quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Almas =s

CASAMENTO DE ALMAS GÊMEAS NÃO EXISTE  
Joao Joaquim

As relações humanas são muito complexas. Eu diria que em muitos casos  elas são complexas, melindrosas, sensíveis e até impossíveis. Como exemplo de relações impossíveis nada mais consistente e exemplar do que as convivências  conjugais. Ou seja, o exemplo de um divórcio é a quintessência de como duas pessoas se mostram impossíveis em relações humanas . Longe de pensar nas tais almas gêmeas , como queria Platão. O que se deve procurar é o máximo de semelhança possível, em se tratando de relação a dois. Não importa o gênero.  
Tais dificuldades e incompatibilidade nas relações de uma pessoa com outra, não importa se do mesmo sexo ou não, se de forma apenas social, profissional ou conjugal decorrem de um único fator, da (s) diferença (s) que marca (m) o ser humano. Ninguém é produzido em série, como são as coisas e objetos. Até mesmo os gêmeos univitelinos não são iguais. Eles se mostram muito semelhantes. Mas, nunca o DNA de um é exatamente igual ao do outro.
Ainda dentro do contexto da diferença e tomando a contribuição dos gêmeos  idênticos. Ou seja, embora gerados de um mesmo óvulo e espermatozoide eles terão identidade genética, mas nunca igualdade genética rigorosa. Muito menos comportamental, social e afetiva.  Basta constatar que a personalidade, os sentimentos, o gosto, a vocação podem ter pontos de congruência, mas nunca igualdade plena. Além do que tem-se em conta também a influência do meio ambiente, isto é, do meio social, do processo educacional, enfim , de todas as interações que cada um estabelecerá  com outras pessoas e o mundo com todos os seus valores culturais e tecnológicos .
Muitos são os exemplos que se podem enumerar sobre a impossibilidade ou complexidade das relações sociais. Nas relações entre profissionais de uma mesma categoria de atividade (médicos, advogados, enfermeiros, professores), nas relações corporativas de uma empresa ou órgão público. Quantos não são os conflitos surgidos entre colegas de trabalho de uma sessão ou departamento de uma empresa pública ou privada? A rivalidade, a disputa, a porfia, a emulação, a concorrência são fenômenos inatos do indivíduo.
 Um exemplo repicado pelas mídias se vê nos parlamentos das várias administrações públicas do Brasil e do mundo. Porque se trata das diferenças de caráter e personalidade do gênero humano. Quantos não são os episódios de escaramuças e entreveros flagrados em câmaras municipais e no parlamento estadual ou federal. São brigas, motins duros de assistir e de conter os brigões. E assim são muitos os episódios no campo profissional e empresarial. Quantas não são as sociedades comerciais que se desfazem ou acabam em litígio por absoluta incompatibilidade entre os sócios?
As relações sociais de maior complexidade referem-se às convivências conjugais. E elas são provas em profusão do quanto uma relação interpessoal pode se tornar incompatível, conflituosa, tormentosa e até letal, como são os casos repetidos de feminicídio cometidos por indivíduos predadores de mulheres.
E basta lembrar que para se chegar no convívio conjugal, os cônjuges passam por um longo estágio ou período probatório que é o namoro e noivado. Ou seja, constitui aquele espaço de tempo onde o casal deveria conhecer bem o outro e ver se as diferenças e divergências são compatíveis para uma convivência de proximidade, de intimidade e solidariedade.
O casamento, como definí-lo ?  Deveríamos entendê-lo como a junção das diferenças. Eu sou concordante com outros profissionais e estudiosos da matéria. O casamento entre pessoas muito parecidas e idênticas sugere não ter tanto encanto, tanto brilho e completude de um para o outro. Se as pessoas entendessem as relações conjugais como a soma de dois indivíduos desiguais, grandes seriam as chances de mais sucesso, solidariedade e amor perene.
O princípio da convivência entre os diferentes é uma recomendação e postulado para uma vivência harmoniosa, respeitosa e mais fraterna entre os seres humanos. Isto tem sido uma premissa vital para toda sorte de interação social.

Assim deve prevalecer no casamento. A comunhão dessas diferenças deve ser entendida como um somatório positivo, de enriquecimento mútuo e pontos chaves para uma vida feliz e duradoura. Portanto, fica aqui essa deixa ou dica: Nunca queira o outro como você o imagina, queira o outro(outra) como de fato ele(ela) é, e seja feliz para sempre.  NOVembro /2108. 

Filtros

ESTÃO FALTANDO FILTROS NESSES TEMPOS DE REDES SOCIAIS
João Joaquim  

Um produto que deveria estar em alta nesses tempos virtuais e não está é o filtro. Na verdade, os filtros. Porque existem vários tipos no mercado. À frente falo sobre eles. Não todos porque não há espaço para tanto. Com a chamada hipermodernidade, precisam-se de novos filtros.
O primeiro filtro com qual eu tive contato era feito de barro. De um material trabalhado  em olaria. O mesmo para os tijolos tradicionais. Uma vez levado ao forno ele se torna ocre, de cor amarela. Neste recipiente, em forma de pote, se instalavam as velas. Um material de cerâmica porosa para filtrar as impurezas da água. Trata-se de um filtro de água bastante primitivo porque ele deixa passar cloro, bactérias e impurezas químicas. Diferente dos purificadores de água que retêm elementos químicos e biológicos e empregam até luz ultravioleta como antisséptica e bactericida. De todo modo, os filtros de barro e velas de cerâmica ainda são muito empregados em regiões menos desenvolvidas e para as  classes sociais de menor renda.
Assim existem um sem-número de outros filtros. Basta imaginar outras situações de elementos nocivos, a que se podem criar uma barreira, uma peneira, um anteparo, um freio, um controle, uma porta de triagem no sentido de sua eliminação.
Como exemplos: um filtro acústico, um filtro de ar para os aparelhos de ar condicionados de residências e automóveis. Filtro de linha é um outro exemplo. Têm-se lá vários equipamentos elétricos, pode usar um filtro de linha, para evitar oscilações de energia e avaria dessas máquinas. Ou seja, um filtro elétrico.
Ah! Ia me esquecendo. O filtro solar. O tão sistemático, recomendado e ubíquo (global) filtro solar. Essa modalidade de filtro tem uma enorme importância em saúde pública, privada e individual. Até mesmo as pessoas melanodérmicas(afrodescendentes) podem usar. Os leucodérmicos ou albinos então, nem se falam em termos de indicação. A grande indicação do filtro solar está na prevenção do câncer de pele. A luz solar, seja através dos raios ultravioletas A ou B é cancerígena. Antes de se formar o câncer têm-se os estágios iniciais que são as queimaduras incipientes, o envelhecimento da pele e a ceratose solar. Ninguém, em se tomando sol a mais vai querer se tornar e parecer mais velho do que já está.
Todavia, um pouco de sol, por 10 minutos que seja, até 10 horas da manhã faz bem. Representa energia e sintetiza vitamina D. Mas, de preferência com filtro solar.
Há um outro filtro que já esteve muito em voga. Eu  não disserto sobre ele, apenas uma breve menção. Trata-se dos filtros políticos. Também chamados de censuras. É próprio dos regimes totalitários e das ditaduras. Mas, ainda vingam em alguns países. Muitos outros filtros existem. O último a ocupar este espaço não tem ainda um nome específico. Didaticamente ele será nominado de filtro informático e têm-se as explicações.
O que vem a ser informação? Daí filtro informático. Informático, tudo que é relativo, congênere ou respeitante a informação (informática deriva de informação). Informação é toda forma de comunicação que chega ao indivíduo, a mim, a você, à sociedade. Para mais clarividência, necessário se torna reportar ao filtro de cerâmica a velas.
 A água que chaga ao filtro é a nossa informação. Essa informação, nos regimes democráticas como o Brasil, está eivada, contaminada de elementos insalubres e perniciosas. Quem a ingere ou assimila está susceptível, sujeito: primeiro, à sua inocuidade, ou seja à sua absoluta ineficácia. Segundo, está vulnerável à sua virulência e nocividade. Como rodapé, é bom que se faça uma distinção, uma destrinça (separação) entre informação e formação.
Como já referido, informação é toda forma de nota, de comunicação, de notícia que chega ao indivíduo. Cada informação pode trazer alguma utilidade ou não. Entra aqui o princípio da relatividade. A informação, o comunicado não têm o compromisso da utilidade na construção cultural, ética e moral do indivíduo. Enfim, no aprimorando da pessoa, seja de caráter cultural ou profissional. Se pensarmos na pessoa humana, na sua fase de escolarização, crianças, jovens e adolescentes. A formação equivale ao processo educacional desse educando. Algumas informações podem até contribuir na sua formação.
Agora vamos contextualizar, as informações veiculadas pelas redes de televisão e pela internet. Todas as nossas mídias, sejam elas televisivas, telemáticas e virtuais. O quanto elas passam de informação e de formação para o indivíduo? E mesmo coletivamente? Para a sociedade?
 Comecemos esta digressão pelos canais de televisão. Que tipo de programação eles transmitem que contenha algum valor na educação, na instrução e na formação da pessoa? Sobretudo em se falando das crianças e jovens. Ao contrário. A maioria do que se veicula se encerra em conteúdos de baixaria, contracultura, policial e vulgaridades.
A mesma natureza e conteúdo trazem as tão massivas, populares e incontroláveis redes sociais. Quantas informações deformantes que chegam às crianças, jovens e às pessoas! É um horror de deformação.  O indivíduo é bombardeado (pelo face, whatsapp, twitter) o tempo todo. É muita desinformação ao mesmo tempo. Por isso o projeto do filtro informático ; na falta de um filtro específico eu sugiro não ver o que não presta e que não forma ninguém . Controle remoto e tecla  delete. Eliminar tudo quanto há de inútil, vulgar e contracultural.  Novembro / 18

Ética Universal

LIBERDADE E LIVRE-ARBÍTRIO NÃO DÃO DIREITO A ALCOOLISMO E  DROGADIÇÃO
João Joaquim 


Neste artigo trago em meu auxílio dois grandes pensadores. Embora tenham vividos em épocas longínquas um do outro e de mim, mas me darão sustentação para esta proposição. São eles Santo Agostinho (354-430) e Immanuel kant (1724-1804). O tema aqui em análise, ética e livre-arbítrio.
A ética aqui será tratada como a teorizou Aristóteles, mas, num sentido mais abrangente e consensual como a definiu Immanuel Kant. Na percepção Aristotélica é definida   como a perpétua busca do bem e da felicidade ( pessoal ou alheia). Mas, muito mais centrada na concepção kantiana, no seu imperativo categórico que imaginou a prática de qualquer feito ou ação que fosse um benefício ou bem de alcance coletivo e universal. Seria assim a Ética segundo Kant.
1.   Lei Universal: "Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal." Variante: "Age como se a máxima da tua ação fosse para ser transformada, através da tua vontade, em uma lei universal da natureza."
2.   Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio."
3.   Legislador Universal (Autonomia): "Age de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma, ao mesmo tempo, como um legislador universal através de suas máximas." Variante: "Age como se fosses, através de suas máximas, sempre um membro legislador no reino universal dos fins."

Já no concernente ao conceito de livre-arbítrio, não seguirei a estrita rigidez de Agostinho. O sentido de livre-arbítrio será aquele sentimento de liberdade de cada um em agir e obedecer à sua própria vontade. Nessa concepção, no estrito senso moral e vocacional. Não o religioso.
 “  Tendo sido demonstrado suficientemente, no Livro I do Sobre o Livre-Arbítrio, que o livre arbítrio humano é a única causa do mal, que aparece não como ser, mas como não-ser ou nada – ausência, falta, defecção do bem, Evódio, principal interlocutor de Agostinho, ainda não se dá por satisfeito e questiona se este – o livre arbítrio – é um bem ou um mal, visto que é unicamente por ele que  pecamos. Mais do que isto, se Aquele que nos deu - Deus, deveria ou não ter nos dado” Santo Agostinho.
No sentido de mais clareza, torna-se necessário dissecar o termo livre-arbítrio. Palavra composta pelos termos livre e arbítrio. Livre, adjetivo ou qualificativo de liberdade. Ser livre, estar desimpedido nas ações de pensamentos, atitudes e vontade. Arbítrio seria a faculdade de cada pessoa em executar em ato, um feito pelo simples ato, sem outros motivos para esta ação. Em outros termos, a faculdade de uma decisão conforme seu íntimo julgamento, seu próprio juízo, sua própria opinião ou parecer.
Não impropriamente há outras condições de uma livre ação. Como exemplos: livre-câmbio, seria a plena liberdade de comércio externo, sem obediência a normas de tarifas alfandegárias.
No mesmo sentido o chamado livre-comércio. Livre-cultismo, a liberdade que assiste a cada um na sua prática religiosa. Live-iniciativa, doutrina econômica que assegura ao indivíduo praticar uma economia e comércio sem a interferência de órgãos estatais.  Condição de Livre-pensador, o direito de cada um em professar a religião, filosofia ou ideologia que lhe aprouver.
Vamos então discernir sobre ética. Na concepção aristotélica, a ética deve ser entendida como a busca do bem e da felicidade. Mas, eis uma questão: o bem e a felicidade individual, pode não contemplar o coletivo, o universal, o geral. Nesta hora, e neste questionamento nos socorremos então da ética segundo Kant.
Conforme teorizou esse grande pensador, para reger nossas ações existem dois imperativos. Sinteticamente, têm-se o imperativo hipotético e o categórico. No hipotético o indivíduo vai sustentar suas iniciativas, suas ações no exercício do bem e da felicidade. Todavia, atributos esses dirigidos à própria pessoa (de efeito individual). Nem tudo que me traz prazer , alegria e felicidade trará também o fará  a terceiros.
Alguém perguntar-me-ia: mas, a ética também não estaria presente nesse contexto? De fato, ela se faz presente, porque buscar o bem e a felicidade para si próprio não é agir contrário a ética. Seria alguma coisa como a autoestima, um amor-próprio. Entretanto, poder-se-ia estar caindo em outros estados e condições morais como o orgulho ,a  vaidade, o narcicismo , o hedonismo, o culto à própria personalidade.
Nessa dúvida e indagação socorre-nos novamente o filósofo  Kant com sua descrição de ética, no imperativo categórico. De acordo com este pensador alemão. Disse ele: Age de tal maneira como se sua ação tivesse um alcance universal. Em outros termos, o que defende esse pensador é que a verdadeira e genuína ética é aquela que tenha alcance não para o próprio praticante, mas que seja aceita e benéfica para qualquer pessoa que a contemple, que a receba, que dela tenha algum efeito.
Fazendo uma analogia dos imperativos hipotético e categórico com a abelha e a colmeia, não importa  que seja  a colmeia de que faz parte essa abelha. Nem todo néctar saboroso à abelha o será para a colmeia. Segundo a ética do imperativo categórico o justo e correto é que se for bom para a abelha devera sê-lo também para todas as abelhas, para as colmeias de outras abelhas, enfim.
Analisemos agora a prerrogativa do livre-arbítrio no campo ético. Livre-arbítrio, livre opção ou livre decisão conforme a própria vontade. Tomemos esse postulado no estrito sentido metafísico ou moral, fora da consideração teológica. Repetindo o significado de ética nos moldes do imperativo categórico de Kant: faça tudo que almejar como se esse ato, essa opção ou decisão tivesse uma aceitação universal. Como exemplo: o cuidado com o meio ambiente, incluindo uma correta destinação no lixo produzido, uso de energia limpa, cultivar e conservar todas as formas de vida animal e vegetal. Quem no mundo se oporá a tais atitudes? Trata de uma decisão ou opção de aprovação universal. Portanto foi um livre-arbítrio nos princípios éticos do imperativo categórico, não importa o credo, a opção sexual, a etnia, a religião, a ideologia da pessoa que receba ou contemple esse ato.  
Vamos agora imaginar um indivíduo no seu livre-arbítrio de se tornar um alcoólatra ou um drogadito. Esse dependente químico, segundo Aristóteles, pode de fato estar buscando a satisfação de seus instintos, seus prazeres e regalos; ética da busca da felicidade.
Mas, desses vícios poderão advir doenças incapacitantes, sequelas físicas e cognitivas, invalidez permanente. Por conseguinte esse indivíduo se tornará dependente de cuidados de familiares, de auxiliares diários para uma vida vegetativa. O que significa dissabores, sofrimento, sacrifício e ônus para outras pessoas, para o Estado e sociedade.
Um outro exemplo : uma jovem dependente química de maconha e cocaína-crack. Todos os dias ela satisfaz o seus instintos , sua sofreguidão pelos efeitos da droga. Descuidada , ela engravida. Seu nascituro nascerá com a chamada síndrome de abstinência, com riscos de graves sequelas neurológicas e cognitivas, baixo peso, e insuficiência respiratória. Quantos cuidados exigirá de cuidadores, fisioterapia, familiares, da Saúde Pública. Quanto sofrimento e ônus a todos. Ou seja, foi um livre-arbítrio, dessa jovem mãe, de extrema irresponsabilidade e graves danos a outras pessoas. Do filho que nasceu devastado pelos efeitos do vício da mãe,  e de pessoas, no acolhimento e socorro a esse recém-nascido.
Portanto, são exemplos de um  livre-arbítrio contra a ética e a moral, segundo os princípios éticos, bioéticos, deontológicos , morais e sociais do imperativo categórico do grande pensador e humanista Immanuel Kant.  No exercício de liberdade , do direito de fazer tanta coisa, do LIVRE-ARBÍTRIO, pense nisso, pense no mundo e no outro à sua volta . Novembro /2108


Um Sim.. falso

NADA MAIS FALSO DO QUE O SIM DO CASAMENTO
João Joaquim  

Nada mais falso para mim do que as juras e promessas na hora do sim do casamento. Não é nada exagerado quando se trata o contrato esponsalício com os rigores que ele merece. Em prol dessa assertiva basta uma consulta notarial e fazer uma leitura do quanto há de rescisão contratual, o popular divórcio,  dessa milenar celebração.
Se ainda assim o leitor não der por satisfeito que consulte as delegacias da mulher, as varas de família, as promotorias da mulher. Não sentiu ainda convencido? Fale com as pessoas casadas, com as descasadas, com aquelas que desistiram antecipadamente, com as que caíram fora em plena igreja, quando havia esse item na celebração.
Sim, porque com a chegada da modernidade líquida (leia Zigmunt Bauman), muitos conúbios dispensam até a cerimônia religiosa. Nos tempos modernos tudo se tornou menos burocrático e informal.
Há casais hoje que fazem uma inversão total daquele casamento tradicional e convencional. São os casos por exemplo da união estável, de um contrato extraoficial no cartório, de apenas um contrato de gaveta, de um trato informal com testemunhas. Há até o contrato de namoro, para não surgir outros deveres indenizatórios e vexatórios. Tem gente que se casa até por procuração e pela internet. Ou nada disso é necessário em algumas uniões a dois.
Nesses tempos de abundância nas liberdades coletivas e individuais, as relações também se tornaram mais fluidas. Fluidas e invertidas no tocante aos frutos das conjunções. Tem algum fruto que, às vezes, até frustra uma relação mais estável. Quer um exemplo? Os jovens mal se conhecem e começam a “ficar”. Desse ficar já partem para um contato mais extremado.
Incautos, porque muitos namoram sem as devidas camisas, a saber:  a torácica e a de vênus, por serem jovens, a menina engravida. Frente a enorme responsa, em geral o jovem não assume maritalmente a mãe do rebento. E não são poucos os casos dessa natureza. Abunda pelo Brasil o número de mães solteiras. Sem falar também, nesse contexto, de um outro fruto proibido que é o aborto. É além de perigoso um crime cominado no código penal. Muitos desses delitos são cometidos na surdina e na clandestinidade, por clínicas e magarefes que são cúmplices nessas práticas em desacordo com a bioética e com a lei.
São milhares de abortos de  forma clandestina, com alta taxa de mortalidade materna devida a terrível e temível infecção puerperal (septicemia). O que é matéria para outro artigo.
Retomo aqui as chamadas relações fluidas nesses tempos de liquidez digital. O curioso é que com tanta distensão comportamental, foram-se criando novos termos. Terminologia da era das novas tecnologias. União estável, casamento homoafetivo, adoção por homoafetivos, barriga de aluguel, fertilização in-vitro ou in-vivo , inseminação artificial, doação anônima de esperma. Se bem que nessa forma de inseminação há o grupo dos contra. Entre os quais eu me incluo. Por quê? A mulher classificada como mãe independente, não quer ter marido. O que se faz? Ela pode ser engravidada com um espermatozoide sem identificação do doador.
Agora imagina esse filho, dessa gravidez. E se um dia ele desejar saber quem é seu pai ?  Torna-se complicado e susceptível de graves danos à saúde afetiva e psíquica dessa pessoa concebida de um pai anônimo. Imagine a situação, a mulher loirinha, olhos azuis, engravida e nasce uma criança afrodescedente . Ou o contrário. Nada de algum ranço ou laivos de discriminação étnica. Levanta-se aqui a expectativa da própria mãe e familiares em suas adjacências. 
Tais desdobramentos e mostras são evidências da complexidade em que podem redundar e resultar muitas formas de união conjugal. Assim pensado pode-se cravar de forma retumbante o quanto de sofisma, insegurança e falsidade subsistem no juramento perante o altar, quando se vai ao altar, e perante o escrivão casamenteiro, quando os nubentes fazem tal opção do casamento civil. 
Em assim pensando é que venho de propor novas dicções e um novo protocolo para o casamento. Tal proposição tem razões de ser pelo ainda elevado número de casamentos na forma tradicional. A proposta é que no ato do sim haja algumas condicionantes de parte a parte. Por exemplo: Dele para Ela - prometo ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, contanto que minha amada fulana de tal,  continue me amando pela simples razão do amor, que ela cuide bem de seu corpo, mas também da mente e do intelecto, que use menos smartphones e redes sociais, que ela continue  falando comigo de viva presença e não pelos aplicativos, etc e tal. 
Aí vem as outras condicionantes de parte a parte . Como modelo de algumas condicionantes: Da mulher para o homem. Prometo amar fulano, etc, contanto que ele continue  gentil, solidário, zeloso com sua saúde e seu corpo, que tome banho ao menos duas vezes por dia, que escove os dentes para me beijar, que não me deixe sozinha para beber com os amigos, etc.

Pronto! Postas assim tais condicionantes, a chance de fracasso seria até minimizada em muitos e muitos casamentos. E ainda assim, nos casos useiros e vezeiros de separações, os desfechos esponsais seriam mais ordeiros e civilizados. Haveria mais coerência e humanização nas cerimônias de separação. Para ser mais exato e congruente, festas alegres e mais sorridentes poderiam ser realizadas nos momentos de despedidas. Seriam as festas divorciais. Tem que ser lembrado que muitas vezes na separação é que as pessoas têm a chance de se encontrarem de verdade, porque na prática e no casamento nunca se encontraram inteiramente. Simples assim e ponto final -   novembro/ 2108

Folgados

OS FOLGADOS E APROVEITADORES 

João Joaquim 


As relações humanas se revestem de muita complexidade. Esta frase que abre este artigo se encontra nas regras sociais defendidas por Immanuel Kant e por Arthur Schopenhaner. Tal afirmativa se torna muito verossímel e convincente porque, ninguém, absolutamente ninguém guarda identidade com o outro. Por isso o conceito de que cada pessoa é única, indivíduo, não divisível e todos somos diferentes.
Quando se fala de relações sociais, muitos  atributos e qualificações podem ser dadas às pessoas. E é justamente aqui que moram as dificuldades,  o  quanto podem ser complexas, complicadas e impossíveis as relações  entre pessoas parecidas ou muito diferentes. Há semelhanças entre as pessoas, igualdade jamais. Nem gêmeos univitelinos são iguais.  

Dentre as pessoas de nossas relações, têm-se aquelas a que somos ligados pelo fator genético, as populares parentas (es) e aquelas pessoas por laços de amizade ou profissional. Ou seja, as nossas relações se dão pela chamada consanguinidade, por união conjugal ou de amizade e profissional. Estudos neurocientíficos e psicológicos mostram que traços genéticos não são garantias de relações sociais harmônicas e saudáveis. E a prática e vivências mostram isso, trata-se de dedução empírica . Quantos e quantos irmãos que têm divergências fratricidas!
Há duas classificações (classes ou tipos) de pessoas ou gentes que são o mote deste artigo. Têm-se aqui em análise os indivíduos folgados e aproveitadores. Ainda não há estudos estatísticos da prevalência destas espécies de gente. O que se tem de certo e substancial é que elas existem em todos os meios de convivência.
 Muitas são as pessoas de bom caráter, probas e honestas que são obrigadas a aturar e  suportar tais indivíduos. Os folgados e aproveitadores podem ser aqueles que se estabeleceram por laços de “amizades”, podem ser pessoas colegas de trabalho e que compartilham afinidade profissional,  de forma autônoma ,e num mesmo condomínio ou empresa pública ou privada.
Todavia, os folgados ou aproveitadores mais nefastos são os próprios parentes. Aqueles ou aquelas que entram nessa categoria pela parentela de consanguinidade ou conjugal. Podem ser marido, esposa, namorado, namorada ou companheiros.  Cunhados(as), como eles existem .
Não importa. O folgado parente é aquele que para atingir os seus intentos, vai se aproximando do parente ou parenta vítima. Seja entre irmãos por exemplo. Ele se torna um importuno recalcitrante, sub-reptício e nocivo em suas investidas. Seja na obtenção de um favor laborativo,  na execução de alguma obrigação ou uso de algum bem da vítima. Mas, em geral o seu foco de subtração está na tomada de empréstimo de dinheiro. Dívida que, às vezes, nunca será quitada, ou quando o faz, o faz sem as devidas correções monetárias.
A pessoa da classe aproveitadora têm muitas das características do folgado. Em geral suas atitudes se revestem também de perfídia, de má-fé e muita dissimulação. Nesse sentido o aproveitador se passa por exemplo por vítima de uma situação de saúde, uma dificuldade financeira, uma  dificuldade familiar no sentido de despertar a compaixão alheia. Nessa circunstância de sensibilização da solidariedade alheia é que o aproveitador justifica sua natureza e qualificativos. Ele aproveita dessa compaixão alheia para obter os favores, préstimos e empréstimos pecuniários almejados. E outras prestações  e favores que nunca são ressarcidos, retribuídos na justa proporção do tomado inicial. Ele quer sempre levar vantagem em tudo.
Tais categorias de gente, os folgados e aproveitadores têm sido objeto de estudos, tanto da psicologia comportamental como das neurociências. Quando se estuda o cérebro e as sinapses nervosas desses indivíduos têm-se as explicações neuroquímicas desses comportamentos. Dois são os hormônios dos circuitos cerebrais desses indivíduos, a serotonina e a dopamina.
De tal sorte que sempre que um folgado obtém a satisfação de suas malévolas intenções o seu cérebro está banhado de serotonina, o hormônio neural da alegria e do prazer. Quando caem os níveis de serotonina aumentam as taxas de dopamina ; o hormônio da motivação, dos impulsos; é hora então  do folgado buscar a satisfação explorando  suas vítimas. É como num jogo ou luta do gato e rato.
O que se recomenda para não fazer o jogo ou não ser vítima de uma pessoa (ele ou ela) folgada e aproveitadora? Simplesmente com peremptórias e incisivas negativas às suas investidas. Que, repitam-se, na maioria são os membros parentais. Nesse sentido, de pronto e sem meias palavras deve-se sem condescendência ter como resposta um bem soletrado não. Não! Não e não. É o mesmo princípio dos limites impostos a um filho, a uma criança, sobretudo quando ela se rebela contra as ordens dos pais. Por que não ? Porque não e fim de conversa.   Novembro/2108

Esquisitices

PAREM O TREM QUE EU QUERO IR EMBORA
João Joaquim  

Pare o mundo que eu quero descer/porque eu não aguento mais notícias de/corrupção, violência que não param de aumentar/ e pensar que a poluição contaminou até as/ lágrimas e eu não consigo mais chorar-Raul Seixas.

Há mais de 30 anos o nosso roqueiro-mor, Raul  Seixas (1975-1989), cantava a música dos versos acima- “pare o mundo que eu quero descer-“
Fico a conjecturas se ele vivo fosse nos dias de hoje. Acredito que apesar de achar muito estranho e esquisito, certamente incluiria em suas canções alguma esperança e uma certa sensação de INjustiça quando comparado com o período em que ele viveu, notadamente, durante o regime quando ele fez grande sucesso.
 De fato quando se faz uma retrospectiva de 20 anos ou 30 anos atrás, significativas mudanças ocorreram, sobretudo no mundo político, não só no Brasil, mas em todo o planeta. Em que pese tantos avanços, ficam ainda muita incerteza e desconfiança, notadamente em algumas instituições de governo. De forma mais objetiva e explicita justamente nos três poderes. Quais sejam: o Executivo, o Legislativo (congresso nacional) e o Judiciário. Nos três poderes porque eles servem de referência e paradigma ou diretriz para todas as outras instituições e órgãos de governo, como por exemplo os estaduais, distrital e municipais.
Bem entendo também que o poder Executivo toca projetos em prol da sociedade, o congresso também implementa projetos, mas tem a missão precípua de criar leis, além de também ajudar o executivo e fiscalizá-lo; o  poder judiciário tem a função primordial de ser o fiscal ou guardião das leis e da constituição. Um dos postulados da constituição é que os três poderes são independentes e harmônicos entre si. Em se falando de Brasil, um país com altos índices de corrupção, começa então uma complicação quando se fala em independência dos poderes. Nesse sentido, analisando os poderes Executivo e Legislativo, parece mesmo que eles são harmônicos, sim. Mas independentes?
Não é o que nos revelam os acontecidos policiais e criminais envolvendo as pessoas públicas desses dois órgãos públicos. Por que? Eu explico, ou melhor, eu replico aqui o que nos passam todos os noticiários atinentes aos seus membros. Todo fato ou feito criminal que implique uma dessas casas (Executivo e Legislativo) tem sempre o apoio, a acolhida e apoio da outra. Como exemplo, uma denúncia de corrupção do chefe do executivo. Todo esforço e embromação são empreendidos para que não haja inquérito e investigação.
E vice versa. Se o presidente da República precisa do apoio do congresso, ele se vale da liberação de verbas para aqueles parlamentares, que sem esse dinheiro, votariam contra o projeto em análise.
Um poder que tem deixado o país com a pulga atrás da orelha, isto é, desconfiado e em inquietante hesitação é justamente o Judiciário. Claro que quando as pessoas comuns veem as decisões tomadas pelas cortes superiores, o superior tribunal de justiça (STJ) ou o supremo tribunal federal (STF), elas, pessoas comuns, e leigas podem ver as coisas com suas paixões e vieses (treinamento) ideológico. Seria algo parecido com torcida ou paixão por futebol. Mas não é o que sistematicamente vem ocorrendo no Brasil, quando as questões jurídicas dizem respeito aos políticos com a chamada imunidade parlamentar que na verdade representa um escudo, uma blindagem, uma impunidade parlamentar.
Diversos são os julgamentos que afetam parlamentares que deixam a opinião pública inconformada com as decisões a favor dos investigados ou réus. Têm-se lá a denúncia, o inquérito feito pela polícia federal, provas testemunhais, delações premiadas que resultam em nada. Em absolutamente nada. Muitos são os exemplos em que se quer o dinheiro roubado é ressarcido. São decisões das cortes superiores de justiça, no caso o STJ e o STF.
Então, ficam ainda essas indagações, não resta dúvida de que houve muitos avanços quando se analisa o Brasil pós-constituição de 1988.
Quem imaginava nos idos anos de 1980, que com as investigações do mensalão e da lava-jato o país teria hoje um ex-presidente da república condenado e preso, um ex-presidente da câmara encarcerado e outros ex parlamentares condenados e cumprindo suas penas na cadeia? Tais feitos de nossa justiça provam que as instituições estão funcionando.

 Agora não resta dúvida de que as instâncias superiores de nossa justiça precisam falar menos em suas entrevistas e ser mais rigorosas com os crimes daqueles que saqueiam e dilapidam o nosso país. Nisso todos falam, discernem e pensam em uníssono, Ou não ?   novembro/2108

Medicalizados

VENDEM-SE REMÉDIOS PARA GAGUEIRA E IMPOTÊNCIA SEXUAL E SEM RECEITA MÉDICA

João Joaquim  

Vivemos em uma sociedade demasiadamente medicalizada. Não bastasse parcela significativa das pessoas viverem sob efeitos de drogas ilícitas. Ou melhor de ex drogas ilícitas porque ao que sugerem os julgamentos de nossas cortes superiores, ser usuário se tornou lícito e legal. Em outros termos, o usuário de qualquer entorpecente (maconha, cocaína, crack, merla, LSD) não sofrerá mais nenhuma punição da justiça. Ainda será definido o quanto em gramas, ou quantos cigarros o indivíduo pode portar. Missão a cargo de nosso colendo supremo tribunal federal (STF).
Três são as drogas (já lícitas e sociais) causadoras de grande número de doenças psíquicas e orgânicas. Sobretudo orgânicas. A nicotina (tabagismo), o álcool (alcoolismo) e a maconha (canabismo). Com uma observação muito pertinente, os vícios do álcool e da maconha trazem para muito além dos danos físicos, graves, gravíssimos efeitos psíquicos e sociais. Melhor explicado: o tabagismo, tirante o efeito passivo nas pessoas íntimas e coabitantes (cônjuges, filhos) não causa danos a terceiros, porque não interfere na sanidade psíquica, clinicamente significativa.
De outro lado e ao contrário temos os efeitos das substâncias psicoativas (ou psicotrópicas)do  álcool etílico e maconha (canabis sattiva). Em tradução popular, o indivíduo sob efeito do álcool e da maconha perde a sua personalidade, ele se transforma em uma figura animalesca e se torna capaz das piores perversidades. O viciado nessas substâncias perde o senso crítico, perde o sentimento do remorso, perde o pudor e o senso moral e se torna apto à prática de atos e atitudes as mais cruéis em resposta a alguma ofensa ou provocação que lhe são infligidas. E nem tanto precisa, basta revisitar as estatísticas dos crimes e mortes passivas nos acidentes de trânsito. São números de guerra, e com um gravoso adicional, costumam ser mortes coletivas .
No tocante à nossa sociedade medicalizada. O Brasil é um dos países que mais ingere remédios. Se revela como uma distorção, mas é uma triste e melancólica estatística. Apesar de considerada uma nação emergente, constituímos uma nação campeã no consumo de insumos farmacêuticos. E aqui vêm as razões.
Primeira, porque o mercado dos remédios é de fato muito poderoso quanto à questão do marketing e propaganda. O lobby dos executivos do ramo junto aos órgãos estatais é muito persistente e eficaz. O governo cede às investidas e reivindicações porque como contrapartida vêm as receitas sob a forma de arrecadação de impostos e outros dividendos, entre eles as cotas pessoais como propina e corrupção. Práticas naturalizadas no Brasil. Muitos expedientes nefastos, ilícitos, indignos, ilegais em nossa sociedade vão se naturalizando, se tornando aceitas e rotineiras na vida os cidadãos.  Junto com a negociação oficial, existe uma negociata paralela, um departamento de propinas.
A segunda razão também tem estreita ligação com a propaganda e marketing. Deveria ser como agora se faz com propaganda de cigarro, proibida na maioria dos países, inclusive  no Brasil. Mas, não é assim que se dá com medicamentos. Eles têm publicidade como se fosse produtos de supermercado. Uma lista enorme de medicamentos está à disposição dos consumidores como se fosse um cardápio de padaria e restaurante. As gôndolas de farmácias e drogarias estão à disposição dos consumidores, com rótulos bem visíveis de suas indicações. E os balconistas ali de prontidão para venda. São treinados pelos laboratórios para isso.
Irônicas e hilariantes são as ofertas de tantos produtos, para tantos males, deficiências e dores das pessoas. Sem nenhum pudor ou vergonha os anúncios de remédios aconselham ou receitam assim: para tal sintoma, dor, ou doença tome tal medicamento, se sentir mal ou não curar procure o médico. Ou seja, em primeiro lugar se automedique, se intoxique, complicou? Agora faça o certo e ético que é a consulta ao médico. Enfim, o marketing de remédios no Brasil chega a esse deboche, ao esse escárnio. Por isso a expressão “só mesmo no Brasil”. E todos os órgãos fiscalizadores e de  Ética são  permissivos; entre os quais os  conselhos de Farmácia e de Medicina, Anvisa, Procon, etc.  Acha-se de tudo, de remédios para gagueira  até milagrosas para turbinar o desejo sexual.
A 4º razão é de fato o comportamento useiro e vezeiro de nossa sociedade em automedicação. É rara uma família, onde junto com a dispensa de alimentos e víveres não se encontra uma mini farmácia. De forma igual, é difícil encontrar alguém que não use um analgésico, um antinflamatório  , vitaminas e outros suplementos por sua conta e risco. As Academias de ginástica são um bom exemplo desses produtos.
A 5º razão, também de enorme relevância, se refere a duas classes de profissionais, os médicos e farmacêuticos. Logo eles, de que maneira? São os grandes prescritores de medicamentos. Por injunções políticas, somos um país em involução e atraso em investimentos em qualidade na formação de profissionais de saúde. Faltam verbas e apoio dos sucessivos governos com as pesquisas e estrutura das universidades. Há um sucateamento lento e gradual das instituições de ensino, como de resto com toda a educação. À semelhança do Art 5º de nossa constituição temos um mantra de igualdade no tema Educação, inclusive a de formação de médicos. Estamos nos igualando aos egressos de Faculdades de Cuba, Bolívia, Venezuela e outras republiquetas socialistas. A questão não se revela discriminativa contra essas pessoas , desses países, mas, sim discricioanária de seus governantes com a  falta de estruturas para uma exigente formação de médicos.  Saúde e Educação para governos socialistas estão em segunda plano. Pessoas críticas, bem formadas e bem informadas incomodam governantes de índoles tirânicas , opressores dissimulados.
Um triste capítulo de nossa sociedade medicalizada é o do consumo dos chamados psicotrópicos. Os lícitos e receitados pelos médicos. Mas, nem deles, os médicos que receitam,  precisamos tanto porque o abastecimento se faz pelo mercado pirata ou alternativo (paralelo). Na falta de receita existem várias opções fáceis. Compram-se remédios até pela internet.

Em tempos da modernidade líquida, nunca se viu tanta depressão, tanta ansiedade, tanto transtorno psíquico e social. são as dores existenciais e da alma. São as angústias e dores da vida. Viver está difícil, angustioso, com insônias, enxaquecas, mal estar ?  Não há de quê. A indústria dos antidepressivos, dos ansiolíticos, dos soníferos e calmantes tem as respostas. As ofertas de drogas estão aí  para tudo. Por isso um mercado tão lucrativo e rentável, o de drogas. E a depender das relações com nossos piores governos e ineptos gestores públicos, o cenário continuará de igual para mais ameaçador. Não é só triste  ,é preocupante. 

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