PPPs e ONGs do bem de hoje são espelhadas nas antigas misturas e confusão entre o oficial e o privado. Entre o que  deveria ser estritamente do Estado ou Público e o que é de âmbito ou interesse particular.
E já arredondando  e quadrando tão relevante faceta meio esquecida de nossa história;  não se trata de comportamentos específicos de nosso socialista e esquerdista PT. São vários outros partidas  da letra P. PMDB, PP,PSDB, entre outras siglas. São mais de trinta agremiações politicas. É muita farra.
A grave questão ocorrida no mandato do PT é que tomaram o erário e muitos órgãos públicos de assalto e levaram o Brasil à falência , à bancarrota. O que se tem a fazer é manter os ex políticos e larápios no xilindró. Os empresários corruptos idem. E  não encerrar as diligências e prisões de mais gente graúda e poderosa. Só isso.
Dessa forma pode-se tirar o País da Unidade de Terapia Intensiva (UTI)e livrá-lo da certidão de óbito, a que deixaram em risco os gatunos e ladrões do mensalão e petrolão , agora corajosa e severamente punidos e investigados pelo Juiz Sérgio Moro , da Justiça Federal de Curitiba – PR , através da operação Lava-Jata. Haja água e detergente . Ninguém quer se bater de frente com o magistrado e incorruptível Moro, e isto traz muito alento e esperança de purificação dessa triste e subversiva mistura do Público com o Privado, a propinagem Público-Privada, a PPP do mal .  fevereiro/2017.  


Frivo-Futilidades....

NO PLANETA DAS FUTILIDADES E DA PROSTITUIÇÃO  

João Joaquim  



As relações sociais “entre as pessoas” nesses tempos da chamada hipermodernidade e da cultura digital ganharam novas características. Temos hoje os chamados conectados,  essas gentes que têm a preferência pela superficialidade, pela transitoriedade, pelo descompromisso e nada de muito vínculo afetivo e amoroso nos contatos e laços conjugais.
 No tocante por exemplo a namoro e casamento a questão afetiva se banalizou tanto que se namora e casa pela internet e até sexo se faz pelas redes virtuais. Ou seja, existe uma cultura à vulgaridade e à futilidade até na intimidade, no pudor e honra das pessoas. Nada mais aviltante à honradez e dignidade do indivíduo  do que ele ou ela (homem ou mulher) mercadejar e negociar o pudor ou a intimidade. É a prostituição da pessoa na sua quintessência. Nada pode ser visto e assistido de mais degradante e asqueroso.
A atitude do homem ou mulher em se exibir nu ou nua numa rede social; e pior do que em tais poses, se mostrar em atitudes de sexo explícito, se traduz numa plena bestificação de quem o faz, compartilha ou permite tais comportamentos.
E aqui quando se assevera na vilania e indignidade de tais atos e atitudes, devem ser excluídas as práticas por exemplo de pedofilia. Porque em verdade o autor de tais crimes é na verdade um sociopata e pedofilopata com recomendação de absoluta segregação do convívio social, castração química ou até outro procedimento que o impossibilite de molestar ou seviciar outras crianças.
Ao se abordar qualquer fenômeno social faz-se necessário apontar e estudar suas causas, quais são as bases, os pontos geradores no que temos hoje dessa superficialização  e banalização nos contatos e relações sociais afetivas ou pseudoafetivas!
Em toda novidade tecnológica há um massivo marketing ao consumo, um marketing de permanente adesão a essa novidade. E aqui as mais diferentes formas de apelo foram sugerindo a absoluta e irrenunciável recusa do usuário em não pertencer a todas essas invenções. A moda, o apelo é de todos estarem na tribo dos conectados.
Os mais diversos chamamentos foram: venham para o nosso mundo, o mundo da conexão permanente, venham para a grande rede. Aqui não se tem censura, não se tem limite, não se tem controle de qualidade, não se têm filtros e patrulhas. Estamos em um novo tempo, em uma nova tribo, em uma nova órbita.
E assim, a partir da grande e ubíqua rede, da exaustiva e tão soletrada web e sua prole, as redes sociais, novos paradigmas foram surgindo e imprimindo um novo formato de viver e de relações entre as pessoas. E tudo tem sido feito e processado na velocidade da própria da internet e suas filhas e afilhadas como a telefonia móvel, as redes sociais de whatsApp e facebook.  E de todos esses novos formatos e jeito tribal de se comportar é que vem se constituindo a nossa era. Tempos digitais e da chamada mobilidade ubíqua.
E a coisa vai mudar mais ainda, para o bem e para o mal.

fevereiro/2017.  

Médicos discriminados

A (In)Justiça com médicos e professores 

João Joaquim   


Há três categorias profissionais no mundo que são tratadas de forma muito desigual. No mundo todo ; será ? Vá que não seja em todo o planeta, mas no Brasil o tratamento é escandalosamente injusto e discriminatório. As três profissões  aqui pensadas são os operadores da justiça, médicos e professores. E os discriminados aqui são exatamente médicos e professores.
No campo da Justiça poderíamos ainda alargar e incluir outras profissões afins. Por exemplo, todas as polícias, delegados e demais profissionais  envolvidos. E mesmo nesse âmbito estrito das polícias já começam a desigualdade de percepção salarial, quando se compara os salários de policiais civis e militares.
A Justiça propriamente dita pode se considerar a mais bem aquinhoada quando se fala em remuneração. Todas as Justiças  são muito bem pagas pelos governos. Sejam juízes de todas as instâncias, procuradores e promotores. Eu nunca vi falar por exemplo em movimento paredista dessas classes de funcionários públicos por melhores salários.
Volta e meia, em termos comparativos, ouvimos até das pessoas que os vencimentos de um juiz ou promotor são vultosos e incompatíveis com a realidade brasileira. Eu penso um pouco diferente e afirmaria de forma meio contraditória:  um magistrado ou promotor ganha muito exatamente  porque um médico ou professor ganha muito pouco. E coloca pouco nisso considerando a nobreza da profissão. Que aliás, têm muito a ver com justiça, quando pensamos no dever do Estado para com o cidadão.
 A omissão dos agentes públicos e governantes com a saúde e educação oferecidas às pessoas constitui uma grave e irreparável injustiça. Se revela uma ofensa aos direitos fundamentais da pessoa humana. Basta imaginar uma criança sem boas condições de escola; essa mesma criança ou a mãe  gestante sem assistência médica digna. Não é exagero dizer assistência médica digna porque essa Medicina curativa ou preventiva  que vemos (ou a falta dessas) oferecidas pelos postos do SUS têm sido de causar susto e assombro nos segurados. Recorrer ao SUS em casos de urgência representa um fator de risco de agravamento do estado agudo  em que o segurado se encontra ou perigo de morte.
 Então torno à questão central;  os operados da Justiça, notadamente os integrantes de ministério público e Jurisdição  de todas as instâncias  ganham de forma justa pelo papel que eles representam. A Justiça Brasileira, ainda constitui um bastião, uma fortaleza, uma fortificação que nos traz muita esperança de salvação e de um país melhor. A operação Lava-jato , conduzida pelo juiz Sérgio Moro está aí  para nos demonstrar essa esperança de todo o país em se aniquilar um cancro que vem corroendo a nação , a corrupção.
Agora, trazendo então o senso de Justiça para essas outras duas classes profissionais, médicos e professores. Por que os governantes e nossos políticos legisladores não dão o tratamento que essas categorias de pessoas merecem? Aliás, sem mais delongas, são atividades e investimentos que têm muita correlação. Melhor educação gera cidadãos mais esclarecidos, mais emprego e mais desenvolvimento e produção. De igual forma a saúde pública de qualidade. Assistência médica ética e de alta qualificação técnica trará mais segurança às pessoas, aos trabalhadores e às famílias e consequentemente menos doenças, menos falta ao trabalho e mais desenvolvimento, produtividade e riqueza. Ou seja, um país desenvolvido não prescindirá desses três profissionais; professores, médicos e operadores de Justiça. E todos devem ser tratados de forma isonômica e equânime pelo Estado. O que não se tem e não é oferecido pelos governos de todas as esferas no Brasil. Isto é muito triste e condenável.  

 Fev/2017  

              

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Charlatas

CHARLATÕES E MAGAREFES
João Joaquim 

Ao abrir esta matéria confesso estar sentindo contrariado em fazê-la, mas  a faço por princípios de consciência e ética. Independentemente de status social ou profissão da pessoa, imagine-se ter ciência e ser testemunha de um crime. Qualquer que seja esse delito. Contra a vida, contra os costumes (bons costumes), contra qualquer bem público, uma contravenção, roubo ou fraude. Não importa a sua natureza; o que faria essa testemunha, considerando-a como gente do bem e honesta? Imagine um médico que frauda o SUS, um plano de saúde. O advogado que treina o seu cliente e representado a mentir diante de um juízo. Um dentista que cobra por um serviço ou material de má qualidade! São formas de contravenções e ferimento de morte a essa regra de respeito e convivência milenar chamada Ética.
O que faria então quem vê tais práticas ? Certamente que denunciaria tal delinquente ou defraudador às autoridades competentes. Em assim procedendo,  essa pessoa tocaria sua vida em paz e não teria remorsos ou peso na consciência quando por exemplo fosse dormir ou usufruir de seu repouso , de suas férias.
E não é sem razão que os governos através dos órgãos públicos criaram os canais de comunicação para denúncias. Que podem ser feitas de forma anônima. Há também as ouvidorias, os disques- denúncias. Enfim, existem várias maneiras para que a sociedade, os cidadãos ajudem no combate a tudo aquilo que é ilícito, corrupto e criminoso. E não importa o tamanho, a posição desse fora da lei e da ética .
Dentro desse espírito de colaboração de cada um temos a nosso favor as tecnologias digitais. Estamos na era da informática, das redes sociais e da telefonia móvel. Com um celular fazemos áudios, vídeos e fotos da melhor qualidade. Os conceitos de privacidade, anonimato e clandestinidade mudaram. E são mudanças para o bem e para o mal. Eu diria que  mais para o bem. Acabou-se aquele forte apoio no qual os desonestos e criminosos se sustentavam de fazer tudo às ocultas e de forma clandestina. Eu lembraria até que o Brasil está sendo reescrito e despoluído de tanta corrupção sistêmica graças às provas obtidas através dos  meios digitais. Entre estes, os registros e áudios de ligações de celular e trocas de e-mail. Bem vindas e santas tecnologias.
Torno a ideia primeira, o meu constrangimento em escrever publicamente sobre tal matéria. Todavia, repriso minhas reflexões sobre o que vou aqui denominar medicina da enganação. Que gera os seus filhotes de mesma natureza, tipo a medicina do enriquecimento ilícito, da pirataria, do engodo, da concorrência desleal e do puro charlatanismo moderno, aquele em que os profissionais frequentaram faculdades e têm nas paredes dos consultórios diplomas de nível superior.
Algum leitor poderia já inquirir, mas o que têm feito os conselhos regionais de medicina (CRMS)? O  ministério público e mesmo outros órgãos por dever , competência  e interessados em tais questões tão sensíveis que, pode se afirmar, de relevância pública; porque também atingem a saúde pública?  Dentre esses órgãos não públicos podem ser citados planos de saúde como unimed, saúde caixa, caixa de assistência do Banco do  Brasil entre outros de saúde suplementar.
A boa prática da medicina, aquela fundada nos critérios tecno-científicos e ético-humanísticos tem sido uma exceção frente a tanta enganação, marketing enganoso e charlatanismo de toda ordem. Nenhuma especialidade parece escapar a essas más práticas profissionais ( malpraxis). Se lá no direito temos os chicaneiros e rábulas, aqui no âmbito da saúde temos os charlatões, os curandeiros, os tratadores, os feiticeiros, os megarefes entre outros agentes do engano, do embuste, do logro.
São esses os epítetos com os quais podemos tratar tais profissionais que com a cara deslavada e muita desfaçatez oferecem as mais absurdas condutas terapêuticas a muitos “clientes” desavisados. Eu chamaria tais profissionais de os falsos profetas da profissão, que aliás, não se restringem a medicina. Eles infestam muitos outros ramos da saúde. Como se vê também em outras profissões.
E como exemplos concretos tomemos estes: como acreditar num médico que mal escuta o paciente e não  o examina e lhe prescreve uma lista de 20 ou 30 exames de sangue e tantos outros de imagens e funcionais? Que fundamento científico existe em  saber a taxa de magnésio , de selênio, ou potássio em uma pessoa saudável, se esses elementos são flutuantes no dia a dia e mostram taxas variadas na proporção de minha alimentação, hora a hora, dia a dia ?
Como acreditar na capacitação técnica de um cirurgião plástico sem no mínimo 4 ou 5 anos de especialização? Como acreditar em médicos que recebem bônus ou propinas( percentual) em exames de laboratório ou presentes e patrocínios da indústria farmacêutica?
Face a tais descalabros e enganações das profissões eu conclamo e concito às vítimas ou testemunhas dessas práticas ilícitas e nefastas! Reajamos todos em nome do bem comum.

Indignai-vos. Denunciai tais charlatões e magarefes. Para isso existem os CRMs, o Ministério Público ,  as ouvidorias de SUS, dos Planos de Saúde.  Nós só tornaremos este país melhor, mais justo e ético se todos se engajarem numa força-tarefa de mais Ética e honestidade em tudo.     Janeiro 2017.   

Pessimistas...


              NÃO SEJAMOS TÃO PESSIMISTAS
O sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será queimada a semente
O amor será eterno novamente – Juizo Final de   Nelson Cavaquinho –


João Joaquim 

Sem querer ser escatalogista , pessimista ou de pressentimentos agourentos; longe disto. Todos nós que pensamos com a alma e com  o coração temos que sempre esperar por dias melhores e que o pior já passou  e o amanhã será azul, mais alegre e promissor. Nunca podemos seguir os preceitos de Murphy de que se um fato pode ocorrer da pior forma possível, cuidado que ele vai acontecer. Não e não! Temos que sempre buscar o melhor e otimizar tudo ao nosso redor. Essas, sim, são as melhores receitas de vida. Para tanto podemos ter uma postura proativa.
Como brasileiros que não desistem nunca, todos podemos nos contagiar de uma esperança ativa. Aquela sem cruzar os braços ou ficar passivos na espera do que vier, seja para melhor ou pior. Os acontecimentos que nos cercam pelo mundo e no Brasil deixam-nos pasmados e aturdidos. A crueza das guerras, a ganância de ditadores pelo poder e domínio, a perseguição aos inimigos políticos, os atentados terroristas na Europa, o crescimento do chamado estado Islâmico (ISIS) em países da Ásia (oriente médio) são, pois, fatos e cenas que parecem eternizados. Das guerras, duas bem representam o cúmulo do que são os conflitos militares por território e poder. O conflito do Sudão versus Sudão do Sul  e a guerra da Síria são emblemáticos da crueldade, da ignominia, da falta de  limite da maldade que um Estado  e  a cobiça de alguns tiranos e insanos podem cometer contra opositores e pessoas inocentes .
São cenas do pior requinte de crueldade que se podem( os regimes de exceção e terror) cometer contra inocentes, contra crianças de baixa idade, como temos presenciado com a população civil na Síria . A cada bombardeio em regiões urbanas surgem cenários de teatros de horrores. Famílias inteiras são eliminadas em meio aos destroços e montanhas de pedaços de concreto das construções habitacionais.
As ruínas e agruras vividas pelos refugiados de guerras e outros regimes tirânicos e das perseguições constituem outras tragédias que tocam o senso dos que têm um pouco de misericórdia. É quase impensável imaginar que alguém, não venha condoer com passagens e condições tão humilhantes de tantos refugiados, sobretudo quando as vítimas são crianças, idosos e pessoas doentes. É uma das mais terríveis crises humanitárias  de que temos notícia. Esses são fatos vistos pelo mundo através das redes de televisão. E as emissoras não mostram os cernes e tudo desses cenários macabros.
No cenário doméstico (Brasil) temos tido ocorrências e fatos que nos instigam a indagar sobre nossa humanidade. Será que muitos de nossos homens, líderes, governantes e gestores públicos perderam essa virtude chamada humanidade? Essa capacidade e sentimento da gentileza, da generosidade e da  fraternidade? Ou será que de vez em quando precisará de outra tragédia de uma equipe popular do esporte, a exemplo da Chapecoense, para aflorar nas pessoas esse sentimento que nos diferencia dos irracionais e das chamadas bestas-feras?  Esse sentimento  a que chamamos de humanidade?
Assim deve ser interpelado e rogado porque roubar dinheiro público, a corrupção, desvios de verbas do SUS, de merenda escolar, da educação, enfim, também são formas ignominiosas de violência e massacres de assistência e esperanças! Ou não. Janeiro /2017.  

Apesar de tanta insanidade e maldade no coração e no reinado de alguns , nos resta fazer a nossa parte e ser um pedaço do mundo melhor que queremos  –  Feliz 2017   

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...