sexta-feira, 31 de agosto de 2018

A FAMÍLIA FAZ O CIDADÃO


DAS FAMÍLIAS VÊM OS CIDADÃOS BEM OU MAL EDUCADOS

João Joaquim 


Vivemos uma época de muitas dificuldades nas relações sociais . Dificuldades e degradações em todos os âmbitos da vida. A família é a célula mater da sociedade. E ela é justamente a origem, a gênese, o nascedouro de tantas deformações, transgressões e subversão de valores.
“A família como célula  mater da sociedade”. O crédito deste princípio é de Ruy Barbosa, jurisconsulto e senador baiano, falecido em 1923. Uma das maiores inteligências que este país já teve. Foi um dos mais notáveis tribunos do fim do império e primeira república.
Para sorte dele(Ruy), talvez, foi derrotado 2 vezes em eleições  a presidente da república. O que ele tão aguerridamente denunciava naquela época se repete hoje, na mesma natureza, e em escala bem maior por aumento da população de governantes e políticos  em atividade. A maldita e malsinada corrupção.
A família deve ser levada em consideração como se fosse uma miniatura, uma maquete, um microcosmo da nação, do país, na natureza estamental, moral e social de um povo em suas relações diversas, seja com as pessoas, com  os segmentos da sociedade civil, pública ou privada.
É bem conhecida a gênese das ciências econômicas. A economia teve como origem a administração de uma casa, a família, o lar. O verbete vem do grego oikos, casa, domicílio. A dona de casa, ainda majoritariamente, é considerada a mãe da economia;  inspirada nela foi sistematizada como ciência nos dias de hoje. Se tornou um sistema tecnocientífico dos mais relevantes na organização estatal (administração política);  como também de qualquer empresa, a exemplo dos ramos financeiro e bancário.
Ora, tendo em comento as questões das relações humanas, as relações e interações pessoais, a família adquire o papel e influência das mais importantes na construção, na formação da sociedade como um todo. Nessa fundamental participação a educação dos filhos, das crianças, dos jovens terá uma influência protagonista e modelo na constituição no sentido de nação, de nacionalidade, de pátria como  organização em todos os seus quesitos de moralidade, civilidade, cidadania e comportamento ético (de etos, costume, uso de um povo, de  uma comunidade).
Tem-se como um consenso, uma anuência entre os estudiosos e cientistas da natureza das relações sociais que a família molda o indivíduo . Os expedientes, as características e hábitos de uma sociedade, de um povo e de uma nação constituem o corolário (reflexos) da qualificação educacional que os filhos recebem sob a tutela, supervisão e orientação no seio familiar. Daí o sentido da família como célula mater da sociedade.
Nesse sentido busquemos um exemplo lapidar de um grande humanista e pensador. Aristóteles (384-322 a.C). Ele foi o maior representante das ciências e filosofia ocidental. Ele pode ser considerado o prócere e protagonista na formação ética e moral do indivíduo. Para ele toda criança é aética e amoral. Em outros termos, ela nasce absolutamente analfabeta e ignorante em qualquer rudimento ou nação de moral e de ética. É como se ela nascesse inimputável a qualquer deslize ou transgressões desses princípios. Portanto, ética não é congênita e deve ser ensinada, treinada e praticada( palavras de Aristóteles ) .
As relações de esquisitice, de inversão de valores, de quebra de hierarquia entre pessoas têm vicejado dentro das próprias famílias, dos lares; degradações  que se reproduzem nas escolas e se espraiam por toda a sociedade.
Vamos assim repicar  o comportamento nas relações filhos/pais. Tem sido disseminada uma cultura de um novo modelo educacional. Tendência ou diretriz defendida pela nova geração de pais, pelos próprios filhos, pelos direitos dos pais na relação com as escolas, nos moldes e cláusulas do código do consumidor e com a chancela do instituto dos Direitos Humanos.
Existem novas diretrizes na educação da criança. São postulados e métodos de uma nova psicopedagogia. Entre esses princípios estão o de não reprovar o aluno. Ainda que a criança não alcance o mínimo de aprendizagem ela deve passar de série. Nenhum limite constrangedor, coercitivo ou punitivo pode ser aplicado ao filho, ao aluno. Para tanto existe uma lei de título curioso, lei das palmadas. O pai que infringir alguma palmada, chinelada ou cintada à criança, se denunciado por esta pode ser processado e ser penalizado pela justiça. Imagine essa realidade e lei vigentes, o pai pode ser punido se corrigir mais severamente um filho transgressor e rebelde.
Com isto, já em conclusão, ao que sugerem as degradações e subversões das relações sociais é que muito desse cenário disruptivo da ética e dos costumes  sugere ter como  origem a educação familiar,  da educação de berço. Ou mais precisamente da falta dessa educação de nossas crianças e adolescentes. São os filhos sem regras e sem limites.
 Pelas tendências que temos, cada vez mais as famílias têm produzido uma geração de indivíduos idiotas, imbecis, malcriados, palermas e tolos. Ao assistirmos muitas das crianças , adolescentes e jovens plugados em suas mídias sociais , em seus aparelhos de games, tablets e smartphones, ficam eles a nos lembrar zumbis , que vagam pelas casas, ambientes sociais e ruas, sem sequer se comunicar olhando nos rostos e olhos dos outros. Muitos já adquiriram até o biótipo do corcunda de Notre Dame.
Mas, ainda tem salvação;  felizes  e benditos os pais, as famílias que gestam( de gestação mesmo)  os filhos, mas  que os educam no senso o  mais amplo que o termo traduz. Educar não é só engravidar como outra fêmea qualquer. Criação de filhos não se faz como de outros animais, aos quais se dá ração e abrigo. Mais relevante do que criar é o continuo e rigoroso processo de educar, instruir, dar boa escola, boas regras de convivência com o meio social onde estiver inserido o indivíduo.   Então com tal expediente , sim, as famílias estarão criando e formando  cidadãos educados, trabalhadores e construtivos. Para o bem da própria pessoa, para as próprias famílias e para o mundo .  Setembro /2018.    

O MAL DA MENTE


O FASCÍNIO DA MENTE HUMANA  PELA MALDADE

João Joaquim  

Eternas e irrespondíveis perguntas ecoam pelos quatro cantos do universo (supondo que o infinito seja quadrado). As perguntas que não calam entre tantas sem respostas são: por que a mente humana tem tanta atração pelo  feio , pela deformação e pelo mal?
Por que a infelicidade alheia nos desperta mais interesse do que a felicidade? Entre o feio e o belo por que contemplar com mais atenção a feiura? Assim enunciadas, não tratam essas assertivas e afirmações de casuais e despropositadas frases e citações. Muitos têm sido os cientistas de ciências de humanidades que debruçam sobre tais questões e não acham respostas convincentes. O que se tem de concreto é essa certeza, a mente humana se caracteriza por essa preferência, tudo aquilo fora da norma, do convencional, do padrão, do ético, do bom, do belo; tudo desperta mais vivacidade, mais apelo, mais atenção e interesse das pessoas. O exemplos abundam no cotidiano das pessoas.
Trata-se pois de questão e inerência do cérebro humano. Uma das explicações de nossas eternas dúvidas está na anatomia, na fisiologia e nobreza que é o nosso tecido cerebral, de longe o órgão mais incompreendido e mais enigmático. E tal incógnita inicia pela sua própria anatomia e por que tão hermeticamente protegido por uma espessa carapaça óssea que é o crânio.
No trato fisiológico e  orgânico o cérebro mostra-se também impar e extremamente diferenciado. Na parte vascular se destaca por duas singularidades. A primeira é relativa a sua vascularização e autorregulação circulatória. Isto é, ele tem um mecanismo para manter constante sua pressão sanguínea.
A segunda particularidade é que tem extrema exigência nutricional e de oxigenação. Ele não tolera mais do que 3 ou 5 minutos de falta de glicose ou oxigênio. Com uma  anóxia (falta de O2) ou hipoglicemia de 3 minutos já é suficiente para entrar em coma ou morte celular. Uma dessas duas condições ou deixa sequela permanente ou a morte do indivíduo.
No tocante à função é a fisiologia abstrata a que mais sempre despertou interesse e causa curiosidade científica aos pesquisadores. Como exemplos citam-se o pensamento lógico e abstrato, o mecanismo dos sonhos, de como se dão os diversos sentimentos de ódio, de amor, de antipatia, de empatia, de solidariedade, de vingança, entre tantos outros inerentes ao ser humano, dotado que é de uma inteligência diferenciada , de racionalidade e emoção.
Quando se fala por exemplo no mecanismo do sonho, é inescapável não se reportar ao psicanalista Sigmund Freud. Poucos foram os seus sucessores que dele discordaram  e discordam  na formação da personalidade (ego, id, superego) e de como se dá o sonho. Como por ele referido o sonho se passa no subconsciente;  e essa função é flagrada pelo nosso consciente, por isso nossas lembranças do sonhos ser transitórias . Para Freud os sonhos representam os conflitos que as pessoas têm no dia a dia. Tais vivências são reproduzidas na fase do sono profundo (REM). De outra parte os sonhos são representações de desejos não realizados na vida normal das pessoas. Não é sem razão que popularmente (no vulgo) sonho significa um feito ou empreendimento impossível de se alcançar, de difícil concretização.
Tornando ao tema principal do por que da mente humana preferir o feio ao belo, o mal ao bem, a infelicidade à felicidade. Como, o porquê  e os motivos dessa inclinação e preferência ainda são e continuarão incompreendidos. O que se tem certeza é que elas são inerentes a mente humana.
Para dar mais foro e consistência dessa singularidade do cérebro, mente e consciência humana basta que tomemos alguns exemplos casuísticos no cotidiano das pessoas. Assim imaginemos algumas cenas. Numa caminhada simples de rua, deparamos uma primeira praça com algum músico tocando uma música clássica. Algumas poucas pessoas talvez estejam ali estáticas assistindo aquela melodia. Ato contínuo, em uma segunda praça com uma dançarina seminua, numa coreografia e meneios de sensualidade e erotismo. Que atrações despertará esse cenário ?
Certamente essa segunda apresentação estará apinhada de pessoas em êxtase e vivamente atentas a esse espetáculo erótico cenográfico. De mesmo efeito e interesse são as preferências pelas informações jornalísticas. Notadamente quando se têm os recursos audiovisuais, sejam nas redes de televisão ou as mídias digitais do facebook, youTube, whatsApp. Grandes são os apelos e interesse que despertam essa forma de comunicação.
Assim sobrevivem, prosperam e lucram os programas policiais ao vivo, a sangue e a cores das redes de televisão do Brasil e do mundo. Assim fazem sucesso e têm muita visão e audiência os reality shows (fazenda da  TV Record, BBB Rede Globo). Toda essa audiência e lucros auferidos dos patrocinadores se dão justamente na exploração dessa fragilidade e preferência das pessoas. Da mente, da cultura e gosto de grande parcela das pessoas. É a relação lucro/benefício desses fornecedores e consumidores.
Afinal, continuará essa pergunta, reverberando pelos mares, pelos campos, pelos ares. Aos quatro cantos do Planeta. Por que a preferência da mente humanas por coisas tão vis, tão sujas, e imorais ? Agosto / 2108

REAÇÕES QUÍMICAS E HUMANAS


RELAÇÕES  HUMANAS  SÃO COMO ÁTOMOS DE  NITROGLICERINA


 João Joaquim 


Podemos comparar as relações humanas com as reações químicas. Do encontro de duas substâncias podem-se obter os mais variados compostos, ou relações ou reações físico-químicas. Um exemplo vital para qualquer animal, a relação de hidrogênio (H) com o oxigênio (O). Quer exemplo da melhor, da mais benfazeja,  da mais feliz relação (reação) química do que esta ?  Do encontro de dois gases, tem-se o mais precioso dos compostos químicos. A água (H2O), imprescindível a toda e qualquer forma de vida no universo, seja aqui e supostamente em outros planetas siderais( permitam-me o pleonasmo).
Em raciocínio oposto basta imaginar quando duas substâncias incompatíveis se encontram , se misturam. Podem-se ter os resultados, os mais nocivos, perigosos e lesivos, como o são os venenos e explosivos. Nesse exemplo ,um modelo simples é o da nitroglicerina (C3H5N3O9) ou seja, isoladamente o carbono, o hidrogênio, o nitrogênio e o oxigênio são inócuos ou essenciais a vida, mas quando juntos se tornam destruidores com potencial explosivo. Daí surgiu até o adjetivo, o sujeito se muito colérico ou irascível é tachado de nitroglicerina pura.
Ora, o mote comparativo aqui presente faz muito sentido. Se na química temos ilimitados exemplos de incompatibilidade dos elementos, basta fazer o mesmo paralelismo com nós humanos. Somos constituídos, aliás, de elementos e compostos químicos. Carbono, nitrogênio, oxigênio, cálcio, hidrogênio,  água ,etc.
E para complicar as relações humanos somos constituídos de sistema nervoso, de inteligência, de emoções, de sentimentos os mais diversos, de racionalidade e pensamentos. Pensamentos concretos e abstratos.
Tomando em consideração os exemplos da química os mesmos princípios podem ser aplicados na convivência humana, nas relações sociais, de amizades, afetivas, de namoros e conjugais. Até nas relações profissionais, corporativas, trabalhistas e empresariais. Nestes últimos modelos, quantas não são as relações societárias, comerciais e mercadológicas que acabam desfeitas, com desavenças, litígios, processos judiciais, inimizades e até homicídios. Se analisadas com as necessárias diligências, tudo se deu por escolhas infelizes dos elementos humanos, as pessoas constitutivas dessas relações (reações) de negócios.
Na seara das relações sociais, tomem-se os exemplos mais comezinhos, os namoros. Cada pessoa ao deparar com outra e surgir, nesse encontro, alguma atração, não importa a faixa etária, deveria levar em conta todos os qualificativos do interessado(a). Se há tantos pontos e predicados incompatíveis, o afastamento lento e civilizado é o melhor conselho. Não queira transformar essa relação em uma reação química explosiva, às vezes, até de fissão nuclear, como uma bomba de hidrogênio, ou quando menos de nitroglicerina.
Muitas têm sido as relações humanas de pura infelicidade, de sofrimento psíquico, de insegurança e mesmo crimes (feminicídios). Todas por absoluta falta dos critérios na hora de escolha do parceiro.
No campo das relações de amizade e relações parentais eu miro nos relatos de um dos poucos, pouquíssimos amigos que cultivo. Trata-se de sujeito de moral irrepreensível e alta qualificação profissional e acadêmica: conta-me ele que cultiva alguns inimigos e antipáticos, e escassos amigos.
Ou seja, subsiste nos inevitáveis contatos uma aura muito forte de antipatia e inimizade.
De certa feita, revelou-me esse amigo de poucos amigos, houve um diálogo mais áspero (bate-boca) com um desses inimigos. E ele então pode passar a limpo, algumas dessas incongruências com o seu opositor. E ele foi enumerando alguns desses pontos incomuns. Em tradução livre e pessoal foi esse o diálogo, que no caso virou um monólogo.
- Nenhuma frustação ou decepção resta-me de sua inimizade. Eu sou um indivíduo produtivo e trabalhador. Dividas não tenho sequer com cartão de débito ou crédito.
-Todo o meu patrimônio, continua o interlocutor ao inimigo,  seja ele moral ou material eu os ganhei com o labor de minha mente e bagagem  profissional. Nunca em nossas relações, nada lhe pedi e nada devo, portanto, mantenho minha consciência, minha alma e minha ficha limpas ;  passar bem é o mínimo que lhe desejo.
Nesses termos e em conclusão, o que muitas vezes conquistamos são também invejosos. E com esses devemos ter muita cautela. Maledicências e malquerências pululam pelo mundo físico e  pelas redes antissociais. Agosto/2018. 


A MEDICINA DO SACERDÓCIO E DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS

João Joaquim  

Não impropriamente a medicina já foi correspondida e definida como um sacerdócio. E de fato na sua gênese, na sua origem foi assim que os seus percursos, os seus criadores a  idealizaram. Para tanto faz-se necessário ler ao menos os juramentos de duas figuras da história da medicina, Hipócrates, filósofo e médico; e de Moisés Maimônides (1135-1204), judeu e grande cientista das religiões como judaísmo, islamismo e mesmo do Cristianismo, ou seja, ele foi um pensador eclético e sem barreiras.
Assim pensaram esses dois luminares históricos nos albores da profissão e na idealização de como deveria se comportar, pensar, atuar e praticar essa medicina, a arte de prevenir, de aliviar o sofrimento e cura das doenças. Daí surgiram   várias referências ,  sendo o  médico comparado a um sacerdote. Seria aquele profissional  com um misto de fraternidade, de arte e ciência ; um sacerdote da saúde a distribuir os dons dessa sua formação aos desvalidos de saúde, aos que sofrem, que padecem de qualquer enfermidade e tem ameaçada a sua vida.
Ao trazer essas atemporais concepções para nossos tempos poderíamos considerar a prática da medicina, tendo a internet e a informática como divisórias de duas épocas bem estanques e bem distintas. Porque essas duas conquistas da humanidade marcam uma era de antes e uma era do pós tecnologia da comunicação e de armazenamento de informações, as hoje já populares tecnologias da informação (TI).
A Informática cuida de    arquivo de dados com o emprego de vários instrumentos de gravação e salvamento de dados (salvar, salvar como). Os avanços tecnológicos e científicos coincidentes com o nascimento da internet e informática superam aqueles de 50 anos para trás. Nunca na história houve tantos avanços como os conferidos neste meio século .
Trazendo todos esses avanços técnicos e das ciências para a área da saúde se conclui :  o quanto de aprimoramento e eficácia em diagnósticos na área de análises clinicas, em radioimunoensaio, em dosagens hormonais e exames de imagem. Com isso foi também possível a medicina se superespecializar. Hoje, têm-se os especialistas segmentados no corpo humano. Assim temos o ortopedista de joelhos, o de coluna, o de mãos, o de ombros. Atingimos uma tamanha fragmentação de especialidades, que dividiram os órgãos em especialistas. Os exemplos são as subespecialidades da cardiologia. Não bastar ser cardiologista, têm-se os especialistas de hipertensão arterial, de arritmias, de marca-passo, de coronárias, de válvulas. Além do cirurgião dessa e outra parte do coração.
No campo da cirurgia, o quanto de qualidade, menor tempo operatório e segurança para o paciente e para o cirurgião. Como exemplo as cirurgias por endoscopias, laparoscopia (abdome), broncoscopia, laringoscopia. São técnicas empregadas para fins diagnósticos (biopsia, por exemplo) e fins curativos. Muitas são as doenças hoje realizadas com as endoscopias. A grande vantagem é o curto período de internação. 
Para o sistema cardiovascular, dispõem-se por exemplo das técnicas de cateterismo. Ele é rotineiramente utilizado para diagnóstico e terapêutica. Qualquer órgão vital como rim, coração, pulmão ou cérebro pode ter diagnóstico, implante de prótese  (stent  por exemplo) e outros procedimentos terapêuticos e cirúrgicos com segurança. São exemplos os stents nas coronárias, os clips de aneurisma cerebral e cateter para  desobstrução de alguma artéria de outro segmento corporal ou órgão interno.
Outros progressos têm-se os utilizados como a radioatividade, tanto na cura para a maioria dos tipos de câncer, bem assim exames de imagem,  como as radiografias e tomografias. São  exames de imagem que mostram as mínimas lesões dos diversos tecidos e órgãos internos.
De igual importância, nesses avanços tecnológicos e científicos, têm-se as opções terapêuticas para as mais variadas enfermidades. Basta para ficar em dois exemplos, os casos de infecções pelo HIV e muitos tipos celulares de neoplasia (câncer). Na década 1990, ser contaminado pelo vírus HIV era quase uma sentença de morte lenta, humilhante e dolorosa. Houve muitos avanços nas chamadas drogas antirretrovirais (HIV = retrovírus).
Ainda não se tem a cura plena da AIDS( infecção pelo HIV), mas um controle pleno da infecção viral e longa sobrevida. O mesmo sucesso terapêutico se tem para a grande maioria de tumores malignos, quando se tem a cura total ou vigilância para prevenção de recidivas.
Postas assim tais conquistas e avanços nas ciências da saúde, ficam e sobram aqueles princípios e postulados, equiparando a medicina a um sacerdócio em prol da saúde e do bem-estar humano. E o protagonista, elemento central e foco único ou primeiro da medicina, o homem, o paciente, quem padece de alguma doença ?
O que se tem hoje é uma nova relação médico/paciente. Diante de tantas opções diagnósticas e terapêuticas. Cada vez mais esse contato do profissional com o doente tem se tornado superficial, raso, rápido e robotizado. Cada vez mais o médico pouco escuta, pouco ausculta, pouco examina e está sempre apressado, porque tem múltiplos compromissos profissionais, múltiplos empregos, plantões, etc. Nesse contexto, o que tem predominado é uma medicina informatizada, laboratorial, digital e imagética. É quando entra em cena um sem-número de exames hematológicos, de anticorpos, de proteínas, vitaminas e minerais. No capítulo das imagens há o uso e abuso dos scans , das cintilografias, das tomografias, dos ultrassons, dos exames de doppler, das ressonâncias, scopias e cateteres.
O lado negativo e danoso às pessoas é que os charlatões nunca fizeram tanto sucesso. Existe muito enganoterapia no mercado. Nunca os charlatões diplomados fizeram tanto sucesso. Eles estão `a solta, consultam e curam até pela Internet. Um perigo que ronda a sociedade.
Em que pese todos os benefícios, com tanto aprimoramento das tecnologia e das ciências, o paciente tem sido desumanizado. Não se trata mais o doente (pessoa) ,mas, sim a doença. Não se trata mais pessoa, mas um órgão. Um fígado, um cérebro, um coração. A relação médico/paciente se tornou robótica, digitalizada e protocolar. Em lugar de pessoa, tem-se um caso clinico, o usuário, um prontuário, um caso clínico  comum , um caso interessante, um  laudo, senhas, escores, algoritmos, diagnósticos e prognósticos, são tendências na desumanização dos humanos; e pelo  visto a coisa vai piorar , no que há que se lamentar.
 As vedetes da Medicina passaram a ser o Laboratório, as imagens, o escaneamento do corpo humano, as plásticas, as remodelações, os tratamentos cosméticos , os botox, as lipos, as esculturas, os compostos químicos para tudo, até a tentativa dos elixires de longa vida. Onde tudo isso vai parar ? Ninguém sabe.  Agosto 2018

SUGESTÃO E FÉ


A SUGESTÃO E A FÉ COMO UM MERCADO DA ENGANAÇÃO

João Joaquim  


Causa-me muita dúvida e curiosidade o chamado fenômeno da sugestão ou sugestionabilidade. O que vem a ser a atividade ou efeito da sugestão. Segundo a psicologia é um processo no qual uma pessoa ou fato exerce influência na decisão da outra pessoa. E a questão de mostra complexa e de difícil compreensão em sua origem e sequência  funcional. Trata-se de uma intrincada cadeia de efeitos mentais e psicológicos que a neurociência tenta explicar.  Neurociência que engloba a Psicologia, Psiquiatria e Neurologia. O fato ou circunstância gerador do fenômeno quase sempre advém de um cenário não racional e não cientifico. Muitos dos efeitos da sugestão são míticos, intuitivos e místicos, e sem provas objetivas nos ramos das Ciências .
Para dar mais foro de compreensão ao fenômeno da sugestionabilidade podem ser citados ocorrências de fé religiosa, de pseudociências, de práticas terapêuticas sem bases cientificas, crença  nos livros de autoajuda, aceitação da existência de óvnis e discos voadores, crença em astrologia, afeição por uma ideologia, seguimento e simpatia a uma equipe esportiva,  etc.
Como modelo de sugestão por fé religiosa tomemos o comportamento do indivíduo que munido de amuletos e outros símbolos religiosos invoca a intercessão de Deus para a obtenção  de um resultado. Poderia também  ser em um  jogo de futebol, onde duas torcidas pedissem a Deus a vitória para o seu time. Seria como padrão as torcidas do Bahia Esporte Clube e do Vitória Esporte Clube, ambos os clubes sediados em Salvador BA.
Há quem opine que se funcionasse a contento, os jogos terminariam sempre empatados. Porque, no caso, Deus não poderia oferecer resultados de vitória às duas torcidas. O justo seria mesmo empate e um ponto para cada clube e torcida.
Em termos de pseudociência um bom modelo seria a prática da astrologia. Tudo que se diz em astrologia não tem nenhuma base ou consistência cientifica. São meras predições ou conjecturas da influência por exemplo da situação de tal astro nos destinos e vida de uma pessoa. Tal expediente se dá com o emprego do horóscopo, dos signos no zodíaco conforme a data de nascimento.
Que provas existem, que experimentos possíveis poderiam se fazer  mostrando  que o indivíduo nascido sob a influência de tal ou qual estrela vai ter tais e quais destinos em sua vida? Aos crivos da razão e das ciências fica impossível tal conclusão. Os que aceitam tal influência padecem simplesmente dos efeitos da sugestão. Como ocorre  com o  convencimento dos inúmeros charlatões, às soltas, pelo planeta  e vivem às custas da venda de delírios e fantasias. São os casos chegadinhos de frescos dos  doutores e doutras bumbuns. Quantos danos e mortes não ocorrem pelo efeito da sugestão que tais charlatões exercem ?
Nos ramos das práticas terapêuticas sem comprovação  cientifica temos desde as dietas da lua ou do miojo até as pílulas para cura da calvície ou do câncer. Um outro exemplo recente  tivemo-lo com o  emprego da ozonioterapia. Um insolente exemplo se dá com um médico de codinome Dr. Ozônio. A esquisitice é tamanha que o insólito profissional propõe a cura até de infecção pelo HIV e neoplasias malignas. Só mesmo os abestalhados e susceptíveis aos efeitos da sugestão para acolherem tal proposta terapêutica . E eles existem aos milhares e dão sobrevida a esses impostores e aventureiros .  
A propósito da ozonioterapia não há na literatura médica nenhum estudo duplo-cego ou experimento que comprove os seus efeitos em doença sistêmica. Ainda assim, milhares de pessoas acreditam e pagam caro por essas terapias. Isso mostra o quanto a mente, a psique humana é sugestionável e vulnerável à influência das infundadas falas e propostas aliciadoras   de outras pessoas. Um registro:  existe o emprego das chamadas câmaras hiperbáricas, com oxigênio. Mas com estrito controle de médicos especialistas no assunto.
Um outro exemplo recente se deu com a chamada pílula do câncer. A substância em xeque foi a fosfoetanolamina. Milhares de doentes portadores de formas avançadas de câncer passaram a usar as cápsulas de fosfoetanolamina como uma cápsula milagrosa e último avanço na cura de sua doença. Posteriormente, comprovou-se que  a pílula do câncer  e farinha de trigo tinham a mesma eficácia, ou seja,  nenhuma. Assim se dá na crença deste e daquele milagre com a intenção de  angariar a atenção ,  indução e crença das pessoas. Assim  enriquecem os autores de livros de autoajuda, assim se veem pessoas que creem de forma  fervorosa em óvnis e discos voadores.
Enfim e ao termo, são  exemplos bem consistentes do fenômeno generalizado dos efeitos da sugestão. Provas do quão maleável e da instabilidade da mente e da psique humana.  agosto/2018

ESTÉTICA COM ÉTICA


POR QUE SE MORRE TANTO EM  CIRURGIAS PLÁSTICAS E ESTÉTICAS ?
João Joaquim  


Uma vez mais, o Brasil e o mundo, puderam assistir e constatar o quanto a aparência sobrepaira e supera a essência que deveria imperar ao lado da existência. Nesse sentido estão por aí todas as ofertas de estética, de cosmética, de plásticas, de tanta coisa sintética que foi-se parar no lixo a esquecida deontologia e mesmo morrer  qualquer diretriz ética. As rimas vieram de forma casual. 
Paralelamente a tamanho descalabro de império das aparências, vieram a lume outras questões por demais encontradiças do Brasil contemporâneo. Qual é a diferença entre o que é legal, o que é lícito e ético em nosso país?  Existe uma sigla PQD que encerra uma pergunta emblemática para nortear as ações humanas em sociedade. Será que tudo que eu posso e quero eu devo fazer(Posso-Quero- Devo ?).  Tal instigante questão nos reporta ao Eclesiastes que nos adverte: tudo me é lícito, mas nem tudo me convém.
O caso modelo do mês  refere-se a mulher que insatisfeita com suas nádegas (glúteos) procurou um cirurgião plástico sem as necessárias credenciais e qualificação para tal procedimento. Ato contínuo, e sem as necessárias cautelas da paciente, o procedimento se deu na própria residência do profissional, bairro da Tijuca RJ. Houve complicações e a mulher veio a falecer. Pior que isso, no caudal de tamanho escândalo e desmedida insensatez vieram outros casos ao conhecimento público das autoridades, que agora estão a investigar tais ilícitos e criminais atuações profissionais pelo Brasil a fora .
Eis que então várias perguntas foram trazidas a público.
 Do lado da falecida. Como uma mulher, na madureza da vida, tida e havida como bem informada, se deixa ser operada, com um procedimento altamente invasivo, com injeção corporal de substância de alto poder de cair em vasos , e com isso provocar embolias de toda ordem, emergência essa das mais letais , por um profissional charlatão? O produto em questão foi o polimetilmetacrilato – pmma .
Pior do que charlatão, em um cenário não hospitalar, sem as elementares condições assépticas e de assistência emergencial na hipótese de complicações no curso transoperatório.
Basta lembrar que qualquer procedimento que envolve sedação, analgesia e anestesia tem o potencial de complicações. Entre essas, de maior frequência, têm-se a hipóxia, a convulsão, a hipertensão ou hipotensão arterial, as arritmias cardíacas, as tromboses, infarto do miocárdio e embolias. Todas de alto risco de morte súbita ou tardia em uma UTI; quem sobrevive pode portar sequelas pelo resto da vida .
Do lado do profissional -Como um sujeito que se diz médico, propõe a fazer um procedimento invasivo, em sua própria residência, sem os meios de monitoração das condições vitais e aparelhos de assistência emergencial, em caso de uma complicação perioperatória, que coloque em risco a vida do paciente?
Do ponto de vista ético e técnico e científico é no mínimo um sujeito abestalhado, aventureiro e irresponsável. São requintados erros de imprudência, negligência e imperícia médica. Conforme vem noticiando a imprensa, o infausto profissional da vez tem no curriculum vitae, um histórico de erros médicos, processos ético-profissionais, suspensão  do exercício profissional e até participação em homicídio. Como noticiado, o dito-cujo profissional tinha registros nos conselhos de medicina de GO, do DF e RJ. Como tais disparates são aceitáveis? No Brasil pode.
Do lado do conselho profissional (CRM);  como se permite ao auto intitulado médico, com uma folha corrida eivada de malfeitos, continuar no seu múnus de cuidar da saúde, das doenças, da vaidade e vida das pessoas?
Onde está consignado na cartilha do código de ética médica que um profissional com tais qualificadoras possa continuar exercendo um ofício tão nobre? Qual seja, o de promover a saúde, o bem estar, a vida e a felicidade das pessoas.
E por fim, Do lado da justiça. Como bem o expressa, a Justiça (com J maiúsculo) existe para fazer justiça. Simbolicamente, a deusa Témis, da mitologia grega, traz consigo uma balança (equilíbrio) e uma venda nos olhos. Por que de tais adereços? Julgar com equilíbrio e sem um juízo dos olhos, sem olhar a quem está aplicando justiça. Para esses objetivos em que se baseiam os operadores de justiça?
Em indícios, em relatos de testemunhas, em provas concretas de documentos, fatos, perícias. Como compreender, assimilar, aceitar a decisão de um magistrado que ante todas as provas de imprudência, imperícia e negligência libere um profissional médico para o exercício profissional? Tal natureza de decisão tem sido um fato recorrente em nosso país. Um médico comete lá um determinado ilícito, um grave erro no atendimento a um paciente, ele é suspenso do exercício profissional, vem uma liminar judicial com a permissão ao referido investigado o cassado profissional  a que volte a atuar em sua especialidade.
Por isso ficam aqui essas inquirições que nos inquietam, o que é ética, o que é lícito e legal neste país?
No caso líquido e concreto em foco dos erros médicos ficam aqui algumas diretrizes. Médico se equipa a muitas outras profissões. A um ourives, a um sapateiro, a um advogado ou jornalista. Assim como há os rábulas e chicaneiros na advocacia, há os charlatões da saúde. Já disse em outros artigos que o pior charlatão em saúde é aquele que faz uma faculdade e tem diploma. Com o diploma, o indivíduo tem autorização ética (conselho de medicina por exemplo) e legal para fazer o bem ou o mal . No Brasil com mais uma esquisitice vigente. Qualquer médico pode fazer procedimento de qualquer especialidade. Os conselhos de medicina e a lei assim o permitem. Não deveria ser. Mas é assim em nosso pais.
Então a melhor segurança é: observar o histórico do profissional na comunidade onde ele atende. Se informar sobre os pacientes por ele atendidos. E mais importante, se informar no conselho de medicina e na sociedade da especialidade. Com esses dados em mente se torna muito mais seguro passar por qualquer procedimento cirúrgico ou invasivo. E importantíssimo, fazer  exame pré operatório com um Cardiologista, além dos hematológicos indispensáveis para o procedimento.   Agosto/2018.  


terça-feira, 31 de julho de 2018

SOS TERRA

LAUDATO SI É UM DOCUMENTO DE SOCORRO AO  PLANETA

João Joaquim  


Na recente encíclica Laudato Si (Louvado Seja), o papa Francisco nos dá grandes lições ecológicas. Vejamos a seguir as principais mensagens , em resumo, extraídas desse magnífico documento universal, sobre os riscos que correm o planeta Terra, os recursos naturais e todos os ecossistemas, onde estão incluídos nós humanos. A Integra acha-se grátis na Internet.
O homem é o culpado pelo aquecimento crescente do mundo, com o uso irresponsável dos recursos da terra. A concentração de gases, com efeito  estufa impede que o calor dos raios solares, refletidos pela terra, se dilua no espaço. Em 2050, teremos 6 graus a mais de calor do que hoje!
A água será fonte de conflitos e guerras, pois começa a ser mercadoria, sujeita às leis do mercado. Os recursos naturais estão se esgotando, enquanto o hábito de desperdiçar água atinge níveis inauditos. Grandes cidades poderão sofrer cada vez mais períodos de sua carência e lençóis freáticos estão ameaçados pela poluição.
A submissão da política às finanças é a causa dos fracassos nas reuniões mundiais para conter a deterioração do planeta. Poderemos testemunhar uma destruição sem precedentes dos ecossistemas com consequências sérias para a vida.
A Terra, nossa casa comum, está se tornando um enorme depósito de lixo, pois criamos a cultura do consumismo e descarte. As soluções baseadas na tecnologia resolvem um problema, mas criam milhares de outros distúrbios.
As religiões devem promover diálogos com vista à conservação da natureza. Devem se preocupar com o meio ambiente. O patriarca Bartolomeu da Igreja Ortodoxa diz: “Todos, na medida em que provocamos pequenos danos ecológicos contribuímos para a destruição do ambiente”.
Propõe-se um crescimento com mais sobriedade, e uma capacidade de desfrutar sem estar obcecado com o consumismo, que nos sufoca e não nos torna felizes. Não há como se pensar num mundo melhor sem pensar na crise do meio ambiente, pois tudo está estritamente interligado a fraqueza dos pobres e a fragilidade do planeta.
Milhões de toneladas de resíduos não biodegradáveis como fertilizantes, inseticidas, fungicidas, pesticidas e agrotóxicos são lançados na terra envenenando-a, às vezes, desnecessariamente. “A terra geme e sofre as dores do parto” (Romanos, 8.22).
Estamos com cada vez menos água potável e energia e assistimos a extinção da biodiversidade  do planeta, o desmatamento das florestas e o derretimento das calotas polares, criando grande degradação ambiental. A atual e violenta migração para a Europa, representada pela morte e foto do menino sírio Aylan Kurdi na beira da praia, infelizmente, não será a última onda migratória da pobreza, avolumando os problemas ambientais.
Desde sua  edição / junho /2015 , a encíclica Laudato Si (Louvado Seja), do Papa  Francisco tem ganhado grupos de leigos (Goiânia, por exemplo) que buscam a interpretação do documento papal. O eixo das reflexões é a expressão de Francisco: “Como pensar num mundo melhor, sem pensar na crise do meio ambiente e nos sofrimentos dos excluídos.”
Oração pela nossa terra
Deus Onipotente, que estais presente em todo o universo/e na mais pequenina das vossas criaturas,  Vós que envolveis com a vossa ternura/tudo o que existe, /derramai em nós a força do vosso amor/  para cuidarmos da vida e da beleza. /Inundai-nos de paz,  /para que vivamos como irmãos e irmãs /sem prejudicar ninguém.....( LAUDATO SI-  maio 2015).

É isto, se fizermos , cada um de nós a parte que nos cabe, poderemos deixar filhos melhores, futuros cidadãos melhores, e por conseguinte um meio ambiente, ecossistemas melhores e um planeta mais saudável e agradável de se viver.

Assassínios de Reputações

Quando se fala em assassinato, tem-se logo o conceito desse delituoso feito. Ato de matar, de eliminar o outro, também chamado de crime cont...