quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

O choro congelado

O GEMIDO DOS EMBRIÕES CONGELADOS

João Joaquim 

A Medicina é uma profissão que busca o apoio e as bases de muitos ramos científicos para o seu mais ético e humano funcionamento. São exemplos no seu constante aprimoramento a química (na síntese de medicamentos), a física (na execução de terapias e diagnósticos)  e a biologia (fisiologia, citologia, genética, fenômenos de reprodução etc).
Neste artigo busco falar especificamente sobre a reprodução humana. Trata-se de um ramo da Medicina que evoluiu muito. As expressões fertilização “ in vivo e in vitro” se tornaram até de domínio popular, tais as notícias veiculadas sobre tais práticas em clínicas de ginecologia e obstetrícia.
Antes de falar estritamente em humanos, faço um adendo. Na biologia animal e veterinária por exemplo os avanços chegaram ao estágio de clonagem e sexagem (escolher o sexo das crias). A reprodução induzida (“in vivo ou in vitro”) já vem sendo largamente praticada com vistas à geração de animais como matrizes, reprodutores e ao consumo como alimentos ( produção de  ovos e carnes de suínos e  bovinos).
 O instinto materno, muito mais do que o paterno, é um sentimento dos mais nobres. Ele deve estar presente em todas as mulheres, salvo um e outro caso fora dessa inclinação natural . Antes do advento da especialidade e das clínicas de reprodução humana o que sucedia com os casais inférteis ou estéreis? Três opções: a) aceitar a condição sem filhos, b) filhos adotivos, c) cuidar (ajudar) na criação e educação de sobrinhos ( se tornar tios e tias).
Vieram as clínicas de fertilização. E elas vêm se proliferando. Tornou-se um mercado rentável e próspero;  todavia,  com elas surgiram as questões colaterais. Algumas boas, outras ruins e péssimas. As notícias boas é que casais antes inférteis podem contar com esses serviços para o sonho de ter filhos. O lado ruim desses avanços da Medicina é que quase todas as clínicas são privadas e tudo muito caro. Existem poucas opções pelo SUS e nos hospitais-escolas das faculdades de Medicina.
Uma segunda questão digna de menção se refere à opção de muitas mulheres em adiar o sonho (plano) da maternidade. Todos havemos de lembrar que o risco de infertilidade e síndromes genéticas (ex Down) aumenta com a idade da mãe. Ou seja , mães inférteis mais velhas que buscam fertilização assistida, vão ter mais ônus monetário, porque a indução da gravidez é mais complexa,  e mais riscos de malformações fetais.
Uma terceira questão, talvez pouco lembrada de quem procura ter gestação induzida (“artificial, forçada, in vitro, de laboratório” ;  vários termos) envolve questões bioéticas graves, gravíssimas. Para tanto basta lembrar o que é feito e como é feito para uma mulher infértil engravidar. Basta enumerar os casos mais comuns. Situação 1. Vai-se estimular a produção da ovulação. Pode-se engravidar com feto único  ou gêmeos. Quanto mais gêmeos, mais riscos para mãe e filhos, são as gravidezes de alto risco. Todos os bebês , quase sem exceção, serão prematuros, o que gera mais ônus pelos custos de assistência neonatal.
Situação 2. A mulher não ovula, apesar de todas as técnicas de estimulação. Mas ela tem ovários e óvulos normais. Neste caso então entra a fecundação “in-vitro”. Vão ser obtidos vários embriões. Alguns vão ser implantados no útero da mulher. Como de todos sabido, muitas dessas gestações vão ser gemelares(2, 3, 4 fetos). As questões menos graves aqui são as de todas as gravidezes de gêmeos:  prematuridade, algum natimorto, complicações maternas , pré-eclâmpsia , diabetes, hipertensão etc.
As questões bioéticas gravíssimas que se revelam em autênticas monstruosidades no sentido ético, humano e religioso se referem aos embriões que sobram dessas práticas.   
Há hoje pelo Brasil e pelo mundo milhares desses embriões que “sobram”, das fertilizações  in vitro,  e estão congelados nessas clínicas de reprodução.
Os comitês de bioética, os conselhos de medicina, as entidades de direitos humanos não sabem o que fazer com esses embriões humanos. E todos tem um RG(pai e mãe ) e um genoma do casal  que se deu a esses expedientes. E esses casais sabem, porque todos assinam um documento intitulado “ Consentimento Informado”; ou seja, além dos médicos que fazem as chamadas gravidezes induzidas, a mãe e o pai são muito bem orientados sobre os desdobramentos dos procedimentos e a guarda (não pode descartar) dos embriões. Reprisa-se esse ponto porque se revela um questão bioética gravíssima com as quais os conselhos de Medicina ,entidades de Direitos Humanos e religiosas se deparam. O que será feito com tantos embriões humanos “congelados”?  Eles se transformaram no maior enigma ético e humanitário para os seus genitores( pais desses seres congelados) e autoridades legais e de saúde. Parece uma pergunta que soa  como  normal. Mas não é . Essa interrogação emblemática e enigmática das mais graves não pode se calar na consciência de quem permite essas práticas que são  os casais e médicos praticantes. O que será feito dos embriões que sobram das fertilizações ou gravidezes  artificiais ?  Janeiro/2020

Zero digital

 O NIILISTA DIGITAL

João Joaquim  

Celular por livros


FICA DECRETADA A TROCA DO CELULAR POR LIVROS
Joao Joaquim
Eu fico a imaginar com os meu botões sobre a relação das pessoas com o seu aparelho celular (o smartphone); não importa a grife, porque o fim e a eficiência são as mesmas. O termo vem do inglês, smart, inteligente, phone de telefone. Muito inteligentes foram os inventores do aparelho e do sistema. Nunca nenhum invento “pegou e colou” tanto. Chegamos a um estágio tão alto de consumo que hoje ninguém mais vive sem e nem desgruda de seu objeto móvel. Em estatísticas de Brasil, o número de celulares já supera em muito o de habitantes. São mais de 220 milhões de unidades. Quando se pensa em quantidade de chips surgiu no mercado outro gigantesco insight industrial e de consumo que é o dos chips (número do telefone móvel).
Nos últimos 10 anos calcula-se que as operadoras de telefonia  móvel tenham vendido cerca de um bilhão de unidades. Tal conta é simples porque dificilmente o usuário teve um único chip (número do chip celular) nos últimos 10 anos. Multiplicado por R$ 10,00, o preço por chip, são 10 bilhões de faturamento em chips.
Em se tratando da importância, das consequências e influência do celular na vida da sociedade e das pessoas.  É  de aceitação unânime que o telefone celular e seu uso como computador portátil representam importantes ferramentas para as pessoas que trabalham, que produzem, para os profissionais autônomos em geral. Vale enfatizar que o aparelho celular se tornou um computador de bolso, uma máquina multifuncional. Dentre suas múltiplas utilidades destacam-se o uso como telefone, das redes sociais, aplicativos diversos como os de acesso às contas bancárias;  pagamentos diversos e fonte de consultas pela internet.
Está aqui a se falar então da utilidade de um smartphone para as pessoas portadoras também de alguma  utilidade, compostas por aqueles e aquelas que trabalham, que têm um ocupação produtiva; não importa o ramo profissional ou empresarial.
De outro lado temos a maioria das pessoas, o grande rebanho de gente. Maioria esta composta por pessoas que não trabalham. Nesse grupo estão aqueles indivíduos que não trabalham por opção, os desempregados vítimas da crise econômica e falta de oportunidades, os estudantes em geral, idosos aposentados, menores de idade e crianças.
Pergunta-se, inquire-se e interroga-se:  Que finalidade traz um smartphone para esse rebanhão de pessoas? praticamente nenhuma. Quando muito vai aumentar o seu reportório e cultura em futilidades e nulidades.   Ou  seja, o smartphone na sua função de computador de bolso, de bolsa e mãos, representa para uma imensidão de gente, um instrumento de imbecilização. Não significa que um telefone seja inútil para essa multidão de pessoas, como telefone propriamente dito. E vêm as explicações.
 A  finalidade menos usufruída no celular é o de telefone. Basta observar as dezenas de pessoas à nossa volta;  quantas delas telefonam para outras pessoas ? Em conclusão: eu retomo a minha reflexão da introdução. O quanto de menos custo e muitíssimo de mais benefícios se essa massa dos inúteis e desocupados(as) trocasse os seus aparelhos de celular por livros. O quanto de ganho em termos de cultura e formação técnica teriam esses usuários de internet, redes sociais e outras excentricidades e futilidades que um smartphone oferece.
E como recomendação especial para a juventude. Quando se fala em leitura, não precisa ser no tradicional livro físico em papel. Bem ao sabor da garotada há os e-books, os livros nos tablets e notebook;  ouçam por exemplo os  audiolivros. Os objetos de mídia podem ser usados, na condição de trazer entretenimento saudável, cultura e conhecimentos científicos. Tal expediente, sim, seria de enriquecer a formação do indivíduo e melhor qualificar sua cidadania, beneficiando a grande massa de brasileiros, ociosa e desocupada, ou ocupada com ninharias, baixarias e futilidades. Janeiro/2020.   
João Joaquim médico e cronista DM www.jjoaquim.blogspot.com

domingo, 29 de dezembro de 2019

FAKE news


 FOFOqueiros,  tremei-vos


A internet não é um universo sem lei. Os julgados, em 1ª ou 2ª instância ou  do STJ retratam o cenário atual no Brasil ao mostrar que a internet é um espaço de liberdade, muito valioso para a busca de informações e o contato entre as pessoas, mas também de responsabilidade.  O Judiciário está atento ao direito das pessoas que têm a sua imagem violada. E os agressores, que imaginam estar encobertos pelo anonimato, serão devidamente responsabilizados por suas condutas.
No âmbito internacional, tem-se como marco a Convenção sobre o Cibercrime (Convenção de Budapeste), tratado internacional de direito penal e direito processual penal firmado no âmbito do Conselho da Europa para definir (de forma harmônica) como os crimes praticados por meio da Internet e as formas de persecução são tratados, basicamente as violações de direito autoral, fraudes relacionadas a computador, pornografia infantil e violações de segurança de redes. A Convenção foi adotada pelo Comitê de Ministros do Conselho da Europa na Sessão 109 de novembro de 2001 e entrou em vigor em 01 de julho de 2004..
  
Mais recentemente temos :


Dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos; altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; e dá outras providências.
Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos e dá outras providências.  
Art. 2o  O Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, fica acrescido dos seguintes arts. 154-A e 154-B:  
“Invasão de dispositivo informático  
Art. 154-A.  Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:  
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.  
§ 1o  Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput. Bem assim aqueles que enviam mensagens ofensivas, fraudas, com intenção de menosprezar, vilipendiar ou oprimir quem quer que seja.  
§ 2o  Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão resulta prejuízo econômico.  
§ 3o  Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle remoto não autorizado do dispositivo invadido:  
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave.  
§ 4o  Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos.

Quem paga o almoço ?

O MUNDO NÃO ESTÁ PARA VAGABUNDOS E OCIOSOS
João Joaquim  
Uma questão humanística que sempre foi debatida refere-se à relação do homem com o trabalho. Tais referencias rememoram às escrituras sagradas. Basta citar a alegoria da criação. Adão e Eva levavam uma vida paradisíaca. Foi então que surgiu a pérfida e serpe mensageira do diabo. Eles comeram do único fruto proibido do Éden. O desenrolar da história é de todos sabido. Tiveram noção da culpa e passaram então a trabalhar para o sustento. Apegando-se a essa visão fica a sensação que trabalho é castigo, suplício e torturante. Na origem vem de tripalium, suplicio. Mas, os tempos são outros, estamos na era pós industrial, mais que industrial vivemos em tempos do liberalismo econômico, era digital ou modernidade líquida  conforme teoria social e dos costumes do filósofo polonês Zigmunt Bauman.
Em poucos termos significa que hoje (vida digital, admirável mundo digital) tudo é plástico, mutável e célere, nada é permanente e garantido. A data de validade das coisas, utensílios, da moda e dos costumes é muito fugaz e volátil.
Quando comparamos as relações de trabalho desse mundo moderno dos novos tempos, com tempos passados tudo é mais exigente, mais competitivo. Além dos sistemas de economia liberal, do capitalismo selvagem temos então um novo sistema, o sistema do consumo. É uma imposição dos novos tempos. Consumir, comer, exibir, aparecer.
Para tanto vamos voltar não muito distante no sentido de se fazer um paralelo, do antes e do agora. Ao analisar a sociedade de antes da telefonia móvel e da internet constata-se o quanto a vida era mais simples, previsível e de pouca ambição e competitividade.  A dinâmica social era discreta, reservada e de baixa rivalidade e competição. Cada pessoa levava uma vida modesta, frugal e com poucas posses para o gozo e fruição da  felicidade. O que almejava um jovem na constituição de uma família? Um emprego para as exigências básicas de sobrevivência, uma casa e pouco mais ,conforme os padrões da época que se resumiram a poucos apelos em comparação com as propagandas, apelos  que se tem hoje.
Chegaram o telefone celular, o aprimoramento e massificação da televisão, a internet e as intrusivas e oblíquas redes sociais. De forma muito rápida  mudaram os paradigmas sociais, os apelos ao consumo. A pessoa então passou a ser “torpedeada” o tempo todo, com o marketing persuasivo e nocivo ao consumo e aquisição dos mais novos e modernos produtos de uso pessoal. Dentre os campeões estão os objetos digitais;  os smartphones, os notebooks, os iphones, os ipads. O mercado de alimento busca os preparos mais gustativos e coloridos na fidelização do consumidor. Um dos grandes consumos da modernidade líquida é a glutonaria, o refestelar, empanturrar de comida e bebida; como se a cada farra gastronômica fosse o último dia da vida.
E eis que ideologicamente, emocionalmente tem-se a sensação difusa do pertencimento, do sentimento de estar inserido na tribo global da posse e do consumo. Essa percepção de tantas mudanças em relação ao materialismo do consumo se vê com a inserção da mulher no mercado de trabalho. Em tempos não muito remotos a mulher era considerada predominantemente como uma profissional de prendas domésticas, na manutenção e cuidados da casa e dos filhos. Hoje, não. Houve uma mudança radical. A mulher, por uma exigência dos sistemas se equipara ao homem em todas as profissões e mercado de trabalho. Tantos assim que muitas adiam ao máximo a gestação de filhos e outras nem filhos querem. Elas dão preferência e prioridade às carreiras profissionais e aos empregos. Tudo por essa nova mentalidade na relação com o mercado de trabalho. Os novos tempos e o admirável mundo digital e tecnológico não mais permitem que os ociosos, desocupados e vagabundos vivam dignamente. Isto porque se eles desfrutam de todos os pratos e objetos digitais, só podem estar subsistindo de forma parasitária, às expensas de outro trabalhador que os sustentam. E tal expediente se torna  indigno, predatório. Porque como participar de todos os objetos da modernidade sem trabalhar, sem um poder aquisitivo que faça frente a essas demandas ? Alguém tem que pagar essa conta. Quem pagará ?

NATAL..SINCERICÍDIOS....


Rinhas de Gente pode

OS HORRORES DAS RINHAS DE CÃES

João Joaquim  

 Com muitos efeitos e reverberações negativas foi noticiada a prisão de uma malta de homens que tinham como diversão, entretenimento e prazer uma rinha de cães da raça Pitbull. Estamos a falar de um fato dantesco (por alusão ao inferno da divina comedia de Dante Alighieri), mas que está ocorrendo agorinha, século XXI, em plena era digital, aqui no  coração do Brasil - Centro Oeste, na cidade de Anápolis GO. Informam-nos a imprensa local, Tvs e redes sociais que a horda de gente foi presa,  pagaram fiança e os convivas do espetáculo de horrores vão responder ao processo em liberdade. Na verdade ao que sugerem as investigações, há uma rede de pessoas que vem explorando esse macabro negócio- São Paulo e Paraná já com alguns indiciados pela Polícia Civil.
Os cachorros foram liberados, alguns morreram pelos maus tratos, outros foram mortos e viraram churrasco dos criminosos.  Muitos  deles com ferimentos graves estão sendo tratados em clínicas veterinárias. Os animais eram treinados, açulados e atiçados para as lutas; tudo  para deleite, aplausos, gozo e diversão das pessoas ali presentes e organizadores do espetáculo macabro, de violência e sangue.
Como massivamente divulgado, os participantes do lúgubre evento eram de classes sociais e profissionais diversas. Do perverso espetáculo fazia parte um médico goiano , de renome entre a categoria profissional. Ao que sugere, Este indigitado profissional da saúde jogou na latrina o juramento (hipocrático) de defender a saúde e a vida, independentemente de quem quer que seja e que animal for, se racional como ele ou não ,como um cachorro.
Lendo e assistindo essas referidas cenas de maus tratos aos animais veio-me à lembrança um outro teatro de horrores que foi o coliseu Romano.
O termo deriva de colosso (houve o de Rhodes e o  de Nero). O coliseu foi construído no século I, por ordem e desejo do imperador Flávio Vespasiano. Este nome nos remete a vespa, aquela peçonhenta abelha  chamada marimbondo. Com esse nome, não se podia esperar alguma virtude dessa governante romano.
Nesse gigantesco teatro (de horrores) se davam as lutas entre guerreiros X guerreiros ou gladiadores; e o mais medonho e tenebroso entre homens e animais selvagens como tigres e leões. Morriam centenas de lutadores e milhares de animais ferozes. Cenas de nos remeterem aos círculos do inferno imaginado por Alighieri na obra a Divina comédia.
O coliseu Romano funcionou para essas tétricas lutas e combates até o ano de 404, quando o imperador Flavio Honório proibiu essas atividades. Atualmente, restam partes da construção.
Quando lemos sobre algumas barbáries da história da humanidade , sem uma reflexão mais detida, pensamos de imediato: ainda bem que isto não vai acontecer de novo. E erramos. Quantitativamente nem tanto. Mas, quantos pequenos massacres, chacinas e assassinatos ocorrem todos os dias.
Fica uma sensação daquela concepção de que o homem é um animal violento, que se deleita, se  diverte, se regozija com a dor, com a humilhação e com o sofrimento do outro. Principalmente quando se trata de um rival, um desafeto, um inimigo. E nem precisa ser um desafeto , basta ter um galo ou cachorro.
Quantas não são as pessoas que se comportam como sádicas e perversas e tem atração e um certo fetiche por brigas, agressões, ofensas, tortura animal, programas policiais, etc.
Um exemplo gigantesco e robusto do que são as mentes mórbidas e destrutivas de muitas pessoas está se regozijar com uma  luta de pugilismo;  modernamente e muito midiáticas, as lutas de MMA ou UFC. Para essas rinhas humanas ou octógonos do horror existem os empresários, os patrocinadores e as redes de televisão. Todos se irmanam e se pervertem no mesmo mau gosto pela violência, em agressões brutais e aniquilantes do perdedor e de preferência com  hematomas, ferimentos e sangue. Às vezes mortes.
Portanto, nossos convivas e anfitriões das horrendas rinhas de galo e cães, a exemplo das que vimos esses dias no interior de São Paulo, no Paraná e em Goiás,  têm muitos exemplos televisivos em que espelhar.  Dezembro/2019

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...