sábado, 29 de junho de 2019

Filho mimado = cidadão idiota

PROTEGER E MIMAR DEMAIS UM FILHO É TORNÁ-LO UM CIDADÃO INÚTIL
JOAO JOAQUIM

 Um erro grosseiro e repetido que vejo nas relações pais/filhos é a excessiva proteção que muitas famílias dão aos filhos. Não que eles dispensem tal guarida. A criança indefesa nasce e por muitos anos precisará de acolhimento, vigilância, monitorização contínua educação.
Talvez esse é o maior dos cuidados, educação. Como criança não mimada que fui posso de carteirinha falar. Aos 14 anos de idade fui lançado aos reveses da vida e a todos venci. Sou o que se pode chamar de um sobrevivente dos desafios da vida. Com ousadia, galhardia e muita alegria.
Nessa denominada modernidade líquida, onde tudo é volátil, descartável e fluido temos assistido ao surgimento de uma geração de jovens frágeis, dependentes, ociosos, improdutivos e irresolutos. Muitos desses filhos demoram muito a atingir a sua autonomia civil e financeira porque foram assim criados, educados e nem um pouco exigidos em termos de responsabilidade, trabalho doméstico ou remunerado e compartilhamento de tarefas.
Numa audição e olhar mais atento são muitos os erros que os pais e famílias empregam no trato com os filhos. Nesse sentido basta tomar alguns clichês ou expressão de ordem que certos pais se referem aos  seus erados filhos( já criados e adultos). “Meu filho(a) é muito inteligente, só tira nota boa”. Tal concepção e conclusão soa ilógica, sem nenhuma base científica. Quando é que copiar as matérias da lousa ou data show, estudar os deveres de casa e receber notas altas vão traduzir em alto quociente de inteligência? Ou seja, os pais e filhos vão se sustendo nesse autoengano. Não que seja erro fazer elogios comedidos aos filhos  pelo desempenho deles nas obrigações escolares. Mas, que eles sejam informados e conscientizados, de que notas elogiosas nada mais são  do que o resultado de esforço, obediência e dedicação ; e nenhuma aferição de prodígio ou genialidade.
Nos meus muitos contatos e diálogos que tenho com parentes, contraparentes, aderentes e amigos não é incomum ouvir certas pérolas das famílias relativas aos filhos e jovens daquele grupo. Tais são as expressões nesse sentido: “Fulano (a) é muito inteligente, tem um raciocínio rápido, muita cultura, fala bem”, etc. E aí muitas vezes é inadiável a pergunta: e o que o fulano (a) está fazendo hoje? Natural, nossa curiosidade, já que se trata de um indivíduo genial e diferenciado.
E eis que vem a resposta quase numa saia justa. Não, o fulano está à espera de alguma oportunidade, o emprego está muito difícil ou então essa outra: está estudando para concurso. Ele já fez uns 10 testes de capacitação para algum trabalho, mas ainda não chegou a sua vez. Curioso, não é? Visto tratar-se de um sujeito que foi sempre genial em suas obrigações escolares. Ao menos, o sujeito se torna um expert (expertise) em concursos de emprego. E aí poder-se-ia cravar uma outra pergunta embaraçosa: se genial porque não se tornar um empreendedor, um trabalhador autônomo? Já que não passa em nenhum concurso de emprego e é inteligente e genial .
Uns meses desses falava com um parente e aderente sobre um jovem da família. Esse exemplo é bastante ilustrativo e robusto na tese da nocividade e desconstrução da pessoa humana, quando ela em fase educável e de formação é revestida de mimos, privilégios, direitos e excessiva proteção. Minha inquirição sobre esse saudável, robusto e mais que isto: tido e havido como inteligente, de raciocínio lógico diferenciado e aluno de destaque no ensino médio e faculdade.
Esse mesmo parente, numa reação de muito protetor, discorreu ainda mais sobre os atributos e virtudes do guapo e inteligente moço”.
Além do mais ele não faz nada de ruim. Ele não bebe, não fuma, não usa drogas e tem até uma ótima namorada”.
A quem eu repliquei: nada de ruim ele pratica. Ponto pacífico. E de bom o que ele faz? Nada. Será que não praticar o mal é alguma virtude extra?
Esse é um exemplo dos jovens da era virtual, da internet e da modernidade líquida, conforme teoria de Zigmunt Bauman. Uma geração intitulada nem nem. Alguns subgrupos trezes vezes nem. Não trabalham, não estudam e alguns nem interesse têm nessas ocupações. Que futuro têm essas pessoas, hein !

Família

A FAMÍLIA EM RISCO DE EXTINÇÃO
João Joaquim  

O progresso tecnocientífico e os avanços  sociais têm levado a família à falência. O progresso científico, das tecnologias e os avanços das relações humanas (direitos humanos) vêm propiciando essa triste e irreversível derrocada da família como “célula mater” (Rui Barbosa) da sociedade. Vamos ao contexto dessa constatação e veredito, tendo a educação como redentora dessa sociedade em risco .
Tomemos a função de um professor. A missão do educador se compara a de um ourives. Buscando a origem do objeto de trabalho do ourives, a pedra preciosa, o ouro na sua forma mineral primitiva. Na origem, essa pedra ou precioso metal está entranhado na terra, numa rocha. Quebradas essas rochas, tem-se a joia em forma rústica, entre as gangas, na terra bruta.
Aqui o ouro é separado, lavado, retirada a impureza, a areia imprestável, aparada as arestas, e em forma bruta e rude enviado à oficina do ourives (hoje modernamente existem as fábricas de ouro e pedras preciosas). O que fará o ourives com esse precioso metal rude, agreste, feio, rugoso e imprestável? Dar-lhe forma, aparar -lhe as arestas, polir a sua superfície, torná-lo em uma joia brilhante e bela.
O que faz um educador -que pode ser o pai, a mãe, um tutor, o professor escolar-? O mesmo que faz o ourives na sua cuidadosa e curadora missão. A criança desde o seu nascimento se equivale a uma pedra preciosa em estado bruto e selvagem. Necessárias se fazem todas as fases educativas, como se fosse uma ourivesaria. De um ser bruto, absolutamente analfabeto e selvagem, torná-lo um indivíduo produtivo, independente e bom no sentido amplo que o termo refere.
Um outro comparativo que se pode estabelecer é a missão do educador com a missão de um adestrador de animais (potro, burrinho, cachorro). Tem muito de semelhante, tem muito em comum. Afinal de contas, nós humanos e os animais irracionais temos em comum uma constituição selvagem instintiva. A criança nasce com apenas instintos e reflexos. Reflexos relativos à manutenção da vida, da sucção (mamadas) e excreção involuntária (defecção e micção). Ela não tem nenhuma informação intelectual. Apenas a sensorial de que a proteção e o peito da mãe lhe farão bem. Crianças são incapazes, aéticas e indefesas. Totalmente dependentes.
Nesse sentido, a criança vai crescer como um animal xucro (chucro), cheio de nicas, manias e tiques selvagens e rudimentares. Para corrigir e limitar esses instintos e reações toscas e rudes, a mãe e o pai como primeiros educadores vão fazer esses reparos, essas correções a exemplo do que faz um adestrador ou amansador de um potrinho, de um cavalinho ou burrinho. Foi referido no prefácio desse artigo que os avanços científicos e sociais vêm permitindo a derrocada da família, ao esgarçamento das relações sociais e dos jovens com as instituições e com a família. E não sem razão.
Muitos foram os movimentos da juventude nas décadas do pós-guerra (dos hippies, yuppie, punk). Mais recentemente tivemos a primavera árabe (Egito, Tunísia, Líbia e Síria). No Brasil tivemos as passeatas por passe livre e universidades gratuitas. Todos esses protestos e reivindicações tiveram a simpatia, a adesão e louvores de nações democráticas e ponto pacífico.
Em conclusão, sobre a educação dos jovens dos novos filhos das novas gerações. De muito tempo surgiram os intitulados grupos de direitos humanos. Também muito louvável essa crescente defesa dos direitos das crianças, dos jovens, dos cidadãos e das mulheres.
A educação regida pelo governo vem sendo debatida, com diretrizes errantes e nada consensual. Temos assistido a um rol imenso de chavões e clichês sobre direitos humanos. Os pais das novas gerações dos novos jovens têm se embalado nessas novas teses. São tantos direitos pregados em prol das crianças e jovens. Crianças e filhos criados (apenas) sem saber o significado do não e do sim. Estamos na iminência da extinção da família. Temos o risco de surgimento de pessoas criadas ao léu, sem limites, sem sentido de responsabilidade, trabalho e dever. Apenas direitos humanos. As pessoas andam embriagadas e aturdidas com os múltiplos  recursos tecnológicos a tal ponto  que elas vem perdendo a capacidade de abstração , de pensar criticamente sobre o entorno onde vivem. Tal realidade é bem perceptível e ostensiva nos jovens de nossa modernidade virtual e tecnológica.  Quão triste esse risco rondando as famílias .  Junho/2019.

Mulher ofídica

O MALOGRADO BOTE DE NÁJILA

JOÃO JOAQUIM  

Estudos científicos de seguimento horizontal e vertical vêm demonstrando que atividade física continuada e exercícios de memória previnem demências e mal de Alzheimer, esta a mais debilitante das demências senis. Agora pelo que demonstram as manchetes bombásticas da imprensa, atividade física em intensidade atlética parece embotar ou inibir a inteligência dos atletas. Seria, aliás, uma ótima matéria de pesquisas e ensaios clínicos. Até que ponto, a hipertrofia muscular nos atletas, causa-lhes  atrofia da massa cerebral e embrutecimento ou idiotização de seu nível mental ou quociente  de inteligência?

A amostra grátis chegadinha de fresca da semana é a do jogador e craque da seleção, Neymar, da seleção de futebol. Extremamente habilidoso e genial com a bola no pé, pelo demonstrado, como revelam as matérias de jornais impressos e televisivos, se revela um cabeça-de-bagre quando se trata de empregar as faculdades mentais. Sua última presepada (fanfarrice) se deu ao combinar encontros de orgias sexuais com uma jovem modelo e aventureira de São Paulo.
Moça essa que pelo apurado, de forma premeditada, foi ao encontro com o pretendente em hotel de Paris, onde joga o craque brasileiro, já com requintadas intenções ofídicas. E o que é pitoresco e hilário é que ele caiu como se fazem os ratos em ratoeiras com apetitosos nacos de queijo. Foi fisgado como sedento lambari.
Aos fatos para melhor caracterizá-los. Nájila vive em São Paulo e transparece  viver muito feliz. Nájila ,de forma ou não social vive nas redes sociais. Ela bomba nas redes sociais.  Rede social, para os mais antigos é uma forma de malha ou teia digital, pela qual as pessoas se intercomunicam. Na qual também as pessoas vão se enredando, se entrelaçando, na própria rede ou com outras pessoas. As mais populares são o facebook, o instagran, o tinder (parperfeito) e whatsapp. O  telegramm , que agora vem enredando até o ministro da Justiça e membros do Ministério Público.
Nossa Naja trindade, paulista de domicílio , e  de intenções viperinas, iniciado o romance com o nosso craque Neymar, isso feito via “instagran e wats”, deliberou o seu pérfido plano. “Eu enveneno esse pretendente e consigo muito mais que um enleio carnal”. Só para objetivo de contexto lembremos que Nájila é homônima da “naja tripudians”, o repelente ofídico que excitado insufla o pescoço antes do bote fatal.
Nossa Naja  paulista, a de olhos grandes e expressivos, planejou o seu sucesso (naja). Encetada a estratégia, tinha os olhos cada vez mais brilhantes e expressivos pela proximidade do êxito. E assim foi enredando o famoso futebolista. Nosso craque com a bola nos pés e cabeça-de-bagre das redes sociais foi combinando toda a orgia sexual . Tudo  documentado no seu whats. Vamos fazer assim, assado etc. tudo devidamente registrado para futuros balanços.
Comprou as passagens, reservou o hotel , e lá foram se refestelarem em lúbricos enroscos. Foram-se no primeiro dia, depois outro e outro. Só que deu errado. Passados 15 dias o nossa olhuda Nájila volta ao Brasil e acusa o craque de estupro. Houve ou não a referida violência sexual? Porque nas imagens até então exibidas por nossa viperina Najila, ela é que o agride.
As trocas de mensagem pelas redes, ora sugerem, ora infirmam tais acusações. A conjunção carnal se deu de forma consentida ou invasiva ? O nosso craque Neymar, nega tais aleivosias e agressões de forma peremptória.
Todas as questões estão postas, nos respectivos inquéritos policiais já instaurados. Enfim, são contrafações , violações de intimidade e dignidade sexual, e mais  contradições para mais de uma polícia e uma justiça, juntas. Qual será a verdade real no final do julgamento? Cada qual ao seu turno que faça a sua aposta!    Junho/2019.0

Corrupção hereditária

NOSSA DESIGUALDADE SOCIAL E CORRUPÇÃO COMEÇAM EM  PORTUGAL
Joao Joaquim

Quando olhamos o cenário geopolítico do mundo, quando olhamos as relações estado/sociedade, constatamos o quanto em muitos países sobressaltam as diferenças socioeconômicas que permeiam as pessoas. Quando se fala em estado, se fala em seus poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Se fala das relações desses órgãos com a sociedade. No Brasil, como em muitos países subdesenvolvidos ou emergentes (Brasil neste grupo), se constata enorme disparidade em termos de renda e acesso aos serviços prestados pelos governos. Em muitos países, é o caso do Brasil, a riqueza, lucros, super salários, o PIB, enfim, estão concentrado nas mãos de poucos. Trata-se de uma gigantesca injustiça social, poucos têm muito, muitos têm pouco ou nada  para sobreviver porque estão situados na categoria de pobreza ou extrema pobreza. Quais seriam as origens e causas de tanta desigualdade socioeconômica nos chamados países subdesenvolvidos ou emergentes? Tratam-se de questões políticas na essência. Como exemplo: mandatários ditatoriais, cooptação de governantes por grupos criminosos, longo domínio de um mesmo político no poder, leniência e tolerância da justiça,  e principalmente corrupção. Muita corrupção envolvendo empreiteiras e governantes no poder. Nesse gênero e lista de causas basta tomar o exemplo do Brasil com muitos empresários e agentes públicos envolvidos nos processos ora em curso da operação lava-jato. Para  contextualizar , há uma equipe formada por procuradores de Justiça, policiais federais e juízes federais, que são especializados em investigar crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa. Todo esse aparato tem esse nome popular, Lava-Jato. 
A corrupção no Brasil tem a história e a idade do próprio país. Não se tem como provar que os indígenas que aqui eram nativos tinham a prática da corrupção. Convivendo com os brancos se sabe que muitos assimilaram esse expediente delituoso. Outra verdade esquecida e negligenciada é que os povos indígenas foram duramente escravizados, maltratados, assassinados, constituindo esses massacres em autêntico genocídio. Basta o registro de que no ano de 1500, quando chegaram os colonizadores a população indígena era estimada em cerco de 5 milhões de pessoas. Atualmente calcula-se que esse número seja de 460 mil indivíduos. Os maiores responsáveis por esses massacres e extinção de muitas etnias foram os próprios colonizadores;  e atualmente fazendeiros, garimpeiros, madeireiros, posseiros e outros profissionais ilegais que invadem e confiscam as terras desses nativos do território brasileiro. 
Outra causa de extinção de povos indígenas vem do próprio estado com a construção de imensas hidroelétricas. Como exemplos, a usina de Belo Monte PA, São Luís de Tapajós PA, de Tucuruí PA, de Santo Antônio RO.
A corrupção e disparidade socioeconômica no Brasil começam com a chegada dos primeiros colonizadores e seguem com os chamados privilégios ancestrais. O próprio Pero Vaz de Caminha como primeiro escrivão da colônia pede ao rei do Portugal Manuel I (apelidado de o afortunado, o venturoso, o bem-amado) emprego para seus parentes. Até os primeiros operadores de justiça como ouvidores e juízes eram acusados em Portugal de corrupção. Nos processos e julgamentos dificilmente se condenavam aquelas pessoas de melhores cargos funcionais ou de posses materiais. Os escravos, negros, mulatos e índios raramente escapavam dos tridentes da justiça e seus julgadores. Em 1549, Pero Borges, veio na comitiva de Tomé de Souza, como ouvidor-geral de Justiça. Ele tinha sido investigado por desvio de dinheiro na construção de um aqueduto, lá em Portugal.
Assim, de forma concludente pode-se afirmar de forma categórica que a exclusão social, as desigualdades socioeconômicas e de acesso aos serviços públicos como deveres do estado vem de outra época, dos tempos do Brasil-colônia.
Aqueles privilégios ancestrais, das carteiradas, dos ricos e nobres, da imunidade e impunidade, de cadeia só para preto, pobre ou prostitutas permanecem quase inalterados. Quantos ricos e nobres se têm nas prisões hoje em relação aos denunciados e processados? Poucos.
Aliado a tudo isto os carteis de ricos e poderosos, o conluio público-privado com empreiteiros formam todo um sistema de tornar os ricos mais ricos, os pobres mais pobres e o Brasil um dos campeões do mundo em desigualdade e exclusão social e em corrupção. junho2019.    

Sem má Cia

MELHOR SÓ QUE MAL ACOMPANHADO(A)
João Joaquim  

As relações humanos sempre foram, estão sendo, e sempre serão de interesse científico em vários ramos de pesquisas, de disciplinas e profissões médicas e sociais -antropologia, psicologia, sociologia, psiquiatria.....
A afirmativa nessa abertura não é nada opiniática, nada inventivo. Basta ter em consideração que o ser homem não tem a vocação ao isolamento, ao solipsismo, a solidão. Momentos isolados existem que trazem até crescimento, construção. A vida em solitude pode ser positiva em alguns momentos. Diferente da solidão, a solitude representa instantes de reflexão, de meditação, de um ócio criativo e inspirador.
Para bem aquilatar o valor e a importância das relações humanas, se tornam útil três situações na vida das pessoas – em se falando de saúde e estilo de vida-  .
Grabatarismo; trata̶-se daquela condição em que o indivíduo impedido por uma doença, déficit físico ou funcional se encontra acamado, impedido de mobilidade de forma autônoma, ele precisa de um cuidador. Como exemplos, pessoas no leito hospitalar ou instituição de apoio.
Sedentarismo; seria outra condição, onde o indivíduo que por impedimento patológico ou voluntario não faz atividades físicas. Hoje o estilo sedentário de vida se tornou uma pandemia pelas graves consequências que traz para a  saúde global do indivíduo. Representa um dos principais fatores de risco (FR) para doenças cardiovasculares, infarto e derrames cerebrais.
Tem-se ainda o gregarismo; constitui uma estratégia de proteção em que grupos de animais formam manadas ,  bandos ou rebanhos como forma de mais força e coesão do grupo. Tal expediente se verifica entre os irracionais (mas, de iniciativa muito “racional”) e entre os humanos. O gregarismo é diferente de multidão que ocorre de forma ocasional ou esporádica de acordo como os apelos, conveniências e estímulos ambientais
Ao se analisar as relações humanas leva-se em conta que não somos constituídos apenas de elementos químicos e físicos como carbono, água, hidrogênio, gases e elétrons. Temos acima de nossa  dimensão orgânica,  uma esfera abstrata; razão, emoção, amor, ódio, repulsa, paixão e empatia ou antipatia. Muitas são as possibilidades de uma harmonia e completo choque ou repulsa nos contatos sociais. Pessoas existem que sequer combinam em uma troca de olhar ou aperto de mão. Pessoas há que muito têm em  comum, mas nem tudo semelhante, porque igualdade nunca se vê nas pessoas,  nem os gêmeos  são “iguais”, guardam muita semelhança, mas nunca identidade plena. 
Pessoas existem cujas vozes são intragáveis e inaudíveis. Muitas são tão repulsivas e perturbadas que portam como que uma auréola de espinhos ou pó urticante. Além de antipáticas (nulas de empatias), são rebarbativas e corrosivas para outras de seu convívio, tipo porco espinho.
Como conclusão, ficam esses conselhos e diretrizes para todos, notadamente para todas (mulheres, meninas e namoradas). Façam na escolha das companhias (companhia, significa partilha dos pães) como se fazem nas opções de vestibular ou ENEM. Submetam seus pretendentes a uma análise mais rigorosa e minuciosa. Vejam melhor os qualificativos afetivos e morais dos candidatos a paqueras, a namorados, a maridos, ou a simples “ficantes”. Com esse crivo, essa triagem, essa maior desconfiança, todas vocês sofrerão menos assédio moral ou sexual, evitarão toda forma de abuso psíquico, de agravos a sua   dignidade sexual e até o feminicídio. Acautelem-se de gente e homens perturbados, sociopatas, idiopatas e predadores. Não é tudo nessa matéria  , mas falei pouco e tá falado.  Junho/2019

Celular

AS GROSSERIAS PELO MAU USO DO CELULAR 

João Joaquim 


A evolução dos recursos da comunicação no mundo é algo extraordinário. A história nesse sentido é algo fascinante. Pode-se afirmar sem hesitação que a comunicação até início do século XIX guardava intima relação com os meios de transportes. Transmitir alguma informação tinha estrita dependência com a logística de mobilidade a longa distância. Em fins do século XIX, houve um progresso com a invenção da telegrafia. Na antiga Grécia por exemplo, época do surgimento das olimpíadas, o meio de comunicação mais rápido e confiável era o próprio homem, os atletas olímpicos eram empregados nesse sentido.
Já no fim do século XIX houve grande avanço com a invenção do automóvel e da telefonia fixa. Nesse contexto tivemos então a contribuição histórica de Gerard Ford com o automóvel e de Grahn Bell com o telefone. As contribuições do século XX foram a invenção do avião do Santos Dumont (1906), do rádio, da televisão, da internet e da telefonia móvel. Todos esses recursos extremamente aprimorados no início e evolução do século XXI, não impropriamente chamado era digital ou da pós modernidade líquida, segundo teoria do filósofo polonês Zigmunt Bauman.
Uma temática por demais interessante se refere ao uso de cada invenção, cada descoberta, cada recurso tecnológico. Além do emprego correto de cada instrumento a serviço da humanidade pode-se também analisar os seus desvios de função. Ou seja, o que seria o desvio de função? Seria todo e qualquer emprego dessa ou aquela máquina ou utensílio pessoal, industrial e coletivo para fins nocivos, para toda finalidade que não seja algum benefício para si ou para terceiros, incluindo a coletividade, a sociedade. 
Tomemos o caso do telegrama. Enquanto foi empregado, porque trata-se de um meio de comunicação extinto ou obsoleto, será que foi utilizado para fins ilícitos, para passar trote, fofoca, ou Fake News?  É pouco provável, considerando que em sua existência sequer se conhecia  ou se falava em Fake News ou pós-verdades.
Tome-se o recurso da carta tradicional ou outras remessas pelo correio, sedex por exemplo. Ainda se emprega muito esse meio de comunicação para o cometimento de atos ilícitos, difamações, injúria, ofensas pessoais e outros expedientes delituosos. Como exemplos temos mensagens injuriosas a alguém, o transporte de drogas ilícitas e entorpecentes ; e mesmo bombas e explosivos com intenção homicida. Analisamos os recursos do rádio e televisão. O emprego do rádio e televisão com desvio de função não se dá de forma numericamente significativa. E tem uma única explicação, a questão da exposição e identificação do autor da infração ou crime de que natureza for. Aqui torna-se impossível o anonimato. Ou seja, nesses veículos de comunicação o agressor se faz notar e identificar pela voz e pela cara. 
Por fim, temos então os dois meios de comunicação da pós modernidade ,a internet e a telefonia móvel. Quando se fala em emprego do telefone, se pode referir tanto ao fixo como o móvel. Nesse gênero de comunicação em se falando estritamente de se ligar, telefonar para alguém. Ainda se pode empregar esses instrumentos para fins nocivos, ilícitos e imorais ou até criminosos. Todavia com os mesmos riscos do rádio e televisão, pela quase impossibilidade do anonimato, considerando que o autor das ofensas pode ser localizado.
A internet, dos meios de comunicação moderno ,se tornou a campeã em desvios de função. E aqui vão as razões. O fator mais importante é a permissão do anonimato relativo. Relativo porque as polícias dispõem de meios e recursos para se chegar ao autor de qualquer trote, ofensa ou prática de crime. Ou seja, através de rastreamento do IP se chega até o endereço do emissor daquela mensagem.
Como fecho de matéria, algumas considerações a respeito dos smartphones, também e ainda chamados de celulares. Na verdade esses tão buscados e desejados objetos digitais se tornaram computadores portáteis de fácil porte manual. Eles se tornaram disparadamente os recursos de comunicação que mais têm desvios de função. Basta imaginar que o que menos se faz com um aparelho de celular são ligações telefônicas. Pesquisa do IBGE aponta que mais de 90% do acesso à internet se faz com um aparelho móvel, tablets ou smartphone.
E aqui volto à questão: não é o aparelho que é incivilizado, antissocial, antietiqueta. O defeito, o vício, o mau uso é por conta do usuário, do indivíduo que porta o apetrecho digital. Mau é o ser humano.
É a eterna dependência, a nomofobia, a fomofobia. Isto é, as fobias de perder a conexão com a internet, o medo de perder o que está se passando nas redes sociais. As cenas useiras e vezeiras indicativas de ausência de etiqueta e deselegância são: estar numa festa, numa missa, num culto, numa reunião, num jantar, na rua, nas recepções públicas e privadas e  atender uma chamada,  passar mensagem, se digitar, se falar de viva voz para os quatro canto do planeta. Foram-se embora a intimidade, a privacidade, o recato, a vergonha. A maioria das pessoas não se falam umas com as outras. Todos  andam ligados e online nas redes sociais. São outros tempos, era digital.   Maio/2019. 

terça-feira, 28 de maio de 2019

A Educação como Libertação

EDUCAÇÃO COMO LIBERTAÇÃO DO INDIVÍDUO

João Joaquim -
Se fôssemos lembrar de dois grandes educadores, imagino que muitos citariam Jean Piaget e Paulo Freire.  Piaget (1896-1980) nasceu, viveu e morreu na Suíça. Inicialmente formou-se em biologia e se dedicou a esta ciência. Depois se notabilizou nos estudos de filosofia, psicologia e educação. Se tornou muito polêmico e conhecido como educador. Sua tese de educação era a de que o professor ministra uma aula e o aluno copia, repete aquele aprendizado, como copista, um repetidor.
O brasileiro Paulo Freire (1921-1975} foi considerado um dos maiores pensadores da educação de nosso país. Não é sem motivo que recebeu as maiores condecorações  como doutor honoris causa no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa. Foi reconhecido pela ONU/UNESCO como uma referência pelos estudos na área de pedagogia.
Freire escreveu por exemplo a pedagogia do oprimido, uma obra seminal em questão do ensino fundamental. Ele tem a educação como um processo libertador do indivíduo. Trata-se da relação do explorado com o explorador ou do oprimido versus o opressor. Assim, deve-se permitir ao indivíduo analfabeto absoluto ou funcional as condições para que ele próprio se liberte do estado de cegueira crítica ou cultural, da condição de explorado por qualquer sistema. Nesse sentido seria mais eficaz que o opressor (patrão, chefe) também contribuísse nesse processo libertador educacional.
Paulo Freire contraditava as teorias de Piaget para quem o professor era o único protagonista no aprendizado, onde ele ditava e o aluno copiava, nos moldes da teoria da tábula rasa ou lousa em branco. Segundo a qual todos nascemos sem nenhum conhecimento e com as experiências sensoriais a criança vai adquirindo conhecimento; ou seja, ao nascer o ser humano tem um cérebro sem nenhuma inscrição dos objetos e do mundo que o cercam. Com os estímulos e as informações dos sentidos o indivíduo vai adquirindo os conhecimentos das coisas ao redor.
Na sua filosofia da educação Paulo Freire sofreu influência de outros pensadores como Karl Marx (marxismo), Jean Paulo Sartre e Kierkegaard. Ele dava relevo especial à conscientização do indivíduo nas políticas da educação como um processo pedagógico libertador. Na instrução, crítica e conhecimento como um processo do desenvolvimento do homem ou da mulher que por ventura se encontra numa condição de opressão ou submissão (pedagogia do oprimido). O melancólico é constatar que Paulo Freire não teve o merecido e justo reconhecimento dos políticos e governantes de seu tempo. Coisas e ocorrências bem próprias de nosso país. Quantos não são os cientistas, pesquisadores e doutores que saem do Brasil, por falta de incentivo e suporte financeiro dos governos?
São centenas que deixam o próprio país por falta de financiamento para suas pesquisas. Além do salário que, às vezes é indigno, quando comparado com o que recebe membros do ministério público e do judiciário, ou mesmo os congressistas. São fenômenos  e jabuticabas próprias do Brasil.
A citação dos dois indigitados cientistas da educação no presente artigo foi um modo, um mote do tema central, a educação como transformação e formação do indivíduo. Ortega y Gasset disse que “o homem é o homem e sua circunstância”. Vale dizer que cada pessoa é o produto de seu meio social que começa pela sua educação. E aqui eu cito outro grande pensador, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Ele foi um franco-suiço, grande pensador da formação do ser humano. Autor da teoria do bom selvagem. Foi um dos iluministas e precursor do romantismo. Seu pensamento lapidar foi: “ Todo homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe”, teoria do bom selvagem.
Ele fazia acerbas críticas às instituições públicas, inclusive às escolas, capazes de desviar o indivíduo de suas potencialidades naturais. Ele é autor de duas obras seminais: o Emílio e o contrato social.
Rousseau  discorreu muito sobre relações sociais e atividade política. Das relações do homem com o Estado. Das leis e estamentos.
Trazendo a temática da educação na construção e formação da pessoa humana. Não é pleonasmo a expressão pessoa humana. Serve para dar ênfase e distinguir de pessoa física e pessoa jurídica. Muito se tem negligenciado quando a questão é educação, notadamente com os avanços sociais, com o surgimento do instituto dos direitos humanos.
Ao que parece grande parcela da sociedade humana tem a fixação apenas no termo direitos. Nunca se fala em deveres humanos. Há na verdade uma corrupção, uma subversão desses princípios. E aqui entra o processo educativo. O maior reflexo da educação boa ou má, distorcida, canhestra, viciada, mambembe, customizada, individualista, egoísta se vê no conjunto de hábitos do sujeito.
O que é o habito? É o comportamento permanente do indivíduo, fruto de sua educação primeira, aquela que se inicia na fase da amamentação e da chupeta. A família, os pais, os cuidadores iniciais, sejam as babás e outros monitores da infância serão os modeladores do futuro caráter e padrão comportamental do indivíduo.
Nesse processo de educação e hábitos entram as atitudes mais básicas da vida. Assim temos os cuidados higiênicos, sejam os de ordem pessoal e ambiental, o respeito sistemático aos pais e aos idosos, ao cultivo da gentileza no trato com qualquer pessoa, ao respeito hierárquico a quem de mais experiência e de mais conhecimento, etc.
Enfim, os bons ou maus hábitos  são  o resultado da educação recebida e da família, complementada com os ensinamentos técnicos de uma boa escola. A educação é tudo na vida do indivíduo.    
    
 João Joaquim  MÉDICO — cronista do DM .   

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...