segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Democracia

NOSSA ENFERMIÇA   DEMOCRACIA
João Joaquim  

Quais cores, sabores, esplendores tem a nossa Democracia? Ao que parece , carece de definição . A nossa Democracia, a brasileira, ainda pode ser considerada muito jovem. Algumas de suas predecessoras sucumbiram pelo caminho. A começar por aquela representada pela Monarquia de Pedro pai e depois o Pedro filho. Foram os reinados dos Bragança, D. Pedro I e D. Pedro II.
 Depois da monarquia veio o golpe de Deodoro da Fonseca, de 1889, seguido por Floriano Peixoto, cognominado o marechal de ferro. Diz a história que o homem era muito austero. Tanto assim que governou como um tirano. Mas enfim, foi o começo de nossa história republicana. Foi então a intitulada República Velha. Nesta, então, teve a ascenção do gaúcho Getúlio Vargas, que destronou Washington Luiz. Este tinha seu lema que era: “governar é abrir estradas”. O presidente Getúlio, foi o presidente do Estado Novo (1937-1945). Época difícil e turbulenta porque estava em andamento a 2ª Guerra mundial.
Dizem a história e muitos cientistas políticos que Getúlio simpatisava com o nazifascismo de Mussolini e Hitler. Ele só se opôs aos planos do eixo (do mal ), formado por Alemanha, Itália e Japão, depois de muita cobrança da sociedade, da imprensa e dos EEUU. Mas que ele tinha ideologia ditatorial e fascista ninguém duvida. E basta revisitar nossa história e constatar o quanto o gaúcho mandou e desmandou em seus dois mandatos( 1930-1945, 1951-1954) como presidente. Deixou boas conquistas e garantias também. A Petrobras e a CLT são exemplos de seu legado.
 Agora, se tem um fato digno de menção na era do queremismo (do slogan, queremos Getúlio), foi o embate que havia com o deputado Carlos Lacerda. Não eram adversários, eram inimigos da pior animosidade, de natureza biliosa e fidagal. A inimizade e antipatia   eram tamanhas, que a história nos conta o “The end”. Getúlio suicidou-se em 1954. Não sem antes deixar documento, em carta testamento. “Saio da vida para entrar para a história”. Aí,  na continuação da história vieram Café Filho, J.K , Jânio Quadros, João Goulart( Jango) ,  Regime Militar, redemocratização a partir de 1985, Sarney, Collor, Itamar Franco, FHC , Lula, Dilma, Temer.
 Estamos hoje na chamada era pós PT. É como se estivéssemos entre a cruz e a caldeirinha, saímos das chamas e precipitamos nas brasas ( do pau-brasil), nas cinzas rescaldantes  do que se queimou. Estávamos  melhor nas brasas, porque meio atordoados e queimados. Estamos no mais incandescente Brasil (brasil, de  braseiro). Condição em que as labaredas da corrupção, de crimes de colarinho branco e de desgoverno ameaçam queimar até nossa última energia , nossas forças e  a nossa esperança.
 Vivendo e analisando a nossa República Democrática de hoje, se torna oportuno perguntar e esclarecer. Por que se tornou um sistema de governo tão caro? Nosso regime foi conquistado a duras penas, com sacrifícios e mortos. Mas seria para tanto? Numa análise e consideração mais rasas  pode-se firmar que tudo se volta para o comportamento e natureza do bicho homem, eternamente enigmático, muito incompreendido, em seu caráter, em sua índole e objetivos. Basta rememorar cada crise, cada revolta, cada insurreição, cada golpe, cada guerra.
Em cada crise, em cada conflito, teremos sempre como protagonista (s) homens de mentes desalinhadas com a realidade vigente, personalidades paranoicas, condutas e ideologias tirânicas dos mais variadas vieses. Tais são os exemplos de um Solano Lopes da guerra do Paraguai, de um Getúlio, de um Lacerda, de um Jânio Quadros, de um Hitler, de um Mussolini, de um Lula, entre tantos outros.
 E já arredondo e quadrando esta digressão sobre democracia, da nova Democracia Brasileira,  concluo em poucas linhas .  Assim propugna este signatário articulista. Gestor público, tal como um presidente da República, deputado ou senador deveriam passar não por um escrutínio de urnas eletrônicas como são nossas eleições  , por voto popular ; ou que assim fosse, mas posteriormente por rigoroso concurso público. Nos mesmos moldes de um juiz, um promotor, um outro funcionário público de mesma responsabilidade. Para tanto,   esses meios de seleção deveriam ser exigidos de qualquer candidato a cargo eletivo; acrescidos da obrigação de   uma formação universitária compatível com aquele múnus desejado pelo (a) concorrente. Trata-se até, conforme nossa constituição, de uma igualdade plena em direitos e deveres. Mantido o “status quo”  continuaremos em risco de termos aventureiros , déspotas e tiranos com maquiagem e sermões de democratas.  Com o risco de nunca termos uma democracia de excelência, onde de fato todos gozem dos mesmos direitos e deveres, conforme preceitua o artigo 5º de nossa Constituição.  Falei e disse.    Outubro/2017  

Bullying

BULLYING MAIS DOENÇA MENTAL E ACESSO A ARMAS DE FOGO PODEM DAR EM TRAGÉDIAS INOMINÁVEIS
Joao Joaquim

O atentado com vítimas fatais e sobreviventes no Colégio Goyases, de Goiânia, é mais um daqueles epsódios trágicos que trará muitas discussões, opiniões, debates e propostas sobre diversas questões enfrentadas pelas famílias e sociedade. Como registro para futuras leituras: nessa escola de ensino fundamental, um garoto do 8º ano, 13 anos de idade, sofria chacotas, desdém e injúrias verbais; como  de todos sabido, um assédio  denominado bullying, até que no dia 20.10.17, essa vítima de "assédio moral" entra para uma aula normal portando uma arma de alto poder letal. Ele atira pontualmente no autor dos repetidos bullyings e em outros companheiros de classe, com 2 mortos imediatos e mais 4 feridos. São relatos testemunhais de colegas da escola. A direção do colégio,  por questão de justiça de informaçao, nega ter recebido essas informações de bullying sofrido pelo agressor.  
O que se tem de concreto até então, de informações concordantes, de amigos e imprensa, é que o autor do atentado sofria injúrias verbais e menosprezo de alguns colegas de classe. E mais, segundo informes de testemunhas do convívio, que o agressor verbalizara sinais e sintomas de provável distúrbio psiquico e/ou psiquiátrico. São hipóteses para futura elucidação diagnóstica.
Três são as questões que podem ser trazidas à baila para debates e propostas de minimização e/ou solução. 1-Bullying em escola e em outros espaços de convivência; 2-transtornos (doenças) mentais;  3-disponibilidade e/ou porte de arma de fogo.
O bullying( do inglês to bully, tiranizar, oprimir) tem sido recorrente nos espaços de convivência, sobretudo nos ambientes ecolares. É também muito praticado na internet e redes sociais (ciberbullying). No ambiente virtual são empregados os chamados memes, imagens nocivas e xingamentos. São agressões da mesma natureza do racismo, injúria étnica e preconceito contra as minorias;  como exemplo, pessoas dos grupos LGBTI e algumas religiões.
No ambiente escolar tal forma de assédio moral deve ser coibido pelo corpo docente das próprias escolas. Missão pedagógica que cabe a professores (as), coordenadores (as) e monitores. Tal expediente deve ser adotado com todo rigor através de reuniões, com a presença de vítimas e agressores, no sentido de pacíficação, orientação moral e ética aos envolvidos e proibição de qualquer expressão, gesto ou objeto injuriante. Outra exigência determinante é a comunicação de tais injúrias às famílias de vítima e agressor no propósito de cooperação e cessação de toda forma de agressão  física e verbal. O que fica claro e patente é que tanto professores e pais nunca podem subestimar e negligenciar ante os comportamentos e denúncias de bullying. Por isso dá-se ênfase no diálogo permanente de pais e professores com os alunos.
Uma outra realidade de uma prevalência significativa se chama doenças mentais. Elas têm um espectro  grande e variável e algumas de prognóstico grave e incurável. Como exemplos, os transtornos de ansiedade que atigem em torno de 20% das pessoas. A ideação suicida, também grave e crônica, mas tem tratamento e cura. As esquizofrenias, que acometem 1,2% das pessoa. Estas doenças(esquizofrenias)  não têm cura, exigem rigoroso tratamento com psicotrópicos e vigilância das famílias e/ou cuidadores (curadores). Nessa estatística, têm-se em Goiânia , cerca de 15000 pessoas acometidas dessa grave psicopatia. A cada 100 pessoas que se  encontra, tem-se ao menos um com a doença.
Uma questão extremamente milindrosa e grave é o preconceito e negação da família em relação aos sinais premonitórios (iniciais) indicativos das doenças mentais. Os pais ou responsáveis são os primeiros na demora e negativas em admitir e procurar ajuda diante de um filho com as primeiras manisfestações de qualquer transtorno psicológico ou paiquiátrico.
Trata-se de uma realidade tão grave que não tem sido incomum fazer-se o diagnóstico após um episódio de desatino ou tragédia como são os casos de tentativa ou comentimento de suicídio, de homicídio e crimes passionais. O estigma e segregação que as doenças mentais provocam levam a essa omissão e negação por parte de pais e familiares desses pacientes. 
A questão da participação das armas de fogo. Toma-se como exemplo os EEUU. Lá, em muitos estados, todos podem portar a arma que puder comprar, inclusive as de guerra como metralhadoras e fuzis. Já se têm estudos no próprio País que apontam: os estados com mais liberdade ao acesso a essas armas letais são os de maior número de homicídios, suicídios e atentados em massa (colégios, shoppings, shows).
No Brasil, o estatuto do desarmamento, criado em 2003, tem sido tanto infrutífero quanto estéril. Talvez pior ou mais nocivo do que antes porque desarma as pessoas honestas e responsáveis, mas, não se tem  os mesmos efeitos e resultados para os criminosos. Além do que há uma cultura no Brasil de muitas leis não surtir a eficácia esperada e a prática do jeitinho ilícito e desonesto de ser. A clandestinidade e a pirataria andam de mãos dadas nessas circunstâncias. As armas de fogo entram no país por todas as fronteiras. Que bem o atestam sobre essa triste realidade o crime organizado do Rio e São Paulo.
Assim ficam postas com as devidas propostas, essas três realidades:  bullying, transtornos mentais e armas de fogo. Cada uma tem sua dramaticidade peculiar e sujeita a tragédias. Imaginemos então a convivência ou coexistência de pessoas vítimas ou autoras de bullying,  de doenças mentais mais o acesso ou porte de arma de fogo. São associações mais do que danosas , irracionais e com alto poder de tragédias e de fatos e feitos que deixam famílias e sociedade  aturdidas e consternadas em só de ouvir e ver imagens dos horrendos crimes perpetrados por autores em crises de ódio e surtos psicóticos. 
Se uma dessas três condições já tem um alto potencial de conflitos, de destruição e molestação da pessoa atingida, imagine a conjugação de duas ou todas no mesmo ambiente de convivência. Por isso se alerta: - Bullying, transtorno psiquiátrico mais acesso a arma de fogo podem resultar em tragédias inomináveis. Cabe às famílias, educadores, sociedade e Estado uma profunda reflexão sobre tais questões e criar expedientes e diretrizes na prevenção desses eventos que amendrontam e ameaçam todos nos seus espaços de convivência, como são escolas, casas de entretenimento e participação coletiva.

Inter-Net

 DEFORMAÇÕES E DANAÇÕES  DA INTERNET E DAS REDES SOCIAIS

João Joaquim 


O mundo das comunicações atingiu um grau tão espantoso de desenvolvimento que parece inalterável em termos de mais avanço . E nem precisa. Talvez o que falta é tornar os meios de contato de custo zero para as pessoas. E isto é bem possível que ocorra em poucos anos.  Pode ser que para as pessoas, as pessoas físicas, dentro em breve, todo acesso à telefonia fixa e móvel, internet e redes sociais saiam como amostra grátis. Como é por exemplo os canais de televisão aberta e o rádio. Basta ter o aparelho de contato e se tem acesso a todas as emissoras, chamadas abertas. Uma bela conquista .    
Pagariam pelo serviço as pessoas jurídicas, as empresas e comércio que queiram mostrar e vender os seus produtos e serviços. Como ocorrem com os serviços de radiofonia e televisão. Nas atuais   décadas de internet no Brasil ,e menos tempos, das tão ubíquas e populares redes sociais, uma pergunta inquietante faz sentindo. Em que mudou a vida da humanidade, esses tão instantâneos, simultâneos e eficientes meios de comunicação?
Dessa emblemática interrogação muitas outras podem ser derivadas. A celeridade da comunicação melhorou a vida das pessoas?  sim. A segurança das informações se faz presente? Não. A qualidade das informações estão preservadas? Não. A internet contribui na formação e aprendizado das crianças no âmbito escolar? Ora sim, ora não . E talvez tão somente no ambiente escolar; com supervisão de professores e monitores pedagógicos. O mesmo comentário e princípios se aplicam no ambiente doméstico, se tiver a vigilância e monitoração dos pais e dos cuidadores dessas curiosas e inquietas criaturas em formação e fase de aprendizado. A Internet veio para o bem e para o mal, depende de quem e como se usa.
Que toda unanimidade seja Burra,  consoante afirmação de Nelson Rodrigues.  Se não é de consenso o que se tem de certo é que opiniões, pareceres, ensaios e mesmo aprofundados estudos , escritos e dados têm demonstrado que a internet excede e sobreleva em quantidade, mas  carece, está à mingua , em qualidade.
Atingimos um estágio em que o indivíduo é bombardeado o dia todo com notas, comunicados, notícias, escândalos, fofocas, denúncias, xingamentos, expressões de ódio, de intolerância, de arrogância, de narcisismo, de tráficos ilícitos diversos, de assédios, de bullying,  etc. E nesse emaranhado de registros, muitos de autoria desconhecida, não se tem nada, absolutamente nada, de formação, de cultura útil, de conteúdo positivo na construção dos valores éticos, sociais e profissionais do indivíduo. Na imensa maioria dessas trocas de insultos e de informações. Grifo o termo, temos zilhões de informação, mas nésimos de formação em termos de cultura, valores e ética .
Curiosamente, ainda em consideração  temos as mensagens que cada usuário de telefone celular ou smartphone recebe. São as SMS ou os torpedos que chegam incessantemente aos cidadãos. Torpedo , de todos sabido, originariamente designava um artefato explosivo para afundar navios e submarinos. Um termo que embora não cognato, mas lembra torpe, vil, abjeto, ignóbil, repugnante. Aqueles que todos recebemos em nossas telas de celulares e smartphones são tão intrusivos que de fato nos trazem repugnância e irritabilidade como moscas teimosas.
A voz mais creditável que fez acerbas críticas à internet e redes sociais foi a de Umberto  Eco( 1932-2016) que afirmou: “Dentre os meios de comunicação elas( Internet e redes sociais) vieram dar voz e vez a uma legião de imbecis que falam o que quer”.
Em recente entrevista à Revista Época, o  diretor e autor teatral ,Gerald Thomas,  também falou sobre sua peça Dilúvio. A personagem central é definida por ele como Santa DesGoogle das desgraças. E ele explica “Para tudo, hoje, existe uma resposta rápida. O Google é santificado por essa geração. Mas nada fica na cabeça deles, nada se fixa. Ninguém mais lê um livro sequer”. A internet, continua Thomas, deu voz a um bando de imbecis.
Mark Zuckerberg instituiu a fofoca moderna na tela do computador. O Facebook se transformou no 2º país do mundo, atrás apenas da china”.
O que se pode observar e ponderar em alusão à internet e suas tão massivas redes sociais é que elas são inocentes, inócuas   e neutras. Tudo se volta para as mentes e objetivos das pessoas que delas fazem uso ,se para o bem ou mal, se para o  útil ou fútil, se para intentos construtivos ou nocivos.
Fossem o mundo virtual e sua universal conectividade culpados, o mesmo raciocínio e premissas seriam aplicados, ao automóvel, ao avião e a radioatividade. Nenhum desses inventos se fizeram para o mal.
Assim devemos pensar em todos os avanços tecnológicos a serviço do homem e na melhora do planeta e da sociedade. A questão central se volta para a educação global, para a formação mais que informação, na construção e instrução de nossos filhos, das crianças e jovens para que possam se tornar cidadãos melhores, na construção como consequência de um mundo melhor, mais solidário, generoso e compartilhado por todos.  Outubro / 2017

sábado, 30 de setembro de 2017

MEDÍOCRES

 A INVASÃO  DA MEDIOCRIDADE

João Joaquim 


E assim foi tomando o seu (dela) lugar a digníssima mediocridade. Ela aproximou-se do erudito, do clássico, do mérito, da qualidade, do formalismo, do bom gosto e os escorraçou a todos. E tudo feito de modo insidioso e aderente. Aliás, tem essa senhora constituído até um sistema de governança, a mediocracia. E quem comanda são alguns próceres do sistema, os mediocrões e os mediocráticos.
O processo de mediocrização chegou a tão alta eficiência que ele permeia em todos os setores da vida social. Temo-lo na culinária ou gastronomia, na religião, nos gostos culturais (ou contraculturais), no entretenimento e sobretudo na política.
Na verdade a mediocridade não existe por si só. Alguém a traz bem definida e sustentada em seus hábitos, atitudes, condutas e comportamento. Ela passou a ser um estilo de vida e de apresentação .
Vamos objetivar e pontuar alguns modelos bem encontradiços da invasão ou vigência do sistema mediocrático.
Na arte musical por exemplo. O medíocre do sujeito, do nada se propõe a compor e cantar. Ele se tatua, se espeta de brincos e piercings, boné ao avesso, violão a tiracolo e começa a berrar com toda zoeira. As letras de suas músicas são aquele rosário de abobrinhas, umas frases sem nexos, que falam de drogas e sexo e outros termos desconexos . Aos poucos tais criações já estão no palco, no AM e FM e recursos de streaming.
E creiam, fazem sucesso e seguidores. E acham pouco? Continua a mediocridade. Daqui a pouco, tem empresa de mídia e televisão tocando o contratando o intitulado (a) artista; e a venda e escores de tais esquisitices alcançam o topo das paradas de sucesso. Parada indigesta para o bom gosto é ter que engolir tais criações.
Agora no outro polo de tais famas estão os consumidores que fomentam tais medíocres. É a inserção, o pertencimento desses tais e quais ao sistema da mediocracia. Tal funcionalidade só se vinga pelos seus lídimos e legítimos representantes. Os mediocastros e castrados de algum valor.
No mundo das artes plásticas, na cenografia, do teatro e das ciências e letras. A mediocridade tem buscado o seu assento em todos os cenários da vida . Vida que chamam de modernidade. Ela parece não ter limites. O autor faz lá algumas compilações, notas biográficas e assentos e se arvora ao direito de escritor. Para esses tais bem que se podia criar uma academia brasileira dos imbecis (ABI). É muita presunção para zero de significação.
E não fica por aqui a influência da mediocrização. No âmbito profissional superabundam os mais variados tipos. Nenhum ramo do mercado escapa a tais e quais medíocres. Ainda há pouco eu deparei com um médico que formado (talvez deformado) numa tal uniesquina( faculdade de esquina)  se propunha a curas nunca vistas e outras terapias sem embasamento científico. Fez-me tal tipo medíocre lembrar do Dr Simão Bacamarte, da Vila de Itaguaí, que se encantou com um recanto da Medicina, o recanto cerebral e psíquico. ( Leiam essa história em O Alienista de Machado de Assis).
O mais que fiz foi resguardar alguns clientes do risco de acreditar em tais promessas de curas, só por leituras de outros charlatões.  
E não fica apenas nessa classe de profissionais na arte da cura. Se a pessoa se  der ao trabalho de  procura, na certa muitos outros magarefes, mequetrefes, biltres e parlapatões  hão  de se encontrar pelos cantos e becos das cidades.

Por fim não se pode deixar de menção que essa assanhada e intrusiva senhora vem dominando a vida política brasileira. É ali, aliás, onde achou guarida e outras comparsas, entre essas a tão decantada e repulsiva corrupção. Destarte o que me resta é bradar em alto e bom som: morra a mediocridade nas cenas do Brasil!  Setembro /2017

COTAS MINORIAS

SOU CONTRA AS COTAS RACIAIS E EXPLICO 

joão Joaquim 


Estamos vivendo a era da voz das minorias. É tal classe disso, daquilo, que não acaba mais. Daqui a pouco vamos ter a gritaria dos sem minoria. O movimento dos sem minoria. Em tempos um pouco mais remotos, ali no início da redemocratização do Brasil (1985) não se tinha as reivindicações de minorias. Fico imaginando uma manifestação dos LGBT no período do regime militar. Mesmo que não houvesse repressão por órgãos do governo. Porque a sociedade da época era muito mais carrancuda, conservadora e tradicionalista.
No fundo isto é uma verdade. Mesmo que no íntimo a maioria das pessoas goste de mais liberdade e democracia, essa mesma maioria é influenciada pelo sistema de governo. É o que no popular se chama lavagem cerebral, ou efeito manada.
Mas, enfim, eis que estamos nos primórdios do século XXI e temos nos quatro cantos e centro do país o grito, o alarido e as reivindicações das minorias. Quando promulgou-se a lei das cotas raciais( 2012), me posicionei contra. E eu explico. De forma simples e objetiva eu penso que negros, índios, mestiços e mulatos ser contemplados com cotas de ingresso nas universidades se torna uma forma de discriminação, de preconceito.
É o próprio Estado chancelando esta forma de discriminação. E os contemplados com tais privilégios vão dizer que não, que tal concessão do estado não é uma forma de preconceito. E que interessante! Esses mesmos beneficiários, estudantes cotistas ao negar essa discriminação do governo estão, eles próprios, afirmando tal forma oficial de preconceito. Não soa estranho. Muitas vezes a negação é a afirmação da coisa negada.
A minoria de maior alarido tem sido a dos negros. Pode-se dizer que eles são a maior das minorias. Curioso é que uma vez institucionalizada a lei das cotas muitos que não eram negros típicos se autodeclararam de etnia negra.
E atenção! Temos que tomar cuidado com as palavras, os termos. Raça por exemplo. Está em vias de extinção. Porque ela lembra racial e racismo; o mais correto é o termo etnia. Já há quem defenda que deve-se acabar com etnia tal, etnia qual etc; e unificar, etnia humana e pronto. Somos uma etnia única, a humana.
Houve até alguns casos de autodeclaração de pertencimento a etnia negra muito curiosos. O aluno sempre tido e havido de familiares todos brancos. Na momento  de concorrência pelo critério de cotas se declarou de origem negra. Vai lá saber! Só fazendo estudo genealógico ou de genoma. Isto demonstra o quanto de viés pode existir no concernente ao sentimento de discriminação étnica. Se o resultado é em benefício do sujeito ele troca até de cor de pele e de etnia.
E assim seguem as vozes dos minoritários. Uma minoria que anda provocando muito barulho e alvoroço tem sido a das lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT). E são minorias só de nome porque muitos saíram do armário, do anonimato e foram para as ruas. Em passeatas são numerosos e se tornaram maioria.
As passeatas, de milhares de pessoas, encerram um grandíssimo espetáculo. Os adereços tem todas as cores e lembram o arco-íris. Todos ficam em polvorosa, assanhados e irisados. O certo é que os homoafetivos e transgêneros conseguiram muitos direitos e prerrogativas. Há quem opine que eles querem implantar a ditadura dos gays. Aí também é extrapolação de reivindicação e querer muitos privilégios. O que é um absurdo porque numa democracia todos são iguais e sem privilégios.
Agora se tem uma minoria neste país que sempre foi discriminada, oprimida e perseguida é a dos povos indígenas. Na verdade grande parte dos índios do Brasil foi extinta. Algumas etnias desapareceram e outras em vias de sê-lo. Numa consideração rasa, os indígenas é que são os verdadeiros donos nativos do país. Eles paulatinamente vêm sendo massacrados desde a chegada dos portugueses com a chefia de Pedro Álvares Cabral em 1500. Foram crimes e mais crimes de lesa-humanidade cometido pelos colonizadores.
As tribos indígenas, sim, constituem uma minoria a quem o povo brasileiro e a nação devem muito por tanta perda e infortúnio que padeceram.
Enfim e como epílogo pode-se cravar que o século XXI, além de nomeado o século digital e da internet e redes sociais pode também ser intitulado a era do domínio e voz das minorias.
O que não parece decente e aceitável é a imposição dessas minorias de seus direitos, poder, haveres e privilégios. O que a constituição cidadã de Ulisses Guimarães( promulgada em 1988) previu e consignou é que todos somos iguais perante a lei.

Assim ninguém é melhor e mais igual do que os outros. Todos devem ser agraciados com os mesmos direitos, mais de igual forma ter ciência e senso de iguais deveres; em suma, isto, sim,  é democracia, isto é justiça. E cá entre nós se todos somos igualmente capazes, de mesmo QI, e de igual aptidão e inteligência, porque entrar nas Universidades e empregos públicos sem concorrência de igual para igual !  Por isso eu concluo, entrar em univerdades e empregos públicos com um nota de corte menor é ter as benções do Estado e um atestado de inferioridade e discriminação com os outros alunos e com os próprios cotistas. Não pode , Não pode.    Setembro/2017

ÉBRIOS DO PODER

A EMBRIAGUEZ CAUSADA PELO PODER DA FUNÇÃO E DO DINHEIRO

João Joaquim  

impressiona-nos de forma negativa constatar e assistir o quanto muitas pessoas se sentem inebriadas pelo poder. O quanto elas mostram quem são assim que são empossadas numa função de líder, de chefe, de gerente, de presidente de algum órgão ou mesmo de um país; enfim em qualquer função que lhes traga a prerrogativa de decisão e de dar ordens a outros subalternos; ou de empregar dinheiro público.
É de se registrar que muitos homens e mulheres têm de fato a vocação e a qualificação inata para bem dirigir e chefiar outras pessoas nas mais diferentes atividades. Sejam essas no âmbito público ou privado, no cenário profissional ou político e o fazem de forma muito ética, generosa e humanizada com observância e princípios de respeito aos direitos humanos e das diferenças individuais e de gênero.
Os exemplos do bem e do mal podem ser vistos em todos os cenários da sociedade. O que parece distinguir um tipo perverso de um bom administrar pode estar no própria formação e educação técnica e moral do indivíduo. A biografia, o passado, a educação e interação familiar desse líder vão nortear a sua personalidade no respeitante às relações com os seus subordinados e colaboradores, e com os bens públicos sob sua responsabilidade.
Quando buscados estudos das relações humanas na sociologia, na antropologia e mesmo na política podemos observar que tal questão esteve sempre no foco de pensadores e estudiosos do tema. Na seara política por exemplo basta revisitar por exemplo o príncipe de Maquiavel e do Leviatã de Thomas Hobbes. São teses que bem explicam as relações sociais e políticas. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) na sua obra contrato social fala de forma muito enfática e convincente dessa relação de dominação de um líder ou governante sobre os governados.
Abstraindo das teorias científicas dessas relações humanas tomemos exemplos e ciência que temos em nossos dias desse impulso e expediente de poder e de dominação sobre o outro.
A duração que teve por exemplo a escravidão oficial é um execrável exemplo do sentimento de posse e poder que muitos trazem dentro de si. Tal senso e vocação é inerente à natureza humana. O lamentável na questão escravocrata é que na prática e nos resultados ela continua. Os graus e intensidade dessa exploração humana vão desde as formas as mais degradantes até aquelas praticadas de forma legal e com a chancela do Estado. Quantos e quantos trabalhadores sem qualificação profissional não trabalham em condições precárias, com poucos direitos e baixa remuneração?
Assim são os casos dos operários da construção civil, lavradores e muitos outros trabalhadores de empreiteiras que pagam propinas e mesadas aos políticos.
Um outro cenário onde impera a sensação de poder na cabeça de chefes, líderes e gestores se dá nas sessões administrativas públicas ou privadas. Exemplos desses casos são as figuras dos tipos de assédios, já previstos no código civil. Sãos os classificados assédio moral ou assédio sexual.
Uma categoria onde ainda vigora o sentimento de domínio e poder sobre o outro é a militar. É o princípio ou cartilha da chamada caserna. A disciplina é por demais rígida com exigência de muita subserviência e absoluta continência e submissão dos soldados rasos e “inferiores” aos oficiais e “superiores”. É aqui ,nesse cenário, que muitos maus administradores, os perversos líderes e chefes mostram quem são, que tipo de personalidades eles são. Há casos e denúncias de absoluta escravidão , maus tratos, assédio moral do pior nível e degradação.
Uma classe de pessoas onde transborda o sentimento de poder é a dos políticos em que há muitas funções de tomada de decisões e governo. Tais exemplos são notórios no Brasil. Eles são encontradiços nas mais diversas áreas da vida brasileira. São os profissionais do judiciário, das polícias, dos poderes legislativo e executivo. O sujeito na posse de sua função sente-se tão empoderado, a embriaguez pelo cargo é tamanha que muitas vezes comete os mais infames crimes, com a noção de que pode tudo e que jamais será descoberto nos malfeitos. São os fatos de peculato, corrupção e falsidade ideológica. 

O Brasil está repleto desses tais. Que o digam a operação lava-jato, e tantas outras da polícia federal e ministério público. Imagine um ex político, ex parlamentar como o Sr Geddel Vieira Lima, que guardou 51 milhões de reais em um apartamento , julgando jamais ser descoberto nesse execrável crime de lavagem de dinheiro. Imagine bem! Só mesmo no Brasil.   setembro/2017. 

CRIMES INTRA-ESTATAIS

INDIGNEMO-NOS ANTE TANTO HORROR NOS ÓRGAOS DE GOVERNO
João Joaquim  

A sensação e má impressão que tenho tido com os fatos e acontecimentos do Brasil, eu suponho ser as mesmas de todos os brasileiros. Ao menos de todos os compatriotas que leem, ouvem e veem os noticiários. Nos jornais, rádios e televisões. E hoje, graças ao rádio e à televisão até os analfabetos absolutos e funcionais podem, se o quiser e desejar, se informar do que se passa nas esferas governamentais.
Estamos vivendo tempos tenebrosos. São façanhas e feitos que abalam o ânimo, o humor e a moral das muitas pessoas honradas e do bem. E justamente essas pessoas são aquelas que nos trazem muita esperança. O bem há de prevalecer sobre o mal. O sol de cada dia há de triunfar sobre a escuridão. Essas são as esperanças de milhões de brasileiros, estarrecidos que devem estar com as camarilhas de criminosos e malfeitores que se apoderaram dos órgãos públicos e privados do país. Até instâncias do  judiciário correm risco de contaminação nas levas e levas dos crimes , que ameaçam solapar as principais instituições do país, ministério público e tribunais superiores.
“Indignai-vos”, diria Stèphane Hessel. Essa expressão de protesto é o título de um livreto desse ativista e sobrevivente do holocausto . Hessel (falecido em 2013), já nonagenário, se tornou um das testemunhas mais emblemáticas do que foram os horrores do nazifascismo de Adolf Hitler . É evidente que não há paralelo entre aqueles fatos da Alemanha de Hitler e as ocorrências do Brasil, dos quadrilhões do partido dos trabalhadores (PT) e do partido do movimento democrático brasileiro (PMDB) e mais alguns coligados.  Ou seja, os partidos do ex presidente Lula da Silva e Dilma Rousseff(PT) e Michel Temer (atual presidente da república) e Eduardo Cunha ( ex deputado e ex presidente da câmara), ambos do PMDB. Mas, a palavra de ordem vale, indignai-vos.
Quando se supõe que o pior já passou e que já se viu de tudo, fica-se em pasmo e paralisado com os relatos dos crimes em série. Crimes, obviamente, não de assassinatos, mas os mais escabrosos contra a ordem econômica, financeiros, de corrupção, de peculato, de suborno de autoridades, de compra de liminares, de cooptação de autoridades, de lavagem de dinheiro; com participação  de agentes públicos em todos os níveis, de gestores públicos da união , estados e municípios.
E na verdade são crimes contra vidas. Da vida e da saúde de milhões de pessoas desassistidas pelos hospitais públicos e postos de saúde. Que bem o atesta essa triste realidade o estado do Rio de Janeiro. Ele está completamente falido pela ingerência e seriado criminoso liderado pelo ex governador Sérgio Cabral e sua claque de auxiliares. Ali, como veio à público, até o tribunal de contas do estado compactuou no imbróglio delituoso de corrupção e lavagem de dinheiro.
No âmbito federal três fatos me aturdiram pela naturalidade das práticas delitivas. Os diálogos dos executivos da JBS. Mais  do que toda a nação, deveriam deixar os membros do judiciário irados e indignados. Ficam as confissões de que eles aliciam e cooptam quem eles desejam.
Até compra de liminares e habeas corpus são tratados como num balcão de qualquer negócio. Basta ouvir os áudios nos vários portais de notícias da Internet e Youtube.
E a confissão do ex ministro da fazenda Sr. Dr. Antonio Palocci, o Italiano? Ele foi o braço forte e direito (ou torto) de Lula e Dilma. O que é muito robusto e convincente é que seus relatos são concordantes com os dos delatores da empreiteira Odebrecht. De  Emilio (pai) e Marcelo Odebrecht( filho de Emílio). O que mais impressiona são os valores em propinas. Só  esta empresa pagou 300 milhões para Lula e Dilma. E mais, os lucros com a extração de petróleo do pré-sal seriam para manter o PT no poder pelo resto do mundo, no caso, pelo resto do Brasil. Penso que o projeto dos próceres do PT, liderado por Lula da Silva, seria transformar o Brasil, numa república popular comunista , a la Cuba. E eles os ditadores vitalícios, como os irmãos Castro. Como muitas republiquetas da África.
O mais inaudito e tenebroso na cenário da corrupção e lavagem de dinheiro está sendo protagonizado pelo ex deputado e ex ministro Geddel Vieira Lima. Que as futuras gerações acreditem quando estudarem a história da corrupção no Brasil. O Sr. Geddel, ex ministro de Temer, de Lula e Dilma, tinha guardado em um apê mais de 51 milhões em reais e dólares. Isso, acreditam as autoridades, deve ser  apenas uma das montanhas de dinheiro que o ex parlamentar e ex vice presidente da caixa( sr Geddel)  tinha guardado. Agora, perguntam as autoridades e a nação: de onde veio tanto dinheiro? Qual a finalidade de tanta fortuna? Com a palavra a justiça e as explicações do sensível e choroso Sr. Geddel. Será que ele irá seguir a Omertà( código de Silêncio das máfias italianas) ? Só mesmo aqui no Brasil.

Setembro/2017

Assassínios (as) de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...