sábado, 26 de junho de 2021

Metas

 

DA FINALIDADE DAS COISAS


João Joaquim  

 

A filosofia para quem não se deleita e não se socorre de seus ensinamentos deve mesmo soar e parecer como afirmações e assertivas sem nenhum valor. Não é bem assim. Basta mergulhar com mais pertinácia em seus ensinamentos, em suas perguntas e questionamentos para apreciar o quanto esse conjunto de saber pode ajudar o ser humano em suas dúvidas, em suas mais candentes questões existenciais, nas suas angústias e sofrimento psíquico.

   Todos, independentemente do grau de instrução e escolaridade, podem ser filósofos. Grandes e notáveis foram alguns filósofos gregos. E eles não tiveram uma formação acadêmica padrão. Como exemplos: Aristóteles, Heráclito, Parmênides, Sócrates, Platão. Mais do que respostas e soluções o que deve mais fazer um filosofo são perguntas, indagações. Por que disso e daquilo? Como se dá tal fenômeno? O que é a vida?  De onde viemos? O que estamos fazendo neste planeta? Para onde iremos depois desta passagem pela Terra?

   Estas são as grandes perguntas que devem inquietar qualquer pensador, qualquer sábio. Nesse mister de indagações gosto muito de um capítulo extenso da Filosofia chamado Finalismo; ou Finalidade das coisas. E assim pode-se abrir uma enorme chave na busca dessas respostas.

   Podemos levantar dúvidas desde as coisas mais simples às mais complexas. Qual a finalidade desta caneta com que faço este manuscrito? Seria só de fato escrever este artigo? Qual a finalidade das pedras espalhadas pela natureza? Seria armazenar alguma forma inexplorada de energia? Seria trazer algum equilíbrio ao meio ambiente onde jazem impassíveis enquanto alguma força externa as retire de onde estão?

   Qual a finalidade da ausência de matéria? Do vácuo por exemplo! Enfim, são infindáveis as perguntas que podemos fazer sobre os seres animais, os vegetais, sobre tantas matérias com as quais convivemos.

   Tomemos algumas questões da convivência humana e façamos com elas algum jogo, algumas indagações, pertinentes ou não, simpáticas ou não, politicamente corretas ou não. Os exemplos mencionados servem para melhor compreensão e substância da Filosofia; da finalidade das coisas, dos expedientes, do estilo de vida, dos valores e apegos de cada indivíduo ou da coletividade. Vamos a alguns deles.

   A geração de filhos para certos grupos de homens e mulheres. Hoje existem muitas pessoas que fazem a opção de não gerar filhos. Seriam ótimas pessoas a quem fazer a emblemática pergunta: qual a finalidade de gerar um filho.

Estudar um pouco de Filosofia de Karl Jasper, de Jean-Jacques Rousseau e Martin Heidegger pode ajudar a se convencer da pergunta, de seu enorme significado.  Basta imaginar que há gente que não reúne condições financeiras, morais e intelectuais para gerir a própria vida. Imagine então ser um fabricante de uma pessoa, sem lhe prover as necessárias condições de criação, educação e formação como cidadão!

Imagina agora... no contexto de uma estética e saúde orgânica. Qual a finalidade de tantas extirpações anatômicas e implantes sintéticas. Por que tantos artifícios para mudar as características faciais e do corpo? Enfim, são indagações, dúvidas que as finalidades das coisas nos fazem através da Filosofia. Por quê? Como?

Da idade média para AS MÍDIAS

 

A CONVIVÊNCIA COM MÍDIAS E REDES SOCIAIS

João Joaquim  

 

Cada vez mais nos constituímos em viventes humanos sem comunhão com a natureza. Temos massivamente nos tornados autômatos em comunhão com máquinas, com computadores, com objetos artificiais, com as invenções tecnológicas e pouco mais do que isto. São demonstrações da materialização dos humanos. São demonstrações da materialização de nossas crianças, adolescentes e jovens. Autômatos e robóticos o que nos vimos tornando pari passu. A maior prova da materialização das pessoas vem sendo as tecnologias da Informação, as mídias digitais, o telefone celular, a internet, as redes sociais, o facebook, o whatsapp e todos os seus aplicativos para tudo. 

   Nesse contexto da materialização e coisificação das pessoas é bastante a menção do que se tornou a posse (aquisição de objetos) e consumo dos brasileiros, como de resto todo terráqueo daqui, dali, dos EUA, da Cochinchina e alhures. O relógio mais belo, o carro como o do amigo, a casa dos sonhos, as joias exibidas nas redes sociais. E, o mais cobiçado, o smartphone como o de meu amigo, de minha colega e amiga.

Nós todos estamos vivendo sob o império da pandemia do coronavírus.  Eis que a Covid19 tornou as pessoas mais “próximas”. Eis que então vem surgindo também a crise da convivência, os conflitos conjugais, a violência doméstica, a crise emocional e psíquica da convivência, do diálogo, da confraternização. O vírus obrigou as pessoas a se falarem mais, a se confrontar, a se enfrentar, a ficarem mais juntas, se não mais próximas.

   Porque não tem havido mais fraternidade entre as pessoas. Além de desamor, as pessoas no convívio doméstico perdem o respeito, a compreensão da alteridade de quem coabita com elas. Começa-se nesse contexto o entendimento do que é o casamento. Nenhum sujeito casa com outro com a mesma identidade, semelhante quando muito. Muito menos igual. O casamento é a ligação entre duas pessoas não idênticas, não iguais. Ele é, enfim, a união, ou conexão ou acoplamento das diferenças. Se assim compreendido entre os seus cônjuges existe grande chance de sucesso, de convivência harmoniosa, fraterna e amorosa.

   Além da vida atual estar sob a égide, sob o império da pandemia do novo coronavírus, vivemos sob o domínio e da massiva influência da Internet e suas ubíquas ou globais redes sociais. A vida das pessoas, o seu cotidiano tem sido comandado pelas mídias sociais, notadamente pelo whatsapp e facebook.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

vavan

 #Rébus.cada # esotéricas

 VIVANDEIROS

 Na busca da imortalidade de suas realidades, não são poucos os que esquadrinham sublinhar cada feito de seu idioleto. E o fazem com mãos e meneios episcopais. São como liturgias de curiais. Muitos, quejandos, lançam mesmo suas energias recônditas e viscerais aos lobos de estepe por eles mesmo erados, ou se não os houver, jogam-nos às alcachofras e urtigas as mais urentes, e de forma muita vez fremente.

Enquanto aqui como ordinários viventes, não infrequentes, assistimos a feitos e façanhas no melhor regalo e regateio em que vicejam tais e quais gentes. Ao se consultar o seu repositório de valores, ou sua ucharia de provisões, veem-se como se quadram entre vivandeiras que possuem como viáticos as composições espirituosas de apenas deleite, e sem nenhum descrimine. Sintomáticos de passados de terráqueos e sicários gentios.

Embeiçado e embevecido por tais mediocridades, não passam de sapiens sapiens que subsumem na mesma pachorra de nitentes enganosas e pérfidas significâncias. Tudo e todos reverberando nas suas incontidas caganificâncias. Para tanto é suficiente um olhar atento aos seus sisíficos meneios, com logros, com negaças, no mesmo corolário de não quero, dissimulados, obviamente. Pérfidas assertivas e compassivos estribam nas reiteradas penetrâncias.

Trata-se de um basto estilo de subsistência. Contínuos modus vivendi. São indivíduos de intelectos, como os próprios portadores; Mentecaptos? Não e não. Na mensuração do quociente de racionalidade são como eles próprios. Meão, meã, e sem retrocesso, conduzem como pessoas ardentes ou languidas de moralidade na mais prosaica e lasciva diretriz da existência. Afinal, esta está no zênite de uma cúpida essência.

Aos olhos de comensais e escudeiros se passam sempre por onírico e delíquios, na epidérmica formosa, resoluta e ressumando sectário audaz em todas as lides verborrágicas. Foi bem ali distante, na opulenta Adem que cantou Filinto Elisio. Acautelem-se todos os que os seguem. Na estultice de um pato-real, muitos são os embusteiros, que sendo no fundo genuínos sicários, buscam, nimiamente, fazer de seus acólitos, como se esses fossem os seus “Similias Similubus”. Acautelem-se.

 

Santo Antônio já ensinava  ou o filósofo Antônio Gramsci. Uma orientação dele me marca: “Ser cético na razão, mas com esperança no coração.” De alguma maneira, era o que a vida quase inteira tentei fazer: duvidar mas esperançar

sábado, 5 de junho de 2021

COM MARTELOS

Como solicitados por leitores; vejam os leitores; outros artigos em meu blog de Filosofia-

Ali com um estilo nimiamente cáustico, com certas ferrametas, ora de ourives , ora de carpinteio.

Martelo, enxó, refilador, puas

Curtam lá, e não se sintam no contexto

sábado, 29 de maio de 2021

ILUMINURA.ÇÃO

 

 

 

 

AURORA DO ENTARDECER

 

João Joaquim  

 

Nos momentos vespertinos saio pelas ruas

Pouco me interessam as luzes artificiais

Contemplo o céu; embevecido vejo nuvens

Elas vão dispersas, em metamorfoses, nuas

 

Cada horizonte, com os raios refulgentes

Dádivas finais de mais um dia alvadio

Nada tenho nos bolsos, de mãos vazias

Transeuntes frenéticos; alguns indigentes

 

As estrelas; paulatinas vão se acendendo

Pássaros; em séquitos, buscam abrigos

As luzes dos postes se acendem frias

Elas vão iluminando; a cidade anoitecendo

 

Cai de todo a noite; volto para meu abrigo

As luzes que iluminam as casas vêm de fora

Mas, procuro não apagar a minha chama

Que me ilumina e está sempre comigo

sexta-feira, 28 de maio de 2021

De Santo Antônio..

 #Rébus.cada#Esotérica

REsponso

 João Joaquim


Sempre foi de meu jaez e cânones de urbanidade dissertar sem o interdito de outras conexões. Sabido e cônscio que algumas bigorrilhas, algures, nos contraditarão. Referida coercibilidade viceja ubiquamente. Isto é correntio e penteado.

Inobstante a pátina tavernosa tisnar meu repositório neurítico, está cognoscível e alvadio que não sucumbirei ungido que me torno a cada assacadilha.

Bizarros e bisbórrias são os mentecaptos com suas fartas necedades que fazem de não convivas as metonímias e anacolutos da própria existência.

Profícuo e beatifico torna o sujeito que mesmo sem ser boquirroto se estende do jarretismo epidérmico. Os jarretas andam de esguelha com dialógico ou em solilóquios.

Muitos a seu inerme e imarcescível talento, de geratriz de ordálias, fazem da vida um meio-soldo que subsume à sua permanência. São tenças e mantenças do status quo.

Gravados de fideicomisso alguns se transformam em legatários sem evencer do intitulado apresto e guarnimento. No zimbório de um braquicéfalo, referidos tipos não passam de atarantados. São como tábulas rasas do ser ou não ser.

“Abre-te sésamo” deblaterava o indigitado Ali-Babá e seus sectários de mesma caterva. Dizia ele: seja mais banzar que resmungar. Não terceirize os seus aleives. Não se guie com metas muito álacres nem hipnagógicas. Pátinas tavernosas tisnam vidas alienígenas.

Ali tentada via est. Veritas odiam parit. Por end esta Cantu Cognoscitur avis.

 

Santo Antônio já ensinava  ou o filósofo Antônio Gramsci. Uma orientação dele me marca: “Ser cético na razão, mas com esperança no coração.” De alguma maneira, era o que a vida quase inteira tentei fazer: duvidar mas esperançar

 

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...