quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Amor

A SEMÂNTICA DO AMOR 


O tempo! Ah, o tempo! Como ele passa e tudo se transforma! Como essa variável cósmica tem a potência de re-ssignificar as coisas! Variável cósmica? Meu admirável Einstein, minhas escusas se expressei errado. Talvez uma constante cósmica. Ele passa retilíneo, faceiro e indiferente com os humanos. Lá do olimpo, chronus foi mesmo implacável com os humanos. Passageiros Somos. Somos todos passageiros pelo mutável universo. Pelo nosso universo que já é demais, infinito universo. Muitos universos .
Estava em minha pausa para o ócio e para não ficar na ociosidade veio-me a reflexão do efeito do tempo. Em tudo, nas coisas, em nós, em nossos sentimentos, no re-ssignificado das palavras. A mudança de valores. De valor? De valor. Pegue U$ 1000,00. No ano passado eles valiam 1000 dólares. Agora não vale mais. Novecentos? Oitocentos? Depende de  inflação. Até o custo do valor muda, o significado muda. Quer outro exemplo? O amor.
Qual o preço do amor? Não se sabe. Ele costuma valer muito. Costuma não valer nada. Ele deveria não custar nada. Ou será que se compra amor? Quanto custa o amor? Depende do amor. Para isso criaram até o plural para o amor. E essa história começa lá nos idos da Grécia e de Roma. O Eros da Grécia, cupido de Roma. 
O amor na era pós industrial. No tocante ao amor conjugal. Tomemos o Brasil como foco dessas observações. Não difere das culturas de muitos países. Talvez até com regras mais rígidas no tocante ao casamento. Em fim do século XIX e início do século XX havia grande influência, senão uma decisão absoluta dos pais, em escolher os cônjuges para os filhos. Sobretudo quando era para se casar a filha;  os pais escolhiam os pretendentes para as filhas. Seria esse, um amor impositivo.?  Será que se aprende a amar?  Nâo seria o amor um sentimento inato, imanente a cada ser vivente. O homem ama, os animais amam.
Parte dessa falta de liberdade dos jovens nas relações de namoros na escolha dos cônjuges e opção sexual ainda perdurou até os anos 1960.Tal mudança e liberdade se dão no pós guerra (2a  guerra mundial), sobretudo nos movimentos de liberdade e mudança de estilo de vida, revolução da juventude,  rock holl , pílula anticoncepcional, movimento dos hippies , Revolução dos jovens  ,de maio 1968.
Amor! Ah, esse amor. Como ele se reverbera na boca das pessoas, em toda forma de comunicação. Fica a sensação que ele está agastado e cheio de fastio . É amor pra lá , amor pra cá . Como anda o amor ?
Na filosofia o amor é tratado à exaustão. Para ele tem-se até uma terminologia específica. Em grego é referido como Eros. Daí deriva o verbete erotismo, erótico. Eros é referido como a busca da beleza ideal, a sublimidade, a harmonia, a perfeição. Na forma latinizada ou romana temos o cupido. Têm-se ainda outras denominações como philia. O nome philia traz o sentido de lealdade, do desejo de bem e da generosidade ao outro. O termo ágape também refere-se ao amor. Seria o mútuo amor entre Deus e os homens;  um sentimento e cuidado intercambiáveis.
Trazendo o amor para nossa modernidade ocidental. Quanto à simbologia. Os objetos mais populares continuam como a maçã, o coração, os dedos das mãos fletidos num gesto do coração. A flecha trespassada pelo coração, símbolo da ação do deus cupido. A flecha é como se o pretendente capturasse os sentimentos e o coração da moça e vice-versa.
Mas, o tempo! O tempo e o capitalismo deram um jeito de promover as  mudanças no jeito de amar-se e de amar. Com isto a ressignificação para o amor. Subliminar e dissimuladamente a sociedade deu novos rumos e novo status ao amor. Se em idos tempos, as famílias, os pais eram como despachantes na arrumação dos casamentos para os filhos, hoje, nem tanto deles mais tem-se necessitado para tais empreendimentos.
E os novos símbolos? Valem muito para as meninas, para as jovens. Uma ótima condição socio-profissional do namorado e pretendente, salários avantajados, fama, celebridade ainda que instantânea. Cifrão ($), midiatismo, visibilidade televisiva. Sãos estes os novos símbolos do amor moderno. Tempo! o tempo! São tempos modernos.  JANEIRO - 2019


Tirania de gente

A TIRANIA DAS RELAÇÕES DE TODOS NÓS

JOAO JOAQUIM 



O tema aqui será uma viagem, uma digressão  sobre a vocação ou inclinação do homem pela violência, nas suas mais variadas formas, pela tendência de agressividade que está latente dentro de cada um. Ou em outros termos  pela opressão, pela exploração, escravidão e dominação do outro. E esse outro está contido num largo espectro de pessoas, indo desde o indivíduo estranho, um subalterno, um empregado, um colega de trabalho,  um parente; não importa o tipo de vínculo social estabelecido. Se buscarmos todas as referências da humanidade, lá estão consignados os eternos embates. Os conflitos, a exploração, a opressão, os casos de violência, de injúrias e assassinatos, pelos motivos os mais torpes e indignos. Entre esses motivos temos como exemplo, a inveja, o ciúme; ou o simples desejo de maltratar  e busca de  dominação do outro. 
Na tradição bíblica, temos lá a narrativa da família adâmica. Adão e Eva tiveram dois filhos, Caim e Abel. Ambos dedicados a ação de pastoreio. Num desentendimento banal, Caim comete o 1º assassinato da história, matando o próprio irmão. O primeiro fratricida descrito na trajetória do homem, em sua conduta de violência. 
Ao revisitar a história e evolução humana elas estão repletas de violências e mais violências, de torturas, de tiranias, de morte por razões de todos os matizes. São os motivos passionais, por posses de territórios, por conquistas de outras nações, por ciúmes e invejas, por motivos religiosos, por simples domínio territorial, por simplesmente querer atingir os objetivos através da aniquilação e morte do concorrente e rival. Há uma diversidade de violência. 
Buscando exemplos na seara e domínio das religiões. Se revelam os casos mais esdrúxulos e mais incompreensíveis quando o assunto é o sentimento da violência praticado contra o outro. Só porque ele pensa, ele professa e pratica uma religião diversa de quem o oprime, persegue, agride e mata. Se revela um fenômeno que tem a idade  do próprio homem quando se busca os registros de cada seita, cada denominação religiosa, cada expressão de fé.
Olhemos a história das cruzadas, da perseguição dos cristãos por muçulmanos e vice-versa, o massacre da noite de São Bartolomeu (1572) em que mais de 1000 huguenotes (protestantes) foram mortos pelas forças leais ao governo francês. Tudo isto antes da reforma de Martinho Lutero, na Alemanha. Nenhum exemplo maior de intolerância, violência e opressão existe na história do que os praticados pela inquisão da igreja católica. Eram atribuições do tribunal do santo ofício. Eram violentas repressões contra heresias, tanto de natureza religiosa como as contra judeus e muçulmanos, bem como as de natureza científica. Toda orientação ou descoberta científica que contrariavam as “verdades” ou dogmas da igreja católica e seus líderes estaria sujeita a um processo canônico (direito canônico da igreja católico), a um julgamento sumário pelo tribunal do santo ofício e a pena de morte na fogueira. Foi o que ocorreu com Giordano Bruno (1600). Ele era teólogo, escritor e filósofo. Giordano  foi acusado de heresias por apontar erros nas doutrinas da igreja e contrariar “as verdades” impostas pelos líderes do catolicismo. Ele foi processado, perseguido e por não renunciar às suas convicções religiosas e científicas foi queimado vivo.
O mesmo destino quase teve Galileu Galilei (1564-1642). Ele defendeu sua descoberta do sol como o centro do universo, o heliocentrismo , em oposição ao que acreditava a igreja no geocentrismo, a terra como o centro do universo. Ele foi preso e julgado. Só não foi para a fogueira porque se amarelou, teve que negar publicamente a sua teoria e foi poupado de virar cinzas. Há quem afirme que ao contrário de Sócrates e Giordano Bruno, ele foi um fraco. E assim evolui toda forma e natureza de violência, tendo sempre o ser humano como protagonista dessa ação. 
O que parece conclusivo é que o homem traz uma semente, um germe, um fermento de ódio e violência dentro de si . Seja no cenário ideológico, no político, no religioso. Ninguém está a salvo da sanha e dos instintos agressores e perseguidores daqueles que acham que existem apenas as verdades de um lado, de algumas cabeças pensantes. Não há respeito e aceitação da diversidade, da autonomia e do direito do livre pensar e expressar do outro.
Um cenário onde vicejam as cenas de violência se encontra nas torcidas de futebol. As expressões e atitudes de violência dos estádios e arenas de futebol nos lembram o que se praticava no antigo coliseu de Roma. Naqueles idos e negros tempos os torcedores entravam em delírio quando prisioneiros e inimigos políticos eram jogados para serem devorados pelas feras mais perigosas como tigres e leões.
Nos tempos modernos os confrontos entre torcedores de futebol fazem o mesmo que faziam os gladiadores do coliseu romano. Brigas, violência de toda ordem, aniquilação e morte dos rivais. Pelo banal motivo da vítima torcer e simpatizar pelo time rival do agressor. Existe uma razão mais fútil do que esta para matar uma pessoa ?    Novembro/2018.              

ALUGAM-SE PESSOAS

ALUGUEL DE PESSOAS

João Joaquim  

Quando se fala em aluguel ou locação vem à mente de qualquer pessoa aquela tomada de empréstimo de um objeto, um bem, um imóvel, um animal para cavalgadura e outros serviços. E até mesmo os próprios serviços. Nos tempos modernos, de tantas mudanças sociais, das relações humanas mais distensíveis surgiu um novo tipo de aluguel. O de pessoas. Com um diferencial nesta nova modalidade, em geral não se paga nada pela locação. Esse novo inquilino pertence ao grupo dos folgados ou exploradores de gente. Geralmente esse novo locatário é um parente (a), um classificado amigo próximo ou contraparente ou  aderente. Não importa.
Essa relação em geral se estabelece, não de forma um tanto sub-reptícia ou de chofre, mas à moda paulatina e dissimulada. Os meios empregados são vários. Indo desde a posse de bens e objetos e dinheiro do outro até a ocupação do tempo.
O aluguel da pessoa pode se dar na forma abstrata. Isto é : nem sempre de forma substancial ou material .  Pode ser  via celular ou pelas  redes sociais. E a vítima ou locador vai se enredando, caindo nas graças ou rede desse novo inquilino . Nessa modalidade de aluguel, a vítima ou locador vai dispondo de seu tempo, minutos, horas a fio por conta de quem aluga a pessoa.
Era uma vez, já faz duas décadas, eu ouvi um antigo professor meu dar uma entrevista. Coisa rara em suas aparições. Chamava-se Joseph Minder (1940-2010). Pela raridade tal entrevista ficou em minha memória permanente. Minder era um profundo estudioso de sociologia, psicologia do comportamento humano e filosofia. Muito centrado, introspectivo, cenho sempre severo, pouco riso e fala escandida e serena. Reverberava um misto de admiração e respeito. Suas frases e opiniões, quando proferidas soavam como diretrizes de vida. Nessa fortuita e inopinada entrevista o professor Joseph, como era arguido falava sobre a exploração do outro. Uma expressão por ele empregada ficou inscrita em minha mente. “O aluguel do outro”. Locução que fez parte da temática, a exploração do outro.
Ao se falar na questão do exploração socioeconômica, poder-se-ia buscar as teorias já bem conhecidas do comunismo, do capitalismo, das teses de Karl Marx. Sua obra mais conhecida é o Capital. Soa estranho! Mas, o título é esse mesmo;  da relação entre capitalismo, poder e proletariado.
Nem tampouco quero falar da escravidão social , naqueles moldes mais hediondos, quando os africanos negros eram tratados como animais. Digo mal porque eram tratados ou maltratados pior do que animais, seviciados, torturados e mortos. E vendidos como mercadorias. Aquela escravidão horrenda, medonha, terrificante foi abolida no Brasil, em 1888. Decreto esse assinado pela princesa Izabel, a filha de Dom Pedro II, que estava em viagem , fora do País.
Hoje, impera no Brasil e no mundo a chamada escravidão dissimulada, de brancos e negros. Não importa a etnia. Temo-la de duas categorias: a informal e a formal ou legal. Na categoria informal, a escravidão se dá no mesmo estilo de tráfico negreiro. O trabalho é do mesmo modo explorado. Em geral o trabalhador braçal é cooptado por um agenciador, levado para os campos agropastoris e lá mantido como em trabalhos forçados. Sem as mínimas condições sanitárias ou tratamento digno, sem salário ou direitos trabalhistas. Já na chamada escravidão formal, o operário, seja ele rural ou urbano (construção civil, infraestrutura) tem até carteira de trabalho assinada, direito de atendimento pelo SUS, etc.
Todavia, se ele adoecer tem o risco de morrer nas filas dos hospitais públicos, os filhos estudam nas piores escolas públicas. Ao final de cada mês, o salário mal dá para o aluguel de um barracão ou casebre popular. Depois de 35 anos trabalhados, o proletário, já todo alquebrado, esclerótico e debilitado vai receber um mísero salário mínimo. Isto se o trabalhador sobreviver a esse saco de injúrias. Talvez os braçais da escravidão negreira tivessem melhor qualidade de vida. Ao menos o sujeito comia muita feijoada, garapa, melado e rapadura.
Conforme preleção do professor Joseph, existe no íntimo de muitas pessoas uma semente desejosa de explorar o outro em todas as suas potencialidades e força de trabalho. Em um outro polo, existe também uma legião de pessoas com uma predisposição em ser exploradas, sugadas, alugadas e maltratadas.
Há um livreto, uma obra, pequena em volume, mas magnânima nesse sentido. Chama-se o discurso sobre a servidão voluntária, de Éttienne de La Boétie ( 1530-1563) . Nessa monumental tese Éttiene fala da relação que se estabelece entre o tirano e os súditos ou tiranizados. Tal relação de explorador e explorados vai se fazendo em cadeia num efeito dominó. O mais curioso é como tal ligação se dá nas cenas e rotinas, as mais comezinhas e ordinárias das pessoas. No caso de um tirano de Estado. Ele tem um séquito de pessoas que o assessoram. Ministros, chefes disso e daquilo. Estes , por sua vez, vao tiranizando e alugando os subalternos, os de hierarquia menor.
Nesse sentido, basta que cada um olhe para o seu círculo de “amigos”, colegas, contatos os mais variados. Esse entorno está representado por parentes, contraparentes, aderentes e repelentes. São os manos, os cunhados, os concunhados e outros tais. Como se encontram esses tais fidagais nos meios familiares!
Assim, ninguém escapa a esses alugadores e alugadoras. São exploradores (as) dos parentes classificados como bonzinhos, solidários, gente boa. Muitos dos, de fato, aqui generosos e honestos são manipulados, alugados e sugados em sua energia, em seus préstimos pessoais, em suas horas de direito ao descanso e ao ócio.
Na lábia e aliciamento desses indesejados parentes e contraparentes vão ainda objetos e utensílios nunca devolvidos, empréstimos de dinheiro nunca pagos e outros mimos e favores jamais retribuídos na mesma intensidade.

Por isso concluo que a melhor resposta contra esses aluguéis e exploração pessoal; o melhor troco ou revindita a essas insolentes pessoas é um contundente e penetrante. Não. Se insistirem, não e não!. Dezembro/ 2108

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Saúde..

 A SAÚDE É NOSSO MELHOR PATRIMÔNIO
João Joaquim  

Quando se fala em patrimônio, vem logo à mente de qualquer pessoa a ideia de riqueza, de bens e dinheiro. De fato não está de todo falseado. Na origem a palavra tem o significado de herança dos pais. De Pater+ Monius (de pai+estado ou condição, num sentido abstrato). No princípio, na história da humanidade, o termo tinha este significado, todos os bens, apólices, direitos deixados de pai para os filhos. Com o tempo, a semântica alargou o sentido da palavra.
Bem pensado, poderia  dividir o patrimônio em duas categorias. Um patrimônio material constituído  de bens materiais e dinheiro  em espécie ou creditado em bancos. E um patrimônio imaterial (em sentido abstrato). Se perguntássemos a várias pessoas qual o melhor patrimônio imaterial que elas prefeririam, certamente que as respostas seriam as mais díspares . Alguns exemplos: uma sólida formação cultural e acadêmica, uma denominada titulação profissional, fama e celebridade, uma habilidade nessa e noutra arte, talento num determinado esporte, um relacionamento afetivo e conjugal feliz. Entre outras possibilidades.
O aqui modesto e noviço escritor tem também sua preferência pessoal, e dela discorrerá neste artigo. Considero a saúde como um dos maiores patrimônios abstratos que possa ter a pessoa. Para tanto, vamos iniciar pela noção de saúde. Definição ampliada conforme OMS- Organização Mundial de Saúde. Saúde é o pleno bem estar físico, mental, social, emocional e afetivo.
Para melhor compreensão, vamos simplificar esses estados à luz das ciências médicas atuais, era da hipermodernidade ou época digital. A medicina preventiva e curativa de hoje tem plenas condições de promover profilaxia e cura para muitas doenças incuráveis, incapacitantes e de alta mortalidade,  se estivéssemos  no início do século XX. Como exemplo desses avanços as vacinas e soros para muitas doenças infeciosas. Sarampo, varíola, poliomielite e tuberculose como modelos. Sarampo e varíola estão extintas, poliomielite em vias de Sê-lo, tuberculose plenamente curável e sem deixar sequelas .
Na saúde física, ainda que o indivíduo seja portador de uma doença crônica e incurável, tem-se a solução com  uma boa qualidade de vida. Nesse rol de doenças crônicas  temos a hipertensão arterial, o diabetes mellitus, a asma, as cardiopatias, os aneurismas cerebrais, as arteriopatias periféricas, as hepatites, etc.
Mesmo quando o indivíduo é vítima de uma emergência como um infarto do miocárdio, um derrame cerebral ou uma grave lesão acidental. A medicina cirúrgica dispõe de técnicas refinadas e prontas respostas na cura das pessoas. Com total  reabilitação do paciente para sua vida social e profissional e  o mínimo ou ausência de sequelas.
Saúde mental. As muito doenças mentais crônicas e incuráveis têm pleno controle através de psicoterapia e psicotrópicos. São os casos das esquizofrenias e do transtorno bipolar. Os psicofármacos para esses diagnósticos têm eficácia plena e torna o paciente apto ao convívio social e ao trabalho. As especialidades médicas representadas pela neuropsiquiatria, pela psicanálise, pela  psicologia oferecem múltiplas opções terapêuticas para doenças psíquicas que afetam um percentual enorme de pessoas. Temos como exemplos os transtornos de ansiedade, a depressão e muitos outros distúrbios do convívio e das  relações humanas.
Dentro do conceito de saúde emocional e afetiva existe uma lista imensa de possibilidades. Basta imaginar o quanto a pessoa humana é susceptível de adoecer através das conexões psíquicas, emocionais e afetivas. Nesse campo de abrangência muitas são as formas de adoecimento do indivíduo. São as múltiplas possibilidades das relações intersociais. Pais e filhos, namorados, conjugais, interprofissionais, nas organizações de empresas, patrões e funcionários, entre outras. Nessas soluções entram as terapias de família, a constelação familiar, a psicopedagogia, a psicologia do trabalho, a gestão humanizada na área de recursos humanos.
Por fim o conceito de saúde social e até saúde religiosa, obviamente para aqueles que creem em Deus, caso professem alguma religião ou doutrina. E mesmo para os que se intitulam ateus ou agnósticos, se esses encontram um outro sentido sobrenatural para além da vida terrena e biológica. Em termos práticos e resumido quais os requisitos fundamentais para uma saúde plena, física e mental ?
- Moradia digna. Isso significa ter um abrigo, de preferência casa própria, que seja também uma residência com todas as condições sanitárias porque uma construção insalubre vai  igualmente adoecer os seus habitantes.
- Transporte seguro e confortável, seja em veículo próprio ou coletivo.
- Alimentação saudável e qualitativamente correta. Que o indivíduo tenha ao menos 4 refeições ao dia. Atenção! -  alimentar bem não significa ingestão de muito alimento. O mais saudável é o critério qualidade.
- Trabalho digno e remuneração justa. Isto implica condições sanitárias e seguras no ambiente de trabalho; e que as relações de trabalho sejam as mais respeitosas e humanizadas.
 A perda de qualidade nesses principais setores da vida, torna a pessoa susceptível de adoecer. Não são apenas as danos físicos e orgânicos. Entram nesse cardápio as doenças psicossomáticos. A frustração, a insegurança, a insônia, as angústias do cotidiano levam o indivíduo a adoecer também do soma, do corpo e órgãos internos . É como se fosse a janela da alma. Através da mente e das emoções todo o corpo físico se torna sensível e pode adoecer. São exemplos as dores crônicas, as gastrites, a hipertensão arterial, as arritmias, as insônias , as úlceras gástricas , e até o infarto, o derrame cerebral e morte súbita prematura.  Dezembro/2018.  

Estar Pronto..

NINGUÉM NASCE OU MORRE PRONTO
João Joaquim  

Existem certas verdades ou princípios que não precisam nem sair de boca de cientista ou especialista na questão. Além de integrar a intitulada sabedoria popular, tais afirmações são deduzidas de observação empírica. Empirismo significa aquele conhecimento concluído da experiência. Para tanto não precisa de alta escolaridade, de formação acadêmica. É muito semelhante à atividade de filosofia. Da sucessão de fatos e acontecimentos se extraem conhecimento da questão.  É com sustentação nesses postulados iniciais que se desenvolve o presente artigo.
O princípio mais importante aqui se refere à educação. Quando se refere à educação, ela deve ser entendida como um processo abrangente. E muito mais além da simples escolarização ou conjunto de ensinamentos tecnocientíficos aprendidos em  Instituições de Ensino . No senso comum educação parece ser um processo finito, quando se encaminha uma criança para o ensino fundamental, um colégio. E se ela não optar por um curso superior, ali se encerrou sua educação. Tal decisão tem sido muito encontradiça na sociedade, tendo fatores socioculturais da família , da omissão do Estado na oferta e estímulo a uma educação de boa qualidade. O nível sociocultural dos pais tem um enorme valor no que vão ser os filhos em termos de Educação.
Não aprender novas habilidades, não buscar novos conhecimentos . Não! Definitivamente aqui não está concluída o processo educacional do indivíduo. Um outro princípio incontestável é que a pessoa nunca, mas nunquinha mesmo estará pronta para a vida. Ela pode ser uma octogenária  ou centenária , o certo é que essa pessoa de 80 anos, 100 anos não encerrou seu processo de alfabetização ou educacional. Não importa o grau de escolarização do indivíduo.  Qualquer que seja o título acadêmico ou profissional alcançado.  Infinita é a aquisição de novos saberes.
Eu tomo o exemplo do aqui ora escriba. Tenho títulos de Residência Médica em Clínica Médica, em Medicina Interna e  de especialização em cardiologia. Isto significa que estou plenamente alfabetizado em cardiologia? Muito longe disto. Quer outro princípio nesse campo? As verdades de hoje podem ser mentiras amanhã. As ciências estão fartas desses exemplos. E a medicina então é um belo ramo das ciências nessa contribuição. Só essa referência já é suficiente para convencer muitos doutores e mestres a calçar as sandálias da humildade. E então lembrar que por mais que tenham aprendido muito ainda resta por aprender.

Nesse reino ou seara dos doutores, mestres e sapientes, não faltam aqueles que munidos de projeções, luzes da ribalta, imagens e data shows adoram arrostar e regurgitar ciência, esnobar sapiência , expertise, etc.  Não importa a que academia ou classe profissional eles pertençam. Não é raro assistir a esses tais que nos pódios ou púlpitos se mostram sobranceiros como se demiurgos ou o sal da terra fossem. Nas sociedades de especialidades médicas se veem muitos desses tipos. Curioso e nefasto é que saem das conferências e congressos e voltam aos consultórios e lá caem na vala comum da maioria dos profissionais. Quando então, muitos desses “notáveis” recomendam e prescrevem o contrário do apregoado em suas palestras e prédicas. O que se configura como charlatanismo.
Existe o  princípio “façam o que eu mando, mas não façam o que eu faço”.  Um outro princípio ou provérbio diz: o hábito (vestimenta, roupa) não faz o monge. Trata-se de um dito popular de todo razoável. Não se faz um médico com jaleco e estetoscópio;  nem um advogado com libelo e código civil. De fato, máscara, maquiagem, imagem ou roupa não fazem nenhum tipo profissional. Trata-se de um princípio ou verdade inelutável.
Mas, treinamento ou hábito laborativo (trabalho) faz e nesse sentido têm-se as explicações.
Tornemos à questão central, educação. Como definida, ela encerra um processo longo, contínuo. Nenhuma pessoa por mais sábia que seja não prescinde de mais saber. Nenhuma por pouco que sabe não é incapaz de novos aprendizados. Por conseguinte a óbvia dedução,  ninguém nasce nem morre pronto. A educação (ampla e contínua) é tão significativa e marcante na vida do ser humano que ela vai moldar o caráter, a personalidade, as qualificações éticas e morais do indivíduo. 
Nesse quesito da ética e  da moral. A criança por natureza e absoluta imaturidade nasce aética. Comparada se torna  a uma lousa ou tábula rasa. Ela vem à luz em branco. Sem nenhuma inscrição ou instrução sobre o certo e o errado, sobre o vício e a virtude. Ética e moral, portanto, são valores a ser ensinados aos filhos, aos alunos, aos educandos, aos adolescentes e jovens.
Um indivíduo adulto que não foi educado e treinado com princípios éticos e morais pode até respeitar regras éticas e morais, mas certamente o fará por medo de reprimenda ou punição. Melhor seria que o fizesse por treinamento educacional.

O hábito, o treinamento ou instrução são expedientes fundamentais na formação do indivíduo desde a adolescência. São processos complementares na formação do ser humano como um sujeito cooperativo, participativo e produtivo. É com esses princípios, iniciados pelas famílias, que se constrói uma sociedade lúcida, ciente, justa, critica e participativa. Fora desses princípios tem-se um país de muita desigualdade, de muitos desocupados, com  legiões de jovens e adultos nem, nem. Eles nem trabalham e nem estudam. Triste! Muito triste!  

Insanidades

AS SANDICES E IMBECILIDADES DAS REDES SOCIAIS
João Joaquim  

O senso comum e o folclore produzem máximas, sentenças e princípios que encerram muitos ensinamentos e conselhos de vida. Enfim é a globalizada sabedoria popular. Princípios que circulam pela oralidade entre as pessoas e funcionam como um mantra na rotina da sociedade . Vejamos alguns exemplos bem ilustrativos.
Quem cala consente, os ausentes não tem razão, onde o ouro fala tudo cala, vê-se pela aragem quem vai na carruagem, água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
A oportuna  menção aos anexins e provérbios da sabedoria popular serviu apenas para dar vazão e introdução a outras questões de ordem social e das comunicações, mas que guardam conexões. Se a sabedoria popular tem como vetor de comunicação as próprias pessoas, princípio da oralidade, as informações da era moderna têm nas redes sociais seus maiores porta-vozes. Tudo que se diz hoje se multiplica de forma líquida e instantânea. Com uma significativa característica adicional, tudo fica gravado em imagens e áudios. Aqui não existe aquele tal disse-que-não-disse. Falou, está gravado e fim de polêmica.  Tipo a história do sujeito que jogou a mulher pela janela, e disse que ela havia pulado. Vieram os vídeos, e o sujeito foi em cana.
A internet e suas massivas redes sociais bem que se equiparam à finalidade da foice, do machado, do martelo ou faca de cozinha. Todas essas ferramentas, à exemplo das redes sócias, foram criadas na promoção do bem, de instrumentos úteis à vida das pessoas e da coletividade social . Os inventores da Internet e Redes Sociais, ao criá-las, só pensaram na finalidade útil das coisas e invenções. Nunca pensaram, ah, vamos fazer essa mídia social, para as pessoas fazerem fofocas, fake news, vender drogas, bisbilhotar a vida alheia, difamar os inimigos, enviar fotos pornôs, pedofilia, falar abobrinhas, e tantas outras platitudes e futilidades. Nada disso. Eles imaginaram ferramentas úteis e construtivas na vida das pessoas. Só isso. 
Em outra interpretação, no embate entre o bem e o mal, entre o vício e a virtude, todas as ferramentas utilitárias, como de resto a internet e as redes sociais (facebook,  whatsapp, Twitter) são absolutamente neutras, incólumes, inocentes. Assim como se dá também com a espada e a arma de fogo. Elas nunca cometem assassinatos por si mesmas. Logo se alguma ilicitude, se algum delito, se alguma contravenção ou falsidade se faz por essas ferramentas ou recursos virtuais a culpa é exclusiva do ser humano. Nenhuma rede social faz Fake News ou fofoca, nenhuma faca de cozinha comete assassinato por si mesma. Sempre tem no ato um AUTOR  humano.
Nunca se viu tanta maldade e idiotices  praticadas através da internet e redes sociais. As plataformas digitais, com suas formas de comunicação   se tornaram uma praça sem controle, onde todas as sandices e bestialidades são vistas. Os aplicativos digitais se tornaram como que os porta-vozes (alto-falantes) de turbas  e turbas de pessoas de toda ordem e ideologias. Fala-se de tudo e posta tudo que há de mais vil, insignificante e indigno. Somado a esse rosário de coisas têm-se ali as futilidades e mediocridades produzidas pelo engenho humano. São os microcéfalos, os mentecaptos, os portadores de pouca massa cinzenta e lobos frontais atrofiados. Por isso de produção micro, ínfima, pequena, tacanha.
Salvam-se poucos nesse cenário, que fazem dessas ferramentas e instrumentos virtuais exclusivos do bem e da beleza. 
A preocupação  é que muitas das futilidades e boçalidades editadas pela internet se tornem regras de vida no futuro. É o princípio da repetição 100 vezes se tornar uma verdade aceita como real. Uma mentira repetida 100 vezes toma ares de verdade. Ou como expressa o ditado popular “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.
A muitas das coisas que se dizem e postam nas redes sociais podem-se aplicar as regras ou probabilidades do relativismo histórico. O que no momento e na sociedade atual se mostra inaceitável e refutado pode não sê-lo em outro tempo (futuro)por uma nova sociedade.
Para dar mais consistência e foro verossímel basta pinçar algumas recentes afirmações postadas e ouvidas nas redes sociais. Sobre o estrupo por exemplo. Diversas pessoas afirmaram pela internet que muitas mulheres quando sofrem essa violência sexual, são  elas, as próprias vítimas, as culpadas por tal injúria. Provocados a dar maiores explicações muitos entrevistados não se fizeram de rogados e apresentaram as justificativas. Como essa: “se as mulheres andam com minissaia ou rupas sumárias e decotadas elas estão convidando para ser estupradas”.  É justificar o injustificável. É o mesmo princípio popular de que a ocasião faz o ladrão. Errado, o ladrão já cresceu ladrão, a oportunidade só lhe facilita o roubo. 
E aqui cabem os efeitos do relativismo social. Em poucos termos. Nenhuma ciência ou estudo  de direitos humanos estipulam que roupas sumárias ou faltas delas autorizem investidas de estuprador. Todavia, de fato, o recato, a moderação, a sisudez de vestimentas da mulher não serão ativadores ou gatilhos da libido e sanha sexual de homens predadores de mulher. Eles estão soltos , sempre a espreita de alguma vítima menos incauta e menos recatada. 
Uma outra condição encontrada no Brasil, o feminicídio e os crimes cometidos pelo homem contra a mulher. O culpado será sempre  o homem autor dos crimes. Mas vem o relativismo da relação conjugal. Se nos primórdios do namoro ,a jovem, a mulher percebe tratar-se de um potencial violentador e desqualificado, a melhor via é a saída da relação. Fuja pronta e rapidamente do meliante. Esta a melhor estratégia, na prevenção de fatos mais graves e criminosos.  O que se vê em muitos casos é a tolerância da mulher para com esses sociopatas, e o resultado é o que mostram as estatísticas de crimes contra as companheiras. Mortes e mais mortes( feminicídios). 
E assim são vários outros cenários, ao se falar e considerar a Internet e suas massivas redes sociais,  onde embora não devessem, mas têm-se indivíduos desocupados( homens e mulheres) prontos a praticar abusos, fofocas, falsidades ideológicas, violências, futilidades. Tudo tendo como agentes os humanos, criaturas que somos racionais e inteligentes.  Imagine se não fôssemos esse animal, com esses atributos. Já teríamos incendiado o planeta. Porque a extinção de muitas espécies de animais e vegetais já vêm se fazendo lenta e gradualmente.                                        DEZEMBRO /2108


Açúcar

SE AS PESSOAS SE INFORMASSEM MELHOR ELAS NUNCA COMERIAM MAIS AÇÚCAR.

Na verdade, é um alimento mais do que inútil,  muito nocivo à nossa saúde. Não precisamos adicionar um grama de açúcar  que seja aos nossos alimentos, às nossas bebidas. Desde o tão brasileiro cafezinho aos sucos naturais. Zero açúcar .  Em resumo  trata-se de uma sandice e inutilidade  mesmo. A maioria dos vegetais, legumes e frutas já trazem o açúcar natural, a frutose, muito saudável mas, que em excesso também é contraindicada para os diabéticos. Existem muitos alimentos e frutas com alta concentração de frutose. Exemplos : Laranja, goiaba, mamão, pêssego , bananas etc.  Contraindicadas para os diabéticos  e sobrepeso.  
Todavia, temos que relativizar quando nos referimos à nocividade do açúcar. À luz das evidências científicas atuais o açúcar deveria ser ingerido como forma de sobrevivência.  Apenas . Melhor explicado, a pessoa só deveria comer açúcar na ausência absoluta de outros alimentos, ou para casos de desnutrição e baixo peso . Porque  na verdade o que mais temos no mundo é  alto peso e dis-nutrição. Quando se fala em dis-nutrição, fala-se em uma doença (dis, distúrbio) em que as pessoas têm uma dieta desbalanceada, desequilibrada. Tão grave quanto à des-nutrição.
Quanto mais alto o grau de pureza do açúcar mais nocivo ele se torna para a saúde. Os açucares refinados como exemplo. Os menos nocivos são aqueles com processamento integral. Nesse grupo estão o demerara, o açúcar mascavo e a popular rapadura. São formas em que se preservam fibras, sais minerais e algumas vitaminas do complexo B.
Tosos os consumidores poderiam se inquietar e perguntar;  por que, o açúcar,  um alimento são saboroso e apetitoso  é tão nocivo à saúde humana? A explicação é simples e direta. Ele nada mais tem do que sabor e caloria; um alimento monótono que fornece apenas energia. Nenhuma ação construtora, ação nutricional ou enzimática. Tanto que ele, na maioria das pessoas será totalmente assimilado e depositado sob a forma final de gordura, a obesidade.  Quer prova contundente da toxicidade do açúcar ? Nossa taxa de glicose ( açúcar no sangue ) é de até 100mg / dL . Uma pessoa que tiver um excesso de 20mg; 120mg no sangue, estará condenada a ter cegueira, insuficiência renal, derrames cerebrais e morte prematura. Tudo porque causa desse excessozinho .
Qual a relação causal entre açúcar e diabetes? Nenhuma. Ao menos de forma direta. Comer um kg de doce por dia não produz a diabetes. Todavia, a obesidade por uma dieta hipercalórica( doces e massas) pode levar ao diabetes tipo II. Mais comum em obesos, adultos e idosos. Ou seja ,existe uma relação indireta entre ingestão de muito açúcar e diabetes. Mais uma perniciosidade dos doces( açúcar ) .
Um outro grupo de alimentos que guarda parentesco com os açúcares é formado pelos carboidratos. São as massas em geral. São representados pelos pães, biscoitos, os bolos, as tortas, os achocolatados, o macarrão, o pão-de-queijo, o pãozinho francês, as pizzas. Muitas dessas massas trazem outros inconvenientes, a associação com outros alimentos como as gorduras, sal e condimentos. São alimentos desaconselhados para hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes e sobrepeso.
Os carboidratos, representados pelas massas trazem os mesmos inconvenientes do açúcar porque são alimentos monótonos. São extremamente calóricos, energéticos e contraindicados para pessoas obesas e sedentárias. Os atletas, sim, constituem um grupo de pessoas que fazem uso de carboidratos, porque representam uma ótima fonte energética imediata e de fácil digestão .
Uma boa dica e conselho que se deixa para as pessoas é buscar a moderação no consumo tanto de açucares quanto de carboidratos. Mas, o ideal mesmo seria zero açúcar .
O que se verifica em nossa sociedade pós era industrial é um gosto, um prazer ou um desejo exagerado pelo doce, pelos açucares e carboidratos. A  chamada dulçolatria( vício pelo doce) está impregnada na consciência coletiva das pessoas. Trata-se de um processo cultural. Ela se dá desde a 1a infância, por uma desinformação das famílias, dos pais e cuidadores das crianças. E tal desorientação continua no processo de alfabetização.
Segundo dados científicos e orientações da sociedade brasileira de pediatria, uma criança não deveria receber nenhum açúcar artificial ou carboidrato até os 5 anos de idade. E o que se vê na prática é uma inversão dessas diretrizes científicas. Um erro alimentar e vício ensinado pelos pais, mal informados, que seguem os apelos da indústria de alimentos.
Todos os vícios alimentares do consumo exagerado dos açúcares e massas estão disseminados na cultura das famílias, do comércio e todas as partes da indústria alimentícia. Essa triste realidade pode ser confirmada na visita a um supermercado, a um restaurante ou qualquer indústria alimentícia artesanal ou de alta escala. Um exemplo bem típico é uma padaria. Um modelo bem criminoso nesse sentido é quando se depara com qualquer tipo de pão branco revestido com espessa camada de açúcar. São as formas  carameladas. Quer dizer: além de um carboidrato de elevado poder hipercalórico e hiperglicêmico( o pão branco), têm-se açúcares e mais açúcares.
 Como  dica e conselho final. Nosso organismo não necessita de nenhum açúcar adicional. A mesma regra vale para o sal de cozinha (cloreto de sódio). Cada adulto necessita de apenas 5 gramas de sal por dia. O brasileiro, na média nacional, consome 5 vezes a mais do que essa quantidade recomendada, conforme orientações das sociedades de cardiologia e nefrologia. Ou seja, além da nocividade do açúcar temos aí a intoxicação pelo sal. Um perigoso aditivo para os rins, para o coração e para pressão arterial. São autênticos venenos nas mesas das famílias, dos restaurantes, dos bufês, das festas infantis, dos aniversários, das cantinas das escolas e  outros ambientes festivos.   Dezembro/2018.

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